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23 de set. de 2023

Viña Tondonia

           A Viña Tondonia é um dos ícones entre os vinhos de Rioja, na Espanha. Fundada em 1877 por Rafael López de Heredia y Landeta, a vinícola nasceu inspirada no que os vizinhos franceses faziam de 
melhor.
          López de Heredia seguia os preceitos segundo os quais os vinhos tinham de amadurecer nos barris de carvalho por um longo tempo – pelo menos três anos. Era o conceito dos empresários bordaleses que haviam migrado para a região em plena crise da filoxera, que havia destruído os vinhedos franceses, e estavam então voltando para casa.
          A vinícola faz questão de manter a tradição de seus quase 150 anos. O melhor exemplo é o modo como lida com as barricas de carvalho, responsável por seu estilo, hoje único e valorizado, de brancos e tintos com longo estágio em madeira. Eles saíram da Rioja, as vinhas passaram a ser plantadas em portaenxerto (como é chamada a enxertia entre vinhas, que resistem ao inseto da filoxera); e a cultura das barricas ficou por lá – a Tondonia, aliás, tem a sua própria tonelaria. “Aprendemos com os franceses a envelhecer nossos vinhos, era o conceito moderno na época”, conta Yolanda Varona, diretora de exportação da vinícola, em passagem pelo Brasil para participar do Encontro Mistral, da importadora 
que traz os rótulos para o país.
          E assim começou a tradição desta que é a terceira vinícola mais antiga da Rioja em funcionamento. Primeiramente vieram as barricas, com uvas compradas na região, mas logo López de Heredia decidiu adquirir vinhedos à beira do Rio Ebro. Mas, mesmo com a crença nesse envelhecimento, os herdeiros de López de Heredia não estão parados no tempo. O melhor exemplo, conta Yolanda, é a preocupação em aumentar o plantio de variedades como graciano e mazuelo. Minoritárias no blend, essas duas variedades trazem maior frescor ao vinho e são mais resistentes ao clima quente. Ou seja, são uma das apostas para enfrentar a mudança climática. Aqui não se trata de 
obter novos vinhedos ou de arrancar tempranillo, sua principal cepa, para priorizar essas variedades.
          A vinícola mantém um rodízio entre os seus 170 hectares de vinhas, divididas entre as viñas Tondonia, Bosconia, Cubillo e Zaconia. Cerca de 100 hectares estão sempre em produção, cultivados com variedades como tempranillo (a principal), garnacho, graciano e mazuelo, e as brancas viura e malvasia. Os demais ou estão “descansando” entre oito e dez anos com o plantio de cereais e leguminosas, para fixar nutrientes no solo, ou são vinhedos jovens, que ainda não entram no blend de seus vinhos.
(Fonte: Estadão - 23.09.2023 - Suzana Barelli)

22 de set. de 2023

Atlas Lithium

          A Atlas Lithium foi fundada em 2011 na Califórnia e posteriormente foi transferida para Boca 
Raton, na Flórida. Teve como um de seus criadores, o empresário brasileiro Marc Fogassa.
          Natural de Assis, interior de São Paulo, Fogassa estudou em São Paulo e foi estudar engenharia no Instituto Brasileiro de Engenharia Aeronáutica (ITA). Pouco tempo depois, aos 18 anos, em 1985, frequentou o Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. Também estudou em Harvard, onde se formou em Medicina, aventurando-se posteriormente na área de capital de risco, com foco em biotecnologia. “Depois de um tempo, fechei meu primeiro contrato como estudante e isso foi o 
começo de muitos outros. Tornei-me generalista”, relembra.
          Aos 31 anos, ele investiu US$ 2 milhões em uma empresa que mais tarde ostentaria uma capitalização de mercado de US$ 1 bilhão na Nasdaq. “Então decidi ser empreendedor, reconhecendo o potencial inexplorado do Brasil no setor de mineração.” O primeiro projeto focou em 
ouro e diamantes.
          A Atlas iniciou sua jornada com operações de ouro aluvial em Minas Gerais. Em 2018, um geólogo partilhou uma previsão dura sobre o futuro dos minerais e metais estratégicos. Este momento crucial marcou o início da incursão da Atlas no lítio, com aplicações estratégicas e aquisições em desenvolvimento. “Aproveitamos os desafios prevalecentes da pandemia, que restringiu a mobilidade dos investidores estrangeiros, em nosso benefício. Como resultado, a Atlas agora comanda a maior área de concessão dentro do Vale do Lítio”, disse a empresa.
          Desde janeiro de 2023, ganhou destaque como uma entidade listada na Nasdaq. Além do foco imediato no lítio, a empresa possui reservas substanciais de níquel, titânio, grafite e terras raras. O lítio é um dos minerais mais cobiçados atualmente no mundo.
          Em setembro de 2023, um (mais um) projeto de extração e industrialização, envolvendo o lítio, começa a ser estruturado no “Vale do Lítio” brasileiro, na região Nordeste de Minas Gerais. Liderada pelo empresário brasileiro Marc Fogassa, a Atlas Lithium está preparada para iniciar operações em 2024 em Araçuaí, cidade situada no Vale do Jequitinhonha, a aproximadamente 600 quilômetros de
Belo Horizonte. Em Araçuari também há investimentos da canadense Sigma Lithium.
          As projeções da empresa indicam uma crescente demanda global por equivalente de carbonato de lítio (LCE) – um componente primário para refinarias de lítio – com estimativas subindo para 3,5 milhões de toneladas até 2033. Para contextualizar, os volumes de LCE previstos para o ano de 2023 permanecem abaixo de 1 milhão. toneladas, de acordo com Fastmarkets. A principal aplicação do lítio gira em torno da produção de baterias para veículos elétricos.
          Em 2022, os preços do lítio dispararam, com o preço de uma tonelada refinada de hidróxido de lítio ultrapassando a impressionante marca de 84 mil dólares. No entanto, 2023 testemunhou uma descida moderada, com os preços atuais (setembro) oscilando perto dos 27.000 dólares na China, conforme relatado pela Goldman Sachs. O concentrado de espodumeno, o produto específico que a Atlas deverá fabricar, contendo 5,5% a 6% de lítio, atualmente (setembro 2023) comanda uma faixa de negociação de US$ 2.700 a US$ 3.000 por tonelada, uma queda notável em relação ao pico de US$ 8.000 testemunhado em novembro de 2022.
          O projeto Atlas tem como objetivo produzir um rendimento anual de 300.000 toneladas de concentrado de lítio para baterias a partir de minerais de espodumênio extraídos de uma mina a céu aberto.
          Fogassa prevê que o projeto Atlas será o esforço final para aproveitar os minerais extraídos da superfície no Vale do Lítio, atingindo profundidades de até 250 metros. Uma faceta vantajosa em termos de eficiência de custos e desenvolvimento de projetos, distinguindo-o de futuros projetos de mineração subterrânea. O extenso domínio do Atlas abrange 54 direitos minerais (240 quilômetros quadrados), abrangendo os municípios de Araçuaí e Itinga.
          Em setembro de 2023 a empresa encontra-se no meio de uma extensa campanha de perfuração com o objetivo de quantificar as suas reservas minerais. O relatório final está previsto para ser divulgado no final de 2023. O estudo de viabilidade técnica e econômica está previsto para ser publicado em meados de 2024.
          De acordo com o CEO e presidente da Atlas, avaliações metalúrgicas abrangentes conduzidas por empresas geológicas especializadas revelaram um teor médio de lítio de 6,04% nas amostras de perfuração. “O mercado está preparado para abraçar materiais de lítio contendo 5,5% ou mais, o que é evidente pelas crescentes consultas de montadoras interessadas em nosso projeto”, observou ele.
Fogassa prevê um mercado de lítio próspero durante a próxima década, citando a notável estatística da Califórnia, onde os veículos eléctricos representaram 25% das vendas de automóveis novos no segundo trimestre, desafiando as projeções anteriores de que este marco não seria alcançado até 2025.
          Para facilitar este ambicioso empreendimento, a Atlas prevê investimentos superiores a 100 milhões de dólares para o estabelecimento do projeto e iniciará a produção no segundo semestre de 2025. A empresa informa também que há potenciais desembolsos adicionais elevando o desembolso total para 200 milhões de dólares.
          A tecnologia que sustenta a planta de concentração de espodumênio está enraizada em métodos bem estabelecidos, conhecidos há mais de um século, e agora é parte integrante do processo de beneficiamento de lítio – Separação de Meios Densos (DMS). O concentrado de espodumênio, proveniente de rocha dura, é amplamente reconhecido como o insumo superior para a produção de hidróxido de lítio, um ingrediente chave na fabricação de baterias.
          Ao traçar a rota de exportação, a Atlas avalia as opções entre os portos de Ilhéus (BA) e Vitória (ES), com tendência para este último. O início dos embarques da vizinha Sigma Lithium pelo porto do Espírito Santo, ocorreu em julho de 2023.
          Fogassa, que é sócio da empresa, expressa confiança inabalável na disponibilidade de capital para galvanizar a realização do projeto. “Os investidores demonstraram grande interesse em nossa empresa, expressando até intenção de estabelecer parcerias.”
          No primeiros meses de 2023, a Atlas investiu US$ 20 milhões em royalties para a empresa canadense LRC, uma entidade que possui mais de 30 empreendimentos de lítio. Além disso, em julho, a empresa garantiu um investimento de US$ 10 milhões de partes interessadas estrangeiras, com metade do financiamento proveniente do fundo institucional Waratah.
          Marc Fogassa formou alianças com fundos institucionais, incluindo Waratah, BlackRock, ExodusPoint, Weiss, UBS, BTG Pactual, Polar, Fidelity e uma série de outros investidores. Fogassa controla quase 40% do capital da Atlas juntamente com a sua equipa de gestão.
(Fonte: jornal Valor - 20.09.2023)

21 de set. de 2023

Rosewood Hotel

          Exalando brasilidade, o hotel Rosewood São Paulo ancora a Cidade Matarazzo – e é um destino em si. Alojado no antigo prédio da Maternidade Filomena Matarazzo (1943), o hotel também ocupa a 
Torre Mata Atlântica, com 160 quartos e 100 suítes reservadas a proprietários.
          Considerado um “oásis metropolitano”, o hotel fica dentro da Cidade Matarazzo, complexo de edifícios do início do século XX que foram transformados em residências particulares, lojas e locais de entretenimento.
          Ao lado da avenida Paulista, a enorme área de 30 mil metros quadrados (da Cidade Matarazzo), com edifícios tombados e a capela Santa Luzia (1922), foi adquirida pelo empreendedor francês Alexandre Allard, que se apaixonou pelo local em 2007, arrematou-o em 2011. O projeto da Cidade Matarazzo custou em torno de R$ 2,7 bilhões, mas o valor gasto apenas na construção do hotel não foi divulgado. A Capela Santa Luzia, outro edifício histórico que foi restaurado para manter sua arquitetura ornamentada de 1922. Ao longo dos trabalhos de reforma, a fundação original da capela revelou peças adornadas, que foram reformadas e incorporadas à estrutura.
          Ele trouxe a bordo uma miríade de talentos, como o designer Phillip Starck, diretor criativo do projeto. O paisagismo explode em jardins tropicais no interior, em volta do hotel e, sobretudo, na torre contemporânea vestida com várias espécies da Mata Atlântica. A Torre foi projetada pelo arquiteto francês Jean Nouvel, premiado pelo Pritzker em 2008. Esta é a primeira obra de Nouvel no continente sul-americano (assim como o hotel, o primeiro Rosewood na América do Sul).
          A Torre tem níveis de tamanhos variados, com sacadas e árvores adultas formando jardins suspensos. No chão, alamedas floridas permitirão passeios entre árvores centenárias e jardins de
ciprestes e oliveiras.
          Com reservas disputadas, as opções gastronômicas do hotel viraram hotspots instantâneos. Com pé-direito altíssimo, o Le Jardin tem hits como o polvo grelhado com mandioquinha assada e iogurte de limão. Ao lado, na brasserie Blaise, mais intimista, a culinária de alto nível se espelha nas vieiras grelhadas com creme de couve-flor e no contrafilé de wagyu brasileiro, com creme de mandioquinha: obras do chef Felipe Rodrigues e de Rachel Codreanschi, a sous-chef executiva. Saiko Izawa, eleita melhor chef pâtissier dos 50 Best da América Latina em 2017, cria as saborosas sobremesas.
          No Taraz, pratos sul-americanos com assinatura do chef Felipe Bronze. O cardápio – que imita um passaporte – prenuncia a viagem pelos sabores. Drinques, música e fogo completam o astral com vista para um jardim de oliveiras.
          O bar Rabo di Galo apoia-se em ótimos drinques e música ao vivo, com predomínio de jazz. O Belavista Rooftop Pool & Bar exibe uma simpática sala em arcos, objetos e móveis antigos e, depois da escada, a piscina com vista para a cidade.
          Mais de 50 artistas brasileiros criaram 450 obras exclusivas para o hotel. Desenhos, pinturas, colagens, esculturas e instalações ocupam corredores, salas, restaurantes, hall, jardins, escadas e elevadores. Nestes, a série “Etnografia da Flora Mágica Brasileira”, de Walmor Correa, provoca o desejo de subidas e descidas mais lentas para a apreciação de cada quadro; no corredor que dá acesso aos apartamentos do 6º andar, as pinturas de Ananda Nahú denotam um forte e colorido multiculturalismo; chegando ao Belavista, vê-se que toda a área da piscina é de azulejos pintados à mão e inspirados na flora e fauna do Brasil, criados pela artista Sandra Cinto.
          No restaurante Blaise, Fernando de La Roque criou pitorescos murais de azulejos; no Rabo di Galo, difícil tirar os olhos do teto pintado por Cabelo; no chão, os tapetes de Regina Silveira.
Na capela, o novo vitral criado por Vik Muniz. No lobby, Art Concierge e Art Library (onde é possível arrematar criações) oferecem um último olhar para a marcante Poltrona Mole, de Sérgio
Rodrigues, e para a bela Poltrona Jangada. Um deleite do início ao fim.
          Cinco destaques artísticos do hotel
               • Grafites de Speto no túnel de entrada
               • Caligrafia de Caligrapixo no antigo hospital interagindo com o trabalho da tribo Warli
               • Afresco de céu noturno feito por Cabelo Cobra Coral no teto do bar Rabo di Galo
               • Escultura de Artur Lescher nas escadas até o busto da Condessa Matarazzo
               • Esculturas-pêndulo de flores de Laura Vinci no 5º andar e pinturas de Ananda Nahú no corredor do 6º andar.
          Ao todo, o Rosewood conta com 160 quartos e 100 suítes hoteleiras, que se espalham pelo edifício restaurado da Maternidade Matarazzo e pela nova torre com jardins verticais. O Rosewood São Paulo faz parte da marca de mesmo nome considerada de ultraluxo e que administra 29 hotéis, resorts e residências em 17 países.
(Fonte: CNN - 13.04.2022 / revista Forbes - 25.04.2022 - partes)

Antiga maternidade e nova torre com jardim vertical compõem o hotel Rosewood São Paulo

Antiga maternidade e nova torre com jardim vertical compõem o hotel Rosewood São Paulo

20 de set. de 2023

Frimesa

          A Frimesa (então denominada Sudcoop) foi fundada em 1977 e em sua trajetória foi formada uma Cooperativa Central que industrializa a matéria-prima carne e leite. A história oficial foi iniciada em 13 de dezembro de 1977, durante as festividades do jubileu de prata de Francisco Beltrão (PR) na câmara de vereadores.
          No fim da década de 1990, milhares de produtores de feijão, soja, milho, frango, leite e, principalmente suínos, buscavam uma renda na agroindustrialização.
          Cinco cooperativas do Sudoeste do Paraná, inspiradas pelo projeto Iguaçu de Cooperativismo, planejaram a criação da Cooperativa Central Agropecuária do Sudoeste – Sudcoop, hoje Frimesa Cooperativa Central. Foi o primeiro passo da organização dos agricultores das quatro cooperativas fundadoras: Coasul - Cooperativa Agropecuária Sudoeste Ltda., de São João, Comfrabel - Cooperativa Mista, de Francisco Beltrão, Camdul - Cooperativa Agrícola Mista Duovizinhens, de Dois Vizinhos e Coopersabadi - Cooperativa Mista Agropecuária Sabadi Ltda., de Barracão.
          Somadas, as quatro cooperativas fundadoras reuniam 6,8 mil cooperados, dos quais 85% eram propriedades de pequeno porte. Elas atuam em 20 municípios do Sudoeste do Paraná e Oeste de Santa Catarina.
          Quando a Sudcoop (hoje Frimesa) começou a operar, em 1978, seu escritório se localizava no último andar das instalações da filiada Comfrabel, em Francisco Beltrão.
          No fim da década de 1970, a atividade já tinha um duplo propósito: valorizar o milho e a soja convertendo esses insumos em ração para os animais e, consequentemente, otimizar a produção de carne. Com esse objetivo, as cooperativas decidiram pela construção de uma fábrica de ração com capacidade de 20 toneladas ao dia. O primeiro empreendimento, iniciado após a criação da Central, foi edificado em terreno doado pela prefeitura de Francisco Beltrão.
          A suinocultura enfrentava muitas dificuldades. Os produtores eram obrigados a entregar os suínos em Ponta Grossa (PR), e os animais percorriam mais de 500 quilômetros por uma malha rodoviária precária. Outros compradores, de São Paulo e Minas Gerais, ficavam a mais de mil quilômetros de distância. Os produtores de suínos negociavam por meio de atravessadores, uma situação que, somada ao custo de transporte, inviabilizava a produção do Sudoeste. A solução era produzir alimentos em grande escala e atender diretamente ao mercado dos centros urbanos.
          No ano seguinte ao da fundação, a diretoria já se debruçava sobre estudos de viabilidade para aquisição de um frigorífico de suínos. Havia duas propostas: uma no município de Clevelândia e outra em Palmas, ambos no Paraná.
          A empresa estava propensa a decidir pelo projeto de Palmas, que tinha apresentado um melhor estudo de viabilidade, e já negociaçãocom o Banco BRDE. Foi quando surgiu o movimento do Oeste, através da Cooperativa Cotrefal, hoje Lar, liderado por Inácio Donel, propondo uma oportunidade de negócio em Medianeira.
          Após inaugurar, em março de 2023, sua maior planta de abate de suínos em Assis Chateaubriand (PR) e elevar em 80% a capacidade produtiva do ano (2023), a Frimesa investe no mercado paulista. Passou a promover eventos com potenciais clientes e no primeiro semestre de 2024 deve inaugurar seu quarto centro de distribuição em São Paulo, na cidade de Campinas. Com cerca de 12 mil pontos de venda hoje no Estado, entre varejo, atacado e padarias, a cooperativa quer chegar a 20 mil até julho de 2024. No País, serão 60 mil, ante 48 mil atualmente. A contribuição do consumidor paulista ao faturamento, de 15% das vendas internas, deve ir a 25% pelo menos, diz Elias Zydek, presidente executivo. “Nosso maior esforço de vendas está em São Paulo”, afirma.
          Considerando dados de 2022, a cooperativa emprega mais de 9 mil pessoas.
(Fonte: site da empresa / Estadão - 18.09.2023 - partes)

19 de set. de 2023

Lombard Odier

          A empresa suíça Lombard Odier se posiciona como uma boutique independente de gestão de 
patrimônio, sem vínculos com corretores ou bancos.
          A Lombard Odier abriu caminho para a abertura de um escritório no Brasil no final de 2021, quando as taxas de juro atingiram um mínimo histórico de 2% ao ano sob os efeitos da pandemia. Houve um fluxo crescente para classes alternativas em diferentes moedas e geografias.
          A gestora pretende tornar o Brasil um mercado relevante. Numa primeira fase, isso significa 
atingir pelo menos 1% a 2% do volume que tem sob a sua alçada no âmbito global.
          "A Lombard tem interesse estratégico no Brasil, o principal mercado para nós na América Latina”, disse Marc Braendlin, chefe do grupo para a América Latina. “Queremos crescer e continuar fortes com uma equipe local. Respeitamos os nossos concorrentes, mas não temos medo porque pensamos que a Lombard tem uma oferta boa e interessante.”
          A Lombard Odier contratou Rogério Zanin, ex-banqueiro do Julius Baer, no início de 2023 para chefiar sua unidade local. O Sr. Zanin veio originalmente da GPS (que se fundiu com a Reliance quando a empresa rival suíça adquiriu ambas as empresas) e tornou-se líder do Julius Baer Family Office no Brasil como parte de seu comitê executivo. Juliana Lage, como chefe de operações, também veio de Julius Baer.
          A escassez de eventos de liquidez que tradicionalmente engordam a fortuna das famílias, como ofertas secundárias de ações ou fusões e aquisições de empresas, não enfraquece o plano da Lombard para operações locais, acrescentou Zanin. “Quando se trata de investimentos internacionais, há um grande caminho a explorar porque muitas famílias não têm sequer exposição fora do Brasil, então nesse campo a concorrência é menor.”
          A empresa contratou seis executivos comerciais seniores e pretende contratar outros quatro até o final de 2023. A companhia vê como positivo que grandes concorrentes passem a oferecer investimentos internacionais, pois isso ajuda a desmistificar a diversificação de moedas e mercados 
independentemente da faixa de riqueza.
          Considerando dados de meados de setembro de 2023, a Lombard Odier administra o equivalente a US$ 300 bilhões em ativos de milionários.
(Fonte: jornal Valor - 19.09.2023)

18 de set. de 2023

StopClub

          O StopClub é uma startup brasileira, banco digital, que tem Luiz Pereira como cofundador, que fornece ferramentas para trabalhadores baseados em aplicativos.
          A startup oferece créditos e contas para motoristas e entregadores que usam seu aplicativo, em aliança com a XP Investimentos e a fintech mexicana Bankuish.
          O neobanco, lançado na semana de 11 a 15 de setembro de 2023, é baseado em um modelo banking as a service (BaaS) fornecido pela XP Investimentos (que comprou, em 7 de janeiro de 2022, o Banco Modal), em um exemplo de como o modelo de open finance pode agilizar lançamentos digitais, inclusive, para empresas não-financeiras.
          "A velocidade do modelo BaaS faz toda a diferença, já que não é necessário tirar todas as licenças nem fazer registros no Banco Central, um processo caro e demorado. Além disso, ter a infraestrutura da XP nos dá credibilidade e também acesso a produtos vendidos através de sua rede", disse à iupana Luiz Pereira, cofundador do StopClub, que oferece serviços como monitoramento online e registro de viagens para motoristas.
          “A grande diferenciação é que, por meio de APIs, conseguimos oferecer em nosso app principal soluções financeiras, como, por exemplo, poder consultar saldo, cobrar PIX e ser notificado de entrada de recursos”, afirma o cofundador. Isto permite que o usuário trabalhe sem o app do banco no seu celular, o que dá mais segurança e tranquilidade, ao saber que não pode ter suas economias roubadas, acrescenta Pereira.
          A empresa observa que os trabalhadores da gig economy, muitas vezes, não têm acesso a produtos como o crédito, por não terem uma relação contratual tradicional. Com essa integração, buscam fortalecer a proposta à sua comunidade, ao mesmo tempo em que geram novas fontes de renda.
          O uso e a permanência no aplicativo também podem ser utilizados para avaliar o comportamento financeiro. Este produto é apoiado pela fintech Bankuish, um credor para trabalhadores colaborativos.
          “Dividimos os ganhos e custos com o banco, é como um parceiro no negócio”, acrescenta Pereira. “O maior desafio é acelerar a receita para compensar custos [...], porque começa como uma operação deficitária”, explica o cofundador.
(Fonte: iupana - 15.09.2023)

17 de set. de 2023

Forethought (PowerPoint)

          O PowerPoint, programa tão amado quanto odiado por trabalhadores de escritório, professores e 
burocratas, foi lançado em 1987 pela Forethought, uma pequena empresa de software.
          O PowerPoint foi o sucessor digital dos projetores de transparências e foi desenvolvido por Dennis Austin (1947-2023). Ele transformou o trabalho de criar slides em um processo muito mais fácil.
          Poucos meses após a estreia do PowerPoint, a Microsoft comprou a Forethought por US$ 14 milhões em sua primeira grande aquisição.
(Fonte: Estadão - 15.09.2023)

16 de set. de 2023

Bloomingdale's Brown Bag.

          A Bloomingdale's Brown Bag foi originalmente projetada por Massimo Vignelli em 1973 para acomodar os travesseiros e lençóis cada vez maiores vendidos no departamento de linho da Bloomingdale, e desde então se tornou um símbolo de status da cidade de Nova York e um item básico do estilo de rua (ao lado da Medium Brown Bag e da Little Brown Bag , claro).
          Nada une mais os nova-iorquinos hoje em dia do que a afinidade por sacolas de compras e bolsas de lona de marca. Você não pode entrar em um apartamento sem encontrar uma coleção escondida debaixo da pia – ou andar pela rua sem ver uma pendurada no ombro de um morador do East Village vestido com camiseta de bebê. Bolsas da LLBean, Outdoor Voices, Jill Sander e até Trader Joe's tiveram seu momento, mas nenhuma teve a longevidade ou o impacto cultural da Bloomingdale's Brown Bag.
          A sacola é tão influente, na verdade, que o humilde saco de papel teve sua própria extravagância de festa de aniversário em 2023. De setembro em diante, a Bloomingdale’s lançou grandes colaborações e realizou eventos nas lojas para comemorar seu 50º aniversário. O espaço carrossel da loja de departamentos se tornou um pop-up repleto de produtos exclusivos com tema Brown Bag de marcas de moda, beleza e estilo de vida como Ralph Lauren, Stoney Clover Lane, Aqua, Recess Pickleball e Clinique. Pense em um suéter de gola redonda adornado com a imagem do urso Ralph Lauren segurando uma Big Brown Bag da Bloomingdale's.
          O carro-chefe da Bloomingdale’s 59th Street dará uma festa no sábado, 9 de setembro, das 13h às 17h. com ativações em todos os andares. O artista Matthew Langille criará seu padrão exclusivo em uma Big Brown Bag em tamanho real, e os alunos da FIT estarão lá para personalizar sacolas de compras de aniversário. Enquanto isso, os clientes poderão desfrutar de comidas e bebidas temáticas e sabores de edição limitada no BKitchen, um pop-up Big Brown Bistro e um pop-up Nespresso.
          O querido departamento de beleza da Bloomingdale’s também participaria das comemorações. No dia 7 de outubro (2023), balcões de beleza em todo o país ofereceriam diversas ativações e guloseimas. Os destaques? Um estande onde os clientes podem girar uma roda para ganhar amostras exclusivas e serviços de beleza, sorteios de prêmios de suas marcas favoritas e a chance de levar para casa uma sacola de comemoração de 50 anos em compras de US$ 150 ou mais.
(Fonte: The Cut - 07.09.2023)
Photo: Getty Images
Photo: Matthew Carasella

15 de set. de 2023

Biotrop

          A Biotrop,  é uma startup de controle biológico de pestes, criada em 2018 pelo biólogo Antônio Carlos Zem, ex-presidente para a América Latina da FMC Soluções Agrícolas e tem sede em Vinhedo, interior paulista.
          Como uma “agritech”, a Biotrop vem se destacando entre as líderes no mercado brasileiro de produtos biológicos com um rápido crescimento.       
          No mesmo ano, em 13 de dezembro (2018), a Aqua Capital anuncia a compra da Total Biotecnologia e a combina com a Biotrop, com o biólogo Antônio Carlos Zem como presidente da empresa.
          Em 2021, o GIC, fundo soberano de Cingapura, comprou uma participação minoritária na Biotrop.
          Em 9 de setembro de 2023 o Grupo Biobest, o Aqua Capital e o Fundo Soberano de Singapura (GIC) anunciaram a assinatura de um acordo para a aquisição da brasileira Biotrop, pela Biobest, uma das líderes mundiais em biocontrole de pragas e doenças e polinização natural. Pelo acordo, firmado em 9 de setembro, a Biobest, com sede na Bélgica, vai adquirir 85% das ações da companhia por 532 milhões de euros (R$ 2,8 bilhões). A expectativa é de que a transação seja concluída até o final de 2023.           
          Os 15% restantes das ações serão adquiridos pela Biobest após um período de transição de três anos. A Biotrop hoje é controlada pelo Aqua Capital, gestora de private equity com sede em São Paulo e foco no agronegócio. A operação, diz o CEO da empresa, Jean-Marc Vandoorne, é parte da estratégia de fusões e aquisições, e permitirá à companhia ocupar posição importante na América do Sul, abrindo caminho à sua transformação de especialista em biocontrole e polinização na horticultura em grande player em produtos biológicos na agricultura.
          A expectativa da Biotrop é alcançar faturamento de R$ 679 milhões (128 milhões de euros) em 2023. 
(Fonte: Valor - 13.12.2018 / Estadão - 09.09.2023 - partes)