Total de visualizações de página

19 de fev. de 2024

King's Hawaiian

          Robert Taira, pai de Mark, era o sexto de nove filhos. Seus pais eram imigrantes japoneses de Okinawa, que chegaram à principal ilha do Havaí em 1906 para trabalhar nos campos de cana-de-açúcar. Observando a felicidade das pessoas ao morderem produtos assados, Robert decidiu se tornar padeiro. Se matriculou em uma escola de panificação. Seu pai resgatou uma apólice de seguro de vida no valor de US$ 350 (equivalente a US$ 4,5 mil hoje) para ajudar a lançar a padaria do filho, inaugurada em Hilo em 1950.
          Os pãezinhos macios e redondos que ele produzia, uma fusão da culinária havaiana local com pães doces feitos por imigrantes portugueses, logo encontraram um público fiel. A qualidade dos pães garantia que não ficassem velhos rapidamente, o que levou os comerciantes a estocá-los.
          O envio dos produtos para o continente tornou-se um negócio constante, com a King’s Hawaiian enviando dezenas de milhares de pães por ano. “Ele tinha visão, mas também colocava as coisas em prática. Nunca teve medo”, lembra Mark Taira, nascido em 1957, que começou cedo a ajudar na empresa, sobre seu pai. “Essa é a história de muitas famílias imigrantes – elas não têm nada a perder".
          Para reduzir os custos de transporte, Robert e sua esposa, Tsuneko, hipotecaram a casa da família para construir uma padaria nos arredores de Los Angeles. Em 1977, a fábrica foi inaugurada a um custo de US$ 3,7 milhões (cerca de US$ 18,7 milhões hoje, início de 2024).
          Para conquistar novos clientes, ele bateu de porta em porta e deixou amostras de seus produtos. Após dois anos de entrega e amostras, o investimento valeu a pena. Em 1979, o supermercado Safeway se tornou o primeiro grande cliente dos EUA da King’s.
          A marca realmente começou a se destacar quando Robert e Mark fizeram uma mudança crucial em seu produto principal – abandonaram os pães inteiros em favor de pãezinhos. Eles dedicaram meses cortando e modelando a massa à mão antes de chegar aos pãezinhos doces que se destacam facilmente. Seu pacote de 12 pãezinhos foi lançado em 1983.
          Quando Mark assumiu como CEO naquele ano (1983), decidiu correr outro risco: sair do Havaí. Ele iniciou a construção de uma fábrica em Torrance, na Califórnia, seis vezes maior que a original. Robert faleceu em 2003 aos 79 anos, pouco antes da inauguração, e não chegou a ver o sucesso dessa estratégia. Em 2005, as vendas haviam atingido US$ 50 milhões.
          Faminto por mais sucesso, em 2011, Mark Taira levou o negócio para o leste, até a Geórgia. Com um empréstimo de US$ 65 milhões, construiu uma fábrica de última geração em Atlanta. Finalmente, a King’s Hawaiian poderia entregar com lucro os pãezinhos – assados e imediatamente congelados para vendê-los “frescos” – para outras regiões, como Nova York. Em 2016, a receita ultrapassou os US$ 320 milhões, cinco vezes mais do que uma década antes.
          De 2004 a 2023, a receita da King’s Hawaiian aumentou 15 vezes. Os pães representam 85% do faturamento anual, com margens brutas de lucro de mais de 40%, uma conquista impressionante na indústria alimentícia. Embora alguns concorrentes tenham margens mais altas, Taira prioriza valores como ética e integridade sobre lucros excessivos.
          Atualmente, a King’s Hawaiian é uma referência para varejistas, concorrentes e investidores, sendo constantemente mencionada em reuniões como uma marca icônica. Os clientes compram seus pães o ano todo, um indicativo do sucesso consistente da empresa ao longo do tempo.
          Mark Taira, aos 67 anos, elevou a padaria de seu pai a uma fortuna de US$ 2 bilhões, traçando assim uma história clássica de sucesso americano. Quando assumiu o cargo de CEO da King’s Hawaiian aos 27 anos, a empresa tinha uma receita anual de US$ 3 milhões (equivalente a US$ 9,5 milhões hoje). Sob sua liderança, os pãezinhos geram agora cerca de US$ 900 milhões em receita.
          Sob a holding Irresistible Food Group, criada em 2021, a família Taira lançou um conceito de restaurante inspirado no Havaí e introduziu novos produtos, mantendo-se como uma empresa familiar. Estima-se que o patrimônio da família seja de US$ 2 bilhões, incluindo a mãe de Mark, Tsuneko, e os quatro irmãos dele.
          A Geórgia abriga o projeto do restaurante dos Taira: o Hello Hilo. A primeira localização foi inaugurada em Gainesville, uma pequena cidade a cerca de 80 quilômetros ao norte de Atlanta, em julho de 2023. Outra seria aberta ainda em 2024.
          Mais restaurantes poderiam abrir mais cedo se os Tairas franqueassem o conceito, mas controlar a qualidade é mais importante por enquanto, diz a filha de Taira, Courtney, que dirige a divisão de restaurantes.
          Com o negócio agora em sua terceira geração, os Taira afirmam que continuarão a rejeitar investidores externos e ofertas de aquisição, mantendo a King’s Hawaiian sob propriedade familiar. “Ninguém vai fazer um produto melhor para o consumidor do que uma empresa familiar, especialmente a nossa família”, afirma Taira.
          Ao invés de ser adquirida, a Irresistible Foods Group tem sido compradora. Nos últimos três anos, a Irresistible gastou cerca de US$ 100 milhões para adquirir fornecedoras locais. Até agora, a empresa identificou 200 marcas desejáveis e está em negociações com cerca de 20.
          Taira diz acreditar que a Irresistible logo ultrapassará US$ 1 bilhão em vendas. Um terço dos lares americanos agora consome alguma versão dos alimentos da empresa – mas sempre há espaço para crescer. Não apenas nos Estados Unidos. Seu pão também é vendido no Japão, Canadá e em 14 países da América Central, América do Sul e Caribe, enquanto os Taira miram na Alemanha, Reino Unido e outros países.
(Fonte: Forbes Brasil - 17.02.2024)

17 de fev. de 2024

Pandora

          A marca dinamarquesa Pandora é conhecida por seus braceletes com pingentes de prata esterlina (com pelo menos 92,5% de prata pura) a preços acessíveis.
          Em um comunicado à imprensa em 2020, a Pandora anunciou sua mudança para metais reciclados. A empresa citou estatísticas do World Gold Council e de outras entidades mostrando que o processo de reciclagem de ouro reduz as emissões em cerca de 99% em comparação com a mineração, enquanto a reciclagem de prata reduz as emissões de carbono em cerca de 66% em comparação com a 
mineração.
          Uma equipe de 100 funcionários esteve envolvida na mudança para metais reciclados na Pandora, que passou de diamantes extraídos para diamantes cultivados em laboratório em 2021. A mudança no fornecimento de metais exigiu a adaptação de processos e equipamentos às medidas estabelecidas pelo Responsible Jewellery Council, grupo reconhecido por estabelecer padrões globais. Entre os fornecedores de metais reciclados da Pandora está a MKS Pamp, uma refinaria e comerciante suíça. “Conhecemos cada uma das fontes de nossa cadeia de suprimentos e podemos dizer em gramas o que vai para quem”, disse Xavier Miserez, chefe de vendas da refinaria: “O risco zero não existe, mas 
tentamos mitigar o máximo possível”.
          No fim de janeiro de 2024, a Pandora anunciou ter atingido a meta de adquirir apenas prata e ouro 100% reciclados para suas coleções. A medida foi apontada como um passo importante para reduzir sua pegada ambiental. “Queríamos dar o exemplo”, disse o CEO da Pandora, Alexander Lacik. Ao trabalhar com metais que já foram extraídos, a Pandora não precisa cavar mais fundo em busca de novos materiais, permitindo que a empresa reduza suas emissões de gases de efeito estufa. A mineração requer mais energia e recursos do que a reciclagem e é uma das principais fontes de poluição por 
mercúrio.
          Outras marcas, como Prada e Monica Vinader, também começaram a usar metais reciclados. Mas alguns observadores do setor alertam que esses materiais podem parecer mais virtuosos do que realmente são. Assim como “sustentabilidade”, a palavra “reciclado” pode ter significados diferentes para pessoas diferentes. Essa lacuna de interpretação pode ser problemática, disse Tiffany Stevens, CEO do Jewelers Vigilance Committee, o comitê de vigilância de joalheiros, uma organização de Nova York que se concentra na defesa da ética e das políticas do setor: “Reciclado é um modificador positivo na maioria dos contextos, mas esse não é necessariamente o caso quando se trata de ouro ou prata”, disse ela. O termo “reciclado”, acrescentou, dá às joias feitas com esses materiais uma “auréola verde”, ou uma aura de serem ecologicamente corretas. No entanto, o termo “não dá às pessoas nenhuma resposta clara sobre a origem dos metais”, disse Tiffany, razão pela qual sua organização e outras solicitaram à Federal Trade Commission (FTC) – órgão federal que previne fraudes e práticas comerciais enganosas – que proibisse o uso de “reciclado” para descrever produtos de joalheria 
vendidos nos Estados Unidos. Espera-se uma resposta da FTC para 2024.
          Embora o uso de metais reciclados possa reduzir a pegada ambiental da Pandora – que vende mais de 100 milhões de peças por ano –, a mineração de ouro e prata novos não diminuiu na última década, o que sugere que o interesse crescente das empresas por esses materiais fez pouco para
compensar a pegada climática da mineração.
          A Pandora, que vende mais de 100 milhões de peças por ano, é a maior empresa de joias do 
mundo em volume.
(Fonte: Estadão - 16.02.2024)

16 de fev. de 2024

São Paulo Railway

          A companhia São Paulo Railway (conhecida como Inglesa), especializada em transporte ferroviário, ergueu, no século XIX em Santo André, uma vila para os trabalhadores da empresa. A localização exata é em Paranapiacaba. A vila mantém até hoje traços que remetem à arquitetura inglesa. Conhecida por sua espessa neblina, a região também é famosa por provocar calafrios em moradores e visitantes. Segundo relatos, quem circula à noite pelas plataformas da antiga estação, inaugurada em 1874, costuma ouvir os gritos de funcionários que morreram durante sua construção.
          A estrada de ferro entre a capital e Santos, então conhecida popularmente como A Ingleza, era administrada pela São Paulo Railway, uma empresa de capital britânico. Construída na década de 1860, essa linha férrea era considerada uma das maiores obras de engenharia da época, pois superava os desafios impostos pela complexa geografia da Serra do Mar, com seus abismos e escarpas. O trecho da Serra contava com um sistema de tráfego singular, auxiliado por uma malha de correias chamada cremalheira, que transformava o trem em um verdadeiro funicular, facilitando a subida e descida por declives acentuados.
          A São Paulo Railway, com um investimento maciço, foi responsável por parte da construção da Estação da Luz, em São Paulo, oficialmente em 1º de março de 1901.
          No jornal O Estado de S.Paulo de 2 de abril de 1924 foi publicada a notícia como segue: Na Serra de Santos - À noite foi hontem divulgada na cidade a noticia de que num dos planos da serra de San- toe havia ocorrido grande desastre com um dos trens da "S. Paulo Railway". Essa informação coincidiu com a falta da correspondencia postal que daquella cicade nos chega á noite. Procurando detalhes sobre o acontecimento, na estação da Luz conseguimos saber apenas que effectivamente se dera o cidente, cujas proporções, entretanto, eram ignoradas. Ao que nos informou depois o nosso correspondente em Santos, tambem naquella cidade nada se sabia de positivo sobre o facto. Effectivamente - accrescentou o nosso informante- tinha havido na serra um accidente.
No Estadão de 21 de abril de 1924, saia a seguinte notícia:
Hoje pela manhan occorreu na estação da Luz lamentavel desastre, no qual perdeu a vida uma moça, cuja identidade não foi estabelecida, e do qual por verdadeiro milagre sahiu illesa uma criancinha de tenra idade. Foi poucos minutos depois das 7 horas, quando partia o trem P. 3, da S. Paulo Railway, com destino a Jundiahy. A victima, que levava acriança, a qual deve ter uns dois mezes de edade, cahiu entre dois vagões.
(Fonte: Veja SP - 16.11.2016 / Estadão - 02.04.2024 / Estadão - 21.04.2024 / Tribuna de Santos - 13.10.2024 - partes)

15 de fev. de 2024

AmPm

          Os 11 primeiros pontos da franquia am/pm no Brasil foram herdados pela distribuidora de combustíveis brasileira Ipiranga quando esta comprou, em 1993, a Atlantic do Brasil, então a 13ª maior companhia privada do país, num negócio de 265 milhões de dólares. Eles não foram comprados pela Ipiranga e continuaram pertencendo à americana Arco, antiga controladora da Atlantic. Na expansão para outros postos, a marca seria usada com pagamento de royalties.
          O nome da rede vem da maneira de dizer as horas em inglês: am = abreviação de ante meridiem = (latim), antes do meio-dia, usado após os números que expressam as horas / pm = abreviação de post meridiem = (latim), depois do meio-dia, usado após os números expressando as horas.   
          No início de fevereiro de 2024, a rede de lojas de conveniência AmPm assinou acordo para criar uma joint venture com a americana Krispy Kreme para vender donuts, as rosquinhas de massa açucarada frita e cobertura variada, nos postos Ipiranga. O contrato de associação entre as partes foi assinado nos Estados Unidos.
           A previsão é de que a operação tenha início entre o fim de 2024 e o início de 2025. A parceria vai começar por São Paulo para, em seguida, alcançar outros estados. O modelo será semelhante ao operado pela Krispy Kreme em outros países com redes de varejo como 7Eleven, Tesco e Walmart. No Brasil, portanto, seus donuts estarão disponíveis somente na rede de lojas próprias e nas lojas AmPm (que tem hoje 1,5 mil unidades em postos Ipiranga no país). Em comunicado sobre o acordo nos Estados Unidos, a Krispy Kreme diz que o Brasil representa um mercado de crescimento prioritário para a empresa e que essa expansão sucede à chegada da marca em Paris, em dezembro de 2023. Com sede em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), a empresa foi fundada em 1937 e hoje tem mais de 13 mil pontos de venda em mais de 35 países do mundo, mas principalmente nos Estados Unidos e no Canadá.
(Fonte: Estadão - 12.02.2024)

10 de fev. de 2024

Demoiselle Bistrô

          O Demoiselle Bistrô fica na Alameda dos Anapurus, 680 - Moema. O Bistrô tem apenas 22 lugares e um cardápio elaborado pelo chef Carlos de La Fuente. O restaurante investe nos clássicos e na influência espanhola (família de La Fuente) e sírio-libanesa (influência da sócia, Fabiana Sucar Dib).
          O Demoiselle foi batizado assim em homenagem ao "Pai da Aviação" Santos Dumont. Esse nome foi usado por ele em 1907 para identificar uma série de aeronaves que destacavam-se pela leveza e transparência (assim como demoiselles, insetos similares às libélulas).
          O Demoiselle Bistrô é o primeiro restaurante brasileiro a receber o Selo Casa Saudável. Trata-se de um selo do Healthy Building Certificate que leva em consideração elementos da saúde e bem-estar em projetos, edificações e construções. A certificação também pode ser conquistada por profissionais da construção civil. O certificado foi entregue oficialmente na tarde de 7 de fevereiro de 2024, ao 
Demoiselle Bistrô, em Moema.
          A arquiteta Ornella Lenci, responsável pelo projeto do restaurante, explica que o certificado foi uma consequência e não o objetivo final. “Nossa intenção sempre foi criar um espaço agradável e acolhedor. Cuidamos do nível de ruído, iluminação, ventilação, materiais usados, qualidade da água, tipo de plantas usadas, entre outros detalhes. A certificação é a confirmação de que estávamos no c
aminho certo”, disse Ornella.
          Para receber o Selo Casa Saudável (SCS) é preciso que o projeto, a edificação ou o ambiente sejam submetidos a testes e verificações. Os critérios avaliados são: desenho, iluminação, acústica, materiais, hidráulica, elétrica, qualidade do ar, paisagismo, sustentabilidade e manutenção. A diferença do Selo Casa Saudável para certificações de ambientes sustentáveis é, basicamente, o foco dos projetos. No caso do Selo Casa Saudável, todas as obrigações e mudanças visam o bem-estar do indivíduo.
(Fonte: Estadão - 10.02.2024)

9 de fev. de 2024

Sports Illustrated

          A revista americana Sports Illustrated é considerada a “bíblia” do jornalismo esportivo. 
Durante décadas, a Sports Illustrated foi uma leitura semanal obrigatória para os fãs de esportes e um motor financeiro para o império da Time Inc.. Ela chegou a ter mais de 3 milhões de assinantes, e seus textos, reportagens e fotografias eram considerados o auge do jornalismo esportivo.
          Em 2017, a Meredith comprou a Time Inc., que incluía a Sports Illustrated e outros ativos de mídia, por US$ 3 bilhões (R$ 14,8 bilhões).
          Dois anos depois, em 2019, o conglomerado de mídia vendeu a Sports Illustrated para o Authentic Brands Group, que é principalmente uma empresa de licenciamento que adquire os direitos de marcas de celebridades, por US$ 110 milhões (R$ 542 milhões). Ela foi comprada pelo valor do nome e da propriedade intelectual da Sports Illustrated, e não porque o Authentic Brands Group pretendia administrar uma revista.
          Poco tempo depois, o Arena Group – proprietário da Men’s Journal, Parade e TheStreet fechou um acordo de 10 anos com o Authentic Brands Group para publicar a Sports Illustrated. A empresa pagou pelo menos US$ 45 milhões (R$ 22 milhões) – enquanto o Authentic Brands Group manteve os direitos comerciais para coisas como um possível hotel com a marca em Michigan. O Authentic Brands Group disse que estava comprometido em garantir que “a marca, que inclui seu braço editorial, continue a prosperar como tem feito nos últimos quase 70 anos”. O Arena Group está em negociações com o Authentic Brands Group e planeja continuar a publicar a Sports Illustrated, disse Rachael Fink, porta-voz do grupo. “Esperamos ser a empresa que levará a publicação adiante, mas se não for, estamos confiantes de que alguém o fará”, disse ela em um comunicado.
          Cerca de 100 jornalistas trabalham para a Sports Illustrated, considerando números de meados de janeiro de 2024.
          A Sports Illustrated está em declínio há anos. Teve dificuldades para mudar para o mundo da mídia digital e foi prejudicada pela má administração. A internet aniquilou as revistas impressas e o corte de custos transformou a publicação semanal em mensal e reduziu sua equipe. Na sexta-feira, 19 de janeiro de 2024, a revista recebeu talvez seu golpe mais duro até então com a demissão de uma série de funcionários por e-mail. A medida foi tomada depois que o Arena Group, que publica a revista e o site, teve sua licença para operar a publicação revogada. Esse novo revés tornou o futuro incerto.
          Naquele dia (19 de janeiro de 2024) repórteres e editores foram convidados a participar de uma chamada do Zoom às 14h (horário local nos EUA). O encontro durou apenas sete minutos. Na ligação, Jay Frankl, recém-contratado diretor de transformação de negócios do Arena Group, disse: “Continuaremos a produzir a marca Sports Illustrated e o conteúdo online até que a situação seja totalmente resolvida”, de acordo com uma gravação da reunião ouvida pelo The New York Times. Nenhuma pergunta foi feita. Alguns funcionários receberam e-mails com avisos de demissão imediata, enquanto outros foram informados em outras reuniões do Zoom que manteriam seus empregos por pelo menos 90 dias.
          Até agora, o que parece certo é que mesmo que a Sports Illustrated sobreviva de alguma forma, ela será severamente reduzida.
(Fonte: OESP - 22.01.2024)

8 de fev. de 2024

Nash Motors

          A Nash Motors foi fundada em 29 de Julho de 1916, em Kenosha, Wisconsin, nos EUA. Seu fundador, Charles Williams. Nash comprou a Thomas B. Jeffrey Company, até então detentora das marcas Jeffrey e Rambler. Antes da fundação da empresa, Nash foi presidente da General Motors entre 1912 e 1915. Os primeiros automóveis com a marca nova somente saíram da produção para o mercado no ano de 1917.
1922 Nash Roadster Model 42
          Durante a década de 20, a Nash fez uma série de inovações em seus veículos que tornaram a empresa a quarta maior do ramo automobilístico dos Estados Unidos, ficando atrás apenas da chamada Big Three (General Motors, Chrysler e Ford Motor), conseguindo se manter durante a quebra da Bolsa de Nova York em 1929. Em 1924, a Nash adquiriu a LaFayette Motors.
Nash Six Touring 1927
          O posicionamento da Nash Lafayette veio no início da década de 1930, quando Charles Nash deixou o cargo de presidente. Comprou a Kelvinator, uma fabricante de geladeiras e colocou o então presidente da empresa, George Mason, no cargo máximo da Nash. Surgia então em 1937, a Nash-Kelvinator Corporation.
Em janeiro de 1954, a Nash Kelvinator se fundiu com a Hudson Motor Car Company e surgiu oficialmente a American Motors Corporation (AMC).
          Em um período de expressiva criatividade da indústria automobilística norte-americana, no decorrer dos anos de 1950, quando as traseiras dos automóveis ostentavam formatos de rabo de peixe (Cadillac) ou asa de gaivota (Chevrolet Impala 1959), além da fartura de partes cromadas e ornamentos, a Nash Motors Company, foi pródiga na diversidade de sua produção.
          Os Nash Ambassador (Embaixador), Statesman (Estadista), Rambler (Passeador) e Metropolitan (Metropolitano) destacavam-se nas versões com capota rígida, conversíveis ou como camionetas de passeio (peruas). Esses modelos possuíam carroçarias de aspecto curioso, futurista, alegre e harmonioso.
          Um Nash Ambassador de quatro portas, com seu amplo espaço interno, era ideal para um confortável passeio da família e útil como automóvel de aluguel, popularmente conhecido, à época, como carro de praça.
          Os anos de ouro da Nash findaram em 1957, quando a empresa já tinha se transformado na American Motors Corporation (AMC). Outra curiosidade: o Nash Metropolitan não tinha tampa no porta-malas. O acesso para colocação da bagagem era feito pelo interior do automóvel.
(Fonte: Almanaque Zero Hora / Wikipédia - partes)

7 de fev. de 2024

New York Community Bank - NYCB

          O New York Community Bank  - NYCB foi fundado em 14 de abril de 1859, em Flushing, Queens, como Queens County Savings Bank.
          Em 1993, o banco tornou-se uma empresa pública através de uma oferta pública inicial, IPO.
          Em 15 de dezembro de 2000, o banco muda o nome para New York Community Bank - NYCB para melhor refletir sua área de mercado além do Queens.
          O NYCB efetuou várias aquisições na década de 2000, comprando o Haven Bancorp por US$ 196 milhões em 2000, o Richmond County Financial em uma transação de US$ 802 milhões em 2001, o gestor de ativos Peter B. Cannell & Co. Bancorp em uma transação de US$ 1,6 bilhão em 2003, o Long Island Financial em uma transação de US$ 70 milhões em 2005, o Atlantic Bank of New York do Banco Nacional da Grécia por US$ 400 milhões em 2006, onze agências em New York York City da Doral Financial Corporation em março de 2007, o Penn Federal Savings Bank por US$ 262 milhões em abril de 2007 (adicionando filiais em East Central e North East New Jersey), e o Synergy Bank of Cranford, New Jersey por US$ 168 milhões em ações em outubro de 2007. Em setembro de 2009, mudou a marca das agências Synergy para Garden State Community Bank.
          Em dezembro de 2009, a Federal Deposit Insurance Corporation - FDIC confiscou o AmTrust, um banco sediado em Cleveland, OH, com 66 agências e US$ 13 bilhões em ativos em Ohio, Flórida e Arizona. O NYCB adquirira a Amtrust, que serviu para expandir pela primeira vez a presença de filiais da NYCB fora da área metropolitana de Nova York. Em 2017, o banco vendeu o negócio de hipotecas adquirido com a compra da AmTrust com um lucro de US$ 90 milhões.
          Em março de 2010, o Desert Hills Bank de Phoenix, Arizona, com US$ 496 milhões em ativos, foi apreendido pelo FDIC e adquirido pela NYCB.
          Em junho de 2012, o NYCB adquiriu os ativos do Aurora Bank do Lehman Brothers.
          Em 29 de outubro de 2015, o banco anunciou um acordo de fusão com o Astoria Bank, mas a fusão proposta foi encerrada em dezembro de 2016, após não conseguir obter a aprovação regulatória.
          Em 4 de novembro de 2016, a Brooklyn Sports & Entertainment anunciou que o banco havia adquirido os direitos de nomeação do Nassau Coliseum; foi renomeado como "NYCB Live: Home of the Nassau Veterans Memorial Coliseum", devido a acordos que exigem que "Nassau Veterans Memorial Coliseum" permaneça no nome da arena. A NYCB rescindiu seu contrato de naming rights no final de agosto de 2020 devido à incerteza em torno da propriedade após o fechamento em junho de 2020 e o subsequente novo arrendatário.
          Em dezembro de 2020, o presidente, CEO e membro do conselho Joseph Ficalora anunciou sua aposentadoria. Thomas Cangemi, Diretor Financeiro da empresa desde 2005, tornou-se presidente e CEO.
          Em dezembro de 2022, o NYCB adquiriu o Flagstar Bank.
          Em 19 de março de 2023, a NYCB adquiriu US$ 38,4 bilhões em ativos do liquidado Signature Bank em um negócio de US$ 2,7 bilhões, com 40 agências Signature sendo convertidas em locais Flagstar.
          Em 6 de fevereiro de 2024, o provedor de classificação de crédito de títulos Moody's Investors Service rebaixou a classificação de crédito da NYCB para o status de "Junk" (lixo), atribuído à sua exposição em empréstimos imobiliários comerciais. O NYCB relatou um prejuízo trimestral de US$ 252 milhões uma semana antes.
(Fonte: Wikipédia)

6 de fev. de 2024

Bauminas

          A Bauminas é um grupo brasileiro familiar sediado em Minas Gerais que atua nos mercados químicos para tratamento de água e esgoto, mineração e logística, e fornece insumos para as maiores empresas de saneamento do país. Foi fundada em 1961 como Indústria Química Cataguases.
          Em 2018, um dos sócios do grupo, Márcio Barbosa Silva Bissoli, morreu em um acidente de helicóptero no sul de Minas Gerais. Um acordo de acionistas garantiu que um de seus irmãos, Túlio, continuaria à frente do grupo.
          Hoje, o grupo é composto por cinco empresas: Bauminas Águas (líder no fornecimento de coagulantes para tratamento de água), Bauminas Agro (nutrientes e compostos químicos para agricultura e indústria), Bauminas Mineração (mineração de minérios utilizados em sais para tratamento de água), Bauminas Log (logística de produtos químicos) e Bauminas Hidroazul (tratamento de água para piscinas).
          Em fins de janeiro de 2024, a Bauminas busca parceiro para ampliar atuação e
contrata banco de investimento para explorar “oportunidades estratégicas”. A empresa vê um potencial significativo de expansão com a nova estrutura de saneamento, que já começou a atrair recursos significativos do setor privado.
          As alternativas em avaliação podem variar desde a contratação de novos sócios até possíveis fusões e aquisições (M&A). Segundo fonte próxima à Bauminas, o grupo não está à venda, mas estaria aberto a um investidor ou sócio minoritário estratégico para acelerar seus planos de crescimento. “Estaremos analisando diferentes possibilidades”, disse a fonte.
          Em comunicado após a notícia de que o grupo estava em negociações preliminares para vender suas operações à Brookfield, Bauminas negou a existência de tais negociações. No entanto, o Valor apurou que tem havido uma aproximação informal entre o banco de investimento, que o aconselhará na procura de oportunidades estratégicas, e a sociedade gestora de ativos, bem como com outros potenciais parceiros.
          Segundo levantamento da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços de Água e Esgoto (ABCON), foram contratados R$ 64,6 bilhões em investimentos nos leilões realizados de 2020, quando a lei foi aprovada, até 2023. Para alcançar o saneamento universal no país, a associação estima que serão necessários R$ 893 bilhões em investimentos.
          O grupo fatura anualmente cerca de R$ 2 bilhões, 70% dos quais provenientes de tratamento de água. Com mais de 1.000 colaboradores, o grupo conta com 21 unidades produtivas, sendo 17 fábricas e 4 minas.
(Fonte: jornal Valor - 02.02.2024)