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13 de mai. de 2023

Light (concessionária de energia do RJ)

          A Light é a distribuidora de energia de parte da cidade do Rio de Janeiro. Foi privatizada em maio de 1996. O consórcio vencedor era formado pelas americanas AES Corporation e Houston Industries 
Energy Inc., a Eletricitè de France e a Companhia Siderúrgica Nacional.
          Em junho de 1996, a EDF levou um susto ao assumir a Light. Nada menos que 30% dos 10.000 funcionários incluídos na folha de pagamento eram fantasmas, que ganhavam sem trabalhar. O exército de Gasparzinhos chegaria, portanto, a 3.000 pessoas. Como a EDF já anunciara que iria demitir 3.800 empregados, isso significa que apenas 800 dos que realmente pegam no batente seriam atingidos. As demissões foram através de DPV - plano de demissões voluntárias.
          Considerando dados de dezembro de 1996, a Light fornecia 77% de toda energia consumida no Rio de Janeiro, o que correspondia a 2,7 milhões de consumidores. Sua rede de transmissão abrangia 25% da superfície da cidade.
          A Light passou integralmente às mãos da estatal francesa EDF, que não se adaptou ao mercado brasileiro, particularmente no tocante ao roubo de energia, prática disseminada no Rio que drena receita das distribuidoras.
          Em 2006, a EDF vende a Light para um consórcio formado por Cemig, Andrade Gutierrez, banco Pactual e pelo ex-banqueiro Aldo Flores. O valor do negócio foi de 320 milhões de dólares.
Nessa época a Light tinha dívida de 3,1 bilhões de reais e apresentava alguns dos piores indicadores operacionais do setor. As ligações clandestinas, conhecidas como "gatos", levavam 16% da energia distribuída pela companhia - muito mais que os índices de empresas como a mineira Cemig (1,2%), a paulista Eletropaulo (7%) ou a Ampla (12%), que atua na região de Niterói. Além dos "gatos", a Light sofria com uma taxa de inadimplência de 15% - a mais alta do país, segundo a Abradee, associação que reúne as empresas do setor (a média nacional é 7%). Para sanear a Light, foi contratado o executivo José Luiz Alquéres, ex-presidente da subsidiária brasileira da Alstom e da Eletrobrás.
          A Light passa ao controle integral da Cemig no fim de 2009. Carregava consigo problemas que lhe empurravam para a lista de reclamações por mau atendimento. Para ficar num só exemplo, cerca de 70 quilômetros de cabos de cobre foram furtados da rede da empresa no período 2008 a 2010 por funcionários terceirizados.
          Num verdadeiro apagão de imagem, a Light, especialmente por volta de 2010, estava tentando administrar um exército de consumidores irados. 2485 reportagens negativas foram veiculadas entre janeiro e julho daquele ano. No mesmo período, 4900 queixas foram feitas por consumidores na Agência Nacional de Energia Elétrica. Coube a Jerson Kelman, que assumiu a presidência da empresa em junho de 2010, o esforço hercúleo de colocar a casa em ordem. Seu antecessor, o executivo José Luiz Alquéres, já havia melhorado os números da última linha do balanço. Na administração de Alquéres, a Light voltou a atenção às áreas periféricas, que tinham os piores indicadores de serviços. Sem reparos e sem reforços, o restante da rede não aguentou o aumento do consumo energético alimentado pelo crescimento econômico dos anos anteriores.
          Em 4 de outubro de 2018 a Light concluiu a venda da sua subsidiária Light Esco para a Ecogen Brasil Soluções Energéticas. A operação foi anunciada em março, e pelo negócio a Light recebeu R$ 43,377 milhões. Esse valor já envolve o desconto de saldo de dívida da Light Esco.
          O banqueiro Ronaldo Cezar Coelho se tornou, em 2020, o principal investidor privado da companhia fluminense, com cerca de 20%. Carlos Alberto (Beto) Sicupira (do grupo 3G Capital) passou a ter 10% da empresa em outubro do mesmo(2020) ano quando comprou 30 milhões de ações da Light pelo valor de R$ 550 milhões.
          Em 12 de maio de 2023, a Light deu entrada no pedido de recuperação judicial na Justiça do Rio de Janeiro. Segundo a Light, o pedido foi realizado com caráter de urgência pois “os desafios oriundos da atual situação econômico-financeira da companhia e algumas de suas subsidiárias se mantêm e vêm 
se agravando”. Ao solicitar a recuperação, a companhia confirmou ter dívidas de R$ 11 bilhões.
          Os credores da Light que representam 99,12% das dívidas da empresa aprovaram o plano de recuperação judicial apresentado pela companhia. A proposta, aprovada em assembleia de credores em 29 de maio de 2024, prevê uma operação de capitalização da empresa no valor de R$ 3,2 bilhões e a conversão de R$ 2,2 bilhões de sua dívida em novas ações.
(Fonte: revista Investimentos - 25.09.1996 / 02.12.1996 / revista Exame - 11.03.1998 / 16.08.2006 / 06.10.2010 / UOL - 01.11.2015 / IstoÉDinheiro - 04.10.2018 / Valor - 19.10.2020 / MoneyTimes - 12.05.2023 / Estadão - 31.05.2024 - partes)

10 de mai. de 2023

Pontifícia Universidade Católica - PUC

          No Brasil, as Pontifícias Universidades Católicas, ou PUCs, têm reconhecida tradição acadêmica. Não é diferente quando pensamos em instituições do tipo que são referência na América do Sul, como as PUCs do Chile e da Argentina. As universidades católicas, no entanto, têm características específicas para serem regidas pela Igreja. Uma delas, inclusive, está localizada no próprio Vaticano e é uma referência internacional em estudos teológicos.
          Algumas instituições de ensino superior católicas romanas, bem como as eclesiásticas recebem o título honorífico de “pontifícia universidade” quando são reconhecidas diretamente pela Santa Sé. Tal reconhecimento, é regido pelo Código de Direito Canônico, dentro da constituição apostólica comandada pelo Papa.
          Em geral, os graus acadêmicos que uma universidade pontifícia pode conceder são em teologia sagrada, direito canônico e filosofia. Na prática, porém, estas instituições também oferecem formações em outros campos de estudo.
          O Brasil tem pontifícias universidades importantes, distribuídas por vários estados, como a PUC-Rio, PUC-SP, PUC-RS, PUC Minas, PUC-PR e PUC Goiás. Já nos países vizinhos, a Pontifícia Universidade Católica do Chile e da Argentina se destacam entre as mais renomadas da América Latina.
          A faculdade católica chilena, privada, vem desafiando desde 2014 a USP entre as melhores instituições latino-americanas. E isso principalmente devido a um investimento maior em pesquisa acadêmica, incluindo parceria com instituições estrangeiras para publicações de artigos.
          As primeiras faculdades criadas na PUC do Chile foram de Direito, Ciências Físicas e Matemática. Mais tarde, foi a vez da tradicional Escola de Letras e, entre 1920 e 1953, mais seis faculdades foram inauguradas (Arquitetura, Comércio, Filosofia, Ciências da Educação, Medicina, Tecnologia e Teologia), além de outras quatro escolas (Serviço Social, Enfermagem, Ciências Biológicas e Artes Plásticas).
          Já a Universidade Católica Argentina (UCA) é uma importante instituição privada de ensino superior, tão prestigiada quanto a Universidade de Buenos Aires (UBA), que é pública. Reconhecida por sua formação integral, a UCA é baseada em inovação e tem entre os principais projetos de desenvolvimento o Observatório da Dívida Social da Argentina e o Instituto de Pesquisa Biomédica. Tem mais de 50 cursos de bacharelado e 180 programas de pós-graduação, entre especialização, mestrado e doutorado, em temas como Agricultura, Ciência Política, Relações Internacionais, Engenharia, Jornalismo e Ciências Médicas.

PUC - RJ
          Criar a “Universidade Católica do Brasil” foi uma meta estabelecida pelos Bispos do Brasil e um sonho acalentado por Dom Sebastião Leme e Pe. Leonel Franca, S.J. Com este objetivo, em 30 de outubro de 1940, por meio do Decreto 6.409, foi criada a Sociedade Civil Faculdades Católicas, integrada na rede educacional da Companhia de Jesus, que mantém obras educacionais com a finalidade de contribuir para a missão evangelizadora da Igreja.
          No dia 15 de março de 1941, foi realizada a inauguração solene dos cursos das Faculdades Católicas de Filosofia e Direito, instaladas anexas ao Colégio Santo Inácio. Em 1943, a Faculdade de Filosofia instalou um curso de preparação para auxiliares de Serviço Social.
          A Faculdade Católica de Filosofia, a Faculdade Católica de Direito e a Escola de Serviço Social receberam autorização de se reunirem, constituindo-se em Universidade pelo Decreto 8.681, de 15 de janeiro de 1946, ano em que foram aprovados os Estatutos da Universidade Católica do Rio de Janeiro. No ano seguinte, pelo Decreto da Congregação dos Seminários, de 20/01/1947, a Santa Sé concedeu-lhe o título e as prerrogativas de Universidade Pontifícia.
          Com o crescente desenvolvimento da indústria no país e a consequente necessidade de cursos na área de engenharia, foi criada em 1948 a Escola Politécnica da PUC (EPPUC).
          Ao final da década de 1940 e nos anos de 1950, foram criados os cursos de Jornalismo e Matemática, os Institutos de Direito Comparado e de Psicologia Aplicada, a Escola de Sociologia e Política, a Escola Médica de Pós-Graduação e os Cursos de Aperfeiçoamento Odontológico, bem como o Instituto de Administração e Gerência (IAG).
          A PUC-Rio continuou a se expandir com a inauguração de sua nova sede, no bairro da Gávea. Em 1951, fundou-se a Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio e celebrou-se o lançamento da Pedra Fundamental do novo campus, que seria inaugurado em 1955.
          No início da década de 1960, a Universidade começou a buscar sua excelência na geração de conhecimento científico. Numa atitude absolutamente pioneira para uma universidade particular, a PUC-Rio, utilizando recursos próprios, montou seus primeiros laboratórios, contratou seus primeiros docentes em tempo integral e passou a desenvolver pesquisa de forma sistemática. Por isso, quando o então Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) resolveu, por meio do Fundo de Desenvolvimento Técnico Científico (FUNTEC), apoiar a pós-graduação e a pesquisa em universidades, a PUC-Rio foi uma das entidades escolhidas para receber este apoio.
          A PUC-Rio não se limitou aos cursos apoiados pelas agências governamentais e, na década de 1960, com o uso exclusivo de recursos próprios, criou inúmeros cursos nas áreas de Ciências Humanas e Sociais.
          Ainda nos anos 1960, a PUC-Rio instalou em suas dependências um Computador Burroughs 205, o primeiro da América Latina em universidades e o primeiro do Brasil.
          Em 1966, um grupo de trabalho deu início a um processo de profunda reforma acadêmico-administrativa da Universidade. No projeto dos novos Estatuto e Regimento, foram abordados pontos relacionados à tríplice função da Universidade (pesquisa, ensino e prestação de serviços); à modernização de sua estrutura organizacional; à organização didática dos cursos em nível de graduação, pós-graduação e extensão; e à implantação do regime de créditos, entre outros. Os novos Estatuto e Regimento foram aprovados em junho de 1969, antecipando-se, assim, à maioria dos projetos de reforma desenvolvidos pelas demais universidades brasileiras, em decorrência da Reforma Universitária de 1968. A Reforma da PUC-Rio acabou sendo referência para todo o país.
          Foram, então, criados os Departamentos, que passaram a ser as Unidades Acadêmicas básicas. Eram, na época, 20 Departamentos divididos em 3 centros: CTCH (Centro de Teologia e Ciências Humanas), CCS (Centro de Ciências Sociais), CTC (Centro Técnico Científico), além do CCBM (Centro de Ciências Biológicas e de Medicina), dedicado à especialização.
          No intenso ritmo dos avanços científico-tecnológicos que geraram profundas transformações nos contextos político, econômico e social da década de 1990, a PUC-Rio confirmou-se como instituição pioneira e dinâmica ao abrir cada vez mais seu leque de atividades. Cinco exemplos merecem registro, por indicarem essa diversificação: (1) criação do Centro Loyola de Fé e Cultura, com o objetivo de expandir o diálogo entre Fé e Cultura/Ciência para além das salas de aula, formando leigos para o trabalho evangelizador; (2) criação do Instituto Gênesis para Inovação e Ação Empreendedora que tem por objetivo, formar empreendedores, empreendimentos e criar ambientes de inovação, promovendo a interdisciplinaridade através da aplicação do conhecimento da Universidade na geração de produtos e serviços inovadores, estreitando assim, sua relação com o mercado; (3) institucionalização do sistema de pós-graduação lato sensu em toda a Universidade com a criação de mais de 20 cursos de especialização com a mesma marca de excelência de seus cursos regulares stricto sensu; (4) criação da Coordenação Central de Educação a Distância (CCEAD) com intuito de funcionar como pólo agregador dos trabalhos de Educação a Distância na PUC-Rio, e (5) criação do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA), com o objetivo de promover e agregar atividades relacionadas ao meio-ambiente entre os diversos Departamentos da Universidade.
          Avançando na meta de estabelecer um relacionamento mais próximo de seus cursos de graduação com o mundo do trabalho, a PUC-Rio criou, em 1995, a Empresa Júnior, empresa de consultoria de caráter multidisciplinar, composta exclusivamente por alunos de graduação. Paralelamente, desde 1997, realiza anualmente a Mostra PUC, com o objetivo de promover uma interação mais ativa entre a Universidade e a iniciativa privada, órgãos do governo e agências de fomento científico. Trata-se de um evento onde diversas entidades são convidadas a montar stands na Universidade para expor seu trabalho e entrar em contato com os alunos. Em todas essas iniciativas, destaca-se o objetivo de dar oportunidade aos alunos e ex-alunos da PUC-Rio de se desenvolverem como profissionais dinâmicos, críticos e criativos.

PUC-Rio e CCS


          Ainda em termos de novas iniciativas na área no ensino de graduação, pode-se destacar a criação de cursos de natureza intercentro como, dentre outros, o de Arquitetura e Urbanismo, em 1992, oferecido pelo Departamento de Artes & Design, do CTCH, e de Engenharia Civil, do CTC, contando com forte colaboração do Departamento de História, do CCS. Vale destacar, também, a criação, em 2005, da Habilitação em Cinema do Curso de Comunicação Social.
          O desejo permanente de manter a excelência em ensino, pesquisa e compromisso social é determinante na universidade. É importante exemplificar ações nesse sentido, tais como: a expansão da universidade para o Colégio São Marcelo (atual Campus Matteo Ricci), também na Gávea, em 2006; a inauguração, em 2007, do Instituto São Bento (atualmente sediado no Polo Caxias - Colégio São Francisco), no centro de Duque de Caxias, para ampliar as ações de extensão da PUC-Rio; e a criação do Instituto de Mídias Digitais, em 2009, através do qual, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi implantado acesso sem fio e gratuito à Internet nas comunidades de Manguinhos, Pavão-Pavãozinho, Jacarezinho e Rocinha.
          Atualmente, a PUC-Rio oferece 42 cursos e habilitações de graduação, 29 programas de pós-graduação stricto sensu e um consistente conjunto de cursos de extensão e de pós-graduação lato sensu. Consolida-se, assim, a cada ano, o fortalecimento equilibrado do tripé ensino, pesquisa e extensão.

PUC - SP
          Fundada no dia 13 de agosto de 1946 pelo Cardeal-Arcebispo da Cúria Metropolitana de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, nasceu a partir da fusão da Faculdade Paulista de Direito com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bento, esta fundada em 1908. Foi reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9.632, de 22 de agosto de 1946 – recebendo o título de Pontifícia em 20 janeiro de 1947 pelo Papa Pio XII, que nomeou Dom Vasconcelos Motta como primeiro grão-chanceler da instituição.
          Nas décadas de 1950 e 1960 do século XX, a instituição aproveitou-se da infraestrutura recebida das faculdades incorporadas, caso do acervo de bibliotecas e a admissão irrestrita de professores renomados. O maior exemplo foram os professores de filosofia advindos da Faculdade de São Bento, instituição que havia recebido o que foi chamado na época de Missão Belga. Isto é, devido a um convênio com Institut Supérieur de Philosophie da tradicional Universidade de Louvain, a instituição herdou professores como Charles Sentroul, Michel Schooyans, Joseph Comblin, Leonardo Van Acker, entre outros. A Faculdade Paulista de Direito teve nessa época professores que, além de terem cursado direito, fizeram o curso de filosofia da Faculdade São Bento, como o professor e diretor da faculdade Agostinho Neves de Arruda Alvim (1897-1976), o eminente professor e primeiro diretor Alexandre Correia (1890-1984), o professor André Franco Montoro (1916-1999), entre outros. Em 1969, a Universidade criou o primeiro curso de pós-graduação do país e, em 1971, entrou em funcionamento o Ciclo Básico no estudo de Ciências Humanas, proposta pioneira no Brasil.
          Durante a época da Ditadura Militar, vários estudantes e professores da PUC-SP participaram de várias manifestações contra o regime, e o então Grão-Chanceler, Dom Paulo Evaristo Arns, admitiu professores de universidades públicas que tinham sido cassados pela ditadura. Nomes como Florestan Fernandes, Octávio Ianni, Bento Prado Jr., José Arthur Giannotti, Celso Furtado e Paulo Freire, perseguidos pela ditadura militar, passaram a fazer parte do quadro de docentes da universidade. Em meados da década de 1970, o curso de filosofia é ameaçado de extinção, sendo que em 1974, a reitoria chegou a anunciar o fechamento do curso. O departamento de filosofia, através de elaboração de relatórios e reorganização administrativa, reage e consegue sustentar a existência do mesmo.
          Em 2001, a universidade teve um déficit de R$ 4 milhões, déficit esse que cresceu no decorrer dos anos, forçando a universidade a realizar empréstimos de bancos, dando origem a uma dívida de R$ 82 milhões em 2005. Os resultados puderam ser observados no resto do ano e também na maior parte do ano seguinte: alguns cursos foram fechados por baixa demanda e vários professores foram demitidos (embora alguns deles tenham aceitado sofrer um corte parcial nos seus salários para evitar serem demitidos), gerando protestos de alunos e professores. No final de 2006, a PUC-SP teve seus primeiros meses não-deficitários.
          Em função da crise, o Cardeal Dom Cláudio Hummes, então Grão-Chanceler da universidade, nomeou dois sacerdotes como secretários-executivos da Fundação São Paulo, os padres João Julio Farias Junior e José Rodolpho Perazzolo, que já exerciam a função de procuradores da Arquidiocese de São Paulo. Eles foram os responsáveis pela segunda leva de demissões ocorridas entre 2006 e 2007, que resultaram num corte de 30% de professores e funcionários da universidade.
          Em 2012, pela primeira vez desde que o sistema de eleição foi implementado na universidade, o candidato à reitoria mais votado (Dirceu de Mello, que já havia sido eleito em 2008) não foi nomeado quando a lista tríplice (contando com mais dois candidatos) seguiu para a ratificação do Cardeal-Arcebispo Dom Odilo Scherer, que indicou Profa. Dra. Anna Maria Marques Cintra, a terceira mais votada nas eleições. Ela assumiu o cargo, mesmo tendo assinado um termo se comprometendo a só assumir se fosse a mais votada. As decisões do Cardeal e de Anna Cintra foram recebidas com insatisfação por parte dos alunos, professores e funcionários, que entraram em greve e realizaram manifestações em resposta à nomeação de Anna Cintra. Em disputa judicial, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, em setembro de 2013, Anna Cintra no cargo de reitora da universidade. Em 28 de outubro de 2016, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu e reafirmou a ilegalidade da greve de 2012, caracterizando-a como uma paralisação de cunho político e abusivo.
          Em 2015, a universidade entrou num processo de reestruturação, tendo já demitido cinquenta professores em dezembro de 2014 e criando contratos emergenciais visando compensar uma ação trabalhista de cerca de R$ 30 milhões, por causa de um dissídio não pago em 2005. As transformações na gestão não são apenas contrárias aos direitos trabalhistas dos professores, mas também, como muitos defendem, são contrárias aos valores confessionais daqueles que administram a própria instituição (Fundação São Paulo), posto que se opõem à encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII (aliás, que dá nome a um dos Centros Acadêmicos da PUC-SP). A encíclica defende, acima de tudo, um salário justo ao trabalhador. Toda a situação de precarização dos contratos de professores e demissões, expõe a atuação tanto da nova reitora quanto da administração da Fundação São Paulo. O último anúncio dado à imprensa em 2015 foi referente à desativação do campus em Barueri, extinção de cursos com baixa demanda e fechamento de 1,3 mil vagas no vestibular até o ano de 2019.
          Todavia, em 2016, mesmo ano em que a PUC-SP completou 70 anos, os sucessivos ajustes nas contas que perduraram por pelo menos 10 anos obtiveram algum resultado. Pela primeira vez desde a década de 1980 a universidade apresentou um balanço positivo, ou seja, a dívida da entidade era menor do que a soma dos ativos. Além disso, a reitoria conquistou a aprovação do recebimento de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, que concedeu um empréstimo de R$ 27 milhões. Obras foram anunciadas em diversos campus para os anos seguintes, como informou o Pe. José Rodolpho Perazzolo, Secretário-Executivo da Fundação São Paulo.

PUC - RS
          A história da PUCRS se inicia com a vinda para o Brasil dos Irmãos Maristas, uma congregação religiosa fundada por São Marcelino Champagnat no ano de 1817, na França. No ano de 1900, os primeiros Maristas chegaram à cidade de Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, a pedido do bispo Dom Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão. A partir de então, muitos outros religiosos maristas - tendo sempre como ideal o estilo marista de educar - vieram da Europa.
          Em 1904, através das instalações da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Porto Alegre, criou-se a Escola Nossa Senhora do Rosário. A transferência do Colégio Nossa Senhora do Rosário para os arredores da Praça Dom Sebastião, no bairro Independência, ocorreu em 1927. A instituição se destacava por seu Instituto Superior de Comércio, dirigido pelo Irmão Afonso (Charles Désiré Joseph Herbaux). Era o primeiro reconhecido no Sul do País e seria o embrião da PUCRS, da qual o Ir. Afonso foi o precursor.
          A pedido dos alunos que se formavam e desejavam continuar seus estudos em nível universitário, mas não tinham como fazê-lo pela inexistência dos mesmos, Ir. Afonso criou o Curso Superior de Administração e Finanças, em março de 1931, com nove estudantes. Três anos depois, o curso passaria a integrar a Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas.
          O projeto dos Irmãos Maristas foi conduzido pela visão do Irmão Afonso, com a colaboração do Irmão Faustino João e dos professores Elói José da Rocha, Elpídio Ferreira Paes, Salomão Pires Abrahão, Francisco Juruena, Irmão José Otão e Antônio César Alves, entre outros. Em 1940, foi fundada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, seguida pela Escola de Serviço Social, no ano de 1945, e pela Faculdade de Direito, em 1947. Com as quatro faculdades, a União Sul Brasileira de Educação e Ensino (USBEE), entidade civil dos Irmãos Maristas, solicitou ao Ministério da Educação a equiparação de universidade.
          Em 8 de dezembro de 1948, o então arcebispo de Porto Alegre e chanceler da Universidade, Dom Vicente Scherer, deu posse à primeira administração para o triênio de 1948 a 1951, assim constituída: reitor, Armando Pereira da Câmara; vice-reitor, Irmão José Otão; Diretor da Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas, Francisco Juruena; Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Antônio César Alves; Diretor da Escola de Serviço Social, Mário Goulart Reis; Diretor da Faculdade de Direito, Armando Dias de Azevedo. Os demais reitores ao longo da história da Universidade foram os professores cônego Alberto Frederico Etges (1951 a 1953), Irmão José Otão (José Stefani) (1954 a 1978), Irmão Liberato (Wilhelm Hunke), que completou o último triênio do Irmão Otão (2 de maio de 1978 a 29 de dezembro de 1978), Irmão Norberto Francisco Rauch (1979 a 2004), Irmão Joaquim Clotet (2004 a 2016) e o Irmão Evilázio Teixeira, que, desde dezembro de 2016, ocupa o cargo de reitor.
          Pelo decreto nº 25.794, de 9 de novembro de 1948, do presidente Eurico Gaspar Dutra, as faculdades passaram a constituir a Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a primeira criada pelos Irmãos Maristas no mundo.
          No dia 1º de novembro de 1950, o Papa Pio XII, por solicitação da mantenedora e do arcebispo Dom Vicente Scherer, outorgou à Universidade o título de Pontifícia. As obras dos Irmãos Maristas sempre foram pautadas pela obediência e respeito às diretivas do Santo Padre, o Papa. Como Universidade Pontifícia, o arcebispo de Porto Alegre é seu chanceler, Dom Jaime Spengler (desde 2013). Os anteriores foram Dom Vicente Scherer (1948 a 1981), Dom João Cláudio Colling (1981 a 1991), Dom Altamiro Rossato (1991 a 2001) e Dom Dadeus Grings (2001 a 2013).
          Em 1954, Ir. José Otão assumiu como reitor (1954-1978) e recebeu uma PUCRS relativamente pequena. Em sua gestão, solidificou a estrutura, reafirmou a força da mantenedora e resolveu transferir a Universidade do Centro de Porto Alegre para o Campus, localizado numa chácara dos Maristas, no mesmo terreno do Colégio Champagnat, no bairro Partenon.
          Em março de 1957, foi lançada a pedra fundamental da Faculdade de Odontologia e, 11 anos depois, o presidente da república Costa e Silva inaugurou a Cidade Universitária. A transferência das Faculdades para o Campus Central começou de forma gradativa em 1960. Em abril de 1962, foram inaugurados os prédios da Faculdade de Odontologia e da Escola de Engenharia.
          Com o Ir. Norberto Rauch como reitor, a Universidade levou a cabo grandes obras: o Tecnopuc, referência como Parque Tecnológico; o Museu de Ciências e Tecnologia, destaque por seus experimentos interativos em várias áreas do conhecimento; o Parque Esportivo, por sua capacidade de agregar inúmeras modalidades esportivas; a nova Biblioteca Central, uma das mais completas da América Latina; além de outros espaços destinados ao desenvolvimento do saber.
          Em 2004, Ir. Joaquim Clotet assumiu como reitor (2004-2016) e começou a revisar prioridades. Quatro linhas orientaram sua gestão: qualidade; empreendedorismo; integração ensino, pesquisa, extensão; e relacionamento com a sociedade.
          Em 2017, já com o Ir. Evilázio Teixeira como reitor, foi lançado o movimento PUCRS 360º – Universidade em transformação, que busca mais autonomia para os estudantes durante sua trajetória universitária, novos eixos formativos para uma experiência acadêmica diferenciada e mais espaços de convivência e estudo no Campus, como a Rua da Cultura.
          O brasão da PUCRS é formado, em seu timbre, por uma tiara (ou coroa) e duas chaves papais, sob às quais pende um liste azul com o lema latino Ad verum ducit, que significa "conduz à verdade". Em seu escudo, decorado com pele de arminho, há uma cruz de São Pedro invertida, em cor vermelha, na qual estão estampados o monograma dos Irmãos Maristas e uma estrela de sete pontas.

PUC - MG
          Em 12 de dezembro de 1958 nasceu a PUC Minas, fruto do sonho de um homem, conhecido e eternizado pelo bairro que leva o seu nome: Dom Antônio dos Santos Cabral, o Dom Cabral. Esse sonho concretizado, hoje faz parte diretamente da vida de alunos, professores e funcionários, e, indiretamente, da vida de milhares de pessoas beneficiadas por projetos de extensão e pesquisa e pelos profissionais formados na Universidade desde a sua criação.
          A história da PUC Minas começa em 1884, em Propriá, Sergipe. Lá, nasceu Dom Cabral, que veio para Belo Horizonte em 1922 para ser o primeiro bispo da jovem capital mineira. Veio com a missão de dotar a cidade da assistência de uma Igreja que auxiliaria o funcionamento e o crescimento da capital. A diocese foi elevada a arquidiocese em 1924 e praticamente não tinha bens. Com seu espírito empreendedor, Dom Cabral, que se tornou arcebispo, se pôs a trabalhar para construir as paróquias. Dentre as aquisições da nova Arquidiocese, a Fazenda Pastinho, no bairro Bela Vista, hoje bairro Dom Cabral, que abrigou, inicialmente, o Seminário Coração Eucarístico de Jesus, atualmente a PUC Minas. Uma parte desse terreno foi comprada pelo próprio Dom Cabral, com recursos herdados do pai.
          A exemplo das universidades católicas que já haviam sido criadas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre, Belo Horizonte também queria a sua universidade católica.
          O objetivo da criação de uma instituição católica de ensino superior em Belo Horizonte era oferecer à juventude que emergia dos colégios, quase todos religiosos, uma opção de universidade comprometida com a saúde física e mental das pessoas, com o resgate dos pobres e com a justiça e os direitos fundamentais dos cidadãos.
          Em junho de 1948, foi criada a Sociedade Mineira de Cultura, mantenedora da futura universidade. As primeiras escolas a se incorporarem à Sociedade foram a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria e a Faculdade Mineira de Direito, em 1949, seguidas da Escola de Enfermagem Hugo Werneck e da Faculdade de Ciências Médicas, em 1951, e da Escola de Educação Física, em 1952. Em 1954, a Escola de Serviço Social foi incorporada com todo o seu patrimônio, incluindo seu imóvel e sua vasta biblioteca, cumprindo, assim, as exigências do Ministério da Educação. Em 12 de dezembro de 1958, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, e o ministro da Educação, Clóvis Salgado, assinaram o decreto de criação da Universidade Católica de Minas Gerais.

PUC - PR
          A PUCPR foi fundada em 14 de março de 1959 como Universidade Católica do Paraná', por Dom Manuel da Silveira D'Elboux, Arcebispo de Curitiba. A fundação da PUCPR resultou da união das instituições Círculo de Estudos Bandeirantes, fundada em 1929, Escola de Serviço Social do Paraná, fundada em 1944, Escola de Filosofia, Ciências e Letras de Curitiba, fundada em 1950, Escola de Enfermagem Madre Léonie, fundada em 1953, Faculdade Católica de Direito do Paraná, fundada em 1956, Faculdade de Ciências Médicas, também fundada em 1956 e a Faculdade de Ciências Econômicas, fundada em 1957.
          Em 1972, a PUCPR inaugurou o Coral Champagnat PUCPR, formado por alunos e funcionários da universidade e cantores da cidade de Curitiba. Em dezembro do ano seguinte, Dom Pedro Fedalto, Arcebispo de Curitiba entregou a administração da PUCPR aos Maristas e a universidade passou a ser mantida pelos mesmos.
          O Hospital Universitário Cajuru foi adquirido pela Associação Paranaense de Cultura, mantenedora da PUCPR em 1977. O Hospital é um hospital-escola onde os alunos da universidade atendem a comunidade local.
          Em Abril de 1980, foi criado o grupo de teatro Tanahora da PUCPR para promover atividades artísticas no meio acadêmico e na comunidade local.
          O Vaticano concedeu à PUCPR a condição de Pontifícia em agosto de 1985 (a Ciênciaefé). Em 1991, foi fundado o campus em São José dos Pinhais. O campus Toledo foi fundado em 2000, o campus Londrina foi fundado em 2002 e o campus Maringá foi fundado em 2004.
          Em 2012, a PUCPR inaugurou a nova sede em Maringá e lançou o curso de medicina no campus Londrina. O curso foi aprovado pelo MEC e tem seis anos de duração em turno integral.
          Em setembro de 2013, a universidade fez convênio com a Santa Casa de Londrina para as atividades clínicas do curso de medicina. O alunos têm aulas teóricas e práticas, acompanhadas pelos professores do curso no Hospital Infantil, mantido pela Irmandade Santa Casa de Londrina (ISCAL).

PUC - GO
          Em 1948, Dom Emmanuel Gomes de Oliveira, que na época era Arcebispo de Goiânia, lança a ideia de criar a primeira Universidade do Centro-Oeste. No mesmo ano foi implantada a Faculdade de Filosofia, com cursos de História, Geografia, Letras e Pedagogia.
          Após alguns anos, são criadas as Faculdades de Ciências Econômicas (1951), e Direito (1959) e as escolas superiores de Belas Artes (1952), Enfermagem (1954), Serviço Social (1957) e Instituto de Pesquisa Econômica e Social. Reunindo essas faculdades, em 1958, cria-se a Sociedade Goiana de Cultura (entidade mantenedora da Universidade). Dom Fernando Gomes dos Santos, Arcebispo de Goiânia, organiza a Universidade de Goiás, que posteriormente passaria a ser chamada Universidade Católica de Goiás (UCG).
          Com o passar os anos, a universidade abriu novos cursos, entre eles: Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Farmácia, Fisioterapia e Ciências Aeronáuticas.
          A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) tem sede no município de Goiânia. É uma universidade católica e comunitária, pluridisciplinar, para formação de quadros profissionais de nível superior, reconhecida pelo Governo estadual nos termos do Decreto n. 47.041 de 17 de outubro de 1959, sob o nome inicial de Universidade de Goiás. Fundada em 17 de outubro de 1959 pela Sociedade Goiana de Cultura, a PUC Goiás é a mais antiga universidade do estado, precedendo a Universidade Federal de Goiás  em dois meses.
          A Universidade de Goiás teve alterada sua denominação para Universidade Católica de Goiás pelo Decreto n. 68.917, de 14 de julho de 1971.
          Foi reconhecida Universidade de Direito Pontifício em 8 de setembro de 2009, passando assim a categoria de PUC, sendo a 7ª no Brasil e a 19ª no mundo com este título.
          A PUC Goiás dispõe de cursos diversificados e oferece 55 cursos de graduação, (especializações, mestrados e doutorados), 250 pesquisas em andamento e 458 laboratórios.
          Em 8 de setembro de 2009, o cardeal polonês Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica no Vaticano reconheceu a Universidade Católica de Goiás (UCG) como Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).
(Fonte: Estudar Fora - Fundação Estudar / Wikipédia / PUC-Rio CCS - partes)

Adam Capital

          A gestora Adam Capital foi fundada em 2016 por Márcio Appel e André Salgado e rapidamente se tornou uma das maiores do país
          A equipe da Adam é formada por executivos com pelo menos 20 anos de trajetória no mercado financeiro em cargos de destaque em grandes instituições nacionais e estrangeiras.
           São sócios da gestora: Márcio Appel, André Salgado, Fábio Landi, Camila Souza, Sérgio Dias e
Adriano Fontes.
          O sucesso dos fundos e da gestora fez com que o investidor Márcio Appel ganhasse os holofotes.
Appel nasceu em 1973, no bairro de Leblon, na cidade do Rio de Janeiro. Seu sonho de infância era trabalhar na NASA, tanto que chegou a ingressar no curso de engenharia aeronáutica no Instituto Tecnológico de Aeronáutica - ITA, em 1990. Porém, em 1992, transferiu seu curso para engenharia eletrônica, no qual veio a se formar em 1994.
          O "fenômeno Adam" começou sua trajetória no setor bancário antes de ganhar os mercados como uma espécie de "guru". Antes de co-fundar a Adam, Appel foi diretor do Safra Asset Management (2008 – 2015), responsável pela gestão dos fundos do banco. Atuou como Head do Santander Asset Management (2001 – 2008) e na Tesouraria do Banco Bozano Simonsen (1995 – 2000).
          Considerando números de 2022, a Adam tem mais de R$ 8 bilhões sob gestão.
(Fonte: The Capital Advisor - 11.10.2022 - parte)

9 de mai. de 2023

Café Piu Piu

          O Café Piu Piu foi naugurado em maio de 1983 no bairro do Bixiga, em São Paulo, mais precisamente na Rua 13 de Maio, por Luiz Lustig e sua mulher na época, Silvia Galant. O Café Piu Piu está conservado, como uma extensão da casa de colaboradores e clientes. É a memória viva da noite paulistana.
          Silvia administra o local, juntamente com seu filho, Paulo Lustig, e manteve o espaço funcionando todos esses anos, sem nunca fechar. Somente durante o período da pandemia em que não se podiam abrir as casas de shows e, mesmo assim, o Café Piu Piu fez com que todos os funcionários, do chef de cozinha ao recepcionista, garçonetes, garçons, assistentes, gerente, técnico, permanecessem empregados por todo o tempo,
          E não é raro funcionários que estão lá desde o início, caso do Roberto de Moraes, o mesmo técnico de som há quatro décadas, que nunca faltou em nenhuma noite, e que já viu passar por lá artistas como Cauby Peixoto, Arrigo Barnabé, Tetê Espíndola, Itamar Assumpção, André Cristovão, Sivuca, Dante e Ná Ozzetti, Renato Borghetti, Nany People, Wanda Sá e Menescal, Ira, Lobão, Kid Vinyl, Angra, Thunderbird, Camisa de Vênus, entre tantos outros.
          Hoje, mais focado no rock, bandas como Almanak, Mr. Legacy, Classic Zoom, Rolls Rock, Rock Collection, Hot Rocks, Rádio Show entre outras, compõem a agenda da casa.
          Para celebrar os 40 anos de existência (maio de 2023), bandas que são figurinhas constantes por lá e convidados especiais, como Luís Carlini (Tutti Frutti), Rodrigo Santos (Barão Vermelho), Jimmy London (Matanza Ritual), entre outros, prometem shows para lá de animados.
(Fonte: CNN Brasil - Viagem & Gastronomia - Maio 2023)

Café Piu Più comemora 40 anos com agenda especial de show

Café Piu Più comemora 40 anos com agenda especial de showDivulgação

Don Giovanni (vinho) / Dona Bita (conhaque)



          Beatriz Dreher Giovaninni  nasceu em berço de vinho. E de espumante, e de conhaque. Não tem memórias da infância que não estejam ligadas ao cultivo de uvas e à produção de bebidas no negócio da família. Viu seu sobrenome, Dreher, virar uma das marcas de conhaque mais famosas do país.
          O avô imigrante trouxe, em 1910, o gosto pelo cultivo das uvas e a fabricação de bebidas. A receita do brandy, que se tornou mais tarde o conhaque Dreher, veio com ele. Na propriedade instalada em Pinto Bandeira, no interior de Bento Gonçalves, ficava a fábrica e também a área dos parreirais.
          As instabilidades do mercado brasileiro, somadas às mortes de familiares que eram peças fundamentais na administração da companhia, acabaram estimulando a venda da Dreher para uma empresa americana, a Heublein, em meados da década de 1970. Era o fim do contato de Beatriz com o seu universo. Até mesmo o produto, receita de seu avô, já não era mais o mesmo. Mudanças na legislação permitiram alterações na fórmula do conhaque, que já não se parecia com o brandy original.
Quando vendemos, a família saiu totalmente do negócio. A propriedade da minha infância foi junto. Não ficamos com nada - revela Beatriz.
          Mas, se precisou abrir mão de tudo isso, quando a empresa foi vendida, não foi para sempre. Ela readquiriu a propriedade da sua infância e reergueu o ofício de seu pai.
          Bem resolvida com a decisão familiar, ela tocou a vida, que a esta altura tinha as suas urgências, como a casa, os filhos e o trabalho. Mas demoraram apenas dois anos para que a quinta em que se fazia os vinhos e o brandy e onde floresciam os parreirais voltasse às mãos da família Dreher Giovaninni. Beatriz e o marido, Airton, viram a oportunidade e adquiriram de volta a propriedade. No local, hoje está instalada a vinícola Don Giovanni. E hoje, Beatriz Dreher Giovaninni vive de novo em berço de vinho, de espumante...
          O marido, aliás, é um parêntese necessário para contar o desenrolar dessa história. Proprietário de uma metalúrgica em Bento, Airton nunca teve qualquer contato com o mundo do vinho. O que conhecia era uma certa menina de grandes olhos verdes, a quem encontrava na companhia dos pais, nos bailes do Clube Aliança.
          Ele passava na rua e dizia que queria casar comigo. Mentira, tu é que corria atrás de mim! Risos. Muitos risos. Assim nasceu uma história de amor e parceria que dura 47 anos. Com o entusiasmo de Airton, Beatriz acreditou na possibilidade de retomar a propriedade da família. Fim do parêntese. Mas jamais o fim da história.
          Nós não tínhamos intenção de voltar a trabalhar com vinhos e brandy. Queríamos somente a casa e o terreno para ser nosso refúgio de campo, e contato com a natureza, aos finais de semana.
          Porém, ao encontrarem, no topo de uma colina, os parreirais antigos, plantados no tempo do pai de Beatriz, o casal decidiu preservar o que havia de vinhedos no local. Daí até buscarem novas cepas, aumentarem a área cultivada e voltarem a fazer vinhos foi apenas questão de tempo.
          A ideia inicial era fazer somente um vinho para o nosso consumo e para presentear amigos. Seria uma diversão - diz Beatriz.
          Hoje, a vinícola produz 120 mil garrafas de espumante, além de vinhos tintos e brancos. Um dos rótulos já foi eleito pela revista Gula como melhor do Brasil. Começaram a ser reconhecidos pelos produtos e não pararam mais.
          Um dos maiores orgulhos de Beatriz é ter recuperado o brandy feito pelo avô, na época da fundação da Dreher. Brandy (também chamado de conhaque) é um destilado de vinho que envelhece por, no mínimo, 12 anos antes de poder ser consumido. Sua graduação alcoólica chega aos 40% e ele tem um gosto adocicado e marcante. As garrafas gordinhas do Brandy Don Giovanni e as barricas em que ele envelhece são exibidas com pompa, em local de honra da vinícola.
          Além de retomar a produção de bebidas, o casal transformou a velha casa em pousada, com capacidade para poucos hóspedes e muito aconchego.
          Ao sentar-se à mesa para brindar, Beatriz afirma que, na época, não imaginava-se seguindo os passos da família. Até porque a empresa, que havia sido fundada pelo avô e o pai, já não existia mais. Mas ao contemplar a paisagem que cerca a vinícola e ao ter na taça uma bebida fabricada ali mesmo, por ela e pelo marido, sente-se recompensada. Por ter atado as pontas da sua história, por estar ali, no lugar que sempre foi seu, e por estar cada vez mais apaixonada pelo velho ofício da sua família.
          Voltar a fabricar vinhos, espumantes e o brandy não foi um plano, mas revelou-se uma fonte farta de felicidade. Beatriz resolveu então deixar registrado todo o seu gosto por aquele trabalho. Queria ter um espumante com o meu nome. Mas não era aquela coisa de homenagem, sabe? Queria mesmo era desfrutar dele enquanto estou viva e saudável.
          Nasceu assim o Dona Bita, o produto premium da vinícola, batizado com o apelido de infância de sua idealizadora. O espumante é um corte de chardonnay e pinot noir, feito pelo método champenoise - o mesmo utilizado para a fabricação da champagne - que matura por, no mínimo, 48 meses antes de chegar ao consumidor. Oferecer uma taça dele aos amigos é das coisas que mais envaidecem Beatriz. Quando acompanha algum visitante à cave de envelhecimento, faz questão de mostrar as garrafas da sua bebida.
          Presente em todas as partes do empreendimento, a história da família invade também a cozinha da pousada. Da mãe, Beatriz herdou o gosto pelas panelas e o talento para criar pratos. Inspirou-se então nos risotos maternos e criou a iguaria pela qual é famosa: o Risoto de Alcachofra acompanhado de Frango na Cerveja. Detalhe: as alcachofras são fresquinhas, plantadas ali mesmo, na horta, pelas mãos da própria cozinheira. "Vinho nacional na nossa taça é comida na mesa do produtor rural. Temos que pensar nisso.", diz Beatriz.
(Fonte: GZH - Redação Donna - 23.09.2013 / 24.03.2014)

Cerveja Xingu

          Nos anos 1980, o norte-americano Allan Eames (escritor e especialista em antropologia e história da cerveja) e a então esposa, Anne Latchis, visitaram a Amazônia para ouvir histórias e estudar os fermentados dos povos do Xingu. Inspirados em mitologias do século XVI - o da época da chegada dos portugueses ao Brasil -, queriam saber mais sobre as bebidas fermentadas de milho e mandioca. A história sobre uma cerveja escura foi a que mais os atraiu.
          Em um mercado de cervejas artesanais em transformação, buscaram desenvolver uma cerveja brasileira que trouxesse na receita esses elementos. Encontraram o empresário carioca Cesario Mello Franco, disposto a "construir uma marca para representar a brasilidade e ser distribuída em outros países".
          O primeiro desafio era onde produzir. Em Caçador (SC), uma fábrica de mesmo nome inaugurada em 1936, aceitou a missão de brassar uma Lager escura. O primeiro lote é de 1987, e o primeiro desembarque no Porto de Boston (EUA) ocorreu em fevereiro de 1988. Bem recebida pelo Culinary Institute of America, no Hyde Park, no Estado de Nova York, a cerveja, no mês seguinte, já tinha todo o seu estoque vendido nos EUA. No mesmo ano, o jornal The New York Times, em reportagem dominical, destacou The mellow art of the micro brew ("A doce arte da microcervejaria"). A cerveja escura, leve e saborosa ainda trazia garrafas de 640 ml, uma novidade para os norte-americanos, acostumados com as de 350ml.
          Nos anos 1990, a Xingu se tornou a brasileira com maior volume de exportação, representando 63% das vendas de cerveja do país ao exterior. O reconhecimento veio com a conquista de prêmios como o da All About Beer Magazine (Gold Medal, 91 pontos) e dois ouros do Beverage Testing Institute (Categoria Dark Lager). O inglês Michael Jackson (1942-2007), o "beer hunter", após experimentar a Xingu em um bar, em um de seus artigos na All About Beer sentenciou: "It was delicious".
          Nos anos 2000, depois da compra da marca no Brasil pela Kaiser, a Xingu ganhou visibilidade e cadeia de produção e de distribuição no país. Enquanto isso, no exterior, foram desenvolvidas novas versões, consolidando-a nos mercados norte-americano e europeu. Em 2015, a Xingu Gold foi desenvolvida na Inglaterra e foi eleita a melhor cerveja do Brasil pelo Beverage Testing Institute de Chicago. Ainda em 2017, ganhou ouro e prata no Los Angeles International Beer Competition nas categorias Dark Lager e Lager.          
          Como descrito acima, o empresário Cesario Mello Franco lançou a marca em 1988 e tempos depois, 2000, vendeu os direitos no Brasil para a Kaiser. Un pouco antes da pandemia, em novembro de 2019, recomprou-a do Grupo Heineken, que comprara a Kaiser.
          A empresa tem agora como prioridade expandir a cerveja no mercado brasileiro. Não só na clássica versão escura, mas também em outros estilos, com uma linha diversificada. Atualmente a produção da Xingu é concentrada no Canadá e na Alemanha. Foi produzida também na França e na Inglaterra. Via 65 distribuidoras, em 45 Estados, irriga os copos de apreciadores nos Estados Unidos, onde já foi eleita a melhor cerveja brasileira. "Na Europa, são de 10 a 15 festivais", contabiliza Mello Franco. "No exterior a gente faz a Xingu Black, a Gold, a Weiss e Zoigl (típica da Bavária, na Alemanha) e percorre todos os festivais da Alemanha de abril a setembro."
          Hoje a produção e o mercado estão basicamente no exterior, mas o plano é inverter essa proporção e fazer a fatia do Brasil chegar a cerca de 90%. Para isso, ao relançar a marca, em dezembro de 2022, o empreendedor alinhou a operação com um distribuidor nacional, a Interfood, e a produção na Brew Center, em Ipeúna (SP).

Ainda para este ano, estão programados mais dois estilos, mantidos em segredo. Além desses, uma das novidades será uma Brazilian Pale Ale, cuja fórmula foi desenvolvida por Paulo Schiaveto. Os esforços são para ganhar escala, de forma a reduzir o preço e oferecer um custo-benefício atrativo. Como parte dessa estratégia, ao recomprar a marca, Mello Franco buscou um meio-termo em relação à fórmula original. "Quis resgatar tudo o que era sensorial, aromático, mas também ajustei elementos mais adequados ao paladar brasileiro", conta.
          Filho do diplomata Affonso Arinos de Mello Franco (1930-2020), o empreendedor é habituado a transitar pelo mundo e, para coordenar uma operação entre tantos países, afirma: "Terceirizo tudo, mas coordeno tudo". Na Xingu, ele combina um empreendimento empresarial com as paixões pessoais ecléticas. Cesario Mello Franco é artista plástico, escritor assim como o pai (membro da Academia Brasileira de Letras) e documentarista, além, claro, de cervejeiro e empresário.
          Tem uma personalidade renascentista. Com a Xingu, no fim dos anos 1980, e depois, ao fundar a Colorado, em 1996, ao lado do amigo Marcelo Carneiro, contribuiu para tirar o Brasil da Idade Média cervejeira, de absolutismo das American Light Lagers.
(Fonte: Beer Art - Portal da Cerveja - Notícias RSS - 24.04.2023

8 de mai. de 2023

BlueLine

          A asset BlueLine é uma das investidas do multimercado Rising Stars do Banco Itaú.
          Em dezembro de 2022, a BlueLine assumiu a Greenbay.
          No início de maio de 2023, a BlueLine Asset Management incorpora a Itaverá Investimentos, gestora de ações de Rodrigo Magela, com um patrimônio de cerca de R$ 20 milhões.
          Com mais de 25 anos de experiência no setor, Magela tem passagens pelo Banco Pactual, ARX e foi um dos fundadores da Oceana Investimentos. Com ele, a BlueLine adiciona cinco profissionais, entre analistas e gestores. A Itaverá chegou a ter R$ 230 milhões sob seu guarda-chuva, mas o volume estava concentrado em um único investidor, que resgatou seus recursos.
          A equipe contribuirá com as estratégias de renda variável do fundo multimercado da BlueLine, além de tocar a estratégia long-biased, de arbitragem, proveniente da Itaverá, que tem histórico desde abril de 2014. A carteira acumula desde o início rentabilidade de 94,64%, ante 170,73% do IPCA, mais oIMAB-5+, e 104,18% do Ibovespa. A carteira passa a ter a gestão da BlueLine.
          Com essa nova aquisição, a BlueLine aumentou a sua equipe de 14 para 27 pessoas. Com a associação, os negócios combinados passam a reunir R$ 425 milhões.
(Fonte: jornal Valor - 05.05.2023)

5 de mai. de 2023

Dreher (conhaque)

          Lançada em 1910 por uma família de alemães, Dreher é uma marca com o DNA 100% brasileiro. Teve sua origem na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, uma das áreas mais importantes para a produção de vinho no Brasil. Na propriedade instalada em Pinto Bandeira, no interior de Bento Gonçalves, ficava a fábrica e também a área dos parreirais.
          A família possuía o desejo de criar um conhaque nacional de alta qualidade, produto que na época podia ser consumido apenas quando importado.
          O fundador, imigrante, é avô de Beatriz Dreher Giovaninni, que mais tarde comprou de volta a propriedade vendida pelo avô e pelo pai e criou, junto com o marido Airton, o vinho Don Giovanni e o conhaque Dona Bita (seu apelido de infância).
          Conhaque é decorrente da destilação do vinho. Também conhecido como brande ou brandy, o conhaque tem cerca de 40% a 60% de teor alcoólico por volume. Além do vinho, a bebida também pode ser feita através do suco de frutas fermentadas.
          Na época, a bebida era um destilado à base de vinho, que com o passar dos anos foi sendo alterada para agradar o exigente paladar brasileiro, até chegar na fórmula atual, um composto cuja base é o gengibre.
          A fábrica foi adquirida pelo grupo Heublein em meado da década de 1970, que passou a produzir também o conhaque Dreher e, em 2001, passou para as mãos do Campari Group.
          Hoje, é o conhaque mais popular do país, e não é para menos: com uma personalidade forte e um sabor marcante, Dreher acompanha os brasileiros em todas as situações há mais de 100 anos. Dreher é o conhaque que mais está presente nos bares brasileiros.
(Fonte: Mabilia Bebidas / vivendobauru.com - 04.04.2022)

1 de mai. de 2023

First Republic Bank

          O First Republic Bank foi fundado em fevereiro de 1985 por Jim Herbert, anteriormente fundador e CEO do San Francisco Bancorp, que ele vendeu para a Atlantic Financial.
          O First Republic Bank é um banco comercial e provedor de serviços de gestão de patrimônio com sede em San Francisco. Atende a indivíduos de alto patrimônio líquido. Ele opera 93 escritórios em 11 estados, principalmente em Nova York, Califórnia, Massachusetts e Flórida. Em 31 de dezembro de 2022, a empresa tinha US$ 150 bilhões em empréstimos pendentes a receber, incluindo US$ 102 bilhões em empréstimos garantidos por imóveis residenciais, US$ 34 bilhões em empréstimos garantidos por imóveis comerciais geradores de renda, US$ 18 bilhões em empréstimos comerciais e US$ 10 bilhões em outros empréstimos. Os empréstimos garantidos por garantias ocorreram predominantemente nas áreas metropolitanas de Boston, Nova York, São Francisco e Los Angeles. A empresa tinha uma taxa de empréstimo para depósito de 111%, o que significa que emprestou mais dinheiro do que em depósitos de clientes.
          O First Republic iniciou suas operações em 1º de julho de 1985 como uma empresa de empréstimos industriais licenciado pela Califórnia. Tornou-se uma empresa pública por meio de uma 
oferta pública inicial na NASDAQ em agosto de 1986.
          Em 1993, o First Republic adquiriu a Silver State Thrift, uma associação de poupança e empréstimo em Nevada. Três anos depois, em 1996, o First Republic procurou mudar para uma licença bancária para expandir suas ofertas. Ele pressionou o Legislativo de Nevada para aprovar uma lei que permitisse a conversão de uma poupança de Nevada em um banco do estado de Nevada. A lei foi aprovada em julho de 1997. Após a aprovação da lei, o banco de poupança de Nevada tornou-se um banco estatal, o First Republic Savings Bank.
          Em 1998, o First Republic adquiriu a Trainer Worthman & Co. e, em dezembro de 2001, adquiriu a Starbuck, Tisdale & Associates por US$ 13 milhões em dinheiro e ações. Em janeiro de 2000, o First Republic adquiriu uma participação de 18% na Froley, Levy Investment Company Inc. e, em 2002, comprou a empresa de investimentos por US$ 17 milhões em dinheiro e ações.
          Em 2004, adquiriu a divisão Private Client Asset Management da Bay Isle Financial do Janus Capital Group.
          Em 2006, o banco adquiriu o Bank of Walnut Creek.
          Em setembro de 2007, o First Republic foi adquirido pela Merrill Lynch por US$ 1,8 bilhão em dinheiro e ações.
          Em julho de 2010, o Bank of America, que adquiriu o Merrill Lynch e assim adquiriu o First Republic, vendeu o First Republic Bank a um grupo de investidores privados, incluindo Colony Capital, General Atlantic e o presidente James Herbert e a ex-COO Katherine August DeWilde, por aproximadamente US$ 1 bilhão. Thomas J. Barrack, Jr., chefe da Colony, havia sido membro do conselho antes do acordo com a Merrill Lynch e a General Atlantic foi um dos primeiros investidores na empresa, investindo cerca de US$ 5 milhões em 1987. Um adicional de US$ 800 milhões foi fornecido pelo consórcio de investimento para atender aos novos requisitos de capital estabelecidos pelos reguladores dos EUA.
          Em dezembro de 2010, o banco tornou-se novamente uma empresa pública por meio de uma oferta pública inicial, arrecadando US$ 280,5 milhões.
          Em novembro de 2012, a First Republic adquiriu a Luminous Capital, uma empresa de gestão de patrimônio com US$ 5,5 bilhões em ativos, por US$ 125 milhões.
          Em 2015, a First Republic adquiriu a Constellation Wealth Partners por US$ 115 milhões.
          Em dezembro de 2016, o banco adquiriu a Gradifi, uma startup de 2 anos que trabalha com empresas para ajudar os funcionários a pagar dívidas de empréstimos estudantis que contavam com PricewaterhouseCoopers, Natixis Global Asset Management e Penguin Random House como clientes.
          Em março de 2018, o banco investiu na CommonBond, uma financiadora de empréstimos estudantis. Em maio do mesmo ano, a empresa alugou mais escritórios no Rockefeller Center na cidade de Nova York.
          Em 2019, 50 consultores de clientes, que faziam parte da aquisição da Luminous pela First Republic, com US$ 17 bilhões em ativos sob gestão, deixaram a empresa.
          Durante as falências bancárias dos Estados Unidos em março de 2023, havia preocupações de uma possível corrida bancária no First Republic. Para aliviar as preocupações e apoiar quaisquer retiradas de depósitos, em 16 de março de 2023, os principais bancos dos EUA, incluindo JPMorgan Chase, Bank of America, Wells Fargo, Citigroup e Truist Financial, depositaram US$ 30 bilhões na First Republic.
          Em 1º de maio de 2023, o Fist Republic deixou de existir: os reguladores socorreram o banco em apuros durante a noite e o venderam para o JPMorgan Chase. O que é agora a segunda maior falência bancária da América, após o colapso do Washington Mutual em 2008, significa que 84 agências bancárias que fecharam como unidades do First Republic na sexta-feira, dia 28 de abril, foram reabertas como agências do Chase.
          O acordo encerra uma enxurrada de negociações nos últimos dias para resolver o destino da First Republic, que não conseguiu se recuperar da turbulência desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank em março. Reguladores e executivos bancários esperam que a venda acabe com a crise bancária regional.
          O JPMorgan venceu em um leilão que ocorreu no fim de semana, vencendo outros concorrentes, incluindo a PNC Financial Services. Como parte do acordo, o JPMorgan assumirá a maior parte dos ativos da First Republic, incluindo US$ 173 bilhões em empréstimos e US$ 30 bilhões em títulos, além de US$ 92 bilhões em depósitos.
          Isso poupará o F.D.I.C. de uma conta de resgate maior: não precisa se preocupar em cobrir os cerca de US$ 50 bilhões da First Republic em depósitos não segurados, já que eles passarão para o JPMorgan. (O F.D.I.C. ainda estima que seu fundo de seguro sofrerá um golpe de US$ 13 bilhões, e a agência chegou a um acordo de compartilhamento de perdas com o JPMorgan em alguns empréstimos.)
          O leilão é outra reviravolta na história do First Repúblic. O JPMorgan inicialmente era um consultor do banco problemático, com seu CEO, Jamie Dimon, ajudando a convencer seus colegas de outros grandes bancos a depositar US$ 30 bilhões no First Republic em março, como uma tábua de 
salvação.
(Fonte: Wikipédia / NY Times - 01.05.2023 - partes)

A high rise building with signs reading "First Republic Bank" on the ground floor

The building housing the headquarters of First Republic Bank, in San Francisco's Financial District (2022)