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12 de ago. de 2024

Bucherer

           A Bucherer é uma varejista multimarcas internacional de relógios e joias, com lojas na Suíça, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, França, Dinamarca e Áustria. A rede tem passado por um grande processo de expansão no mercado dos EUA, que inclui a recente reabertura do TimeDome, em Las Vegas, a maior loja de varejo de relógios da América do Norte. A empresa familiar está em sua terceira geração e é liderada por Jörg Bucherer, que ocupa presidência da empresa.
          Em 24 de agosto de 2023, a Rolex anuncia a compra a Bucherer, uma das maiores varejistas de relógios do mundo. Apesar da aquisição, a Bucherer continuará a operar como uma empresa independente e seguirá com o mesmo nome, informou a Rolex.
          São dois nomes históricos da indústria relojoeira que se tornaram parceiros. A decisão de comprar a Bucherer, segundo a Rolex, foi tomada depois que Jörg Bucherer, presidente da varejista e líder da terceira geração da empresa familiar, estava considerando vender a empresa devido à ausência de descendentes diretos. “Essa medida reflete o desejo da marca com sede em Genebra de perpetuar o sucesso da Bucherer e preservar os estreitos laços de parceria que ligam ambas as empresas desde 1924”, afirmou a Rolex no comunicado.
          Alexander Linz, do WatchAdvisor, um canal no YouTube especializado sobre relógios e a indústria, afirma que a aquisição provavelmente permitirá à Rolex vender seus relógios mais procurados exclusivamente nas lojas Bucherer — apesar de a empresa ter declarado que o relacionamento com os demais varejistas de sua rede de vendas não vai mudar.
          Linz afirma que Jean-Frédéric Dufour, CEO da Rolex, “é um dos gestores mais brilhantes do setor” e que a aquisição é uma grande vitória para a marca de relógios.
          A Rolex, em comunicado, afirma que a equipe administrativa da Bucherer permanecerá inalterada: “O grupo Rolex está convencido de que esta aquisição é a melhor solução não só para as suas próprias marcas, mas também para todas as marcas parceiras de relógios e joias, bem como para todos os funcionários do grupo Bucherer”.
          A Bucherer possui mais de 100 pontos de venda em todo o mundo, dos quais 53 distribuem a marca Rolex e 48 distribuem a marca Tudor, empresa irmã da Rolex.
(Fonte: Forbes - 24.08.2023)

10 de ago. de 2024

John Deere

          A John Deere é empresa norte-americana de máquinas e equipamentos agrícolas.
          A empresa anunciou, em 30 de novembro de 2023, que investirá R$ 180 milhões na construção de um novo centro de desenvolvimento tecnológico. A instalação ficará localizada em Indaiatuba, no estado de São Paulo.
          Segundo a empresa, será o primeiro do tipo a ser instalado em área tropical no mundo. Espera-se que o centro reduza o tempo necessário para lançar novos produtos no mercado em cerca de 40%.  O investimento de R$ 180 milhões inclui instalações com escritórios para mais de 150 funcionários, laboratórios hidráulicos e estruturais, oficina para montagem e testes de equipamentos agrícolas de todos os portes e pista de testes para operação de veículos e implementos .
          Indaiatuba foi escolhida para o projeto pela proximidade com o escritório brasileiro da John Deere e com outros centros de pesquisa e universidades com os quais a empresa mantém parceria. Isto deverá facilitar o recrutamento de especialistas em tecnologia.
          A nova instalação, a 12ª da empresa no Brasil, deverá estar operacional até novembro de 2024. “O centro permitirá o desenvolvimento de tecnologias e soluções locais para as variáveis e desafios enfrentados pelos produtores no Brasil e na América Latina”, disse Antonio Carrère, CEO da John Deere Brasil.
          Em meados de abril de 2024, Marcelo Lopes, diretor de vendas do país, conta que “centenas de milhões de dólares” estão sendo aplicados desde 2023 na construção do Centro de Desenvolvimento de Tecnologia em Indaiatuba (SP), na expansão do centro de distribuição de peças de Campinas (SP) e na ampliação e modernização das fábricas de Catalão (GO), Horizontina (RS), Monte Negro (RS) e Canoas (RS). O projeto inclui parcerias com a SpaceX para fornecimento de conectividade via satélite, utilizando a rede Starlink, e com a Claro e a startup SOL, para cobertura de internet.
          Anunciou também que investirá mais de R$ 700 milhões na ampliação da infraestrutura de sua fábrica de máquinas agrícolas em Catalão, no estado de Goiás. A empresa fabrica colhedoras e pulverizadores de cana na unidade.
          A ampliação vai agregar mais de 20 mil metros quadrados à fábrica, que atualmente conta com 69 mil metros quadrados, disse Edison Drescher, diretor da fábrica, em comunicado. Segundo a empresa, o projeto de expansão criará 400 novos empregos em 60 meses. Desse total, 100 serão empregos diretos e 300 serão indiretos.
          Com o investimento, a John Deere também trará ao Brasil a produção de sua ferramenta de pulverização inteligente. O sistema usa visão computacional, inteligência artificial e aprendizado de máquina para identificar ervas daninhas nas lavouras e aplicar herbicidas na quantidade exata.
          De olho na expansão do setor agropecuário, o Bradesco anunciou, em 9 de agosto de 2024,  acordo para comprar 50% do Banco John Deere. A instituição pertence à empresa John Deere Brasil S.A., uma subsidiária da americana Deere & Company, gigante global do setor de equipamentos agrícolas. O valor do investimento não foi informado.
(Fonte: Valor - 04.12.2023 / Estadão - 15.04.2024 /10.08.2024 - partes)

8 de ago. de 2024

SideWalk

          A marca de calçados e roupas SideWalk foi fundada em 1982 por Luis Gelpi, Eduardo Rizk e Tinho Azambuja, que se propuseram a criar um estilo de moda inédito voltado ao público jovem. A primeira loja da marca foi inaugurada na Rua Melo Alves, nos Jardins, em São Paulo. Em pouco tempo, os calçados da SideWalk, embalados em saquinhos de tecido, conquistaram o público, seguidos pelas camisas polo, que se tornaram um sucesso de vendas. O grupo SideWalk é composto pelas companhias Canroo e Mult-Side.
          No início de agosto de 2024, a SideWalk apresentou pedido de recuperação judicial para fazer frente a dívidas estimadas em R$ 25,5 milhões. Segundo o grupo, a pandemia da covid-19, os altos preços dos aluguéis cobrados pelos shoppings e as mudanças climáticas foram os principais fatores que levaram à crise da rede, cujas maiores coleções são voltadas à moda de inverno.
          No momento da solicitação re recuperação judicial, a SideWalk possui 42 lojas em todo o Brasil, incluindo 17 em São Paulo e 3 outlets. Embora o pedido de recuperação judicial afete algumas dessas lojas, as franquias não estão inclusas no pedido e continuam operando normalmente. No momento, a empresa solicitou à Justiça a proteção antecipada contra credores e a manutenção de serviços essenciais como internet, energia elétrica, água e telefone, até que o juiz Adler Batista Oliveira Nobre analise o pedido.         
          Entre os fornecedores com quem a empresa tem débitos em aberto, o grupo cita Claro, Telefônica Brasil (dona da Vivo), America Net, Vogel, Terra, Telesp, Eletropaulo e Linx.
(Fonte: InfoMoney - 08.08.2024 / O Antagonista - 09.08.2024 - partes)
Loja da SideWalk no Shopping Vila Olímpia (Foto: Shopping Vila Olímpia)
Loja da SideWalk no Shopping Vila Olímpia (Foto: Shopping Vila Olímpia)

6 de ago. de 2024

SMZTO

          Foi ainda menino, aos 12 anos, que ele começou a sair de bicicleta pelas ruas de Lins, no interior paulista, vendendo coxinhas feitas pela mãe. Com o dinheiro, pagou um curso de computação – que lhe 
valeu o primeiro emprego, aos 15 anos. E, aos 23, já havia fundado uma escola de computação.
          Na outra ponta dessa história, José Carlos Semenzato passou essa empresa adiante quando ela já controlava 750 escolas frequentadas por 500 mil alunos em 500 cidades do país.
          E o que a sucedeu foi a SMZTO Holding de Franquias Setoriais. “Ao comprar uma franquia, em vez de abrir uma empresa, o investidor reduz em mais de 50% o risco de quebrar o negócio”, resume o executivo, para quem “o franchising é hoje um setor maduro no mundo todo”. “No Brasil, ele cresce 
25% ao ano e tem muitas marcas grandes como Boticário, Bobs.”
          Semenzato revela: “Nosso foco é o Brasil. Quero comprar umas oito empresas nos próximos 5 anos, o que vale dizer que vamos chegar a um total de 10 mil franquias”. Segundo o empresário, o franchising é um setor já maduro no mundo todo, em especial nos EUA e na Índia. No Brasil, ele se expandiu nos últimos 30 anos. Gerou sucessos como as marcas O Boticário e Bobs, e vive um processo de consolidação. Mas existem bons e maus operadores. Franqueadores que trabalham com governança e ética, dando bom suporte aos franqueados, vendem de fato um bom know-how.
          O executivo diz que pode afirmar com segurança que, ao comprar uma franquia, o investidor reduz em mais de 50% o risco de quebra do negócio. Exemplo prático: vou investir R$ 500 mil para abrir minha própria padaria. Há vários riscos: a escolha de um ponto errado, comprar os equipamentos inadequados, as chances de erro e de fechar no primeiro ano são grandes. Mas se você opta por abrir uma franquia, reduz esse risco. Eu costumo dar uma garantia de 75% de sucesso, os outros 25% 
dependem do compromisso e empenho do franqueado na loja.
          Há, entretanto, os que têm um negócio ainda em fase experimental e já tentam licenciar franquias. Se você está franqueando algo não testado, está replicando algo que pode dar errado. E quais os truques para a franquia dar certo? Primeiro, escolher uma marca que já tenha entre 20 e 30 franquias com pelo menos dois anos de operação. Significa que essa marca já passou por erros e ajustes, já tem certa maturidade. Também é bom contatar outros franqueados para ter um raio X completo do negócio. Eu analiso a escala daquele negócio, seu potencial de crescimento. E convém avaliar a liquidez, para 
saber se poderei vender a um terceiro.
          Semenzato não entra como controlador da franquia. Ele ntra como sócio minoritário com direito a vetos importantes, em decisões estratégicas. Tem aproximadamente 50 sócios hoje (início de 2024). Segundo ele, respeita e é respeitado por eles. Seu nível de briga judicial é zero. Normalmente, assume a parte financeira ou nomeia um CFO para a empresa. São estratégias nas quais ele não preciso controlar.           Os valores em jogo nessas compras são a partir de R$ 50 mil, para uma microfranquia. A Associação Brasileira de Franchising tem um portfólio extenso de microfranquias com investimentos abaixo de R$ 90 mil. Acima disso, já são chamadas de franquias. Os investimentos do portfólio da 
SMZTO vão de R$ 90 mil a R$ 1,5 milhão. Um restaurante pode chegar a esse valor.
          O foco da SMZTO é o Brasil. A holding quer comprar sete a oito empresas nos próximos cinco anos, o que equivale a dizer que chegaria a 10 mil franquias até lá. No início de 2021, a empresa comprou uma participação na Oral Sin, uma companhia especializada em implantes. Na época, eram cento e poucas clínicas; hoje, são 500 em operação no Brasil. Ela cresceu 20 vezes nesse período em termos de faturamento. A última aquisição do grupo foi na área de harmonização facial, a Royal Face. 
Eram 250 clínicas, um negócio já grande. A meta é chegar a 700 clínicas em quatro anos.
          A holding destaca que tem uma preocupação muito grande com a questão ambiental. Com o Peça Rara, um brechó, colocam mais de 3 milhões de roupas e acessórios de segunda mão de volta no mercado. Uma economia absurda no meio ambiente. Uma outra, a Oakberry Açaí, está transformando a vida dos ribeirinhos na Amazônia. Nós incentivamos e homologamos essas cooperativas – e essas pessoas estão compreendendo que a floresta viva vale mais do que se for derrubada. Com a HCC – Energia Solar, que é uma das investidas do grupo, é gerada energia para abastecer uma cidade de 200 mil habitantes. E isso equivale à retirada de 25 mil toneladas por ano de CO2 por ano.
          A SMZTO Holding é hoje é um dos maiores grupos desse setor no país, vendendo marcas e representações de outras empresas – o franchising. Em 2020, a SMZTO faturou R$ 3,3 bilhões.
(Fonte: Estadão - Sonia Racy - 24.01.2024)

5 de ago. de 2024

Fulwood

          A empresa de galpões logísticos brasileira Fulwood foi fundada pelo empresário Gilson Schilis, que ocupa o cargo de presidente.
          Nos últimos anos, o crescimento da Fulwood se deu em parceria com a gestora de recursos Vinci Partners. Pouco antes de meados de 2021, as empresas se uniram em um plano de investimentos conjuntos de R$ 1 bilhão para desenvolver galpões em São Paulo e Minas Gerais. Desde então, as entregas da parceria somaram 395 mil metros quadrados.
          Então já como uma das maiores empresas de galpões logísticos do Brasil, a empresa começou o ano de 2024 em rota de crescimento, otimista com as perspectivas do setor. A companhia inaugurou, no início de 2024, seu 18.º empreendimento. Trata-se de um galpão de 44 mil metros quadrados, equivalente a seis campos de futebol, na cidade de Betim, em Minas Gerais. Havia conversas em andamento com empresas de varejo, farmacêutica, alimentos e bebidas, autopeças, entre outras. Em seguida, a ideia é erguer mais 68 mil m² no polo de Betim até 2025, com investimento total de R$ 170 milhões
          Estão previstas ainda as entregas de um galpão de 55 mil metros quadrados em Guarulhos (SP) em outubro de 2024, e outro de 42 mil metros quadrados, em Extrema (MG), em março de 2025. O portfólio deve crescer de 850 mil para cerca de 1 milhão de metros quadrados de área bruta locável (ABL) até março de 2026. A GLP, maior do segmento no País, soma 4 milhões de metros quadrados de ABL, considerando números de março de 2024..
          Schilis diz acreditar que o mercado ainda tem muitas oportunidades, mesmo depois do ciclo de crescimento dos últimos anos. Um ponto importante é a melhora da economia. “A demanda por galpões segue forte, e prevemos que continuará crescendo por, pelo menos, mais dois anos. O aquecimento aumenta à medida que a taxa de juros cai”, afirma
          Outro ponto é que o comércio eletrônico ainda está se expandindo, puxado por setores que estão dando os primeiros passos nas vendas online, como farmácias, alimentos, autopeças e materiais de construção. Por fim, há necessidade de condomínios logísticos fora de São Paulo, onde há concentração desses ativos.
          Atualmente (março de 2024), 94% dos imóveis da Fulwood estão ocupados, e ela tem terrenos já negociados onde poderiam ser construídos mais 600 mil metros quadrados de galpões. As áreas estão em São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Para acelerar o crescimento, a ideia é fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de R$ 1 bilhão a R$ 1,5 bilhão, assim que houver 
apetite de investidores.
          A Fulwood tentou IPO em 2021, mas recuou diante da piora do mercado na época. Desde então, segue trabalhando como uma companhia aberta, contando com conselho de administração com membros independentes e comitês de auditoria e compliance.
(Fonte: Estadão - 13.03.2024)

4 de ago. de 2024

Padaria Ceci

          Entrar na Ceci, tradicional padaria do Planalto Paulista, é como viajar no tempo. Afinal, a casa funciona em um esquema tradicional, que quase não se encontra mais em São Paulo: você entra e encontra um grande balcão, recheado com pães, doces e tudo que há de bom. É entrar, pegar o seu pãozinho e ir embora para casa. Nesse formato, a Ceci conquistou público e jurados do Padocaria, prêmio que reconhece as melhores padarias de São Paulo.
          Em 2021, a Ceci foi a melhor em café, serviço de frios e time de chapeiros. A casa ganhou a medalha de ouro na categoria de Melhor Padaria por dois anos consecutivos, em 2022 e 2023. Agora, também foi premiada nos quesitos doce e pão na chapa – além do prêmio máximo. “O Padocaria é um prêmio sério que gera bastante movimentação”, afirma Gustavo Guimarães Fernandes, sócio e diretor da Ceci. “Ganhar o Padocaria representa se tornar uma marca mais conhecida, um aumento no número de clientes e faturamento e representa receber pessoas de toda as partes do Brasil que têm curiosidade de conhecer a melhor padaria de São Paulo.” 
          Quando se analisa o bicampeonato da Ceci, percebem-se algumas constâncias. Para começo de conversa, a casa ficou sempre na mão de portugueses – fundada em 1964, ela já está na quarta geração com Fernandes, sócio e diretor. “Sempre foram portugueses que tiveram sociedade”, diz ele, que tem a mesma nacionalidade. Com tanto tempo em atividade, e sempre com a família Fernandes na direção, a Ceci acabou conquistando os moradores do bairro. É algo essencial para alcançar um título no Padocaria, já que parte da votação é feita pelo público em geral, que frequenta as padarias.
          O diretor também acredita que há algo fundamental hoje em dia: ser natural. “As padarias de fermentação natural mostraram isso”, conta ele. “Hoje, as melhores padarias já têm ótimos pães de fermentação natural. Aqui na Ceci, eu tirei o leite e a banha que estavam na receita do pão francês. Hoje, o pãozinho é feito apenas de farinha, sal, fermento e água. A qualidade, a saudabilidade e o natural caminham juntos e essa é uma preocupação na Ceci e nas boas padarias de São Paulo hoje. O produto tem de ser caseiro e fresco.” A segunda vitória do Padocaria também marca um novo momento para a Ceci, com toda a responsabilidade que nasce do bicampeonato. “A expectativa e a cobrança aumentam e você precisa melhorar a entrega. O time tem de estar motivado para isso”, explica Fernandes. “É um mercado muito amplo. Temos 6 mil padarias na cidade de São Paulo, segundo o Sampapão, associação do setor. As que se destacam estão preocupadas com qualidade e se aperfeiçoando o tempo inteiro.”
          Além da comida, a Ceci está passando por mudanças físicas. Primeiramente, por uma reforma para ter mesas e cadeiras para as pessoas sentarem. “Essa reforma engloba um novo conceito para a empresa”, explica Fernandes. A ideia toda é um conceito replicável. “Já estamos iniciando o projeto de arquitetura da segunda loja, que será nos Jardins. O grande desafio é o treinamento dos colaboradores para mantermos o padrão de produto e qualidade no atendimento, pessoas que amam a panificação e a confeitaria. Mas tenho fé que conseguiremos realizar a mesma entrega”, diz.
(Fonte: Estadão - 15.12.2023)

3 de ago. de 2024

Affinity Partners

          A Affinity Partners ganhou os holofotes por ter sido fundada, em 2021, pelo genro do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o investidor Jared Kushner.
          Peixe pequeno perto de pesos pesados de Wall Street e com recursos captados em sua maioria na Arábia Saudita, a discreta gestora americana, tem US$ 3 bilhões em ativos, considerando números de 
meados de 2024.
          A gestora é uma das mais novas investidoras no Brasil. e chega, em abril de 2024, ao conselho de administração da Zamp, a holding brasileira que controla as franquias de fast-food Burger King e Popeyes no mercado local. O seu desembarque coincide com a negociação da primeira aquisição da Zamp: as operações da rede Starbucks no Brasil. O investimento da Affinity na Zamp, de US$ 200 milhões, é o primeiro da gestora na América Latina.
          A gestora ganhou ampla repercussão na imprensa americana, em meio às eleições presidenciais nos EUA, com Trump de novo na disputa. Kushner é casado com a filha do ex-presidente, Ivanka Trump, e foi conselheiro sênior da Casa Branca na gestão do sogro. Nascido em 1981, ele diz que não pretende voltar a ocupar cargo público.
          Apesar de ser americana, 99% dos recursos captados vêm do exterior, conforme comunicado enviado à Securities and Exchange Commission (a comissão de valores mobiliários dos EUA) em março de 2024. Boa parte vem de contatos que Kushner fez quando estava na Casa Branca, em especial com investidores do Oriente Médio.
          Além de fundador, Kushner é o presidente da Affinity, que tem 40 funcionários. Entre as áreas de interesse, o genro de Trump está especialmente focado em inteligência artificial e na infraestrutura necessária para permitir que essa tecnologia avance, além de energia e mudanças nas cadeias de suprimento globais por causa de questões geopolíticas, como o “nearshoring”.
          Os EUA são o principal foco da Affinity, mas a América Latina está no radar. O Oriente Médio também é uma das prioridades da gestora, que já investiu em Israel. Na Zamp, o fundo soberano árabe Mubadala é o maior investidor, com quase 60%, porcentual alcançado nos meses finais de 2023, após compras no mercado, em um ruidoso esforço para chegar ao controle da holding, retirar a empresa do Novo Mercado da B3 e ser mais agressivo em fusões e aquisições, movimento que causou a objeção de alguns investidores minoritários.
(Fonte: Estadão - 02.05.2024)

2 de ago. de 2024

Puig (grupo)

          O grupo Puig, da Espanha, é dono de marcas de perfume como Paco Rabanne e Carolina Herrera e  
no Brasil é sócio da Granado.
          Em 2016, a Puig comprou 35% do grupo brasileiro Granado. Na época, a transação foi estimada em R$ 500 milhões, o que avaliou a Granado em R$ 1,43 bilhão e ajudou a empresa a quitar títulos que pagavam cerca de 20% de juros ao ano.
          A Puig estreou na bolsa espanhola em 2 de maio de 2024, vendendo suas ações no topo da faixa sugerida e movimentando 3 bilhões de euros. O IPO superou o até então maior do ano, o da empresa suíça Galderma, de produtos dermatológicos. A oferta chegou a US$ 2,6 bilhões em março, com preço saindo também no topo da faixa.
(Fonte: Estadão - 08.05.2024)

1 de ago. de 2024

Sindona

          Bruno Sindona, nascido em 1988, vem de uma família de empreendedores brasileiros de uma região periférica da zona sul de Osasco. Seu pai vendia coco na rua, e sua mãe fazia doces para vender. Bruno também já vendeu queijo na rua com seu pai e ainda tiveram um salão de beleza. Ele e sua irmã eram responsáveis por lavar, secar e dobrar as toalhas do salão. Tudo isso o inseriu no mundo dinâmico e flexível do empreendedorismo. 
          Em 2002, a mãe de Bruno vendeu a herança de um terreno em Osasco. A vocação desse terreno era fazer moradia popular assim como fazem  hoje, segundo Bruno. Mas a empresa faliu e não os pagou. Para a família, segundo Bruno "é como se tivéssemos ganhado na loteria e perdido o bilhete". 
          Em 2008, a família conseguiu recuperar o terreno e decidiu construir ela mesma (pai, mãe e irmã) 32 apartamentos no local com financiamento da Caixa Econômica no comecinho do programa Minha Casa, Minha Vida. Na época, Sindona não era uma empresa, foi criada para resolver apenas o problema da herança. Com o tempo, a empresa foi se profissionalizando. Compraram móveis para o escritório, contrataram funcionários e começaram a estruturar a empresa. Acabou comprando outra construtora no meio da caminho.
          À frente da incorporadora que leva seu sobrenome está Bruno Sindona. A empresa nasceu com a missão de trazer mais conforto e beleza aos imóveis que se enquadram no programa Minha Casa, Minha Vida. Os imóveis, com valores que variam entre R$ 170 mil e R$ 550 mil, oferecem piscinas de borda infinita, tobogãs, saunas, hortas comunitárias, churrasqueiras e suítes. A média de renda dos clientes gira em torno de R$ 5,9 mil. Em alguns empreendimentos, a renda pode cair para R$ 2,2 mil. Os números correspondem a valores de meados de 2024.
          A Sindona tem quase 200 funcionários e entregou mais de 1,2 mil moradias, com mais de 2,6 mil construções em desenvolvimento (junho de 2024). Fica na altura do número 1.246 da Avenida Faria Lima, em São Paulo. Ocupa o espaço de um antigo banco.
(Fonte: Estadão -22.06.2024)