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16 de out. de 2020

Interchange

          No início de 1997, a Interchange era dona de um faturamento de 30 milhões de dólares e de quase 50% do mercado brasileiro de comércio e transações eletrônicas.
          A Interchange tinha muitos clientes e pouca tecnologia. A americana EDS tinha tecnologia e poucos clientes no Brasil. As duas passaram então a trabalhar juntas.
          Quem conduziu o negócio nos Estados Unidos foi Eric Harte, vice-presidente da EDS mundial. Ele fez três viagens ao Brasil para tratar do assunto. Com isso Harte conseguiu um carteira de quase 11.000 clientes da Interchange.
          Pelo acordo, a EDS entrou com seu domínio tecnológico e passou a deter 25% do capital da Interchange. Os 75% restantes estavam divididos em partes iguais entre Citibank, Unibanco e banco Real.
(Fonte: revista Exame - 29.01.1997)

15 de out. de 2020

Paes Mendonça Supermercados

          Quando chegava à sala de seu escritório no bairro do Comércio, em Salvador, o empresário Mamede Paes Mendonça (1915-1995), sentava-se e girava a cadeira para a esquerda. Depois, fazia um gesto carregado de simbolismo: colocava um dedo sobre uma tecla da Amount Purchased, uma espécie de réplica dourada de caixa registradora do século XIX. A máquina então se abria e emitia um ronco característico. Aos ouvidos de Mamede, o tilintar dessa e de qualquer outra caixa registradora soava como música, melodia doce, embriagadora. Comprar e, principalmente, vender eram a essência de seu negócio, um verdadeiro império: a rede de supermercados Paes Mendonça.
          Em julho de 1990, sua "orquestra" já tinha 1.676 caixas registradoras, ou check-outs, em 100 lojas, contando-se os supermercados, hipermercados, restaurantes e postos de serviço, todos agrupados debaixo da mesma razão social: Paes Mendonça S.A. Nada mau para um filho de lavradores que começou nos negócios, em meados da década de 1930, com uma padaria. Em 1942 ele abriu uma loja de secos e molhados em Aracaju e em 1959 abriu seu primeiro supermercado, em Salvador.
          Em 1975, Mamede resolveu enfrentar o então governador da Bahia, Antônio Carlos Magalhães, que quis diminuir a força do empresário em Salvador prestigiando a estatal Empresa Baiana de Alimentos, Ebal, e convidando os Santos Diniz e outros donos de redes de supermercados para montar lojas na cidade. Em sua contra-ofensiva, Mamede decidiu comprar a cadeia de supermercados Unimar, pertencente na época à Corrêa Ribeiro Exportadora. Nesse episódio, o empresário contrariou o filho, José, e dois cunhados, seus sócios desde 1951. Eles não queriam a compra para não atrair acusações de monopólio. Mamede não deu ouvido às ponderações, e os três acabaram por afastar-se da sociedade. José abriu algumas lojas de supermercados no interior baiano, com o nome de Supermercados Mendonça, que depois vendeu para o pai. Na empresa dizem que ele pretendia voltar, mas foi barrado pelo pai. "Você me abandonou e agora não tem volta", teria dito Mamede.
          Além de outros detalhes, considerando o fato de ter feito apenas o 3º ano primário, não se poderia imaginar que ele viesse a se estabelecer, crescer e tornar-se uma das pessoas mais populares de Salvador, quase um mito. Contudo, de houve alguém que soube tirar proveito do folclore, esse alguém foi Mamede. Ele capitalizou essa imagem tão bem que, em Salvador, todos acreditam que ele é uma espécie de rei Midas, aquele que transformava em ouro tudo o que tocava.
          Uma de suas melhores histórias, que o diverte muito, é a de que certo dia, quando ainda tinha um armazém de secos e molhados, um caminhão teria parado à porta e os "praças" já estavam começando a descarregar 300 sacas de cal quando Mamede os interrompeu dizendo que não pedira cal. Argumentaram que pedira sim, bastava verificar a assinatura e a encomenda, feita de próprio punho. Mamede então teria dito: "Ih, pedi sal, mas esqueci o cedilha!"
          Pouco antes de meados da década de 1980, o grupo nordestino desembarcou em plagas paulistanas para tomar conta de uma fatia expressiva do mercado. Pessoas do meio dizem que havia um acordo tácito entre Mamede e os Santos Diniz, do Pão de Açúcar, de que um não invadiria o quintal do outro. Quebrado o acordo pela família de São Paulo, Mamede teria resolvido dar o troco. Desembarcou na praça em companhia de seu sobrinho João Carlos Paes Mendonça, dono da rede Bompreço, e foi logo abrindo algumas das maiores casas que os paulistanos já viram. Em 1984 inaugurou seu primeiro hipermercado em São Paulo, na Marginal Tietê. Três anos depois (1987), abriu outro, maior ainda, bem defronte do Carrefour, na Marginal do Pinheiros. O Pão de Açúcar se instalou em Salvador em 1976, e teve que amargar depois a companhia de um supermercado Paes Mendonça no terreno em frente.
          Até 1986, o sobrinho de Mamede Paes Mendonça, João Carlos Paes Mendonça, detinha cerca de 20% do capital do Paes Mendonça. Mamede queria atacar no Sul. João Carlos era favorável à concentração de forças no Nordeste. Sem chegar a um acordo, João Carlos resolveu deixar a sociedade, recebendo em troca lojas em Sergipe.
          O Paes Mendonça nunca investiu em fazendas, agroindústrias, aviários ou no que pudesse significar uma tentativa de verticalização da atividade. Só em 1989, é que ele, para participar do programa de privatização do governo da Bahia, assumiu um frigorífico, o Frisuba, que já supria boa parte da demanda de carnes da rede. O grupo possuía também uma parte mínima da cadeia Baby Beef, que contava então com cinco restaurantes.
          Em 11 de julho de 1990, Mamede considerava o negócio com a Disco acertado, embora não sacramentado. A compra da rede Disco do Rio de Janeiro estava nos planos de Mamede que cobiçava o mercado carioca. As negociações já vinham ocorrendo há um bom tempo. Em 1983, 100% do faturamento era realizado na Bahia. Em meados de 1990, 60%.
          Em fevereiro de 1993, Mamede Paes Mendonça vendeu as 59 lojas que a rede de supermercados Paes Mendonça tinha na Bahia.
          A compradora foi a empresa Serra da Pipoca Agrícola. As lojas foram agrupadas na Unimar Supermercados. Até bem pouco tempo antes, a Serra da Pipoca era o braço agropecuário da Kieppe, a holding particular do empreiteiro Norberto Odebrecht. Os donos da Serra da Pipoca eram investidores da Bahia, capitaneados pelo empresário José Barachísio Lisboa. Durante muito tempo Barachísio, como é conhecido em Salvador, foi o principal executivo da Kieppe, da qual se desligou para presidir a Unimar.
          Na realidade, Mamede teve de entregar as lojas da Bahia ao empreiteiro Norberto Odebrecht como pagamento de dívidas. Depois de serem repassadas a um executivo, que pediu autofalência, as lojas acabaram nas mãos de um grupo de credores capitaneados pelo Garantia. Dois anos sob controle do Garantia não foram suficientes para sanear a Supermar (novo nome da Unimar), que padece de uma crise crônica de identidade.      
          Desde que deixou de pertencer a Mamede, a rede já usou os nomes Paes Mendonça, Unimar e Supermar. Depois, Bompreço, após ter sido comprada pela rede de João Carlos e dos holandeses do grupo Royal Ahold.
(Fonte: revista Exame - 25.07.1990 / 03.03.1993 / 07.05.1997 - partes)

Bompreço supermercados

          Entre 1973 e 1987, o Bompreço supermercados foi a empresa que mais cresceu no país entre as 500 da lista Melhores & Maiores de da revista Exame. Em 15 anos, passou de um faturamento de 39,2 milhões de dólares para 557 milhões.     
          Na década de 1980, o Bompreço chegou a ter duas lojas em São Paulo, que acabaram vendidas.              Desde o início da década de 1990, o empresário João Carlos Paes Mendonça, dono do Bompreço, vivia obcecado pela ideia de que mais dia, menos dia, sua praia, Recife, poderia ser invadida por outras redes de supermercados baseados no sul do país. Santa e saudável paranoia. Afinal, na terceira maior cidade do Nordeste, o Bompreço era quase sinônimo de monopólio. O assédio previsto surgiu em 1996. O francês Carrefour ao abrir sua primeira loja no Nordeste escolheu justamente a capital pernambucana. Vida dura à vista, mas João Carlos estava razoavelmente preparado para enfrentar o concorrente. Como não constava de seus planos encolher-se e repetir a sina de seu tio Mamede, dono do Paes Mendonça, que perdeu todos os seus negócios na Bahia, João Carlos tomara suas providências.
          No final de 1996, João Carlos fez uma aliança estratégica com o grupo Royal Ahold, da Holanda. Os holandeses compraram a metade das ações com direito a voto da Bompreçopar, a holding do grupo, por um valor estimado em mais de 100 milhões de dólares.
          O primeiro fruto dessa associação com a Royal Ahold foi a compra da Supermar, de Salvador, no começo de março de 1997. Trata-se justamente da sucessora do braço baiano do Paes Mendonça, a rede do tio Mamede.
          Com a compra da Supermar, o Bompreço se torna a terceira maior cadeia de supermercados do país, atrás do Carrefour e do Pão de Açúcar. Às suas vendas, de 1,3 bilhão de dólares em 1996, somou-se os 700 milhões obtidos pela Supermar. Para João Carlos, além de representar a incorporação de uma receita importante, a compra da Supermar tem um ingrediente sentimental. O folclórico Mamede, um empresário que escrevia sal com cê-cedilha, além de tio era também padrinho do presidente do Bompreço.
          A incorporação da Supermar era uma jogada de risco que tinha lá seus atrativos. A rede baiana ainda conservava 50 lojas, 35 das quais tinham automação comercial. Com elas o Bompreço já entrou dominando 55% do abastecimento de Salvador, um dos maiores e melhores mercados metropolitanos do país.
          Criar barreiras para a concorrência é uma estratégia válida para qualquer guerra de mercado. Uma das levantadas pelo Bompreço para dificultar a vida no Recife foi a criação de um sistema de premiação à fidelidade dos clientes, o Bomclube. Cada real em compra vale pontos. O cliente junta pontos e depois troca por mercadorias.
          De sócio novo, o Bompreço tendia a acelerar a velocidade de seu crescimento, acreditava João Carlos. "Não precisávamos do dinheiro dos holandeses para o nosso plano de expansão", afirmou. "Vendemos metade das ações para queimar etapas."
          Em maio de 2002, o Bompreço passava por momento de incorporação da sergipana G. Barbosa.
(Fonte: revista Exame - 07.05.1997 - parte)

14 de out. de 2020

Staroup

          A Staroup já teve uma das marcas de jeans mais badaladas do país. Concordatária desde 1992, a empresa ficou cinco anos sem ter lucro. Em 1996, o longo jejum foi interrompido.
          Antes controlada pela família do empresário Johann Gordon a Staroup trocou de mãos, em janeiro de 1996, graças a um filigrama da legislação das sociedades anônimas. Naquele mês, todas as ações preferenciais passaram a ter direito a voto, uma vez que a Staroup não distribuía dividendos havia três anos, como manda a lei.
          Em março de 1996, um grupo de investidores criou a Atra Participações e entrou no negócio, comprando 23% do controle. Os outros sócios eram a família Gordon (18%), o BNDESPar (15%) e fundos de investimento estrangeiros (20%). O restante estava pulverizado no mercado.
          André Ranschburg, sobrinho de Gordon, foi afastado da presidência e deixou de ocupar função na empresa. Ranschburg trabalhou na companhia durante 18 anos. De 1987 a 1996 ocupou a presidência, que assumira logo após a morte do tio. Ele alimentou o sonho de transformar a Staroup numa marca global. Chegou, inclusive, a anunciar a abertura de fábricas em Portugal e na antiga URSS.
          Entusiasmado com seus planos, Ranschburg quis transformar-se numa versão índigo do empresário Ricardo Semler, dono da Semco. Sua estreia no mundo das letras, porém, pecou pela falta de oportunidade. O livro Quem Não Faz Poeira Come Poeira, de sua autoria, chegou às livrarias em 1991, justamente o ano em que a Staroup registrou um prejuízo de 9,9 milhões de dólares. Jamais alcançou o sucesso do autor de Virando a Própria Mesa, de Semler. Ranschburg foi também criticado por algumas inconsistências que teria colocado no papel. "A fábrica de Portugal foi inaugurada com todas as pompas, mas nunca chegou a funcionar, afirma um executivo da Staroup. Ranschburg preferia não comentar o assunto. "Minha saída da empresa não foi nada fácil", diz ele.
          Para o lugar de Ranschburg, foi indicado o executivo português Álvaro Pontes, que prestava consultoria à Staroup desde a década de 1980. Desde que assumiu a direção da Staroup, em novembro de 1996, Pontes centrou sua ação no desempenho financeiro. Sua maior preocupação era quitar uma dívida de 5,2 milhões de dólares para levantar a concordata e resolver um passivo fiscal de 13 milhões de dólares.
          Um dos trunfos para a retomada da empresa era o que Pontes batizou de "virtualização" da Staroup, que consistia na "terceirização levada ao extremo", afirmou Pontes. "Vamos ficar com a gestão, o planejamento, a engenharia, o acabamento e o controle de qualidade", disse. Já nos primeiros seis meses, a área comercial, a contabilidade e a confecção estavam sob a responsabilidade de terceiros.
          Com isso, a Staroup enxugou seu quadro para 700 funcionários, contra 1200 registrados em 1996. As demissões não resultaram necessariamente em desemprego. Muitos dos ex-empregados viraram donos de seus próprios negócios. Como exemplo, Pontes citou a fábrica de Avaré, controlada por uma cooperativa, formada por 270 ex-funcionários. Restava saber se a Staroup virtual voltaria a fazer poeira no mercado de jeans ou se estava fadada a comê-la, como aconteceu nos tempos de Ranschburg.
(Fonte: revista Exame - 07.05.1997)

10 de out. de 2020

Drogaria Araujo

          A rede mineira de farmácias Drogaria Araujo foi fundada em 1918 (?).
          A empresa tem como foco a região de Minas Gerais e é reconhecida por ter uma rede de drogarias com uma gama de produtos que vão além de medicamentos, buscando atender clientes com diversos produtos de primeira necessidade,
          A Drogaria Araujo embarca em uma estratégia de crescimento acelerado e espera fortalecer sua presença na região, dentro de um processo de regionalização, antevendo um grande volume de investimentos dos maiores players do mercado.
          A rede tem 250 pontos de venda em Minas Gerais. Seu faturamento anual gira em torno de R$ 2,4 bilhões, considerando dados de 2018.
(Fonte: Valor - 27.06.2018 / Ágora Corretora - 25.09.2020)

9 de out. de 2020

Boxter Combustíveis

          A empresa do setor de petróleo e energia Boxter foi fundada em 2012 em São Paulo e a marca Boxter iniciou suas atividades no ano de 2013 dando início a uma nova bandeira na prestação de serviços de distribuição de combustíveis.
         A família dos fundadores tem mais de 50 anos de história no ramo de combustíveis. Depois de mais de 40 anos de trabalho nas mais renoma­das empresas do setor, o fundador idealizou o conceito da marca Boxter, em 2013, com foco no atendimento, qualidade dos pro­dutos e preço justo.
          Em 2014, a empresa adquiriu seus primeiros caminhões dando origem à Boxter Transportes. No mesmo ano, criou as lojas de conveniências Blue Point e, em 2015 as marcas Box Oil e Ducha Box.
          A empresa, que contava com 10 postos, em 2017.
          No período correspondente ao biênio 2018 e 2019, a Boxter Combustíveis sal­tou de 10 para 100 postos. Apesar do forte crescimento, a empresa tem metas bem mais audaciosas. O plano é alcançar a marca de 400 postos, entre próprios e licenciados, até 2022.
     Em meados de 2017 a empresa foi parcialmente comprada por dois grandes grupos empresariais do setor indus­trial e sucroalcooleiro, dando origem ao grupo Boxter. A entrada dos investidores possibilitou o incremento do processo de profissionalização da empresa e a contrata­ção de profissionais experientes.
          No segmento de conveniência, considerando dados de 2020, a Bo­xter conta com 30 lojas franqueadas da marca Blue Point. Além dos postos e das lojas, a Boxter também é detentora das marcas Box Oil, serviço de troca de óleo, e Ducha Box, serviço de ducha. Nos postos, a empre­sa oferece a linha completa de combustíveis, incluindo GNV.
          A Boxter tem sede no Jardim Anália Franco, na capital paulista, e atuação concentrada em São Paulo.
(Fonte: PO - Posto de Observação - Ed. 378)

Ibema

          A Ibema foi fundada em 1956 pelas famílias Nápoli, Gomes e Maia. Tem fábrica em Turvo, no Centro-Sul do estado do Paraná. Sua sede administrativa é em Curitiba e tem um centro de distribuição em Araucária, na região metropolitana da capital, além de 3,9 mil hectares de florestas plantadas.
          Em março de 2015, depois de algum tempo à procura de um sócio, a empresa se associou à paulista Suzano Papel e Celulose, líder desse mercado.
          Com a incorporação da fábrica de Embu das Artes (SP), que pertencia à Suzano, a Ibema elevou sua capacidade de produção anual de papel cartão – usado em embalagens – de 90 mil para 140 mil toneladas. A capacidade da Suzano, por sua vez, caiu de 250 mil para 200 mil toneladas. As marcas das duas empresas continuam existindo e concorrendo entre si.
          “Quando concluído, o negócio vai fortalecer a Ibema, que poderá competir de igual para igual nesse mercado”, disse o então presidente da Ibema, Nei Senter Martins, em entrevista à Gazeta do Povo. Segundo dados de 2014, a Suzano detinha 32% do mercado brasileiro de papel para embalagens. A segunda colocada era a Klabin, que tem fábrica em Telêmaco Borba (Campos Gerais), com 28%. A Ibema era a terceira, com 13%.
          A Ibema buscava recursos para ampliar sua produção pelo menos desde 2007, quando começou a estruturar uma operação de abertura de capital na Bovespa, da qual desistiu em 2014, por causa do momento difícil do mercado de capitais. Entre 2010 e 2011, a companhia chegou a negociar uma fusão 
com a Papirus, de Limeira (SP), que também não prosperou.
          Em abril de 2016, após a conclusão da operação, a Suzano passou a ter 49,9% da Ibema. Os atuais sócios da Ibema ficaram com 50,1%. A Suzano fez a injeção de R$ 8 milhões de capital e repassou à Ibema a fábrica de cartões de Embu, que tem capacidade de produção de 50 mil toneladas de papel cartão por ano.
          Em 2019, a empresa lançou o Ibema Ritagli, o primeiro papelão triplex pós-consumo do mercado brasileiro, com 50% de fibra reciclada, sendo 30% de pós-consumo. Hoje, cerca de 7% da receita total vem de produtos com aparas pós-consumo. A Ibema Impona, por sua vez, é composta por aparas pós-industriais.
          A Ibema é a terceira maior fabricante de papel para embalagens do país. Emprega cerca de 800
pessoas e sua receita líquida em 2019 foi de R$ 560 milhões.
(Fonte: Jornal Gazeta do Povo - 18.03.2015 / Valor - 09.10.2020 / 08.09.2022 - partes)

8 de out. de 2020

LWSA (ex-Locaweb)

          A Locaweb Serviços de Internet foi fundada no final dos anos 1990 pelos primos Gilberto Mautner, nascido em 1971 e Claudio Gora.
          Primeira empresa de hospedagem de sites do Brasil, a Locaweb foi criada como um negócio de anúncios de confecções, a Intermoda, em sociedade com os primos da família Gora.    
          Em 2017, a Locaweb criou a subadquirente Yapay.         
          A Locaweb teve a abertura de capital efetuada no início de fevereiro de 2020, quando levantou capital líquido de R$ 544,7 milhões, na oferta pública inicial de ações (IPO).          
          Em 23 de setembro de 2020, a Locaweb anunciou a compra da totalidade da empresa Social Miner Internet por R$ 22,2 milhões. Esta é a primeira aquisição da empresa desde a abertura de capital. A Social Miner é uma empresa fundada em 2014, com sede em São Paulo, que oferece plataforma de software como serviço (SaaS) para comércios eletrônicos e varejistas aumentarem as vendas, o engajamento de consumidores e a conversão de fluxos de visitantes para cadastros e compras, além de ajudar a diminuir o custo de aquisição de clientes, utilizando “big data” e inteligência artificial.
          Em setembro de 2020, a Localweb pagou R$ 22,2 milhões pela Social Miner e R$ 18,9 milhões pela Etus, aquisições que seguiram a mesma lógica de complementaridade e cross selling.
          No final de outubro de 2020, a Locaweb anunciou a aquisição da totalidade do capital social da Etus, startup localizada em Ribeirão Preto (SP) que oferece soluções SaaS (software como serviço, no jargão do setor) em gestão e marketing de redes sociais que já conta com mais de 100 mil marcas sendo atendidas. O valor da transação é de R$ 18,95 milhões.
          Em 29 de outubro de 2020, vem a público que Locaweb está comprando o controle da Vindi, uma empresa de software as a service (SaaS) que processa e faz a gestão de pagamentos recorrentes.
Segundo o site Brazil Journal, a companhia deve pagar R$ 180 milhões pela Vindi, além de um earnout dependendo do atingimento de certas metas de receita. A proposta já teria sido aceita por acionistas que representam 79,3% do capital da Vindi, incluindo os três fundadores liderados por Rodrigo Dantas, CEO da startup.
          Fundada em 2013, a Vindi deve fechar o ano com um Total Payment Volume (TPV) de R$ 4 bilhões e já tem mais de 6 mil clientes ativos. Entre eles, estão empresas como Exame, Empiricus e Resultados Digitais. A companhia nasceu atendendo especificamente o mercado de games e de conteúdo adulto. Com o tempo, passou a atender todo tipo de empresa de pagamentos recorrentes — de academias e escolas até empresas de SaaS e aplicativos por assinatura, passando por funerárias. Ela opera num modelo de SaaS, cobrando assinatura pelo seu software de gestão de carteira e ficando com um take rate sobre o valor transacionado na plataforma. A Vindi levantou R$ 30 milhões em duas rodadas de investimentos. A primeira foi com o Criatec II, da Crescera (antiga Bozano), e a segunda, com a Confrapar.
          Com a venda confirmada, a Vindi deve complementar a oferta de soluções de pagamentos da Locaweb — que já é dona da Yapay, — e vai ter acesso à base de mais de 400 mil clientes recorrentes da Locaweb. Os três fundadores da Vindi continuarão como executivos da Locaweb. A compra da Vindi segue a estratégia de crescimento inorgânico que a Locaweb prometeu no IPO.
          Em 10 de dezembro de 2020, a Locaweb anunciou a compra da Ideris, plataforma de integração multicanal para varejistas em marketplaces, por R$ 18,3 milhões. Foi sua quarta negociação após a abertura de capital. Com a aquisição, a Locaweb amplia sua oferta de ferramentas de e-commerce, contando com plataforma de lojas virtuais, sistemas de pagamentos e recorrência. Criada em 2017, a Ideris oferece mais de 25 integrações ativas em marketplaces incluindo grandes operações como Amazon, B2W, Magazine Luiza e Mercado Livre.
          Em 14 de dezembro de 2020, a Locaweb informou a compra da Melhor Envio por R$ 83 milhões. A Melhor Envio, fundada em 2015 em Pelotas (RS), oferece uma plataforma de logística que conecta pequenos e médios vendedores às principais transportadoras e empresas de logísticas do Brasil sem a necessidade de negociar contratos individuais, otimizando assim a gestão da sua logística.
          Em 20 de abril de 2021, a Locaweb adquiriu a Organisys Software (Bling) por aproximadamente R$ 524,3 milhões, além de fechar acordo para a aquisição da Pagcerto Soluções em Pagamento, empresa que atua por meio de uma plataforma white label de subadquirência e BaaS (banking as a service), serviços estes que serão integrados e aproveitados pelo Bling.
          Em 13 de julho de 2021, a Localweb informa a aquisição da Bagy, plataforma de e-commerce focada no segmento de social commerce. Por meio de um aplicativo para celular, a Bagy permite que o usuário crie uma loja e faça o cadastro de seus produtos e, através de uma integração nativa com as principais redes sociais, em especial Facebook e Instagram, possa vender por esses canais, além do Meli.
          Em 3 de agosto de 2021, a Locaweb anunciou a compra da startup Octadesk, que gerencia conversas entre empresas e consumidores, por R$ 102 milhões.
          Em 5 de outubro de 2021, a Locaweb anunciou a aquisição da Squid, fundada em 2014, empresa especializada em conectar influenciadores e criadores de conteúdo às marcas, em transação que gira em torno de R$ 176.5 milhões.
          No total, a Locaweb possui mais de 1,5 mil funcionários, quase 400 mil clientes e 19 mil desenvolvedores parceiros. Tem 60% da sua receita vinda de hospedagem de sites, mercado no qual é líder no país com 21,6% de share, bem à frente do segundo player, a Hostgator, com 8%; e do UOL, com 6,6%.
          Atualmente, a Locaweb é a maior companhia de hospedagem e serviços de internet da América Latina.    
(Fonte: ValorInvest - 23.09.2020 / ElevenFinancial - 30.09.2020 / Baguete.com - 29.10.2020 / Valor - 10.12.2020 / ElevenFinancial - 14.12.2020 / 22.04.2021 / 13.07.2021 /Valor - 03.08.2021 / Forbes Brasil - 27.08.2021 / ElevenFinancail - 05.10.2021 - partes)

7 de out. de 2020

Cerveja Pilsen / Patricia (Cervejaria FNC)

Cerveja Pilsen
          Logo depois da segunda guerra mundial, um cervejeiro tcheco começou a produção de uma cerveja para a FNC - Fábricas Nacionales de Cerveza S.A, a Pilsen, uma cerveja no estilo Standard American Lager, com graduação alcoólica de 5,1% ABV.
          Em 1956, a FNC lançou a cerveja Pilsen Royal De Luxe, destinada para o público com mais poder aquisitivo.
          Posteriormente, tanto o nome como o rótulo dessa cerveja foram alterados. A Pilsen é a cerveja mais vendida do Uruguai.

Cerveja Patricia
          A cerveja Patricia foi criada em 1936 e com ela a fábrica de cerveja e a malteria. Com distintivo Salus em seu rótulo, sob o nome de Cerveza Serrana, a bebida foi comercializada a partir de 1950 em dois sabores: claro e escuro.
          Em 1956 a marca Patricia foi registrada e sua representação gráfica consistia do busto de uma mulher com ornamentos da época. As décadas de 1960 e 1970 marcaram a comercialização da Patricia em tamanhos diferentes de garrafas (305ml e 620ml) e o início da exportação.
          O primeiro lote de exportação foi enviado para a Europa. No Brasil, a Patricia chegou em 1980. Argentina e Estados Unidos são outros destinos da cerveja.
          A Patricia é uma das poucas cervejas do mundo elaboradas com água mineral natural, que surge das Sierras de Minas onde se elabora a água mineral mais famosa do Uruguai. É uma cerveja com amargor fino e marcante, feita com maltes e lúpulos nobres. Refrescante, moderadamente encorpada e possui uma espuma cremosa e consistente. É uma cerveja Lager clássica, feita com água pura e clara da Sierra de Minas, com sabor delicado e aroma sutil.
          As Lagers são relativamente novas na história da cerveja. Surgiram no final do século XIV, mas só se tornaram populares na primeira metade do século XIX, com o advento das Pilsen e das técnicas mecânicas de refrigeração. De maneira geral, têm menor teor alcoólico que as Ale. São mais gasosas e maltadas, menos amargas (devido ao pouco lúpulo), mais refrescantes e pouco frutadas. Em geral, as cervejas Premium contêm maior teor de malte de cevada, isto é, usam menos adjuntos (no máximo 25%).
          No estilo Pale Lager, a Patricia tem teor alcoólico: 4,8%. Sua temperatura ideal de consumo é entre 0 e 4 º C

Fábricas Nacionales de Cerveza S.A - FNC
          As Fábricas Nacionales de Cerveza S.A, surgiram em 1866, tornando-se assim uma das mais importantes empresas de bebidas da região. Na FNC, além de cervejas, são fabricados refrigerantes, águas aromatizadas e isotônicas.
          A F.N.C. S.A. faz parte da Anheuser-Busch InBev, cervejaria líder mundial, que se formou por meio de várias combinações nos últimos anos com diferentes empresas como Ambev, Interbrew, Anheuser Bush, Grupo Modelo, SAB Miller, entre outras.
          Com mais de 600 anos de tradição cervejeira, a AB InBev se tornou a líder absoluta. Possui mais de 200.000 funcionários em todo o mundo, mais de 400 marcas, operações em mais de 50 países e comercializa seus produtos em mais de 100. Além disso, 7 das "10 melhores" cervejas do mundo pertencem à AB InBev e, desta forma, a empresa se consolida como uma das 3 maiores empresas de consumo massivo do mundo.
          A FNC emprega 650 pessoas diretamente, e conta com duas plantas industriais, um centro de distribuição e uma rede de 19 distribuidores independentes.
(Fonte: Site FNC / TudoparaHomens - 18.08.2015 /Lokobeer - partes)