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10 de mai. de 2023

Pontifícia Universidade Católica - PUC

          No Brasil, as Pontifícias Universidades Católicas, ou PUCs, têm reconhecida tradição acadêmica. Não é diferente quando pensamos em instituições do tipo que são referência na América do Sul, como as PUCs do Chile e da Argentina. As universidades católicas, no entanto, têm características específicas para serem regidas pela Igreja. Uma delas, inclusive, está localizada no próprio Vaticano e é uma referência internacional em estudos teológicos.
          Algumas instituições de ensino superior católicas romanas, bem como as eclesiásticas recebem o título honorífico de “pontifícia universidade” quando são reconhecidas diretamente pela Santa Sé. Tal reconhecimento, é regido pelo Código de Direito Canônico, dentro da constituição apostólica comandada pelo Papa.
          Em geral, os graus acadêmicos que uma universidade pontifícia pode conceder são em teologia sagrada, direito canônico e filosofia. Na prática, porém, estas instituições também oferecem formações em outros campos de estudo.
          O Brasil tem pontifícias universidades importantes, distribuídas por vários estados, como a PUC-Rio, PUC-SP, PUC-RS, PUC Minas, PUC-PR e PUC Goiás. Já nos países vizinhos, a Pontifícia Universidade Católica do Chile e da Argentina se destacam entre as mais renomadas da América Latina.
          A faculdade católica chilena, privada, vem desafiando desde 2014 a USP entre as melhores instituições latino-americanas. E isso principalmente devido a um investimento maior em pesquisa acadêmica, incluindo parceria com instituições estrangeiras para publicações de artigos.
          As primeiras faculdades criadas na PUC do Chile foram de Direito, Ciências Físicas e Matemática. Mais tarde, foi a vez da tradicional Escola de Letras e, entre 1920 e 1953, mais seis faculdades foram inauguradas (Arquitetura, Comércio, Filosofia, Ciências da Educação, Medicina, Tecnologia e Teologia), além de outras quatro escolas (Serviço Social, Enfermagem, Ciências Biológicas e Artes Plásticas).
          Já a Universidade Católica Argentina (UCA) é uma importante instituição privada de ensino superior, tão prestigiada quanto a Universidade de Buenos Aires (UBA), que é pública. Reconhecida por sua formação integral, a UCA é baseada em inovação e tem entre os principais projetos de desenvolvimento o Observatório da Dívida Social da Argentina e o Instituto de Pesquisa Biomédica. Tem mais de 50 cursos de bacharelado e 180 programas de pós-graduação, entre especialização, mestrado e doutorado, em temas como Agricultura, Ciência Política, Relações Internacionais, Engenharia, Jornalismo e Ciências Médicas.

PUC - RJ
          Criar a “Universidade Católica do Brasil” foi uma meta estabelecida pelos Bispos do Brasil e um sonho acalentado por Dom Sebastião Leme e Pe. Leonel Franca, S.J. Com este objetivo, em 30 de outubro de 1940, por meio do Decreto 6.409, foi criada a Sociedade Civil Faculdades Católicas, integrada na rede educacional da Companhia de Jesus, que mantém obras educacionais com a finalidade de contribuir para a missão evangelizadora da Igreja.
          No dia 15 de março de 1941, foi realizada a inauguração solene dos cursos das Faculdades Católicas de Filosofia e Direito, instaladas anexas ao Colégio Santo Inácio. Em 1943, a Faculdade de Filosofia instalou um curso de preparação para auxiliares de Serviço Social.
          A Faculdade Católica de Filosofia, a Faculdade Católica de Direito e a Escola de Serviço Social receberam autorização de se reunirem, constituindo-se em Universidade pelo Decreto 8.681, de 15 de janeiro de 1946, ano em que foram aprovados os Estatutos da Universidade Católica do Rio de Janeiro. No ano seguinte, pelo Decreto da Congregação dos Seminários, de 20/01/1947, a Santa Sé concedeu-lhe o título e as prerrogativas de Universidade Pontifícia.
          Com o crescente desenvolvimento da indústria no país e a consequente necessidade de cursos na área de engenharia, foi criada em 1948 a Escola Politécnica da PUC (EPPUC).
          Ao final da década de 1940 e nos anos de 1950, foram criados os cursos de Jornalismo e Matemática, os Institutos de Direito Comparado e de Psicologia Aplicada, a Escola de Sociologia e Política, a Escola Médica de Pós-Graduação e os Cursos de Aperfeiçoamento Odontológico, bem como o Instituto de Administração e Gerência (IAG).
          A PUC-Rio continuou a se expandir com a inauguração de sua nova sede, no bairro da Gávea. Em 1951, fundou-se a Associação dos Antigos Alunos da PUC-Rio e celebrou-se o lançamento da Pedra Fundamental do novo campus, que seria inaugurado em 1955.
          No início da década de 1960, a Universidade começou a buscar sua excelência na geração de conhecimento científico. Numa atitude absolutamente pioneira para uma universidade particular, a PUC-Rio, utilizando recursos próprios, montou seus primeiros laboratórios, contratou seus primeiros docentes em tempo integral e passou a desenvolver pesquisa de forma sistemática. Por isso, quando o então Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) resolveu, por meio do Fundo de Desenvolvimento Técnico Científico (FUNTEC), apoiar a pós-graduação e a pesquisa em universidades, a PUC-Rio foi uma das entidades escolhidas para receber este apoio.
          A PUC-Rio não se limitou aos cursos apoiados pelas agências governamentais e, na década de 1960, com o uso exclusivo de recursos próprios, criou inúmeros cursos nas áreas de Ciências Humanas e Sociais.
          Ainda nos anos 1960, a PUC-Rio instalou em suas dependências um Computador Burroughs 205, o primeiro da América Latina em universidades e o primeiro do Brasil.
          Em 1966, um grupo de trabalho deu início a um processo de profunda reforma acadêmico-administrativa da Universidade. No projeto dos novos Estatuto e Regimento, foram abordados pontos relacionados à tríplice função da Universidade (pesquisa, ensino e prestação de serviços); à modernização de sua estrutura organizacional; à organização didática dos cursos em nível de graduação, pós-graduação e extensão; e à implantação do regime de créditos, entre outros. Os novos Estatuto e Regimento foram aprovados em junho de 1969, antecipando-se, assim, à maioria dos projetos de reforma desenvolvidos pelas demais universidades brasileiras, em decorrência da Reforma Universitária de 1968. A Reforma da PUC-Rio acabou sendo referência para todo o país.
          Foram, então, criados os Departamentos, que passaram a ser as Unidades Acadêmicas básicas. Eram, na época, 20 Departamentos divididos em 3 centros: CTCH (Centro de Teologia e Ciências Humanas), CCS (Centro de Ciências Sociais), CTC (Centro Técnico Científico), além do CCBM (Centro de Ciências Biológicas e de Medicina), dedicado à especialização.
          No intenso ritmo dos avanços científico-tecnológicos que geraram profundas transformações nos contextos político, econômico e social da década de 1990, a PUC-Rio confirmou-se como instituição pioneira e dinâmica ao abrir cada vez mais seu leque de atividades. Cinco exemplos merecem registro, por indicarem essa diversificação: (1) criação do Centro Loyola de Fé e Cultura, com o objetivo de expandir o diálogo entre Fé e Cultura/Ciência para além das salas de aula, formando leigos para o trabalho evangelizador; (2) criação do Instituto Gênesis para Inovação e Ação Empreendedora que tem por objetivo, formar empreendedores, empreendimentos e criar ambientes de inovação, promovendo a interdisciplinaridade através da aplicação do conhecimento da Universidade na geração de produtos e serviços inovadores, estreitando assim, sua relação com o mercado; (3) institucionalização do sistema de pós-graduação lato sensu em toda a Universidade com a criação de mais de 20 cursos de especialização com a mesma marca de excelência de seus cursos regulares stricto sensu; (4) criação da Coordenação Central de Educação a Distância (CCEAD) com intuito de funcionar como pólo agregador dos trabalhos de Educação a Distância na PUC-Rio, e (5) criação do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (NIMA), com o objetivo de promover e agregar atividades relacionadas ao meio-ambiente entre os diversos Departamentos da Universidade.
          Avançando na meta de estabelecer um relacionamento mais próximo de seus cursos de graduação com o mundo do trabalho, a PUC-Rio criou, em 1995, a Empresa Júnior, empresa de consultoria de caráter multidisciplinar, composta exclusivamente por alunos de graduação. Paralelamente, desde 1997, realiza anualmente a Mostra PUC, com o objetivo de promover uma interação mais ativa entre a Universidade e a iniciativa privada, órgãos do governo e agências de fomento científico. Trata-se de um evento onde diversas entidades são convidadas a montar stands na Universidade para expor seu trabalho e entrar em contato com os alunos. Em todas essas iniciativas, destaca-se o objetivo de dar oportunidade aos alunos e ex-alunos da PUC-Rio de se desenvolverem como profissionais dinâmicos, críticos e criativos.

PUC-Rio e CCS


          Ainda em termos de novas iniciativas na área no ensino de graduação, pode-se destacar a criação de cursos de natureza intercentro como, dentre outros, o de Arquitetura e Urbanismo, em 1992, oferecido pelo Departamento de Artes & Design, do CTCH, e de Engenharia Civil, do CTC, contando com forte colaboração do Departamento de História, do CCS. Vale destacar, também, a criação, em 2005, da Habilitação em Cinema do Curso de Comunicação Social.
          O desejo permanente de manter a excelência em ensino, pesquisa e compromisso social é determinante na universidade. É importante exemplificar ações nesse sentido, tais como: a expansão da universidade para o Colégio São Marcelo (atual Campus Matteo Ricci), também na Gávea, em 2006; a inauguração, em 2007, do Instituto São Bento (atualmente sediado no Polo Caxias - Colégio São Francisco), no centro de Duque de Caxias, para ampliar as ações de extensão da PUC-Rio; e a criação do Instituto de Mídias Digitais, em 2009, através do qual, em parceria com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, foi implantado acesso sem fio e gratuito à Internet nas comunidades de Manguinhos, Pavão-Pavãozinho, Jacarezinho e Rocinha.
          Atualmente, a PUC-Rio oferece 42 cursos e habilitações de graduação, 29 programas de pós-graduação stricto sensu e um consistente conjunto de cursos de extensão e de pós-graduação lato sensu. Consolida-se, assim, a cada ano, o fortalecimento equilibrado do tripé ensino, pesquisa e extensão.

PUC - SP
          Fundada no dia 13 de agosto de 1946 pelo Cardeal-Arcebispo da Cúria Metropolitana de São Paulo, Dom Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, nasceu a partir da fusão da Faculdade Paulista de Direito com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de São Bento, esta fundada em 1908. Foi reconhecida pelo Decreto-Lei nº 9.632, de 22 de agosto de 1946 – recebendo o título de Pontifícia em 20 janeiro de 1947 pelo Papa Pio XII, que nomeou Dom Vasconcelos Motta como primeiro grão-chanceler da instituição.
          Nas décadas de 1950 e 1960 do século XX, a instituição aproveitou-se da infraestrutura recebida das faculdades incorporadas, caso do acervo de bibliotecas e a admissão irrestrita de professores renomados. O maior exemplo foram os professores de filosofia advindos da Faculdade de São Bento, instituição que havia recebido o que foi chamado na época de Missão Belga. Isto é, devido a um convênio com Institut Supérieur de Philosophie da tradicional Universidade de Louvain, a instituição herdou professores como Charles Sentroul, Michel Schooyans, Joseph Comblin, Leonardo Van Acker, entre outros. A Faculdade Paulista de Direito teve nessa época professores que, além de terem cursado direito, fizeram o curso de filosofia da Faculdade São Bento, como o professor e diretor da faculdade Agostinho Neves de Arruda Alvim (1897-1976), o eminente professor e primeiro diretor Alexandre Correia (1890-1984), o professor André Franco Montoro (1916-1999), entre outros. Em 1969, a Universidade criou o primeiro curso de pós-graduação do país e, em 1971, entrou em funcionamento o Ciclo Básico no estudo de Ciências Humanas, proposta pioneira no Brasil.
          Durante a época da Ditadura Militar, vários estudantes e professores da PUC-SP participaram de várias manifestações contra o regime, e o então Grão-Chanceler, Dom Paulo Evaristo Arns, admitiu professores de universidades públicas que tinham sido cassados pela ditadura. Nomes como Florestan Fernandes, Octávio Ianni, Bento Prado Jr., José Arthur Giannotti, Celso Furtado e Paulo Freire, perseguidos pela ditadura militar, passaram a fazer parte do quadro de docentes da universidade. Em meados da década de 1970, o curso de filosofia é ameaçado de extinção, sendo que em 1974, a reitoria chegou a anunciar o fechamento do curso. O departamento de filosofia, através de elaboração de relatórios e reorganização administrativa, reage e consegue sustentar a existência do mesmo.
          Em 2001, a universidade teve um déficit de R$ 4 milhões, déficit esse que cresceu no decorrer dos anos, forçando a universidade a realizar empréstimos de bancos, dando origem a uma dívida de R$ 82 milhões em 2005. Os resultados puderam ser observados no resto do ano e também na maior parte do ano seguinte: alguns cursos foram fechados por baixa demanda e vários professores foram demitidos (embora alguns deles tenham aceitado sofrer um corte parcial nos seus salários para evitar serem demitidos), gerando protestos de alunos e professores. No final de 2006, a PUC-SP teve seus primeiros meses não-deficitários.
          Em função da crise, o Cardeal Dom Cláudio Hummes, então Grão-Chanceler da universidade, nomeou dois sacerdotes como secretários-executivos da Fundação São Paulo, os padres João Julio Farias Junior e José Rodolpho Perazzolo, que já exerciam a função de procuradores da Arquidiocese de São Paulo. Eles foram os responsáveis pela segunda leva de demissões ocorridas entre 2006 e 2007, que resultaram num corte de 30% de professores e funcionários da universidade.
          Em 2012, pela primeira vez desde que o sistema de eleição foi implementado na universidade, o candidato à reitoria mais votado (Dirceu de Mello, que já havia sido eleito em 2008) não foi nomeado quando a lista tríplice (contando com mais dois candidatos) seguiu para a ratificação do Cardeal-Arcebispo Dom Odilo Scherer, que indicou Profa. Dra. Anna Maria Marques Cintra, a terceira mais votada nas eleições. Ela assumiu o cargo, mesmo tendo assinado um termo se comprometendo a só assumir se fosse a mais votada. As decisões do Cardeal e de Anna Cintra foram recebidas com insatisfação por parte dos alunos, professores e funcionários, que entraram em greve e realizaram manifestações em resposta à nomeação de Anna Cintra. Em disputa judicial, o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve, em setembro de 2013, Anna Cintra no cargo de reitora da universidade. Em 28 de outubro de 2016, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) reconheceu e reafirmou a ilegalidade da greve de 2012, caracterizando-a como uma paralisação de cunho político e abusivo.
          Em 2015, a universidade entrou num processo de reestruturação, tendo já demitido cinquenta professores em dezembro de 2014 e criando contratos emergenciais visando compensar uma ação trabalhista de cerca de R$ 30 milhões, por causa de um dissídio não pago em 2005. As transformações na gestão não são apenas contrárias aos direitos trabalhistas dos professores, mas também, como muitos defendem, são contrárias aos valores confessionais daqueles que administram a própria instituição (Fundação São Paulo), posto que se opõem à encíclica Rerum Novarum, do Papa Leão XIII (aliás, que dá nome a um dos Centros Acadêmicos da PUC-SP). A encíclica defende, acima de tudo, um salário justo ao trabalhador. Toda a situação de precarização dos contratos de professores e demissões, expõe a atuação tanto da nova reitora quanto da administração da Fundação São Paulo. O último anúncio dado à imprensa em 2015 foi referente à desativação do campus em Barueri, extinção de cursos com baixa demanda e fechamento de 1,3 mil vagas no vestibular até o ano de 2019.
          Todavia, em 2016, mesmo ano em que a PUC-SP completou 70 anos, os sucessivos ajustes nas contas que perduraram por pelo menos 10 anos obtiveram algum resultado. Pela primeira vez desde a década de 1980 a universidade apresentou um balanço positivo, ou seja, a dívida da entidade era menor do que a soma dos ativos. Além disso, a reitoria conquistou a aprovação do recebimento de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, BNDES, que concedeu um empréstimo de R$ 27 milhões. Obras foram anunciadas em diversos campus para os anos seguintes, como informou o Pe. José Rodolpho Perazzolo, Secretário-Executivo da Fundação São Paulo.

PUC - RS
          A história da PUCRS se inicia com a vinda para o Brasil dos Irmãos Maristas, uma congregação religiosa fundada por São Marcelino Champagnat no ano de 1817, na França. No ano de 1900, os primeiros Maristas chegaram à cidade de Bom Princípio, no Rio Grande do Sul, a pedido do bispo Dom Cláudio José Gonçalves Ponce de Leão. A partir de então, muitos outros religiosos maristas - tendo sempre como ideal o estilo marista de educar - vieram da Europa.
          Em 1904, através das instalações da Igreja Nossa Senhora do Rosário, em Porto Alegre, criou-se a Escola Nossa Senhora do Rosário. A transferência do Colégio Nossa Senhora do Rosário para os arredores da Praça Dom Sebastião, no bairro Independência, ocorreu em 1927. A instituição se destacava por seu Instituto Superior de Comércio, dirigido pelo Irmão Afonso (Charles Désiré Joseph Herbaux). Era o primeiro reconhecido no Sul do País e seria o embrião da PUCRS, da qual o Ir. Afonso foi o precursor.
          A pedido dos alunos que se formavam e desejavam continuar seus estudos em nível universitário, mas não tinham como fazê-lo pela inexistência dos mesmos, Ir. Afonso criou o Curso Superior de Administração e Finanças, em março de 1931, com nove estudantes. Três anos depois, o curso passaria a integrar a Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas.
          O projeto dos Irmãos Maristas foi conduzido pela visão do Irmão Afonso, com a colaboração do Irmão Faustino João e dos professores Elói José da Rocha, Elpídio Ferreira Paes, Salomão Pires Abrahão, Francisco Juruena, Irmão José Otão e Antônio César Alves, entre outros. Em 1940, foi fundada a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, seguida pela Escola de Serviço Social, no ano de 1945, e pela Faculdade de Direito, em 1947. Com as quatro faculdades, a União Sul Brasileira de Educação e Ensino (USBEE), entidade civil dos Irmãos Maristas, solicitou ao Ministério da Educação a equiparação de universidade.
          Em 8 de dezembro de 1948, o então arcebispo de Porto Alegre e chanceler da Universidade, Dom Vicente Scherer, deu posse à primeira administração para o triênio de 1948 a 1951, assim constituída: reitor, Armando Pereira da Câmara; vice-reitor, Irmão José Otão; Diretor da Faculdade de Ciências Políticas e Econômicas, Francisco Juruena; Diretor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, Antônio César Alves; Diretor da Escola de Serviço Social, Mário Goulart Reis; Diretor da Faculdade de Direito, Armando Dias de Azevedo. Os demais reitores ao longo da história da Universidade foram os professores cônego Alberto Frederico Etges (1951 a 1953), Irmão José Otão (José Stefani) (1954 a 1978), Irmão Liberato (Wilhelm Hunke), que completou o último triênio do Irmão Otão (2 de maio de 1978 a 29 de dezembro de 1978), Irmão Norberto Francisco Rauch (1979 a 2004), Irmão Joaquim Clotet (2004 a 2016) e o Irmão Evilázio Teixeira, que, desde dezembro de 2016, ocupa o cargo de reitor.
          Pelo decreto nº 25.794, de 9 de novembro de 1948, do presidente Eurico Gaspar Dutra, as faculdades passaram a constituir a Universidade Católica do Rio Grande do Sul, a primeira criada pelos Irmãos Maristas no mundo.
          No dia 1º de novembro de 1950, o Papa Pio XII, por solicitação da mantenedora e do arcebispo Dom Vicente Scherer, outorgou à Universidade o título de Pontifícia. As obras dos Irmãos Maristas sempre foram pautadas pela obediência e respeito às diretivas do Santo Padre, o Papa. Como Universidade Pontifícia, o arcebispo de Porto Alegre é seu chanceler, Dom Jaime Spengler (desde 2013). Os anteriores foram Dom Vicente Scherer (1948 a 1981), Dom João Cláudio Colling (1981 a 1991), Dom Altamiro Rossato (1991 a 2001) e Dom Dadeus Grings (2001 a 2013).
          Em 1954, Ir. José Otão assumiu como reitor (1954-1978) e recebeu uma PUCRS relativamente pequena. Em sua gestão, solidificou a estrutura, reafirmou a força da mantenedora e resolveu transferir a Universidade do Centro de Porto Alegre para o Campus, localizado numa chácara dos Maristas, no mesmo terreno do Colégio Champagnat, no bairro Partenon.
          Em março de 1957, foi lançada a pedra fundamental da Faculdade de Odontologia e, 11 anos depois, o presidente da república Costa e Silva inaugurou a Cidade Universitária. A transferência das Faculdades para o Campus Central começou de forma gradativa em 1960. Em abril de 1962, foram inaugurados os prédios da Faculdade de Odontologia e da Escola de Engenharia.
          Com o Ir. Norberto Rauch como reitor, a Universidade levou a cabo grandes obras: o Tecnopuc, referência como Parque Tecnológico; o Museu de Ciências e Tecnologia, destaque por seus experimentos interativos em várias áreas do conhecimento; o Parque Esportivo, por sua capacidade de agregar inúmeras modalidades esportivas; a nova Biblioteca Central, uma das mais completas da América Latina; além de outros espaços destinados ao desenvolvimento do saber.
          Em 2004, Ir. Joaquim Clotet assumiu como reitor (2004-2016) e começou a revisar prioridades. Quatro linhas orientaram sua gestão: qualidade; empreendedorismo; integração ensino, pesquisa, extensão; e relacionamento com a sociedade.
          Em 2017, já com o Ir. Evilázio Teixeira como reitor, foi lançado o movimento PUCRS 360º – Universidade em transformação, que busca mais autonomia para os estudantes durante sua trajetória universitária, novos eixos formativos para uma experiência acadêmica diferenciada e mais espaços de convivência e estudo no Campus, como a Rua da Cultura.
          O brasão da PUCRS é formado, em seu timbre, por uma tiara (ou coroa) e duas chaves papais, sob às quais pende um liste azul com o lema latino Ad verum ducit, que significa "conduz à verdade". Em seu escudo, decorado com pele de arminho, há uma cruz de São Pedro invertida, em cor vermelha, na qual estão estampados o monograma dos Irmãos Maristas e uma estrela de sete pontas.

PUC - MG
          Em 12 de dezembro de 1958 nasceu a PUC Minas, fruto do sonho de um homem, conhecido e eternizado pelo bairro que leva o seu nome: Dom Antônio dos Santos Cabral, o Dom Cabral. Esse sonho concretizado, hoje faz parte diretamente da vida de alunos, professores e funcionários, e, indiretamente, da vida de milhares de pessoas beneficiadas por projetos de extensão e pesquisa e pelos profissionais formados na Universidade desde a sua criação.
          A história da PUC Minas começa em 1884, em Propriá, Sergipe. Lá, nasceu Dom Cabral, que veio para Belo Horizonte em 1922 para ser o primeiro bispo da jovem capital mineira. Veio com a missão de dotar a cidade da assistência de uma Igreja que auxiliaria o funcionamento e o crescimento da capital. A diocese foi elevada a arquidiocese em 1924 e praticamente não tinha bens. Com seu espírito empreendedor, Dom Cabral, que se tornou arcebispo, se pôs a trabalhar para construir as paróquias. Dentre as aquisições da nova Arquidiocese, a Fazenda Pastinho, no bairro Bela Vista, hoje bairro Dom Cabral, que abrigou, inicialmente, o Seminário Coração Eucarístico de Jesus, atualmente a PUC Minas. Uma parte desse terreno foi comprada pelo próprio Dom Cabral, com recursos herdados do pai.
          A exemplo das universidades católicas que já haviam sido criadas no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Porto Alegre, Belo Horizonte também queria a sua universidade católica.
          O objetivo da criação de uma instituição católica de ensino superior em Belo Horizonte era oferecer à juventude que emergia dos colégios, quase todos religiosos, uma opção de universidade comprometida com a saúde física e mental das pessoas, com o resgate dos pobres e com a justiça e os direitos fundamentais dos cidadãos.
          Em junho de 1948, foi criada a Sociedade Mineira de Cultura, mantenedora da futura universidade. As primeiras escolas a se incorporarem à Sociedade foram a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Santa Maria e a Faculdade Mineira de Direito, em 1949, seguidas da Escola de Enfermagem Hugo Werneck e da Faculdade de Ciências Médicas, em 1951, e da Escola de Educação Física, em 1952. Em 1954, a Escola de Serviço Social foi incorporada com todo o seu patrimônio, incluindo seu imóvel e sua vasta biblioteca, cumprindo, assim, as exigências do Ministério da Educação. Em 12 de dezembro de 1958, o então presidente da República, Juscelino Kubitschek, e o ministro da Educação, Clóvis Salgado, assinaram o decreto de criação da Universidade Católica de Minas Gerais.

PUC - PR
          A PUCPR foi fundada em 14 de março de 1959 como Universidade Católica do Paraná', por Dom Manuel da Silveira D'Elboux, Arcebispo de Curitiba. A fundação da PUCPR resultou da união das instituições Círculo de Estudos Bandeirantes, fundada em 1929, Escola de Serviço Social do Paraná, fundada em 1944, Escola de Filosofia, Ciências e Letras de Curitiba, fundada em 1950, Escola de Enfermagem Madre Léonie, fundada em 1953, Faculdade Católica de Direito do Paraná, fundada em 1956, Faculdade de Ciências Médicas, também fundada em 1956 e a Faculdade de Ciências Econômicas, fundada em 1957.
          Em 1972, a PUCPR inaugurou o Coral Champagnat PUCPR, formado por alunos e funcionários da universidade e cantores da cidade de Curitiba. Em dezembro do ano seguinte, Dom Pedro Fedalto, Arcebispo de Curitiba entregou a administração da PUCPR aos Maristas e a universidade passou a ser mantida pelos mesmos.
          O Hospital Universitário Cajuru foi adquirido pela Associação Paranaense de Cultura, mantenedora da PUCPR em 1977. O Hospital é um hospital-escola onde os alunos da universidade atendem a comunidade local.
          Em Abril de 1980, foi criado o grupo de teatro Tanahora da PUCPR para promover atividades artísticas no meio acadêmico e na comunidade local.
          O Vaticano concedeu à PUCPR a condição de Pontifícia em agosto de 1985 (a Ciênciaefé). Em 1991, foi fundado o campus em São José dos Pinhais. O campus Toledo foi fundado em 2000, o campus Londrina foi fundado em 2002 e o campus Maringá foi fundado em 2004.
          Em 2012, a PUCPR inaugurou a nova sede em Maringá e lançou o curso de medicina no campus Londrina. O curso foi aprovado pelo MEC e tem seis anos de duração em turno integral.
          Em setembro de 2013, a universidade fez convênio com a Santa Casa de Londrina para as atividades clínicas do curso de medicina. O alunos têm aulas teóricas e práticas, acompanhadas pelos professores do curso no Hospital Infantil, mantido pela Irmandade Santa Casa de Londrina (ISCAL).

PUC - GO
          Em 1948, Dom Emmanuel Gomes de Oliveira, que na época era Arcebispo de Goiânia, lança a ideia de criar a primeira Universidade do Centro-Oeste. No mesmo ano foi implantada a Faculdade de Filosofia, com cursos de História, Geografia, Letras e Pedagogia.
          Após alguns anos, são criadas as Faculdades de Ciências Econômicas (1951), e Direito (1959) e as escolas superiores de Belas Artes (1952), Enfermagem (1954), Serviço Social (1957) e Instituto de Pesquisa Econômica e Social. Reunindo essas faculdades, em 1958, cria-se a Sociedade Goiana de Cultura (entidade mantenedora da Universidade). Dom Fernando Gomes dos Santos, Arcebispo de Goiânia, organiza a Universidade de Goiás, que posteriormente passaria a ser chamada Universidade Católica de Goiás (UCG).
          Com o passar os anos, a universidade abriu novos cursos, entre eles: Jornalismo, Publicidade e Propaganda, Farmácia, Fisioterapia e Ciências Aeronáuticas.
          A Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás) tem sede no município de Goiânia. É uma universidade católica e comunitária, pluridisciplinar, para formação de quadros profissionais de nível superior, reconhecida pelo Governo estadual nos termos do Decreto n. 47.041 de 17 de outubro de 1959, sob o nome inicial de Universidade de Goiás. Fundada em 17 de outubro de 1959 pela Sociedade Goiana de Cultura, a PUC Goiás é a mais antiga universidade do estado, precedendo a Universidade Federal de Goiás  em dois meses.
          A Universidade de Goiás teve alterada sua denominação para Universidade Católica de Goiás pelo Decreto n. 68.917, de 14 de julho de 1971.
          Foi reconhecida Universidade de Direito Pontifício em 8 de setembro de 2009, passando assim a categoria de PUC, sendo a 7ª no Brasil e a 19ª no mundo com este título.
          A PUC Goiás dispõe de cursos diversificados e oferece 55 cursos de graduação, (especializações, mestrados e doutorados), 250 pesquisas em andamento e 458 laboratórios.
          Em 8 de setembro de 2009, o cardeal polonês Zenon Grocholewski, prefeito da Congregação para a Educação Católica no Vaticano reconheceu a Universidade Católica de Goiás (UCG) como Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás).
(Fonte: Estudar Fora - Fundação Estudar / Wikipédia / PUC-Rio CCS - partes)

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