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5 de jun. de 2020

Dicico

          A Dicico foi fundada em 1918, quando o imigrante italiano Virgílio Di Cicco inaugurou a primeira loja em São Paulo. Ainda sob seu comando, mais uma unidade foi aberta.         
          Várias décadas mais tarde, Dimitrios Markakis estudou no exterior graças ao fato de seu pai, Stylianos, vindo da Grécia após a Segunda Guerra Mundial, ter tido sucesso em sua pequena empresa de alimentos, após iniciar como feirante em São Paulo.
          Na volta dos Estados Unidos, surgiu a ideia de montar um supermercado. Dimitrios, então com 23 anos, e o pai, fundaram o supermercado Cândia, que teve grande sucesso, e que se tornaria o pulo-do-gato da trajetória de Dimitrios no setor varejista.
          Em 1998, o Cândia passa para as mãos da rede portuguesa Sonae, que muda seu nome para Big. O negócio, por valor não revelado, foi suficiente para a família Markakis investir em fazendas, criação de gado, centros de distribuição de mercadorias e empresas de transportes. Com sua parte, Dimitrios comprou a rede de material de construção Dicico.
          Em 1999, a rede foi adquirida pelo grupo Construdecor. Após a ideia equivocada de trocar o nome da Dicico para ConstruDecor, foi definido permanecer com o nome original, Dicico.
          Dimitrios, que permaneceu na empresa, partiu para o que ele chamaria de choque de gestão. Instituiu o aperto nas contas, que se incorporou ao modelo de negócios e trouxe para o setor de material de construção técnicas empregadas por grandes varejistas. Uma delas, conhecida como gestão de categorias, é considerada por especialistas uma revolução no setor.
          Implementada em 2003, essa técnica prevê duas etapas. A primeira é reduzir o número de fornecedores ao máximo e dar preferência àqueles que ofereçam maior variedade de produtos - uma maneira de conseguir melhores preços. A segunda é agrupar nas lojas os produtos que tenham afinidade entre si, mas que normalmente estariam distantes. Antes dessa mudança, as pias, por exemplo, ficavam na seção de cerâmicas e as torneiras na de ferragens. Passaram a ficar todas na mesma seção. Parece simples, até óbvio, mas a Dicico foi a primeira das grandes redes a utilizar tal método.
          Reconhecendo-se como pão-duro, Dimitrios imprimiu um regime espartano (alguma coisa a ver com sua descendência grega?) nas lojas que era facilmente identificável. Exemplos? As lojas não tinham som ambiente. A razão? "Para não ter de pagar direitos autorais", diz o empresário. Dirigia o próprio carro e não tinha nenhuma pressa em trocar por modelos novos. Não tinha secretária e nem mesmo sala própria. Sua mesa dividia espaço com as de outros diretores e gerentes no mezanino da loja-sede, no bairro do Ipiranga, na zona sul de São Paulo. Ar condicionado? Havia aparelhos somente nas unidades do litoral e nas regiões mais quentes do estado.
          Diferentemente do que acontece com o setor de supermercados, o de material de construção ainda é altamente pulverizado. Com dados de 2006, as quatro principais redes - C&C, Telhanorte, Leroy Merlin e Dicico - concentravam menos de 10% do mercado nacional. Tal cenário levava os especialistas em varejo a apostar numa consolidação do setor por meio de aquisições ou de construção de novas lojas.
          Num panorama do final do ano de 2006, a Dicico tinha 18 lojas, cinco das quais inauguradas nos últimos meses, todas localizadas no estado de São Paulo. O faturamento anual girava em torno de 400 milhões de reais.
          Em maio de 2013, na maior negociação do varejo de materiais para construção do país, a Construdecor (Dicico) associou-se à chilena Sodimac, subsidiária do Grupo Falabella, que passou a ter o controle acionário da companhia.
          O Grupo é líder no setor na América Latina, operando mais de 240 lojas de materiais para construção, reforma e decoração em seis países: Chile, Peru, Colômbia, Argentina, Uruguai e Brasil.                A Dicico é a varejista de materiais para construção com o maior número de lojas no país. São 53 unidades no estado de São Paulo, que se caracterizam pelo conceito de especialista em acabamentos, com foco em pisos, revestimentos, pintura, iluminação e utensílios para banheiros e cozinhas.
          As lojas Dicico são atendidas por dois centros de distribuição: um deles localizado na cidade de Guarulhos, em um ponto estratégico entre as rodovias Dutra e Ayrton Senna e ligado ao acesso do Rodoanel, e outro em Cajamar, entre as Rodovias Anhanguera e Bandeirantes.   
(Fonte: revista Exame São Paulo - início de 2001 / Exame - 25.10.2006 / site da empresa - partes)

4 de jun. de 2020

Daniele Banco

          O Daniele Banco foi fundado em 1988 pelo visionário Pio Daniele e tem sua sede no bairro Cidade Monções em São Paulo.
          A empresa tem inovação no DNA, pois trouxe para o Brasil o modelo de antecipação de recebíveis como solução de crédito para o Middle Market.
          O Daniele Banco tem como propósito facilitar o desenvolvimento financeiro de seus clientes, criando soluções de crédito customizadas que rentabilizem suas operações. Para ser o parceiro ideal de negócios a que se propõe, o grupo investe constantemente na capacitação de seus executivos, que oferecem atendimento personalizado e orientado para que o crédito concedido seja sempre um gerador de novos negócios.
          O conceito de atendimento exclusivo do banco integra simplicidade, exclusividade e modernidade com o objetivo de equilibrar a saúde financeira de dos clientes.
(Fonte: LinkedIn)

3 de jun. de 2020

Visa Vale

          A empresa de vale-refeição Visa Vale foi criada em 2003 de uma associação entre a americana Visa e os bancos Bradesco, ABN Amro Real e Banco do Brasil.
          Logo na largada a companhia deixou de ser mero plano de negócios para rapidamente tornar-se uma das líderes no setor. Seu faturamento com vales-refeição e alimentação, já em 2005, chegou a 2,9 bilhões de reais e ultrapassou as receitas de duas tradicionais concorrentes no país - a francesa Sodexho e a brasileira VR, da família Szajman, ficando atrás apenas da Ticket, da também francesa Accor, que inaugurou esse mercado lá pelos idos da metade da década de 1970.
          A Visa Vale surpreendeu os concorrentes com um modelo de negócios que trouxe vantagem de custos sem precedentes - tanto na captação de novos clientes quanto de transações dos cartões. Enquanto as demais empresas comercializavam seus produtos com a ajuda de representantes de venda próprios, a Visa Vale contava com um exército de gerentes de mais de 8.000 agências bancárias em todo o país. Todos são funcionários dos bancos associados e da Nossa Caixa, que tinha recentemente iniciado parceria. Com isso, a empresa conseguia atingir 5.000 dos então 5561 municípios brasileiros.
          A conjunção de uma equipe exígua de funcionários - eles eram apenas 120 - com baixo custo de distribuição estremeceu o mercado e provocou mudanças na forma como concorrentes estabelecidos faziam negócio.
          Ao chegar ao mercado muito depois de seus principais concorrentes, a Visa Vale conseguiu usar a chamada ruptura tecnológica a seu favor. A empresa jamais adotou os tradicionais vales de papel. Apostou exclusivamente em cartões eletrônicos. Assim, eliminou a necessidade de estruturas duplicadas, que envolvem a manutenção tanto de uma base tecnológica para os cartões quanto a complexa logística de impressão, entrega e recolhimento dos vales de papel.
          O modelo de negócios criado pela Visa Vale não causaria mudanças apenas no mercado brasileiro. A empresa tornou-se um caso único no mundo de parceria entre um emissor de cartões e bancos no segmento de benefícios.
(Fonte: revista Exame - 02.08.2006)
          

2 de jun. de 2020

A. W. Jones

          Alfred Winslow Jones descobriu que duas posições especulativas, ou seja, ficar comprado e vendido em uma ação, poderiam gerar uma combinação mais conservadora do que se esse investimento fosse feito em uma das pontas simplesmente. Levantou cerca de US$ 100 mil, sendo US$ 40 mil do próprio bolso (“skin in the game” é sempre importante na atividade de investir) e iniciou sua firma de investimentos, a A. W. Jones, em 1949.
          Jones, um australiano de nascença, espião, sociólogo, editor e comunista, foi também o primeiro gestor de hedge fund da história. Após trabalhar como estatístico em uma firma de investimentos nos EUA, Jones seguiu uma vida profissional nada ortodoxa. Na década de 1930, ele atuou como vice-cônsul dos EUA em Berlim e, depois, como um espião para grupos de extrema esquerda da época.
          Talvez sua vida de espião não fosse eletrizante o bastante porque, em algum ponto, sua carreira apontou para o mercado de ações americano (o mercado pode ser instigante em alguns casos). Ao concluir seus estudos e se tornar um PhD em sociologia pela Universidade Columbia, Jones teve sua tese publicada na revista Fortune, da qual se tornou editor posteriormente.
          Muito provavelmente o artigo mais relevante de sua autoria foi um sobre previsões no mercado de ações, não pelo seu conteúdo em si, mas por ter despertado nele uma grande ideia durante as pesquisas sobre o tema.
          O artigo acabou por cunhar o termo “hedge fund” (soa melhor que “hedged fund”), que até hoje é um dos veículos de investimento mais conhecidos no mundo.
          O fundo gerido por Jones permaneceu abaixo do radar por anos a fio, talvez uma habilidade adquirida de seus tempos de espionagem. Mas, em 1966, a revista Fortune o descobriu, exaltando a grande performance de 760% em dez anos do apelidado “hedged fund” do Sr. Jones — um belo desempenho frente ao mais bem-sucedido fundo da época, que rendera “apenas” 358% no mesmo período.
          Hoje, a estratégia de long and short, que começou a ser utilizada por Alfred W. Jones para reduzir a exposição direcional de sua carteira de ativos é bem conhecida. Era uma forma de se proteger, ou, na língua dos financistas, fazer um hedge.
          Não só nascia aí a estrutura de um hedge fund, mas também particularidades na maneira de se cobrar taxas dos investidores. Os gestores da A. W. Jones tinham grande parte de seus ganhos proveniente de uma variável atrelada à performance obtida.
          Relatos da época descreviam os gestores da empresa como “hard workers”, por se esforçarem mais que seus rivais, ligarem para mais contatos, estudarem mais profundamente os números e tomarem decisões mais rapidamente, ao mesmo tempo que eram mais cuidadosos com os riscos envolvidos, pois estariam colocando a própria pele em jogo. Junto com o primeiro hedge fund do mundo, veio também a primeira cobrança de taxa de performance, de 20% já naquela época.
          Jones disse uma vez que 20% era o percentual que as embarcações dos fenícios levavam do lucro obtido em navegações bem-sucedidas; já outros clamam que 20% foi uma escolha que diminuiria a carga tributária a ser paga pela gestora. Seja qual for a motivação, parecia um bom alinhamento de interesses, não?
          Esse modelo funcionou muito bem enquanto essa modalidade de fundos, que possui um imenso grau de liberdade na gestão, foi capaz de entregar belos retornos para seus investidores.
(Fonte: Empiricus (Felipe Arrais) - 29.05.2020)

1 de jun. de 2020

Vitta

          Fundada em Uberlândia em 2014, a startup de saúde Vitta atende 100 mil vidas em dois modelos de negócio: um é o serviço de corretagem e administração de planos corporativos e o segundo é a oferta de produtos personalizados em parceria com seguradoras, mas agregando tecnologia no atendimento e telemedicina.
          Considerando dados de maio de 2020, a Vitta tem 18 sócios e já fez duas rodadas de captação de investimento de cerca de R$ 30 milhões, sendo a última há dois anos, quando levantou R$ 19 milhões, quando entraram para a sociedade o economista Arminio Fraga e o ex-presidente da Qualicorp, Maurício Ceschin. Investiram também na empresa os fundos Arpex Capital, que tem André Street, fundador da Stone entre os sócios, e o Finvest. A participação de todos os investidores é bem pequena no negócio, conforme Valor Investe apurou.
          Em 26 de maio de 2020, foi anunciado que a Vitta foi adquirida pela Stone. A Vitta faz gestão de planos de saúde corporativos, além de oferecer planos próprios em parceria com seguradoras com foco no público empreendedor. A Stone já usava os serviços de gestão de planos de saúde e telemedicina da Vitta, o Prime Care, para atender as demandas de saúde de seus milhares de colaboradores, mas, com a pandemia, estendeu o atendimento médico remoto, via telefone e WhatsApp 24 horas por dia, também a seus clientes, os mais de 500 mil comerciantes e prestadores de serviço que usam suas maquininhas de cartão.
          As empresas trabalharam juntas nesse projeto que contou com RS 1 milhão de investimento da Stone e, ao que parece, foi importante para que a empresa de meio de pagamento se aproximasse do mercado de saúde e identificasse potenciais sinergias com seus serviços e sua rede de clientes. No ano passado a Stone lançou a plataforma ABC (Adquirência, Banking e Crédito), em que disponibiliza aos clientes serviços de adquirência e financeiros.
          Considerando dados de maio de 2020, a Stone aproximadamente 530 mil clientes. Levando-se em consideração que boa parte dos empreendedores tem um plano de saúde, a Vitta poderia oferecer serviços de corretagem a essas pessoas e também aos clientes que ainda não contrataram um plano.
          Uma empresa que atua de forma semelhante à Vitta é a Qualicorp, que oferece planos de saúde a pessoas físicas por meio de parcerias com as seguradoras. Mas, diferentemente da Vitta, que tem como foco o público corporativo, a Qualicorp vende a pessoas físicas.
          A Vitta também tem um diferencial em tecnologia. A empresa nasceu como um prontuário médico eletrônico que hoje é utilizado por mais de 15 mil médicos em todo o Brasil, além de ter o serviço Prime Care de atendimento médico virtual e que inclui serviços de concierge, como agendamento de consultas, localização de médicos para atendimento de emergência e consultas preventivas. O uso intensivo de dados para fazer gestão chamou também a atenção da Stone. A Vitta afirma que consegue diminuir sinistralidade e reajustes menores do plano a seus clientes.
          Com sede em São Paulo, a Vitta tinha, em maio de 2020, cerca de 160 funcionários e atendia aproximadamente 100 mil vidas.
(Fonte: Valor Investe - 27.05.2020)

31 de mai. de 2020

InterContinental Hotels

          InterContinental Hotels Group PLC was founded in 1777 and is headquartered in Denham, the United Kingdom.         
          InterContinental Hotels Group PLC owns, manages, franchises, and leases hotels in the Americas, Europe, Asia, the Middle East, Africa, and Greater China.
          The company operates hotels, resorts, restaurants, and spas under the InterContinental Hotels & Resorts, Regent, Six Senses, Kimpton Hotels & Restaurants, Hotel Indigo, EVEN HOTELS, HUALUXE, Crowne Plaza, Voco, Holiday Inn, Holiday Inn Express, Holiday Inn Club Vacations, avid, Staybridge Suites, Atwell Suites, and Candlewood Suites brand names.
          It also provides IHG Rewards Club, a hotel loyalty program. As of February 28, 2020, the company had approximately 5,900 hotels and 884,000 rooms in approximately 100 countries.
(Fonte: Yahoo! Finance - ADVFN - 26.05.2020)

30 de mai. de 2020

Infinity Bio-Energy

          A Infinity Bio-Energy foi fundada em 2006 pelo empresário e ex-diplomata Sergio Thompson-Flores, que tem como sócios os fundos Kidd & Company, Och-Ziff Capital Management e Merril-Lynch.
          Thompson-Flores, carioca nascido em 1959, serviu em Washington como diplomata, na chefia do setor de política comercial. Na iniciativa privada, dirigiu por dez anos a World Invest, assessoria financeira e de novos negócios.
          Em meados dos anos 2000, no efervescente mundo do etanol brasileiro, os usineiros dividiam-se em dois grupos: os que compravam usinas e os que estavam vendendo suas propriedades. Thompson-Flores é um expoente do primeiro time.
          Em um ano e meio após a fundação, Thompson-Flores comprou oito usinas e anunciou a construção de outras cinco. Nesse período ele investiu perto de 1 bilhão de reais nas aquisições e pretendia gastar mais um bom dinheiro em novos negócios.
          Em maio de 2006, a Infinity captou meio bilhão de dólares na AIM, bolsa alternativa de Londres para companhias nascentes.
          A Infinity é reflexo da atuação de uma legião de investidores estrangeiros a brasileiros ávidos por obter lucros com o crescimento do setor sucroalcooleiro no Brasil, considerado a grande fronteira dos biocombustíveis no mundo. Não era de estranhar, portanto, que estivessem surgindo gigantes no setor da noite para o dia. Entre as novatas estavam a ETH, braço da Odebrecht, e a Brenco, comandada pelo ex-presidente da Petrobras Henri Philippe Reichstul.
          A pretensão era tornar a Infinity uma das maiores produtoras globais de etanol. Para isso, no início de outubro de 2007 a empresa entrou na fila de lançamentos de ações na Bovespa. Mas, logo à frente estaria a crise do subprime pronta parta mudar os planos de muitas empresas.
          Em 2007, com quatro usinas em operação, a Infinity processou aproximadamente 5 milhões de toneladas.
(Fonte: revisa Exame - 24.10.2007)
          

29 de mai. de 2020

Coppel

          No clube de magnatas mexicanos, Carlos Slim é o mais rico, Ricardo Salinas é o mais polêmico - e Enrique Coppel, o mais religioso. Nascido em 1948, Coppel herdou uma pequena rede de varejo regional de seu pai. Ele é responsável por ter transformado a pequena loja numa das maiores empresas do país.
          Enrique Coppel tempera seu sucesso nos negócios com altas doses de fé. Ele constrói igrejas, contribui para programas de formação de padres e financia uma escola da Opus Dei, uma das vertentes mais conservadoras do catolicismo. Nos últimos anos da década de 2000, empenhou-se em erguer uma cidade privada. Entre os critérios para fazer parte dessa comunidade estão os fortes vínculos familiares e a dedicação à religião. Diante de tamanha devoção, Coppel recebeu do papa João Paulo II a ordem de Cavaleiro de São Gregório Magno - uma das maiores homenagens concedidas pelo Vaticano, que dá a seu beneficiário o direito de andar a cavalo dentro da Basílica de São Pedro.
          A rede de varejo especializado Coppel, que vende móveis, eletrodomésticos, roupas e calçados, tem como clientes, na maioria, consumidores das classes C e D. Seu modelo de negócios se baseia em lojas mais amplas e mais bem decoradas que as de seus principais concorrentes - as redes Elektra e Famsa. "Muitos mexicanos de classe baixa vão para a Coppel no fim de semana para passear", diz o executivo de um dos maiores fornecedores da empresa.
          O principal atrativo da Coppel, porém, está em seu sistema de financiamento de mercadorias. Mais de 80% das vendas são realizadas dessa forma. A empresa é conhecida como a mais agressiva na oferta de crédito. Em muitos casos, basta ter a indicação de um cliente da rede para obter um cartão de crédito.
          No início de 2009, Enrique Coppel passou a canalizar seus esforços para um novo projeto: a expansão de sua empresa no Brasil. Numa primeira fase, a empresa abriria até cinco lojas em Curitiba, no Paraná. Numa segunda etapa, seu objetivo era comprar uma cadeia de varejo local.
          Mesmo antes de Coppel se manifestar sobre seu projeto no Brasil, as primeiras iniciativas já haviam saído do papel. A empresa contratou 70 brasileiros. A maioria já estava treinando no México e deveriam voltar ao Brasil no fim do ano (2009). A preparação desse grupo consistia, basicamente, em participar do dia-a-dia da empresa. Portanto, todos os empregados têm de realizar tarefas como ajudar a cobrar consumidores inadimplentes e carregar os caminhões de entrega da rede.
          Ao mesmo tempo, uma equipe de executivos buscava pontos-de-venda para instalar as primeiras lojas em Curitiba. Em uma terceira frente, a empresa se esforçou para trazer ao Brasil o Bancoppel, instituição financeira criada em 2007 para fornecer crédito aos clientes de sua rede de varejo.
          Em fevereiro de 2009, a Coppel fez o primeiro contato com o Banco Central para informar suas intenções. O maior problema enfrentado pela empresa até então era o registro de sua marca no Brasil. A varejista paulista de colchões Copel tentava impedir o uso do nome Coppel pelos mexicanos. O caso era analisado pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
          Os investimentos da Coppel no Brasil ficaram restritos aos estados do Paraná e Santa Catarina. Mesmo assim, foram abertas mais de 20 lojas. Em 2017, porém, a empresa passa a imprimir forte ritmo de fechamento de lojas, dentro da estratégia de encerrar operações que não estavam dando retorno. A loja da capital catarinense, Florianópolis, por exemplo, não chegou a durar um ano. Outro motivo que levou o grupo a encerrar investimentos no Brasil seria o alto índice de inadimplência registrado nas suas unidades.
          Mesmo tendo circulado informações sobre sua saída definitiva do Brasil, a rede Coppel mantém pelo menos uma loja em Curitiba, localizada em frente ao shopping das Américas.
          Com mais de 750 lojas, em sua grande maioria no México, a rede Coppel tem sede em Culiacán, Sinaloa, Mexico.
(Fonte: revista Exame - 25.03.2009 / Diário Popular do Paraná - 05.06.2017)

27 de mai. de 2020

IABAS

          O IABAS -  Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde foi fundado em 2008. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, qualificada como Organização Social de Saúde habilitado a atuar na administração de projetos e prestação de serviços na área da saúde por intermédio de convênios e contratos.
          O instituto é certificado pela Comissão de Qualificação de Organizações Sociais (Coquali) em diferentes estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Maranhão, além de municípios como São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória, Mogi das Cruzes, Uberaba, Franca e Mauá, entre outros.
          Em São Paulo, o instituto está presente na Zona Norte e no Centro em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, gerenciando unidades e serviços de saúde. Entre elas, estão Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Unidades de Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e Prontos-Socorros (PS).
          Em Mato Grosso do Sul, o IABAS atua, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde, nas ações de regulação inter-hospitalar de Urgências e Emergências no estado. A organização atua no atendimento de solicitações de regulação e treinamento de profissionais para a utilização do sistema.
          No Rio de Janeiro, o IABAS desenvolve parceria com a Secretaria de Estado da Saúde para administrar o Hospital Adão Pereira Nunes. Além de realizar a gestão de três Unidades de Pronto Atendimento (UPA) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde.
          O IABAS conta com mais de nove mil colaboradores no Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso do Sul.
          Em março de 2020, o Iabas foi escolhido para construir e gerir sete dos nove hospitais de campanha contratados pelo governo do estado do Rio de Janeiro para enfrentar a pandemia da Covid-19. O prazo de conclusão prometido para abril não foi cumprido. Segundo o Iabas, o atraso na entrega dos hospitais ocorreu “por motivos alheios à vontade” do instituto. “Os problemas de entrega foram ocasionados por diversos problemas, como dificuldades burocráticas, legais e jurídicas; obras não previstas originalmente; dificuldade na contratação de pessoal; precariedade de acesso para os locais escolhidos; violência nas vias de acesso; e mudanças pontuais no plano técnico dos leitos por parte da SES [Secretaria de Estado de Saúde]”, disse o Iabas em nota.
          Na manhã do dia 26 de maio de 2020, a Polícia Federal deflagrou a Operação Placebo, que tem por finalidade a apuração dos indícios de desvios de recursos públicos destinados ao atendimento do estado de emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus (Covid-19), no Estado do Rio de Janeiro. A operação fez buscas de informações relacionadas ao governador Wilson Witzel e também no Iabas.
(Fonte: site da instituição / Agência Brasil - 19.05.2020 / site PF - 26.05.2020 - partes)