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12 de fev. de 2023

Dinho's (antigo Dinho's Place)

          O Sr. Fuad Namen Zegaib (1932-2022), não descobriu o fogo, mas ao criar o restaurante Dinho's soube, melhor do que ninguém, utilizar seu calor na dose exata para criar grelhados com status de clássicos.
          A trajetória do empresário e restauranteur Fuad Zegaib, o Sr. Dinho, é única e repleta de momentos especiais e inesquecíveis. Com um importante legado para a gastronomia 
paulistana.
          Nas 6 décadas de história, cada descoberta e aprendizado no preparo das melhores carnes contribuiu para tornar o Dinho's uma referência da gastronomia de grelha.
          Visionário e empreendedor, ele conquistou o respeito e admiração de seus clientes e amigos graças ao esforço e dedicação para tornar seus sonhos em realidade.
          Em uma entrevista alguns anos antes de seu falecimento, com o repórter Arnaldo Lorençato de Veja São Paulo, Fuad Zegaib reclamava para si a criação do corte de carne favorito entre muitos brasileiros: a picanha. 
          Embora admitisse que era praticamente impossível provar essa paternidade, afirmou: “A picanha não era feita na grelha em são Paulo. Fui o primeiro a preparar dessa forma”. Até então, segundo ele, não havia comercialização nem industrialização dessa carne para churrasco, que fazia parte da alcatra, localizada na parte superior da peça e cheia de gordura.
          Nascido e criado dentro da cozinha, o chef Paulo Zegaib desde pequeno foi inspirado a seguir na carreira gastronômica. Já aos 15 anos começou a trabalhar com o pai, Fuad, e esse incentivo foi decisivo nos estudos e profissão.
          O chef Paulo Zegaib morou na Itália depois de se formar na França e estagiar na rede Accor. Há décadas de volta ao Brasil, hoje comanda a cozinha do Dinho's.
          O restaurante Dinho's é premiado por três vezes consecutivas pelo guia Michelin. Serve pratos clássicos de forma sofisticada e contemporânea. Está no coração da alta gastronomia paulistana.
(Fonte: site Dinho's / Veja São Paulo - partes)

Fenty Beauty

          A cantora Rihanna lançou sua própria linha, Fenty Beauty, em 2017. A marca foi acolhida com entusiasmo pelos fãs e foi elogiada por sua inclusão em oferecer 40 tons diferentes de base.
          Em 2019, foi anunciado que Rihanna estava em parceria com a LVMH Moët Hennessy—Louis Vuitton para criar a linha de moda Fenty.
          Rihanna, apelido de Robyn Rihanna Fenty, nascida em 20 de fevereiro de 1988, na paróquia de St. Michael, Barbados, é cantora de pop e rhythm-and-blues (R&B) de Barbados e se tornou uma estrela mundial no início do século XXI. É conhecida por seu estilo distinto e voz versátil e por sua aparência elegante.
          Ela também era conhecida por suas linhas de beleza e moda. Fenty cresceu em Barbados com um pai barbadiano e uma mãe guianense. Quando criança, ela ouvia música caribenha, como reggae, bem como hip-hop e R&B americanos. Ela gostava especialmente de cantar e ganhou um show de talentos do ensino médio com uma interpretação de Mariah Carey.
(Fonte: Enciclopédia Britannica)

8 de fev. de 2023

Nissan

          O círculo do logo da Nissan representa o Sol, enquanto a barra ao meio é usada para expressar características de força e sucesso. A palavra Nissan corresponde a uma abreviatura. O nome da marca tem origem de duas palavras, Nippon Sangyo”, que significa “Indústrias Japonesas”.
          Em meados de 1999, a Nissan, segunda maior montadora de automóveis do Japão, era uma empresa semimorta. Tinha dívidas de 13 bilhões de dólares e participações de mercado decrescentes.
          Foi quando o brasileiro Carlos Ghosn, nascido em 1954, um ex-vice-presidente da Renault, recebeu a missão - considerada impossível por muitos especialistas - de reerguer a empresa. O clima era de desconfiança. A Nissan manteve uma tradição de anunciar programas que nunca chegaram a dar resultados. A Ghosn, também, foi entregue a responsabilidade de enfrentar as rígidas estruturas da cultura corporativa japonesa.
          Num país conhecido pela tradição de emprego vitalício, Ghosn anunciou a demissão de 21.000 funcionários e o fechamento de 5 das 14 fábricas da empresa. É uma fórmula ocidental, dolorosa, traumática. Mas aparentemente inevitável diante da competição global. Os próprios japoneses sabem disso. A profundidade das mudanças anunciadas por Ghosn surpreendeu a indústria. Mais surpreendente ainda foi a adesão dos japoneses aos planos de um executivo gaijin, a palavra usada para definir os estrangeiros.
          Ghosn chegou ao posto de principal executivo de operações da Nissan em junho de 1999, indicado pela francesa Renault, dona de 37% do capital da montadora japonesa. Ele então passou a buscar um senso de urgência que a Nissan perdera ao longo do tempo. O senso de urgência pelo resultado. A montadora teve prejuízo nos sete anos anteriores. De acordo com seus planos, a empresa voltaria a ganhar dinheiro a partir do ano 2000. Sua carreira dependia disso. Nos primeiros dias de novembro (1999), Ghosn deu uma prova pública de confiança em seu projeto para a Nissan. Em caso de fracasso, ele e toda a cúpula da empresa pediriam demissão de seus cargos. "As pessoas têm o direito de duvidar do sucesso da reestruturação", disse Ghosn. "Eu não."
(Fonte: revista Exame - 17.11.1999)

ATG (Americas Trading Group)

          O Americas Trading Group (ATG), uma plataforma de negociação de ativos financeiros, foi fundado por Arthur Machado, que sempre buscou transformar a empresa na nova bolsa de valores do país, chegando a fechar uma parceria com a New York Stock Exchange (NYSE) anos atrás. O plano há
anos é se tornar concorrente da bolsa brasileira B3.
          No entanto, o empresário foi preso por volta de 2019 por suspeita de envolvimento em fraudes contra fundos de pensão. O Postalis, fundo de pensão dos Correios, foi um dos primeiros investidores na ATS e um dos responsáveis pelo déficit do fundo. Nesse ponto, a ATG teria começado a procurar um comprador.
          Em 7 de fevereiro de 2023, vem a lume que a gigante de Abu Dhabi, Mubadala Capital, concordou em comprar o Americas Trading Group (ATG), com planos de lançar nova bolsa de valores no Brasil.
          O movimento ocorre logo após fundo de Abu Dhabi fechar rodada de investimentos na Cerc, fintech que registra ativos financeiros. No final de 2021, a Cerc já havia pedido autorização ao Banco Central para abrir uma central depositária de ativos, passo necessário para ter uma bolsa de valores.
          O projeto do fundo é reviver os antigos planos da ATG de criar uma nova bolsa de valores no Brasil, dizem as fontes, reacendendo uma questão que paira sobre a bolsa de valores brasileira há anos.
          “O cenário global é desafiador, mas vemos potencial de crescimento e um mercado de capitais maduro. Um de nossos objetivos é promover, por meio de nossos investimentos, maior acesso a mercados e ferramentas para execução otimizada de ordens para grandes corretoras, investidores institucionais e gestores de recursos”, disse Oscar Fahlgren, chefe do escritório da Mubadala Capital no Brasil, em comunicado.
          O acesso ao depositário central já gerou uma batalha entre a ATG e a B3 no passado. A ATS, empresa do ATG, entrou em arbitragem contra a B3 há alguns anos, alegando que a bolsa havia estipulado preços altos para o contrato de prestação de serviços para utilizar sua compensação. Argumentou na época que os preços inviabilizavam o projeto de uma nova bolsa no país. Além do Mubadala, alguns fundos brasileiros também teriam analisado o ativo.
          Após a fusão entre BM&FBovespa e Cetip, em 2017, o regulador antitruste CADE estabeleceu que a B3 deveria disponibilizar sua infraestrutura de mercado para terceiros e que, caso não houvesse acordo entre as partes, a arbitragem seria o foro para eventuais discussões.
          Em 2019, as partes chegaram a um acordo sobre o preço e um pedido à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para a criação de uma bolsa ainda estava aberto, mas foi indeferido na época por não atender a todos os requisitos. Um novo pedido ainda não foi apresentado.
          Em janeiro de 2023, durante almoço com jornalistas, o CEO da B3, Gilson Finkelsztain, disse que a concorrência era um tema recorrente nas discussões da empresa. “Já estamos preparados há algum tempo para todo tipo de concorrência”, disse o executivo, lembrando que já lida com concorrentes no mercado de balcão. A concorrência também deve aparecer no mercado listado, depois que a CVM permitiu a negociação em bloco nos mercados de balcão organizados.
          Para o Sr. Finkelsztain, ter outros players competindo no mesmo mercado é um fator positivo para “desencadear criações”. “Mas será difícil competir com a B3 porque ela é eficiente no que faz”, disse. “Costumávamos temer que a tecnologia tornasse possível algo que não tínhamos visto, mas o tempo mostrou que na maioria das vezes os concorrentes tentam copiar o que fazemos.”
          A B3 tem apostado em dados para diversificar suas fontes de receita. Em 2021, comprou a empresa de big data Neoway, a maior aquisição desde a fusão da BM&FBovespa com a Cetip. Em 2022, adquiriu a Neurotech, confirmando sua estratégia de avançar em tecnologia e análise de dados.
(Fonte: jornal Valor - 07.02.2023)

7 de fev. de 2023

Teuto Brasileiro

          O laboratório Teuto (Deutsch, em português) foi fundado em São Paulo, após a Segunda Guerra, pelo imigrante alemão Adolfo Krumeir, que depois o transferiu para Belo Horizonte.
          Ao se aposentar Krumeir vendeu a empresa a representantes comerciais do próprio Teuto. Muitos anos depois, em 1986, a distribuidora já havia se tornado a segunda maior de Centro-Oeste. O crescimento chamou a atenção dos proprietários do Teuto, que queriam se desfazer do laboratório.
          Foi aí que entrou o vendedor Walterci de Melo, nascido em 1959. "Nas condições em que o negócio me foi oferecido, eu não podia deixar de comprar", disse Melo. O Teuto Brasileiro foi vendido por 2 milhões de dólares, pagos em cruzados, a moeda da época, em dez prestações sem juros ou correção monetária. Goiano de nascimento, Melo é um empreendedor típico. Aos 18 anos foi morar na cidade gaúcha de Bagé, onde iniciou um nunca terminado curso de direito. No Rio Grande do Sul ele iniciou sua carreira de vendedor.
          Walterci e seu irmão Lucimar criaram em sociedade uma distribuidora de medicamentos. Na ocasião, o Teuto necessitava de vendedores para o Centro-Oeste e para o Norte do país. Os dois se candidataram e inicialmente ganharam a área de Goiás. "No início dos anos 1980 ninguém queria rodar nas estradas de terra do Centro-Oeste", disse Melo. Mais três anos e a representação virou a Organização Melo, uma distribuidora de remédios.
          Em 1992, brigado com Lucimar, seu irmão decidiu mudar o Teuto de Minas para Goiás, mais precisamente para Anápolis. Desde então, ele profissionalizou a direção e, contando com generosos incentivos fiscais concedidos pelo governo goiano, injetou 80 milhões de dólares nas instalações da empresa.
          As vendas acompanharam na mesma proporção. De 5 milhões de dólares em 1992, elas passaram a 65 milhões em 1998. Então, turbinado pela lei dos genéricos e com a elevação da capacidade produtiva em curso, o Teuto começou a avançar em direção ao mercado dos laboratórios multinacionais. Embalado pelo crescimento das vendas, o laboratório passou a lançar cada vez mais produtos. Em 1992, eles eram apenas 40. Em novembro de 1999, eram 320 em 450 apresentações. O laboratório funcionava 24 horas por dia e tinha 1.100 funcionários.
(Fonte: revista Exame - 17.11.1999)

Soma (bolsa eletrônica)

          A Soma é uma bolsa eletrônica nos moldes da Nasdaq americana. Foi criada em 1996, no Rio de 
Janeiro.
          Por volta de outubro de 1999, a Soma realizou uma reunião no Rio de Janeiro para discutir oportunidades de negócio na Internet e a organização do mercado de capital de risco para bancar as novas 
empresas do setor. Faltou cadeira para os mais de 40 participantes do encontro.
          Seis grandes investidores mandaram representantes: Stock Maxima, Albion Alliance, Venture 
Partners, Dynamo Venture Capital, Latinvest e WorldInvest.
          Considerando dados de novembro de 1999, a Soma negociava os papeis de 119 empresas, com 
valor mercado de 39 bilhões de reais.
(Fonte: revista Exame - 17.11.1999)

Walkers

          A fábrica de biscoitos escocesa Walkers foi fundada pelo patriarca da família Walker, Joseph Walker, em 1898.
          Várias gerações depois, hoje, segundo a empresa, ainda se cozinha seguindo sua visão original de criar os melhores biscoitos amanteigados, e outras especialidades escocesas.
          A fábrica fica na pequena vila de Aberlour, na pitoresca região de Speyside, nas Highlands escocesas. A empresa afirma que garante que os produtos são confeccionados com ingredientes da mais alta qualidade, sem corantes, aromatizantes ou conservantes artificiais.
          Entre os produtos que chegam no Brasil estão os biscoitos de aveia em flocos (Oatflake & Cranberry Biscuits). A importação é feita pela Companhia Brasileira de Distribuição - CBD.
          A sede da empresa Walker's Shortbread Ltd fica em Aberlour-on-Spey, Escócia, Reino Unido e sua sede na União Europeia fica em Heilbroonn, na Alemanha.
(Fonte: caixa do biscoito Oatflake & Cranberry Biscuits)

6 de fev. de 2023

Banco Mineiro do Oeste

          O Banco Mineiro do Oeste surgiu como um estabelecimento bancário em Visconde do Rio Branco, Minas Gerais, fundado por  João do Nascimento Pires. Em meados de 1965, o banco se instalou em Belo Horizonte.
          Em 1966, o Mineiro do Oeste comprou o banco Moscoso Castro, com sede no Rio de Janeiro, de Michael Stivelman, dono da financeira Cédula.
          Através de seu banco, Pires também apoiou muitas produções de filmes brasileiros como A Hora e Vez de Augusto Matraga, A Vida Provisória, Garota de Ipanema, além filmes produzidos por Júlio Bressane, Paulo César Saraceni e outros.
          Quando o banco estava no auge de seu crescimento, uma política de concentração do sistema bancário brasileiro foi implantada por Delfim Netto, em 1969. Delfim era ligado aos interesses de bancos paulistas, e o Banco Mineiro do Oeste foi absorvido pelo banco Bradesco, em 1970.
(Fonte: Wikipédia / revista Exame - 03.06.1998 - partes)

Banco/Financeira Cédula

          Michael Stivelman, nascido em 1928, sua mãe, Riva, uma tia e três primos foram os únicos sobreviventes de uma família de 79 pessoas nos horrores da Segunda Guerra Mundial. Os nazistas invadiram sua cidade, Secureni, na Bessarábia, atualmente território da república da Moldávia.
          Stivelman chegou ao Brasil em 1948 com 100 dólares no bolso doados pelos parentes. Já no ano que chegou começou a dar aula particular de matemática no Rio de Janeiro. Logo em seguida, em 1949 e 1950, foi vendedor ambulante de relógios. Chegou a vender 300 somente no então Ministério da Guerra. Também trabalhava na joalheria dos tios. Juntou dinheiro e, com um sócio, abriu uma fábrica de joias, que passou a fornecer no atacado para outras lojas.
          Em 1963, resolveu arriscar-se na bolsa de valores e no mercado paralelo do dólar, deixando o comércio de joias. Stivelman administrava seus próprios investimentos e de clientes. Também revendia platina tanto para joalheiros quanto para uso industrial.
          Conseguiu multiplicar seu patrimônio e, em 1964, abriu a financeira Cédula, aproveitando a experiência que desenvolveu com vendas a prazo desde o tempo que chegara no Brasil.
          Um ano depois de abrir a financeira, 1965, uma nova oportunidade surgiu para Stivelman. O banco Moscoso Castro, que pertencia a um grupo de joalheiros, estava sob intervenção do Banco Central. Junto com alguns sócios, ele se comprometeu a reestruturar a instituição e renegociar suas dívidas, desde que ficasse com a propriedade do banco. Depois de um ano, 1966, com as contas saneadas, revendeu o Moscoso Castro ao Banco Mineiro do Oeste, que mais tarde, em 1970,  foi incorporado pelo Bradesco.
          A financeira Cédula (transformada em banco múltiplo em 1989) pegou carona no crescimento do Brasil e chegou a ser a segunda maior do mercado, com agências em vários estados.
          No início dos anos 1990, contudo, os seus filhos Jacques Cláudio e Eduardo decidiram fazer carreira no exterior. Sem a participação dos herdeiros, Stivelman optou por encolher os negócios, até limitar a atuação da Cédula apenas ao mercado do Rio de Janeiro. Em meados de 1998, trabalhava para cerca de 80 pequenos e médios comerciantes, financiando compras a prazo. A Cédula passou a fazer uma média de 4.000 contratos de crédito mensais, cerca de um décimo do que fazia quando era uma empresa nacional. O banco administra recursos da família, que é dona também de uma imobiliária.
          Nessa época (meados de 1998) o banco tinha patrimônio de 25 milhões de dólares. Stivelman sempre optou por investir os lucros em outros negócios. Passou a ter, por exemplo, participações acionárias em outras instituições financeiras, como BCN e Mercantil de São Paulo.
          Sentindo-se perseguido pelos fantasmas do passado durante mais de 50 anos, resolveu exorcizá-los: escreveu, com ajuda da mulher, Raquel, o livro A Marcha, lançado em maio de 1998 pela editora Nova Fronteira. "A Marcha" vem do fato de Stivelman e sua mãe, Riva, terem percorrido 1.500 em marchas forçadas. Num dos piores momentos, sua mãe, com tifo, perdeu as forças e eles conseguiram se esconder em uma vala ao lado da estrada, já em território da Ucrânia.
(Fonte: revista Exame - 03.06.1998)