A empresa passou por um período fora da curva de faturamento em 2021, com crescimento de 420%, devido a um contrato para fazer 28 obras para a mesma empresa no Pará, o que representou 85% do ganho anual. Em 2022, com esse projeto já concluído, houve uma queda de 20% no faturamento.
Em 2023, a Opus investiu R$ 30 milhões na automação de sua fábrica em Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Segundo Felipe Ventura, CEO , é possível aumentar a produção em quase dez vezes criando mais turnos de trabalho. “Fomos inspirados pela indústria automobilística”, disse ele.
Ventura disse que não falta demanda para os produtos, que estão voltados para as necessidades de outras empresas, como espaços para lanchonetes, escritórios, moradias e lojas. Mas a Opus também planeja entrar no segmento residencial, o que abriria uma nova frente para os clientes.
A ideia não é nova. Desde 2021, em entrevista ao Valor, Ventura já falava sobre o plano de oferecer casas modulares. Porém, conforme explicou o executivo, a demanda do setor empresarial capturou toda a produção nesses anos. Agora, com o aumento da capacidade de produção, o kit casa modular está previsto para ser lançado em outubro.
A Opus contratou o escritório de arquitetura Arthur Casas para projetar um modelo de habitação modular, além de desenvolver seu protótipo. O modelo de Arthur Casas tem três quartos e 72 metros quadrados e deve ser vendido por cerca de R$ 220 mil. O modelo da Opus é menor, com 27,6 metros quadrados e 2 quartos, custa R$ 120 mil e já está sendo vendido para alguns clientes. A ideia é que a firma Arthur Casas também desenhe um modelo mais econômico.
A empresa quer apresentar esse produto a incorporadoras e, futuramente, incluí-lo no programa habitacional Minha Casa Minha Vida. As casas sairiam da fábrica com piso, azulejos, pia e até chuveiro, disse Ventura. Os módulos corporativos já seguem esse padrão.
A Opus já vendeu seus módulos para 15 estados e não tem limitações geográficas de atuação, segundo o executivo. Porém, deve ter equipe própria no canteiro de obras por se tratar de um serviço especializado. O Sr. Ventura ressalta que são necessários poucos trabalhadores porque o módulo já vem pronto da fábrica. Só precisa ser instalado no local e conectado a outros módulos se o edifício combinar vários.
A empresa afirma que com seu produto uma obra leva metade do tempo de uma obra tradicional e custa entre 30% e 70% menos – quanto mais distante o canteiro de obras, maior a economia em relação aos métodos tradicionais, pois exige menos mão de obra e transporte de materiais.
Para manter esse crescimento e agilizar a entrega dos módulos, a Opus pretende ter armazéns em outros estados, espaços que receberão os módulos desmontados da fábrica de Minas Gerais, montarão e enviarão ao destino final.
Outras empresas já abordaram a Opus com interesse em investir no negócio, disse Ventura. Mas antes de pensar em abrir mão de uma participação, os acionistas preferem esgotar as possibilidades de endividamento, pois acreditam que já há espaço para alavancar a empresa. “Não estamos procurando um investidor de patrimônio hoje, mas no futuro é uma possibilidade”, observou o CEO, enfatizando que teria que ser algo que não fizesse com que a empresa perdesse sua essência.
(Fonte: jornal Valor - 19.06.2023)
Ventura disse que não falta demanda para os produtos, que estão voltados para as necessidades de outras empresas, como espaços para lanchonetes, escritórios, moradias e lojas. Mas a Opus também planeja entrar no segmento residencial, o que abriria uma nova frente para os clientes.
A ideia não é nova. Desde 2021, em entrevista ao Valor, Ventura já falava sobre o plano de oferecer casas modulares. Porém, conforme explicou o executivo, a demanda do setor empresarial capturou toda a produção nesses anos. Agora, com o aumento da capacidade de produção, o kit casa modular está previsto para ser lançado em outubro.
A Opus contratou o escritório de arquitetura Arthur Casas para projetar um modelo de habitação modular, além de desenvolver seu protótipo. O modelo de Arthur Casas tem três quartos e 72 metros quadrados e deve ser vendido por cerca de R$ 220 mil. O modelo da Opus é menor, com 27,6 metros quadrados e 2 quartos, custa R$ 120 mil e já está sendo vendido para alguns clientes. A ideia é que a firma Arthur Casas também desenhe um modelo mais econômico.
A empresa quer apresentar esse produto a incorporadoras e, futuramente, incluí-lo no programa habitacional Minha Casa Minha Vida. As casas sairiam da fábrica com piso, azulejos, pia e até chuveiro, disse Ventura. Os módulos corporativos já seguem esse padrão.
A Opus já vendeu seus módulos para 15 estados e não tem limitações geográficas de atuação, segundo o executivo. Porém, deve ter equipe própria no canteiro de obras por se tratar de um serviço especializado. O Sr. Ventura ressalta que são necessários poucos trabalhadores porque o módulo já vem pronto da fábrica. Só precisa ser instalado no local e conectado a outros módulos se o edifício combinar vários.
A empresa afirma que com seu produto uma obra leva metade do tempo de uma obra tradicional e custa entre 30% e 70% menos – quanto mais distante o canteiro de obras, maior a economia em relação aos métodos tradicionais, pois exige menos mão de obra e transporte de materiais.
Para manter esse crescimento e agilizar a entrega dos módulos, a Opus pretende ter armazéns em outros estados, espaços que receberão os módulos desmontados da fábrica de Minas Gerais, montarão e enviarão ao destino final.
Outras empresas já abordaram a Opus com interesse em investir no negócio, disse Ventura. Mas antes de pensar em abrir mão de uma participação, os acionistas preferem esgotar as possibilidades de endividamento, pois acreditam que já há espaço para alavancar a empresa. “Não estamos procurando um investidor de patrimônio hoje, mas no futuro é uma possibilidade”, observou o CEO, enfatizando que teria que ser algo que não fizesse com que a empresa perdesse sua essência.
(Fonte: jornal Valor - 19.06.2023)
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