Durante o Império, com os planos de expansão territorial fracassados, restou a D. João VI se concentrar na primeira - e mais ambiciosa - de suas tarefas: mudar o Brasil para reconstruir nos trópicos o sonhado império americano de Portugal. Nesse caso, as novidades começaram a aparecer num ritmo
alucinante e teriam grande impacto no futuro do país.
Na escala de Salvador, em 1808, a decisão mais importante havia sido a abertura dos portos. Na chegada ao Rio de Janeiro, foi a concessão de liberdade de comércio e indústria manufatureira no Brasil. A medida, anunciada no dia 1º de abril, revogava um alvará de 1785, que proibia a fabricação de qualquer produto na colônia. Combinada com a abertura dos portos, representava na prática o fim do sistema colonial. O Brasil libertava-se de três séculos de monopólio português e se integrava ao sistema internacional de produção e comércio como uma nação autônoma.
Livres das proibições, inúmeras indústrias começaram a despontar no território brasileiro. A primeira fábrica de ferro foi criada em 1811, na cidade de Congonhas do Campo, pelo então governador
de Minas Gerais, D. Francisco de Assis Mascarenhas, o conde da Palma.
Três anos mais tarde, já como governador da Província de São Paulo, D. Francisco auxiliaria a construção de outra indústria siderúrgica, a Real Fábrica de São João de Ipanema, em Sorocaba. Em outras regiões foram erguidos moinhos de trigo e fábricas de barcas, pólvora, cordas e tecidos.
A abertura de novas estradas, autorizada por D. João ainda na escala em Salvador, ajudou a romper o isolamento que até então vigorava entre as províncias. Sua construção estava oficialmente proibida por lei desde 1733, com a desculpa de combater o contrabando de ouro e pedras preciosas.
(Fonte: livro 1808 - pág. 189 - Laurentino Gomes)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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20 de out. de 2020
Real Fábrica de São João de Ipanema
Track & Field
A rede Track & Field possui 230 lojas, entre lojas próprias e franquias, espalhadas por 24 estados brasileiro, além de e-commerce. A varejista também faz eventos relacionados a bem-estar e um circuito de corridas de rua.
A companhia faz sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em 26 de outubro de 2020 com o código "TFCO4". Tem como acionistas Tulio Capeline Landin e Ana Cláudia Ferreira de Moura.
(Fonte: Bettha / ValorInveste - 20.10.2020 - partes)
19 de out. de 2020
Lohn Bier
Entre cursos e concursos, durante certo tempo Richard se divertia com a produção caseira, quando a família de sua esposa Tatiani Felisbino Brighenti, também sócia e proprietária, resolveu investir em no novo negócio, e todos compraram a ideia de Richard: produção de cerveja artesanal. O sogro Francisco Felisbino é também sócio proprietário junto com a sua esposa Teresinha, e os filhos Ricardo, responsável pelo financeiro da empresa, e Eduardo, responsável pela administração
geral.
O nome da cervejaria homenageia o sobrenome da matriarca, de origem alemã. A família reuniu ingredientes como profissionalismo, comprometimento, amor e, em janeiro de 2014, as obras da Cervejaria e do Pub Lohn Bier iniciaram. “Nós pesquisamos e vimos que a cerveja artesanal estava em alta, mas mesmo assim, como em qualquer empreendimento, o começo foi complicado. Inicialmente tínhamos capacidade instalada para 16 mil litros e todos colocavam a mão na massa. Até hoje, vou à
roça para buscar a cana, que é ingrediente de uma de nossas cervejas”, conta Francisco.
Em 2019, a cervejaria deixou para trás a identidade tradicional, experimentando, criando, quebrando regras e desafiando padrões. A qualidade e inovação presentes nas cervejas da Lohn estão refletidas nas premiações recebidas pela marca. Nos primeiros 5 anos, a Lohn acumulou mais de 100 medalhas. Destas, 28 pertencem à Carvoeira, que se tornou a cerveja artesanal mais premiada do Brasil em 2017, 2018 e 2019. Assim, a tão premiada Carvoeira também ganhou uma versão em pó de café em parceria com a Ana Terra Café de Criciúma e com grãos Bourbon e Mundo Novo de Minas Gerais.
A marca Lohn Bier cultua o carinho pela região que sedia, o brasão da família se entrelaça no desenho da serra do tabuleiro que é vista das janelas da fábrica. A cervejaria tem 12 rótulos fixos, mais alguns sazonais. Além das próprias cervejas, a cervejaria ainda serve de incubadora para pequenos cervejeiros, como a Cozalinda de Florianópolis e a Amante de Tubarão.
A fábrica possui três divisões: o Pub Lohn, a cozinha industrial e a área de logística. Toda a fábrica foi arquitetada por Tatiani, que além de empreendedora é arquiteta e desenvolveu o projeto e auxiliou na execução.
As cervejas Lohn não possuem conservantes e nem estabilizantes, além disso, elas possuem um ingrediente natural especial: a água. Tão importante quanto os demais ingredientes, a qualidade da água é um fator decisivo na produção de cerveja. São necessários 10 litros de água para a produção de cada litro de cerveja. E na Lohn, ela vem de um poço artesiano ali mesmo, direto do lençol freático.
A Cervejaria Lohn Bier, de Lauro Muller, já conta com distribuidores em toda a região sul catarinense, Florianópolis, Balneário Camboriú, Rio de Janeiro e pela internet em todo o país. Junto à cervejaria tem o Pub Lohn Bier.
(Fonte: Engeplus - 20.10.2015 / site da Lohn Bier / Deleitese.com - 08.04.2014 - partes)
18 de out. de 2020
Cerveja Wäls
Durante oito anos, o foco da cervejaria era produzir o tipo mais convencional de cerveja, a chamada cerveja Pilsen. Além da rede de restaurantes, a cervejaria realizava eventos onde a cerveja era vendida.
Com a abertura do mercado para produtos importados, começaram a chegar no país cervejas mais elaboradas, com sabores e embalagens diferenciadas. A linha de cervejas especiais da Wäls foi lançada no ano de 2008, após longo período de estudos e investimentos. Inspirada nas tradicionais escolas cervejeiras Belga e Tcheca, são produzidos 14 estilos de diferentes cervejas, além da linha sazonal. A Wäls é pioneira na técnica de cervejas refermentadas.
A marca é distribuída, além de Belo Horizonte, em Brasília, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e interior do estado de Minas Gerais.
Em 2014 iniciou-se o projeto de exportação da Wäls, chegando a países como Estados Unidos, Canadá e França.
Todas as expansões industriais possíveis foram realizadas na área em que a empresa está instalada. Novos projetos de expansão não são mais viáveis no local. Foi inaugurada uma fábrica em San Diego na Califórnia para dar continuidade e fortalecimento da marca nos Estados Unidos. As cervejas produzidas naquela unidade iriam fomentar o mercado local, mas parte das cervejas produzidas seria exportada para o Brasil.
A terceira planta de produção da Cervejaria Wäls foi inaugurada em 2016, na cidade turística de Araxá, em Mina Gerais. O arquiteto Gustavo Penna é o responsável pelo projeto do que seria a mais moderna microcervejaria no país, com capacidade de produção estimada de 400 mil litros por mês.
Atualmente, a cervejaria Wäls é mais do que o local de produção dessa bebida tão querida. Em 2017 foi inaugurado o ateliê Wäls um espaço que chegou para complementar a experiência dos clientes ao tomar qualquer um dos rótulos da cervejaria.
No ano de 2008 com o falecimento do cervejeiro e mentor Tácilo Coutinho, José Felipe assumiu a produção de cervejas e passou a ser intitulado de Mestre Cervejeiro da Wäls. "O Tácilo era um gênio, amigo de adolescência do meu pai, Miguel Carneiro, desde os tempos que estudavam música juntos na UFMG. Ele era o verdadeiro Professor Pardal e deixou para nós a herança de nunca ter medo de criar e reinventar", diz José Felipe.
17 de out. de 2020
PointCast
Nos primeiros meses de 1997, especialistas que acompanhavam os negócios no mundo da Internet apontavam o PointCast, empresa de Santa Clara, na Califórnia, como a nova Netscape - aquela que desenvolveu o programa mais popular para navegar na Internet e chegou a ameaçar a Microsoft de Bill Gates.
Em fevereiro de 1996, a PointCast lançou uma nova forma de usar a Internet como veículo para difundir informações e notícias. O sucesso foi tanto que, nesse período, cerca de 1,7 milhão de assinantes no mundo passaram a usar o software da PointCast, distribuído de graça pela Internet.
A ideia embutida nele era simples: em vez de ter-se de ficar horas pesquisando e navegando pela World Wide Web, a coleção de textos, sons e imagens acessíveis por meio de programa como o navegador Netscape, basta estar ligado à Internet e ter no computador o software PointCast. Escolhe-se as publicações e os assuntos que interessam como se fossem canais na televisão. Tudo vai chegando ao micro automaticamente, nos intervalos em que a linha de conexão não é usada. As notícias só são exibidas na tela quando estiverem carregadas na máquina, o que elimina a sensação de lentidão crônica da Web. Além disso, o PointCast podia exibir notícias ou cotações frescas como proteção de tela, nos momentos em que o computador estava ocioso.
O PointCast também inventou um conceito de anúncio animado, com recursos gráficos simples. Por estar em movimento, o anúncio se destacava do texto e atraía a atenção do espectador. O software PointCast já levava ao ar algumas dezenas de comerciais desses por mês.
Por trás desse achado estava Christopher Hasset, um engenheiro então com 34 anos, que trabalhou na Adobe Systems e na Digital Equipament. "Estamos definindo um novo conceito em mídia", disse ele. O faturamento em anúncios ainda era pouco para repor os investimentos na empresa, financiados por capitalistas de risco, que já somavam 48 milhões de dólares.
Mas havia um porém. Em dezembro de 1996, a Microsoft assinou um acordo se comprometendo a distribuir de graça e com destaque o software da PointCast com o novo sistema operacional Windows 97. Ou seja, caso o PointCast se tornasse tão ubíquo quanto o sistema operacional de Bill Gates, o faturamento em anúncios da PointCast deveria aumentar muito. E a empresa teria encontrado um Santo Graal: um modelo de negócios viável para distribuir notícias na Internet.
Não demorou para surgirem rivais apostando nessa ideia. As principais eram BackWeb, NETdelivery, Ifusion e Marimba. A Netscape, rival da Microsoft, escolheu incorporar ao seu popular navegador o programa rival Marimba. Empresas de primeira linha optaram por difundir suas notícias pela PointCast, entre elas Reuter, New York Times, CNN, Time Warner e Wired.
A PointCast queria repetir, com a abertura de seu capital, prevista para maio de 1997, o furor causado nas bolsas pelas ações da Netscape em 1995.
(Fonte: revista Exame - 12.03.1997)
16 de out. de 2020
EDS / HP Enterprise Services
A EDS foi adquirida pela Hewlett-Packard Development Company em 2008 por 13,9 bilhões de dólares. Em 2009 mudou oficialmente de nome para HP Enterprise Services, e em 2010 deixou de existir legalmente. Entretanto o domínio www.eds.com ainda aponta como ativo para HP Enterprise services.
A EDS operava em diversas cidades brasileiras, inicialmente em São Caetano do Sul (dentro das instalações da General Motors), posteriormente transferida para o SMC construído na Cidade de São Bernardo do Campo (atual sede principal no Brasil), São Paulo, ABC Paulista, Araraquara, Rio de Janeiro, Florianópolis e Vitória. Todas as operações passaram para a HP.
Interchange
No início de 1997, a Interchange era dona de um faturamento de 30 milhões de dólares e de quase 50% do mercado brasileiro de comércio e transações eletrônicas.
A Interchange tinha muitos clientes e pouca tecnologia. A americana EDS tinha tecnologia e poucos clientes no Brasil. As duas passaram então a trabalhar juntas.
Quem conduziu o negócio nos Estados Unidos foi Eric Harte, vice-presidente da EDS mundial. Ele fez três viagens ao Brasil para tratar do assunto. Com isso Harte conseguiu um carteira de quase 11.000 clientes da Interchange.
Pelo acordo, a EDS entrou com seu domínio tecnológico e passou a deter 25% do capital da Interchange. Os 75% restantes estavam divididos em partes iguais entre Citibank, Unibanco e banco Real.
(Fonte: revista Exame - 29.01.1997)
15 de out. de 2020
Paes Mendonça Supermercados
(Fonte: revista Exame - 25.07.1990 / 03.03.1993 / 07.05.1997 - partes)