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16 de ago. de 2023

The Coffee

          A rede de cafeterias curitibana The Coffee foi fundada em 2018. Em cinco anos, a franquia abriu 195 lojas no país e 15 na América Latina e na Europa. O destaque são grãos de café selecionados de pequenos produtores, catados a mão, um a um, com características específicas de aroma, acidez e 
corpo.
          Após receber aportes de cerca de US$ 12 milhões em rodadas de investimentos de 2019 a 2023, a The Coffee investe para se posicionar como a primeira brasileira a vender, em escala, bebidas feitas com grãos de qualidade superior. “No Brasil, pequenas cafeterias independentes fazem isso, mas, em escala, só a gente”, diz o CEO, Carlos Fertonani.
          O plano é de aumentar o número de lojas e foca o Brasil, onde Fertonani diz não ter explorado nem 20% do potencial. Para fazer as bebidas no país, 300 sacas de café arábica são adquiridas todos os meses de três fornecedores do sul de Minas e passam por torra e moagem próprias. Parte dos produtores que fornecem os grãos para a The Coffee é de pequeno porte, selecionados sobretudo no sul de Minas Gerais.
          Já no exterior, os cafés da rede vêm de fornecedores do Quênia, da Colômbia e da Etiópia. A The Coffee possui unidades em Portugal, Espanha, França, Colômbia e Peru e prevê inaugurar outras seis lojas na Europa em 2023. Mas Estados Unidos e Emirados Árabes também estão no radar.
          A The Coffee intensifica a expansão para consolidar rede de cafés especiais. A meta é alcançar, até o fim de 2024, 450 unidades e dobrar o faturamento, previsto em R$ 100 milhões em 2023.
(Fonte: GIRO VEM AÍ)

15 de ago. de 2023

Accor

          O grupo Accor chegou ao Brasil em maio de 1976. O executivo português naturalizado francês Firmin António foi o primeiro funcionário a desembarcar no Brasil, no mesmo ano.
          Sob o guarda-chuva da Accor, além da hotelaria, está a marca Ticket, de vales-refeição e assemelhados.
          Logo após o surgimento do Real (julho de 1994), a equipe de executivos da NHT, braço brasileiro do grupo Accor, previu que o mercado hoteleiro iria deslanchar. Pelo planejamento traçado até o ano 2000, a NHT estaria operando 120 hotéis e flats espalhados pelo país.
          No início de 2001, a charmosa atividade de inaugurar hotéis era a ocupação mais frequente de Firmin. Foram 16 inaugurações apenas no primeiros meses de 2001. O número de hotéis administrados pela Accor passou de 40 em 1994 para 102 em abril de 2001.
          Em 2 de março de de 2017 a Brazil Hospitality Group (BHG) dos fundos administrados pela GP Investments e GTIS Partners, assina um acordo com AccorHotels, líder na hotelaria no Brasil para passar a gestão de 26 hotéis (cerca de 4.400 quartos), um negócio de R$ 200 milhões.
          Os hotéis serão repaginados sob as marcas AccorHotels, incluindo ibis, ibis Styles, Ibis Budget, Mercure, Novotel, Mama Shelter, MGallery e Pullman.
          Em junho de 2023, a Accor anunciou a venda de sua sede em Paris por € 460 milhões. A venda do ativo conhecido como Sequana Tower foi considerada uma das maiores transações de escritórios da Europa e a maior da França. A rede francesa vai alugar o espaço por 12 anos. A empresa reportou receitas globais de € 4,2 bilhões em 2022.
          Em meados de 2023, a Accor coloca à venda um bloco de 30 prédios de sua rede hoteleira na América do Sul. O negócio provavelmente atrairá fundos imobiliários, dizem as fontes ouvidas pelo jornal Valor. O mandato é do Itaú BBA.
          Esse pacote de ativos faz parte da AccorInvest, negócio que surgiu da rede hoteleira do grupo francês Accor. O negócio, além de tornar mais leve o balanço da multinacional, aproveitará um momento de maior apetite desses recursos e da retomada tanto do turismo quanto das viagens executivas. O grupo Accor é dono da rede hoteleira e também detém 30% da AccorInvest, que administra ativos imobiliários.
          A AccorInvest opera um portfólio de mais de 750 hotéis próprios e administrados em 26 países da Europa, América Latina e Ásia. Na América Latina, 44 hotéis nos segmentos luxo e econômico com um total de 7.400 quartos. Esses ativos estão localizados no Brasil, Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.
          A venda dos imóveis segue a tendência já consolidada no país por redes varejistas e grandes hospitais, que vendem sua estrutura física e depois a alugam por meio de contratos de longo prazo, conhecidos no mercado financeiro como operação de “sale and leaseback”.
          No mundo, a empresa possui mais de 5.000 hotéis, mas hoje a maioria dos prédios não está mais nas mãos do grupo. Aqui, a rede trabalha com marcas como ibis, Pulmann, Mercure, Sofitel e Novotel. A empresa reportou receitas globais de € 4,2 bilhões em 2022.
          Considerando números de fevereiro de 2024, a Accor opera mais de 45 bandeiras, em quase 6.000 hotéis espalhados por mais de 110 países.
(Fonte: revista Exame - 18.04.2001 / Valor - 14.08.2023 / OESP - 23.02.2024 - partes)

14 de ago. de 2023

CSN Inova

          A CSN Inova foi fundada em 2018 e teve como cofundador Felipe Steibruch. Ele é o segundo filho de Benjamin Steinbruch e sua esposa Carolina.  A mais velha é Victoria, assessora do CEO da CSN e diretora em algumas das empresas. Alessandra, a terceira dos filhos, também trabalha para a 
empresa e dirige um escritório recém-criado nos Estados Unidos. Mendel ainda é um estudante.
          Em 1993, quando a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) foi adquirida pelo grupo Vicunha em um leilão para privatizar as siderúrgicas do país, Felipe Steinbruch nem havia nascido. Nascido em 1994, o acionista do grupo quer transformar a plataforma de inovação CSN Inova no sexto principal 
negócio da empresa comandada por seu pai, Benjamin Steinbruch.
          Felipe Steinbruch, formado em comunicação social pela ESPM com extensão na Columbia University em desenvolvimento econômico de economias emergentes, trabalhou anteriormente em uma startup de microcrédito para microempreendedores. Em 2018, passou um ano em Israel. Quando voltou, começou a desenvolver o CSN Inova, que saiu no final daquele ano.
          “Nasci e quero morrer na CSN, mas não me identifico com finanças e operações. Passei por outras áreas, morei em Israel, depois me envolvi com startups e tive a ideia da tropicalização. Então, iniciamos a CSN Inova”, disse.
          Considerando dados de agosto de 2023, a mineração de aço e ferro tem o maior peso no faturamento anual da CSN, de R$ 40 bilhões, seguida por cimento, energia e logística. Ao longo de três décadas, a CSN vem incorporando novos negócios, deixando de ser apenas aquela fabricante de aços planos da fase estatal.
          “Desde a criação da CSN, em 1941, a inovação e a excelência operacional foram pulverizadas na empresa. Já a CSN Inova busca e reúne tudo o que há de novo. O que será a CSN no futuro?” disse Steinbruch, presidente-executivo da plataforma, que hoje reúne diversas frentes de startups e conta com um time estruturado de 22 profissionais. “No começo, eram apenas dois”, disse ele.
          Um dos caminhos que a CSN tem trilhado nos últimos anos tem sido o de se posicionar ativamente no ecossistema de inovação, trazendo soluções por meio de startups e projetos que contribuem para diversas vertentes da siderurgia, produção de cimento, mineração e outros negócios. A substituição de combustíveis fósseis é um exemplo. Iniciativas em projetos de produção de hidrogênio verde são outra, assim como soluções relacionadas a ESG.
          “Já começamos a gerar lucro para o grupo com as inovações que foram adotadas no negócio.” O valor gerado pelos projetos em escala, disse Steinbruch, já chega a R$ 300 milhões. Ele citou a UTIS, empresa fruto da parceria com o hidrogênio verde da fábrica de cimento Arcos, em Minas Gerais, responsável por R$ 60 milhões em lucro e produtividade.
          Até o final de 2023, ele espera um piloto de sucesso com eletrólise para a siderúrgica de Volta Redonda, no Rio de Janeiro. Objetivo: menor geração de CO2 e redução de custos e maior competitividade.
          “Meu objetivo é ter uma área líder, mas devo continuar ajudando os negócios do grupo. Mais tarde, para se tornar um novo negócio e independente dos aportes da CSN. Já gerando caixa nas empresas e projetos investidos”, disse.
          A plataforma está estruturada em quatro pilares, sendo um deles o fundo de venture capital CSN Inova Ventures. Em 2020, recebeu aporte de R$ 100 milhões para investir em startups e empresas com tecnologias disruptivas. No total, já são nove, com o mais recente investimento na GaussFleet, startup de monitoramento e gerenciamento de máquinas móveis.
          Vale mencionar a 2DM de Cingapura no desenvolvimento de usos de grafeno, Oico (mercado online), clarke (energia) H2PRO e 1s1 Energy (hidrogênio) e i.Systems (inteligência artificial). Todos estão ligados a três bases: Indústria do Futuro, Transição ESG e B2B/Novos Negócios.
          As outras três são CSN Inova Open (execução de projetos piloto e em escala e adoção de inovação aberta), Tech (novos produtos e novas rotas e tendências tecnológicas) e Bridge (de temas integrados com ESG). Os quatro pilares focam na descarbonização, logística, recuperação ambiental e reaproveitamento de resíduos e resíduos, uso de dados para otimizar processos e novos produtos e materiais.
          “Nossa ideia desde o início foi ajudar o grupo a se posicionar estrategicamente no ecossistema global de inovação. Indústrias pesadas, como siderurgia, cimento e mineração, não estavam nos lugares avançados de inovação, como o Vale do Silício, Israel e outros hubs”, disse o empresário. Ele destaca que na CSN Inova, “todos têm que estar sempre preocupados; se não, não é uma área de inovação.”
          Em meados de 2023, a CSN Inova possuía 23 projetos-piloto concluídos. Destes, oito foram dimensionados com sucesso, incluindo Circula Mais, GaussFleet e i.Systems. Este último usa inteligência artificial para reduzir o consumo de combustíveis fósseis em siderúrgicas, mineradoras e cimenteiras. Outros 40 projetos da carteira atual estariam em fase piloto.
          A CSN Inova Soluções — criação de spin-offs com participação majoritária e acordos de cooperação tecnológica — é baseada em economia circular, e-fuel e software B2B. Um dos filhotes é o Circula Mais (gestão e venda de produtos e mercadorias indesejados através de uma plataforma digital). Ele tem clientes de fora e até concorrentes.
(Fonte: jornal Valor - 14.08.2023)

11 de ago. de 2023

Sheraton (Starwood Hotéis)

          O primeiro hotel Sheraton foi comprado em 1937, no Estados Unidos.
          A origem de seu nome é, no mínimo, curiosa. Sheraton era o nome de um famoso marceneiro nos Estados Unidos, no século XVII, cujo nome tornou-se, inclusive, um estilo de mobiliário mundialmente 
conhecido.
          Ao comprar o prédio destinado ao hotel percebeu-se a existência de um letreiro publicitário no alto do edifício com o nome Sheraton. Após conhecidos os orçamentos para a retirada do letreiro e verificado 
o elevado custo, decidiu-se então aproveitar o nome e não gastar o dinheiro.
          No Brasil, a rede surgiu em 1974, com o Rio Sheraton, situado em local privilegiado da Zona Sul. Em São Paulo, o hotel abriu as portas em 15 de abril de 1986, o Sheraton Mofarrej, situado em local nobre, junto à Avenida Paulista e Parque Trianon, na Alameda Santos. Depois, ficou só como Mofarrej e alguns anos mais tarde, Tívoli Mofarrej, cuja reinauguração oficial do Must, restaurante do hotel Tivoli Mofarrej, acontece em 16 de setembro de 2023 – com direito a um desfile de Amir Slama, que agora assina o design da piscina do hotel.
          O Sheraton pertence à rede Starwood de hotéis, que é dona, considerando dados de 2006, de 750 hotéis em 80 países, com bandeiras como Sheraton e Four Points.
(Fonte: livro Curiosidades (Marcelo Gomes Manoel) / Exame - 29.03.2006 / Estadão- 25.08.2023 - partes)

10 de ago. de 2023

Capitânia

          Especializada em crédito, a gestora Capitânia foi fundada em julho de 2003 e tem sede no Rio de Janeiro. Foi criada por Arturo Profili e Flávia Krauspenhar, que continuam como sócios.
          Durante os primeiros 14 anos a Capitânia teve porte de pequeno a médio, numa faixa de ativos até R$ 5 bilhões.
          A partir de 2017, ganhou escala, acompanhando o crescimento do mercado de crédito, até chegar a R$ 10 bilhões em 2021, quando deu a grande virada, com a venda de 20% para a XP. De lá para cá, mais do que duplicou seus ativos sob gestão.
          “Foi uma parceria que rendeu muita sinergia”, avalia Profili. Segundo ele, a XP foi uma espécie de consultor estratégico, fornecendo inteligência de produto e mostrando como aproveitar melhor sua capacidade como distribuidora. “E funcionou como um selo de qualidade, que reconheceu a perenidade da Capitânia”, diz Flávia Krauspenhar.
          E, até 2028, planeja dobrar de tamanho, com R$ 50 bilhões e nada menos do que um milhão de cotistas. Para isso, atua em três frentes: atuação em dois novos nichos de clientes, lançamento de quatro fundos — em dois deles já captou R$ 400 milhões — e compra de assets menores.
          “Passamos 20 anos no mesmo escritório com 40 posições. Acabamos de mudar para um novo, com 80, que aguenta os próximos 20”, diz Arturo Profili.
          Considerando dados de agosto de 2023, a gestora tem R$ 25 bilhões sob gestão e 400 mil cotistas.
(Fonte: jornal Valor - 09.08.2023)

9 de ago. de 2023

Kernel

          Em 2023, Steve Ells, fundador do Chipotle arrecada dinheiro para seu segundo ato: a abertura da 
start-up Kernel.
          Em 1993, Steve Ells abriu o primeiro Chipotle em Denver e construiu um gigante de restaurantes 
fast-casual de US$ 51 bilhões.
          Agora ele está trabalhando em seu próximo ato: um conceito de restaurante à base de vegetais de atendimento rápido que depende da automação.
          A Kernel, levantou US $ 36 milhões em financiamento da Série A. Isso ajudará a empresa a abrir seu primeiro local na cidade de Nova York no outono de 2023 do hemisfério norte, e desenvolver a tecnologia que pode eventualmente licenciar para outros.
          Como o Kernel funciona: é um modelo centralizado, com uma cozinha central que faz grande parte do trabalho de preparação ao longo do dia. A comida é então levada de bicicleta para os restaurantes; ali, máquinas e uma pequena equipe de humanos montam tudo para os clientes.
          O restaurante oferecerá uma variedade de pratos à base de plantas, incluindo um sanduíche crocante de frango falso, um hambúrguer vegetariano e uma salada Caesar de frango sem, bem, frango. (O foco nas plantas deve ser ecologicamente correto, embora Ells admita que foi difícil criar pratos que agradassem amplamente.)
          A Kernel se baseia nas lições que Ells aprendeu com o Chipotle. Quando ele começou a empresa, depois de deixar a Chipotle em 2020, ele se concentrou em melhorar a eficiência, a velocidade e a qualidade dos alimentos por meio de software e automação.
          Ells explica que o resultado é uma rede que pode operar restaurantes menores em mais locais (já que não precisam de equipamentos de cozinha volumosos) e ser mais consistente na qualidade das refeições. Ela também precisa de menos funcionários, mas Ells disse que a Kernel poderá pagá-los melhor..
          O esforço de arrecadação de fundos ocorreu após dois anos de autofinanciamento de Ells. Ele garantiu investimentos de grupos como Raga Capital, Willoughby Capital e Rethink Food.
          Eventualmente, poderia licenciar sua tecnologia para outras cadeias. “Não há dúvida de que mais e mais automação chegará aos restaurantes”, disse Ells. Sobre o Kernel, ele acrescentou: “Uma vez que 
o trabalho duro é feito, uma vez que a plataforma é comprovada, é muito, muito simples de replicar”.
(Fonte: NY Times - 09.08.2023)

8 de ago. de 2023

Sun Microsystems

          Um dos grandes feitos da americana Sun Microsystems foi a criação da linguagem Java.
          Java significa café. É uma gíria americana do tempo em que os grãos que se usava nos Estados Unidos vinham de algum lugar remoto da Indonésia. Mas é provável que no futuro a origem da palavra venha a ser completamente esquecida. Para as centenas de milhões de pessoas ligadas à internet, e para as dezenas de milhares de empresas que montaram intranets mundo afora, Java quer dizer outra coisa. É o nome de uma linguagem de programação que tem por símbolo uma xícara de café fumegante.
          É também uma onda que varreu a indústria de informática com uma intensidade nunca vista. Foi uma chance de reduzir dramaticamente os custos da computação empresarial. Mas foi, sobretudo, a promessa de conferir à Internet a única coisa que ela então ainda não tinha: a capacidade de criar. A l                Na JavaSoft, empresa criada pela Sun para desenvolver aplicações e dar suporte ao novo produto, contabilizava-se, já em 1996, 90.000 kits de programação Java sendo apanhados gratuitamente na Internet a cada mês. O engenheiro da Sun que a concebeu, James Gosling, era considerado por alguns como o melhor programador do mundo. Sua especialidade e obsessão são programas acionáveis através de redes.
          A SID foi uma das empresas que  fechou um acordo de distribuição de equipamentos para processamento corporativo fabricados pela Sun Microsystems.
(Fonte: revista Exame - 25.09.1996)

7 de ago. de 2023

Kahlúa (licor)

          A história do licor Kahlúa começa no México rural dos anos 1930 e envolve várias pessoas. Tudo começou quando os irmãos Alvarez, produtores de café arábica em Veracruz, abordaram Señor Blanco, um empresário local e produtor de rum mexicano, sobre a incorporação de café em uma bebida que ele estava ajudando a produzir. Kahlúa ganhou vida quando o químico Montalvo Lara foi contratado e criou a receita aproximada que conhecemos hoje.
          A origem por trás do nome de Kahlúa é um pouco menos certa. Alguns acreditam que foi inspirado por uma antiga palavra árabe que se diz ser uma gíria para café. Outra teoria mais provável é que a palavra Kahlúa é derivada da língua dos primeiros indígenas astecas da região de Veracruz, no leste do México. Kahlúa se traduz como “casa do povo Acolhua” na língua náuatle.
          O Kahlúa foi lançado oficialmente em 1936 e quatro anos depois, foi introduzido no mercado americano.
          Kahlúa, um licor de café à base de rum produzido em Veracruz, no México, é tão conhecido que se tornou sinônimo da categoria. Parte integrante de alguns dos coquetéis mais populares do planeta, Kahlúa passou de um humilde licor de café a uma das marcas de destilados mais reconhecidas do mundo.
          Kahlúa é feito de grãos de café 100% arábica que podem levar até seis anos para amadurecer. Depois que os grãos são colhidos, eles descansam por seis meses, depois são torrados. Depois que o café, o rum, o açúcar e a baunilha são misturados, eles descansam por mais quatro semanas para permitir que os sabores se integrem, antes de serem engarrafados com 20% ABV.
Através da popularidade de coquetéis como o Black Russian, o White Russian e o Mudslide, Kahlúa se tornou o licor de café mais vendido no mundo na década de 1980.
          Em 2005, o conglomerado de bebidas Pernod Ricard adquiriu a empresa.
          Embora o Kahlúa seja mais reconhecido como um ingrediente de coquetel em bebidas do tipo sobremesa, este rico licor de café é surpreendentemente versátil ao lado de uma ampla variedade de destilados e sabores.
          Abaixo, os 9 melhores cocktails feitos com Kahlúa

Black Russina
O Black Russian foi criado pelo bartender Gustave Tops no Hotel Metropole em Bruxelas no final dos anos 1940. O nome faz referência à cor escura do Kahlúa e à associação comum da vodca com a Rússia na época. Este coquetel simples de dois ingredientes combina vodka e Kahlúa mexidos sobre gelo e depois coados em um copo cheio de gelo.

White Russian
O White Russian pode ser o mais popular de todos os coquetéis Kahlúa e, além do Black Russian de duas partes, é um dos mais fáceis de fazer. Esta combinação de vodka, Kahlúa e creme é um milkshake adulto e sobremesa em um copo. Documentado pela primeira vez no Oakland Tribune em 1965, a bebida se originou quando o creme foi adicionado a um Black Russian, tornando-o branco leitoso.
A popularidade do coquetel aumentou com o filme de 1998 “O Grande Lebowski”, quando o personagem de Jeff Bridges, o Cara, ficou indelevelmente ligado à bebida. Desde então, a bebida encontrou uma nova geração de fãs.

Espresso Martini
Este estimulante clássico moderno foi criado pela lenda do bar Dick Bradsell no Soho Brasserie em Londres na década de 1980. A tradição dos coquetéis conta a história de uma supermodelo americana que pediu uma bebida que “me acordasse e depois me fodesse”. A máquina de café estava próxima e o Bradsell Espresso Martini nasceu. Esta bebida combina vodka, café expresso acabado de fazer, licor de café e xarope simples. Batido e coado em um copo de coquetel, é decorado com 3 grãos de café.

Mind Eraser
Esta criação dos anos 1980 é basicamente um Black Russian com bolhas e combina vodka, licor de café e água com gás. Em vez de uma proporção de 2:1, o Mind Eraser tem partes iguais. Esta bebida pode ser construída diretamente em um copo cheio de pedras ou em camadas para um efeito escuro a claro, começando com o licor de café, adicionando lentamente vodka e, em seguida, coberto com refrigerante.

Revolver
Essa reviravolta com cafeína em um Manhattan foi criada pelo barman Jon Santer no início dos anos 2000, onde ganhou notoriedade no renomado bar de coquetéis Bourbon & Branch de São Francisco. A receita original usava um bourbon de centeio com alto teor de especiarias e licor de café em vez de vermute. Duas pitadas de bitters de laranja e uma guarnição de casca de laranja inflamada conferem um elemento cítrico brilhante a este rico gole de espírito avançado.

White Bat
A lenda do bar, Simon Ford, criou este mashup de Rum & Coke e um White Russian para um evento da Pernod Ricard no meio da noite. O rum branco combina com Kahlúa, leite integral e um refrigerante de cola. Feito diretamente em um copo alto e batido com gelo, o drink é decorado com folhas de hortelã fresca.

Bahama Mama
Este clássico de meados do século XX é frequentemente feito sem o ingrediente crucial do licor de café, que ajuda a conter a doçura da bebida e confere uma rica complexidade. Rum à prova d'água e rum de coco combinam com licor de café e sucos de abacaxi e limão para um coquetel de férias com um toque especial. No verdadeiro estilo tropical, é decorado com uma rodela de abacaxi e cereja com conhaque.

Mudslide
Este milk-shake embriagado saiu do Wreck Bar no Rum Point Club na Ilha Grand Cayman na década de 1970. Foi criado quando um cliente pediu um White Russian e o bar aumentou o quociente de sobremesa com a adição de creme irlandês. Esta receita permanece fiel ao original com partes iguais de vodka, licor de café e creme irlandês com uma boa quantidade de creme de leite para garantir.

Dirty Banana
As origens desta bebida congelada não são claras, mas a combinação de rum envelhecido, banana, licor de café e meio a meio torna este um claro vencedor no verão e mesmo em outras estações do ano. Esta receita pede uma banana ligeiramente madura com uma doçura concentrada que é ideal para este smoothie alcoólico tropical. Usar um rum com alguma idade pode ajudar a criar uma espinha dorsal sólida e tons ricos e caramelados.
(Fonte: Liquor.com - autora: Prairie Rose - 21.07.2023)

5 de ago. de 2023

Santa Clara (fertilizantes)

          O grupo Santa Clara começou a produzir fertilizantes especiais em 1997. Tem sede em Ribeirão Preto (SP) e três unidades industriais em Jaboticabal, a 57 quilômetros da matriz.
          O fundador, José Amaro Cury, começou a trabalhar com fertilizantes na Dow Química em 1968 e fundou sua primeira empresa de nutrição vegetal em 1977.
          A Santa Clara Agrociência, que leva o nome da avó do senhor Cury, uma devota da santa, foi fundada em 1997, três anos depois que a família vendeu sua primeira empresa.
          A empresa exporta seus produtos para mais de 30 países da América do Sul e Central, atende Espanha e Portugal, e em 2023 entrou na Índia e África.
          “Enquanto o mercado crescia 23% ao ano, a Santa Clara aumentava suas vendas em 31% ao ano. Então a projeção de chegar a R$ 1 bilhão em 2030 é muito realista”, disse o CEO João Pedro Cury, filho de José Amaro, nascido em 1986. Segundo Cury, que está à frente do grupo desde 2017, o crescimento acelerado da empresa se deve à expertise do pai, ao investimento de 8% do faturamento anual em pesquisa e desenvolvimento, ao profissionalismo e gestão em todos os ramos, e a abertura do mercado internacional, que representa 15% das vendas. A empresa tem seus resultados apurados por auditoria externa há cinco anos, tem uma filial no Paraguai e planeja abrir unidades no Panamá e na Espanha.
          A empresa familiar acaba de fazer mais uma aquisição, tornando-se uma holding com quatro empresas.
          A nova empresa biológica, Inflora Biociência, será apresentada no próximo congresso da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agropecuários e Veterinários (Andav), que será realizado em São Paulo de 8 a 10 de agosto. A unidade, que deve ficar pronta em três anos, será construída no complexo onde funcionava em Jaboticabal, em uma fazenda de 40 hectares adquirida recentemente. O grupo já tinha uma bioindústria, a CCA Agroindustrial, adquirida em 2013, mas produzia apenas um produto de base biológica para um único cliente.
          Com novas tecnologias, a Inflora fabricará produtos biológicos à base de plantas e microrganismos, apostando em um mercado de R$ 3,4 bilhões, que deve chegar a R$ 17 bilhões em 2030 no Brasil, segundo projeções. Outra vantagem é o menor tempo de registro dos biodefensivos (2 a 3 anos) em relação aos produtos químicos.
          O grupo vai investir R$ 100 milhões na construção de uma fábrica de biológicos e na ampliação das unidades que já possui. Também planeja investir R$ 65 milhões em inovação, validações agronômicas e registro de formulações. Um desses novos produtos, fruto de uma parceria com a Embrapa Agroenergia que envolve o pagamento de royalties, será totalmente disruptivo, segundo o CEO.
          “Os produtos biológicos no mercado dependem de organismos vivos (fungos, bactérias ou vírus), não duram muito no armazenamento e precisam ser usados com fungicidas químicos. Esse novo produto biológico que desenvolvemos com a Embrapa não tem organismos vivos e vai durar muito mais”, disse Cury, acrescentando que o produto está em processo de registro para comercialização.
          A principal empresa, a Santa Clara Agrociência, responde por 90% das vendas. Além da Inflora, o grupo adquiriu a Hydromol, que produz fertilizantes para outras empresas (modelo B2B) e recentemente comprou a Linax, que há 21 anos produz óleos essenciais e equipamentos de destilação.
          Além da Embrapa, a Santa Clara mantém parcerias com 47 instituições no Brasil e no exterior para validar as tecnologias que desenvolve e também trabalha com inovação aberta. Atualmente, possui um projeto inicial de prospecção no “Vale Caipira”, que abrange Piracicaba e Ribeirão Preto.
          A soja responde pela maior parte das vendas de fertilizantes especiais, que são produtos de alta qualidade para aumentar a produtividade da lavoura por meio de sementes e aplicação foliar, mas os produtos da Santa Clara também são utilizados nas culturas de milho, cana-de-açúcar, café e hortaliças. No exterior, são utilizados na produção de banana na Costa Rica, cana-de-açúcar na Guatemala e coco na República Dominicana.
          Para chegar aos clientes, a Santa Clara tem investido na ampliação de suas bases, aumentando de 8 para 11 o número de centros de distribuição terceirizados neste ano. Nesses centros, o atendimento é feito em dois ou três dias. O estado do Mato Grosso do Sul é o maior cliente.
(Fonte: Valor - 02.08.2023)