Total de visualizações de página

10 de out. de 2024

Âmbar

          Âmbar Energia, empresa de geração e transmissão de energia dos irmãos Joesley e Wesley Batista, é controlada pela holding J&F.
          A Empresa demonstra ter apetite por ativos de geração. A companhia adquiriu, em 2023, a termelétrica Candiota, da Eletrobras, acertou a compra da usina Araucária, da Copel, e demonstrou
interesse em outros ativos térmicos da Eletrobras.
          No início de junho de 2024 a Eletrobras fez um acordo com a Âmbar Energia, para vender o seu portfólio de ativos termelétricos por um valor total de R$ 4,7 bilhões e transferência imediata do risco de crédito dos contratos de energia. O processo competitivo foi iniciado em julho de 2023.
          No primeiro dia de julho de 2024, a Âmbar concluiu a aquisição da termelétrica a gás natural Araucária (Uega) por R$ 395 milhões. O ativo pertencia à Companhia Paranaense de Energia (Copel) e à Petrobras, com participações de 81,2% e 18,8%, respectivamente.
          Em 9 de outubro de 2024, a contragosto e seguindo ordem judicial, a agência reguladora do setor elétrico aprovou a transferência da distribuidora Amazonas Energia à Âmbar Energia. A operação custará R$ 14 bilhões aos consumidores de todo o país. O valor será cobrado nas contas de luz por 15 
anos.
          A Âmbar fará um aporte de R$9,85 bilhões na Amazonas Energia para assumir o controle da distribuidora. O dinheiro será usado para reestruturação financeira e amortização de dívidas da companhia, estimadas em cerca de R$ 12 bilhões. A injeção de recursos faz parte dos termos do plano final de transferência do controle, aprovado no iníio de setembro de 2025 peça Aneel(Agência Nacional de Energia Elétrica).  É a primeira distribuidora de energia adquirida pela J&F, que já tinha comprado usinas de gás da Eletrobras no estado do Amazonas. A estratégia da Âmbar, de acordo com a empresa, é fazer um choque de gestão na empresa. O grupo dos irmãos Batista se movimenta agora no mercado para adquirir outras empresas distribuidoras, de acordo com pessoas a par do tema ouvidas pela Folha.
          O acordo, que está sob sigilo, ainda terá de ser homologado pela Justiça, porque a Amazonas Energia judicializou a negociação. Hoje a empresa é controlada pela empresa Oliveira Energia, que atravessa fortes dificuldades financeiras. A empresa foi privatizada em 2018. O acordo será enviado pela AGU (Advocacia-Geral da União) ao TRF 1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região). A Aneel aceitou a flexibilização dos prazos para o atingimento de três parâmetros regulatórios cobrados pela agência: perdas não técnicas (os chamados gatos), inadimplência e custo operacional. A Âmbar terá 15 anos para atender os parâmetros. Esses três pontos são os maiores desafios enfrentados hoje pela distribuidora. A empresa tem um alto índice de consumidores, inclusive do setor público, que não 
pagam a conta de luz. O custo operacional também é afetado pelas longas distâncias no estado.
          Cerca de 2% dos consumidoresmoramem18% do Amazonas.
(Fonte: Estadão - 03.04.2024 / Valor - 10.06.2024 / 02.07.2024 / Gazeta do Povo - 09.10.2024 / Folha - 08.09.2025- partes)

Nenhum comentário: