Com a expectativa de forte expansão do mercado de água e esgoto nos próximos anos, a Iguá se movimenta para firmar novas parcerias com grupos de infraestrutura, além de retomar os planos de abertura de capital - possivelmente, ainda em 2020, segundo Carlos Brandão, novo presidente do grupo. Este plano, porém, não foi concretizado.
“Temos uma indicação do mercado de que não faltarão recursos para o setor. Seja por meio de emissão de dívidas, seja via IPO [oferta inicial de ações] ou por parcerias com outros grupos interessados em entrar no mercado de saneamento. Temos uma agenda diversificada e ambiciosa”, afirma o executivo, que assumiu o grupo no início de julho de 2020.
A Iguá tinha, em meados de 2020, 18 concessões no mercado de água e esgoto, em cinco estados do país.
Em 2021, a Iguá vence o lilãopara compra da Sedae, no Rio de Janeiro.
Em 4 de setembro de 2024, a Iguá Saneamento venceu o leilão da concessão da operação de água e esgoto de Sergipe — um ativo relevante que deve aumentar de forma significativa a receita e o EBITDA da companhia. A Iguá não abriu o tamanho exato deste aumento, mas o CEO Roberto Barbuti disse ao Brazil Journal que a operação de Sergipe será a maior da companhia em termos de pessoas atendidas e a segunda maior em receita, atrás apenas da Iguá Rio, que engloba os ativos comprados no leilão da Cedae em 2021.
Em Sergipe, a Iguá vai atender 74 dos 75 municípios do Estado, somando mais de 2,3 milhões de pessoas; apenas o município de Capela ficou de fora. O modelo é igual ao da Cedae. A Deso, a estatal que atendia esses municípios, vai continuar responsável pela produção e tratamento da água, que será adquirida pela Iguá e revendida ao consumidor final. Já a operação de esgoto será 100% gerida pela companhia (Iguá). Em 2023, a receita da Deso foi de R$ 850 milhões,
A Iguá levou o ativo com uma proposta de outorga de R$ 4,53 bilhões, um ágio de 122,6% em relação ao valor mínimo estabelecido no edital. O contrato prevê ainda um investimento de R$ 6,3 bilhões ao longo dos próximos 35 anos, com a maior parte (R$ 4,7 bilhões) concentrada nos primeiros 10 anos.
A vitória nesso leilão vem depois da Iguá ter perdido para a Aegea os últimos três leilões de que participou: o da PPP da Sanepar, o de Governador Valadares, em Minas Gerais, e o de Palhoça, em Santa Catarina.
Além da Iguá Rio, que responde por mais de 60% do Ebitda e da receita da companhia, a Iguá também opera as concessões de Cuiabá e Paranaguá, além de ter uma PPP com a Sabesp e com a CASAL, em Alagoas.
(Fonte: Valor PRO - 21.07.2020 / BrazilJournal - 04.09.2024 - paetes)
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