Inspira é uma rede de escolas de ensino fundamental, criada em 2018, controlada por um fundo do BTG Pactual. Em janeiro de 2024, o BTG (sócios e fundo) detém 75% do Inspira; André Aguiar, CEO da empresa,
detém cerca de 20%, sendo o restante distribuído entre os fundadores das escolas adquiridas.
O gestor de private equity L. Catterton estava em negociações avançadas com a Inspira no final do ano passado e estava disposto a pagar cerca de 200 milhões de dólares por uma participação de 30% no grupo escolar, dizem as fontes. As conversações fracassaram devido a divergências sobre a governança e o cálculo do EBITDA.
Em 2023, a Inspira recebeu um investimento de R$ 1 bilhão da Advent e do Conselho de Investimentos do Plano de Pensão do Canadá (CPPIB), adquirindo uma participação de 30%.
Até janeiro de 2024 o Inspira fez 35 aquisições e teve que desembolsar R$ 1,1 bilhão desde 2018 –quando foi criado com aportes do fundo e de parceiros do banco BTG.
A Inspira adquiriu recentemente o Colégio Amadeus em Aracaju, marcando sua entrada na cidade.
(Fonte: .......24.01.2024)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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16 de mai. de 2025
Inspira
MBRF
As gigantes de carnes Marfrig e BRF anunciaram em 15 de maio de 2025 a fusão dos negócios das duas empresas, dando origem à MBRF Global Foods Company. A transação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada ação da
BRF detida.
A vertente de crescimento da nova empresa — formada por Marfrig, BRF e a americana National Beef — está nos Estados Unidos, Oriente Médio e China. Do faturamento total da MBRF, 43% virão do mercado americano.
Nesse cenário, uma possibilidade de redomicílio considerada pela companhia é a América do Norte. Marcos Molina, controlador e presidente dos conselhos de administração de Marfrig e BRF, afirmou que a administração vem preparando a BRF para este momento há três anos, desde que a Marfrig assumiu o controle da companhia de aves e suínos. Após a virada nos resultados da BRF para o azul, as duas já vinham trabalhando com sinergias comerciais, por exemplo.
Como as ações das duas têm hoje praticamente a mesma cotação, essa relação de troca vai impor
uma perda ao menos momentânea para os detentores de papéis da BRF.
Para viabilizar a fusão, Marcos Molina — o fundador e controlador da Marfrig, com 72% do capital — está abrindo mão do controle do negócio.
O segundo maior acionista será o Salic, o fundo soberano da Arábia Saudita, que hoje tem 11% da BRF e ficará com 10% da nova companhia. Outro grande acionista da nova empresa será a Previ, que tem 5,9% da BRF e ficará com 5,1% da MBRF.
A MBRF nasce como uma das maiores empresas de alimentos do mundo, presente em 117 países com marcas como Sadia, Perdigão, Qualy, Banvit e Bassi e um portfólio multiproteínas, com carne
bovina, suína e de aves, produtos industrializados, pratos prontos e pet food.
Em 3 de junho de 2025, a área técnica do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sugeriu a aprovação sem restrições da fusão entre Marfrig e BRF. Se nos 15 dias seguintes a aprovação não for questionada por algum dos conselheiros do órgão antitruste ela será considerada aprovada em definitivo. A operação prevê a incorporação das ações da BRF pela Marfrig em uma relação de troca de 0,8521 ação da Marfrig para cada papel da BRF. No parecer a SG indica que a Marfrig já é atualmente titular de 50,49% das ações da BRF, portanto, a operação não implicará em transferência de controle.
(Fonte: Valor - 15.05.2025 / Brazil Journal - 15.05.2025 / Valor - 04.06.2025 - partes)
11 de mai. de 2025
Krispy Kreme
A americana Krispy Kreme existe desde 1937, quando Vernon Rudolph começou a vender seus donuts em Winston-Salem, nos EUA. O sucesso veio rápido, especialmente com o Original Glazed — o clássico
donut coberto por uma fina camada de glacê.
No início de fevereiro de 2024, a rede de lojas de conveniência AmPm assinou acordo para criar uma joint venture com a Krispy Kreme para vender donuts, as rosquinhas de massa açucarada frita e cobertura variada, nos postos Ipiranga. O contrato de associação entre as partes foi
assinado nos Estados Unidos.
A previsão é de que a operação tenha início entre o fim de 2024 e o início de 2025. A parceria vai começar por São Paulo para, em seguida, alcançar outros estados. O modelo será semelhante ao operado pela Krispy Kreme em outros países com redes de varejo como 7Eleven, Tesco e Walmart. No Brasil, portanto, seus donuts estarão disponíveis somente na rede de lojas próprias e nas lojas AmPm (que tem hoje 1,5 mil unidades em postos Ipiranga no país). Em comunicado sobre o acordo nos Estados Unidos, a Krispy Kreme diz que o Brasil representa um mercado de crescimento prioritário para a empresa e que essa expansão sucede à chegada da marca em Paris, em dezembro de 2023. Com sede em Charlotte, na Carolina do Norte (EUA), a empresa foi fundada em 1937 e hoje tem mais de 13 mil pontos de venda em mais de 35 países do mundo, mas principalmente nos Estados Unidos e no Canadá.
Hoje (maio de 2025), a marca está presente em 40 países e acabou de inaugurar sua primeira loja no Brasil, na Av. Presidente Juscelino Kubitschek, em São Paulo.
(Fonte: Época Negócios 18.03.2025 / Estadão - 09.05.2025 - partes)
8 de mai. de 2025
Skechers
A fabricante de calçados Skecher, com sede na Califórnia, foi fundada em 1992 por Robert Greenberg, que apostou em criar calçados de qualidade, confortáveis e com preços acessíveis. Por causa disso, a Skechers construiu um público fiel entre profissionais que precisam passar o dia inteiro de pé (como enfermeiras, socorristas e funcionários de restaurantes), bem como pessoas idosas. A marca também tem um preço acessível se comparado com seus rivais. Enquanto um tênis Nike e Adidas sai em média por US$ 160, um Skechers custa em torno de US$ 60.
Em 5 de maio de 2025, a 3G Capital anunciou a aquisição da Skechers, em um negócio avaliado em US$ 9,4 bilhões (aproximadamente R$ 53,4 bilhões). A transação marca a estreia da 3G Capital no setor de calçados — um setor que cresce a uma taxa anual de 7% e que deve manter esse ritmo nos próximos anos, segundo fontes familiarizadas com o assunto. O mercado global é dominado por Nike e Adidas,
De acordo com os termos do acordo, a 3G deterá cerca de 80% da Skechers, enquanto a família fundadora Greenberg ficará com quase 20%. Assim que o acordo for finalizado, a Skechers se tornará uma empresa de capital fechado. A marca gera aproximadamente US$ 9 bilhões em receita anual, em comparação com US$ 51 bilhões da Nike e US$ 27 bilhões da Adidas.
A 3G Capital pretende pagar US$ 63 por ação em dinheiro por todas as ações em circulação da Skechers. O acordo proposto representa um prêmio de 30% sobre o preço médio ponderado por volume das ações nos últimos 15 dias, informaram as empresas. A transação foi aprovada por unanimidade pelo conselho de administração da Skechers e deve ser concluída no terceiro trimestre de 2025.
Greenberg — que tem 85 anos (maio de 2025) e ainda é o CEO e chairman da companhia — continuará à frente do negócio e manterá uma participação ainda não revelada.
A 3G Capital, mais conhecida por suas participações majoritárias na AB InBev e no Burger King, conta com o investidor Alex Behring entre seus principais nomes. A empresa foi fundada originalmente pelos bilionários brasileiros Carlos Sicupira, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, que venderam suas participações na 3G em 2022. O Sr. Lemann também é investidor da marca de calçados esportivos On
Running.
A Skechers permanecerá sob sua atual equipe de liderança, incluindo o presidente e CEO Robert Greenberg.
Em comunicado ao mercado, a Skechers afirmou que o acordo inclui uma opção para os acionistas existentes receberem US$ 57 em dinheiro, além de uma unidade não negociável de capital em uma empresa privada recém-criada ("Nova LLC") que se tornará a holding da Skechers após a conclusão da transação.
"Com um histórico comprovado, a Skechers está entrando em seu próximo capítulo em parceria com a empresa global de investimentos 3G Capital", disse Robert Greenberg no comunicado. "Dado seu histórico notável em facilitar o sucesso de alguns dos negócios de consumo globais mais icônicos, acreditamos que esta parceria apoiará nossa talentosa equipe na aplicação de sua expertise para atender às necessidades de nossos consumidores e clientes, ao mesmo tempo em que possibilita o crescimento da empresa a longo prazo."
“Estamos entusiasmados com a parceria com a Skechers e ansiosos para trabalhar com um empreendedor do calibre de Robert e a talentosa equipe da Skechers”, disseram Alex Behring, cofundador e sócio-gerente da 3G Capital, e Daniel Schwartz, sócio-gerente, também no comunicado. “Nossa equipe na 3G Capital foi criada para fazer parcerias com empresas como a Skechers.”
A Greenhill, afiliada da Mizuho, atuou como consultora financeira exclusiva da Skechers, enquanto a Latham & Watkins LLP atuou como consultora jurídica principal. A J.P. Morgan Securities LLC foi a consultora financeira exclusiva da 3G Capital, com a Paul, Weiss, Rifkind, Wharton & Garrison LLP como consultora jurídica principal e a Kirkland & Ellis LLP fornecendo consultoria
jurídica e financeira.
Com 5.000 lojas em todo o mundo, a Skechers está de olho na expansão para além de seus principais mercados, Europa e Estados Unidos. América Latina e Ásia são vistas como vetores-chave de crescimento. A empresa entrou no Brasil em 2007 e atualmente opera 15 lojas no país. Os EUA respondem por 38% das vendas globais da Skechers, enquanto China e Vietnã são os principais polos de fabricação da empresa, de acordo com uma reportagem do Financial Times.
(Fonte: Valor - 05.05.2025)
2 de mai. de 2025
Austral
Esses consumidores estão dispostos a pagar até R$ 300 por uma camiseta de algodão. Na coleção de inverno, as jaquetas custam R$ 598 e os moletons, R$ 498. O apelo da marca é reforçado pelo uso de práticas de fabricação sustentáveis.
Entre 2022 e 2023, a empresa cresceu quase 40%, atingindo R$ 15 milhões em receita, segundo estimativas dos shoppings parceiros, que recebem um percentual das vendas. Esse número quase dobrou em 2024, chegando a R$ 30 milhões, com um lucro líquido modesto.
Os recursos serão reinvestidos na empresa para apoiar a expansão, especialmente o lançamento de um modelo de franquia. A transação não visa a desalavancagem dos negócios e os novos sócios não devem receber remuneração no curto prazo.
De acordo com executivos do setor, a Austral foi avaliada entre 9 e 10 vezes seu EBITDA, estimado em R$ 4 milhões a R$ 5 milhões para 2024. A empresa não divulgou nenhum valor relacionado ao negócio.
Fontes disseram ao jornal Valor que, além de Brett e Bobrow, outros interessados incluem Riachuelo, Aramis, Paramount, o grupo Via Veneto e Shoulder, esta última solicitando mais tempo para explorar a oportunidade.
“Começamos de forma informal, depois passamos por uma fase de maturidade e completamos esse ciclo nos shoppings. Mas, para escalar, precisávamos de parceiros para ajudar a estruturar o negócio”, disse Bacellar.
Brett e Bobrow já conheciam os fundadores quando o interesse dos investidores começou a crescer em meados de 2023. A boutique de fusões e aquisições Target Advisor liderou as negociações. Inicialmente competindo separadamente, Brett e Bobrow concordaram posteriormente — por sugestão da Target — em formar uma parceria em um negócio conjunto.
Bobrow contribuirá com a administração, estrutura organizacional e finanças, enquanto Brett apoiará o desenvolvimento comercial e de produtos, cada um contribuindo com seus pontos fortes individuais. O Sr. Brett enfatizou que os fundadores continuarão a liderar as operações, garantindo a integridade da identidade da empresa.
Questionado sobre a possibilidade de conflitos de gestão, o Sr. Bobrow afirmou que todos os acionistas assinaram um acordo que define as funções, com os fundadores mantendo o controle. "Não se pode comparar isso com os negócios culturalmente complexos que vimos no setor. David e eu aprendemos com os sucessos e fracassos neste setor, então sabemos o que não repetir", disse ele durante uma entrevista na sede da Austral.
Alexandre Brett vem de uma família que se destacou importando marcas de luxo como Giorgio Armani, Ermenegildo Zegna e Calvin Klein para o Brasil nos anos 2000. Ele trouxe a marca italiana de jeans Replay para o país em 2017 e agora lidera a Br Labels.
O Sr. Bobrow, que comanda a Tip Top com suas 130 lojas, já desenvolveu uma estratégia inicial de franquias para a Austral. "Não pretendemos abrir mais lojas próprias neste momento", disse ele. "Queremos alavancar a expertise regional de certos investidores por meio de franquias. Dessa forma, podemos acelerar a expansão sem gastar dinheiro."
O negócio destaca uma tendência crescente entre investidores que buscam marcas que combinam com sucesso o estilo casual com marcas aspiracionais, como Reserva e Osklen. Consultores de investimento afirmam que há uma demanda crescente por marcas de moda masculina de médio porte com espaço para crescer, mesmo no atual cenário econômico desafiador do Brasil.
“Construir um negócio como a Austral no Brasil hoje não é uma tarefa fácil. É por isso que ativos com esse perfil são procurados”, disse Douglas Carvalho, sócio-fundador da Target Advisor, que anteriormente assessorou Brett na venda da Mandi, VR e Calvin Klein em 2011.
O negócio envolveu os escritórios de advocacia LO Batista e Madrona Fialho, para os investidores, e o Spinelli Advogados, para os fundadores.
Investimentos recentes sugerem uma concorrência crescente no segmento de mercado que combina conforto, tecnologia e sustentabilidade. Grandes players estão se movimentando: em 2024, a Aramis lançou a Urban, uma coleção focada em itens básicos e sustentáveis. Enquanto isso, a queridinha das mídias sociais Insider assinou um acordo de fornecimento de fibras em março com o apoio da gigante de celulose e papel Suzano, usando um processo sem produtos químicos.
Atualmente (maio de 2025), a Austral opera seis lojas: Iguatemi São Paulo (sua flagship, inaugurada em 2021), JK Iguatemi, Pátio Higienópolis, Morumbi Shopping, Catarina Fashion Outlet e Iguatemi Alphaville. Em dezembro de 2023, a marca teve o maior faturamento por metro quadrado no shopping Iguatemi, em São Paulo, segundo o Valor.
(Fonte: Valor - 24.04.2025)
29 de abr. de 2025
Cirklo
O plástico reciclado é cada vez mais procurado por varejistas de cosméticos, refrigerantes, lácteos e produtos de limpeza, entre outros setores. “Para essas empresas, não adianta colocar na embalagem que ela é reciclável. É importante também que ela seja reciclada”, aponta o presidente da Cirklo, Irineu Barbosa Jr, em entrevista ao Estadão..
Barbosa diz que o maior gargalo para o crescimento é a coleta de garrafas, pois quase metade vai parar em lixões ou na natureza. A companhia obtém as garrafas com cooperativas de trabalhadores e empresas que fazem logística reversa. O problema é que apenas 56,4% das PETs descartadas são recicladas, segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (Abipet)
“Dependemos muito da política nacional de resíduos sólidos, instituída há quase 20 anos, mas que não está atuando porque os governos não têm capacidade operacional de fechar os milhares de lixões”, afirma Barbosa. “A aquisição da Clodax entra na tese de pulverizar os canais de captação, melhorar a logística e diminuir os custos.”
A empresa faturou cerca de R$ 800 milhões em 2024 e estima alcançar R$ 1 bilhão em 2025..
(Fonte: Estadão 24.04.2025)
28 de abr. de 2025
Biomas
24 de abr. de 2025
Brastemp
Para algumas marcas, a publicidade foi essencial para fixá-las
no imaginário de muitas gerações. Foi o que a campanha
“Não tem comparação” fez
com a Brastemp. No comercial
de TV, o cenário simples era
composto por uma poltrona
num ambiente austero que
lembrava um consultório psicológico. Atores afiados, roteiro bem escrito e um bordão inteligente – “Não é assim uma
Brastemp” – foram os
ingredientes para a criação de um ícone da propaganda brasileira.
“Essa campanha reforçou a percepção de excelência da marca, estabelecendo um padrão de referência para o setor”, conta Bertha Fernandes Kowalczyk, head de marcas e comunicação da
Whirlpool.
Em 2017, a marca resgatou a estratégia, acrescentando aos atores originais – Wandi Doratiotto e
Arthur Kohl – a simbologia do meme, com a escalação de Glória Pires, Susana Vieira e Carolina Ferraz.
(Fonte: Estadão - 20.04.2025)
22 de abr. de 2025
Bybit
O incidente envolvendo a empresa espanta não apenas pelo valor envolvido, mas também pela sofisticação das técnicas usadas para ganhar acesso aos criptoativos. Com o passar dos dias, alguns detalhes do golpe foram revelados e reforçam como esquemas de fraude evoluem a uma velocidade talvez até maior do que os próprios mecanismos de segurança criados para barrá-los.
A própria corretora anunciou em 21 de fevereiro que detectou uma "atividade nao autorizada" em uma de suas carteiras de criptomoedas contendo Ethereum. Todo o valor, que foi roubado em uma única operação, envolveu aproximadamente 400 mil unidades de ETH e Staked Ether (stETH), transferidas para um mesmo destinatário.
Os R$ 8,6 bilhões em Ethereum estavam armazenados em uma carteira "fria" — uma conta de armazenamento de criptomoedas sem conexão direta com a internet e que só movimenta valores a partir de uma chave privada sem acesso à blockchain.