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22 de out. de 2020

Oba Hortifruti (Grupo Fartura de Hortifruti)

          A Oba Hortifruti, do Grupo Fartura de Hortifruti, foi fundada em 1979. A companhia é especializa na venda de alimentos perecíveis, como frutas, legumes e verduras, que respondem por 77% de seu faturamento.
          Em 20 de outubro de 2020, Grupo Fartura protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o prospecto preliminar para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta será primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária, quando os acionistas atuais vendem parte de suas fatias.
          Nos nove primeiros meses deste ano, teve receita líquida de vendas de R$ 1,274 bilhão, com alta de 31,4% sobre igual período do ano passado. O lucro líquido foi de R$ 43,250 milhões, com alta de 66,8%.

          A companhia pretende utilizar os recursos da oferta primária para abertura de lojas; investimento nos canais digitais; e investimento na cadeia de logística.
          Os principais acionistas da empresa são a gestora Crescera (antiga Bozano), com 30%, e os fundadores Carlos Roberto Alves (54,88%) e Raimundo Desidério Alves Caetano (10,50%).
          Considerando dados de outubro de 2020, a Oba Hortifruti opera 56 lojas distribuídas em 14 cidades, situadas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Além dos dois centros de distribuição, conta também com um frigorífico próprio, que entregou uma produção média de 424 toneladas por mês de janeiro a setembro.
          Nos nove primeiros meses de 2020, a empresa teve receita líquida de vendas de R$ 1,274 bilhão.
(Fonte: Valor - 21.10.2020 / InfoMoney - 21.10.2020 - partes)

21 de out. de 2020

Paschoalotto Serviços Financeiros

          A Paschoalotto Serviços Financeiros foi fundada em 1998, em Bauru, interior de São Paulo, por Nelson Paschoalotto. A companhia diz que é especializada na gestão de toda a cadeia de relacionamento das empresas com os seus clientes e líder no Brasil em serviços de recuperação de crédito e cobrança.
          Em 20 de outubro de 2020, a Paschoalotto protocolou na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o prospecto preliminar para a realização de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). A oferta será primária, quando os recursos vão para o caixa da empresa, e secundária, quando os acionistas atuais vendem parte de suas fatias.
          A companhia pretende utilizar os recursos da oferta primária para crescimento em mercados tradicionais e estratégicos, incluindo via fusão e aquisição (50%) e tecnologia e digital (50%).
          Os principais acionistas da empresa são a Paschoalotto Participações, com 61,50%, e GIF V Fundo de Investimento em Participações Multiestratégia, com 37,57%.
          O market share da empresa em serviços de recuperação de crédito e cobrança é estimado em 2020 em 15,9% de acordo com pesquisa realizada pela Oliver Wyman.
          Nos nove primeiros meses deste ano de 2020, a companhia teve receita líquida de R$ 418,3 milhões, com crescimento de 28,0% sobre igual período do ano passado.
(Fonte: Valor Investe - 21.10.2020)

20 de out. de 2020

Real Fábrica de São João de Ipanema

          Durante o Império, com os planos de expansão territorial fracassados, restou a D. João VI se concentrar na primeira - e mais ambiciosa - de suas tarefas: mudar o Brasil para reconstruir nos trópicos o sonhado império americano de Portugal. Nesse caso, as novidades começaram a aparecer num ritmo 
alucinante e teriam grande impacto no futuro do país.
          Na escala de Salvador, em 1808, a decisão mais importante havia sido a abertura dos portos. Na chegada ao Rio de Janeiro, foi a concessão de liberdade de comércio e indústria manufatureira no Brasil.              A medida, anunciada no dia 1º de abril, revogava um alvará de 1785, que proibia a fabricação de qualquer produto na colônia. Combinada com a abertura dos portos, representava na prática o fim do sistema colonial. O Brasil libertava-se de três séculos de monopólio português e se integrava ao sistema internacional de produção e comércio como uma nação autônoma.
          Livres das proibições, inúmeras indústrias começaram a despontar no território brasileiro. A primeira fábrica de ferro foi criada em 1811, na cidade de Congonhas do Campo, pelo então governador 
de Minas Gerais, D. Francisco de Assis Mascarenhas, o conde da Palma.
          Três anos mais tarde, já como governador da Província de São Paulo, D. Francisco auxiliaria a construção de outra indústria siderúrgica, a Real Fábrica de São João de Ipanema, em Sorocaba. Em outras regiões foram erguidos moinhos de trigo e fábricas de barcas, pólvora, cordas e tecidos.
          A abertura de novas estradas, autorizada por D. João ainda na escala em Salvador, ajudou a romper o isolamento que até então vigorava entre as províncias. Sua construção estava oficialmente proibida por lei desde 1733, com a desculpa de combater o contrabando de ouro e pedras preciosas.
(Fonte: livro 1808 - pág. 189 - Laurentino Gomes)

Track & Field

          A empresa varejista Track & Field, fundada em 1988, visa promover o esporte como parte essencial da vida das pessoas e enfatiza que a prática esportiva e a escolha de um estilo de vida saudável, aproxima as pessoas, equilibra e ajuda a conquistar maiores desafios.
          A grife brasileira de moda esportiva vende artigos esportivos, moda praia, calçados e acessórios. A companhia também faz eventos relacionados a bem-estar e um circuito de corridas de rua. Tem a forte concorrência com grandes marcas esportivas internacionais como a Nike e a Adidas.
          A rede Track & Field possui 230 lojas, entre lojas próprias e franquias, espalhadas por 24 estados brasileiro, além de e-commerce. A varejista também faz eventos relacionados a bem-estar e um circuito de corridas de rua.
          A companhia faz sua estreia na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, em 26 de outubro de 2020 com o código "TFCO4". Tem como acionistas Tulio Capeline Landin e Ana Cláudia Ferreira de Moura.
(Fonte: Bettha / ValorInveste - 20.10.2020 - partes)

19 de out. de 2020

Lohn Bier

          A família Lohn sempre empreendeu. Essa característica está na história de vida do empresário Francisco Felisbino, e de seus três filhos - Tatiani, Eduardo e Ricardo Felisbino. Porém, em 2013, idealizaram um sonho que mudaria totalmente o rumo dos seus negócios. A família vendeu todo o investimento, após trinta anos na avicultura, para sediar uma das paixões do marido de Tatiani: Richard Westphal Brighenti - cervejeiro e sommelier de cerveja.
          Foram 18 meses de desenvolvimento da nova empresa, dentre plano de negócios, construção e certificação da cerveja. E em outubro de 2014, deu-se início à venda das Cervejas Lohn.          
          O que era um hobby de produzir cerveja artesanal em casa, virou o maior empreendimento da família. Richard queria gastar o tempo fazendo algo que desse prazer e encontrou na cerveja artesanal o que buscava. “O mais interessante da nossa história é que achávamos que eu tinha sido o primeiro da família a fazer cerveja artesanal, mas descobrimos que minha avó paterna fazia cerveja em casa, encontramos uma receita com a letra dela”, conta Richard.
          Entre cursos e concursos, durante certo tempo Richard se divertia com a produção caseira, quando a família de sua esposa Tatiani Felisbino Brighenti, também sócia e proprietária, resolveu investir em no novo negócio, e todos compraram a ideia de Richard: produção de cerveja artesanal. O sogro Francisco Felisbino é também sócio proprietário junto com a sua esposa Teresinha, e os filhos Ricardo, responsável pelo financeiro da empresa, e Eduardo, responsável pela administração
geral.
          O nome da cervejaria homenageia o sobrenome da matriarca, de origem alemã. A família reuniu ingredientes como profissionalismo, comprometimento, amor e, em janeiro de 2014, as obras da Cervejaria e do Pub Lohn Bier iniciaram. “Nós pesquisamos e vimos que a cerveja artesanal estava em alta, mas mesmo assim, como em qualquer empreendimento, o começo foi complicado. Inicialmente tínhamos capacidade instalada para 16 mil litros e todos colocavam a mão na massa. Até hoje, vou à
roça para buscar a cana, que é ingrediente de uma de nossas cervejas”, conta Francisco.
          Aos poucos as características alemãs, herdadas da origem do sobrenome Lohn, foram dando lugar para mais liberdade e desprendimento dos tradicionais protocolos de escolas cervejeiras, com dezenas de rótulos demostrando a personalidade da cervejaria. Essa liberdade de sabores levou a marca Lohn para diversos estados e até países, chegando a exportar para dois continentes.
          Em 2019, a cervejaria deixou para trás a identidade tradicional, experimentando, criando, quebrando regras e desafiando padrões. A qualidade e inovação presentes nas cervejas da Lohn estão refletidas nas premiações recebidas pela marca. Nos primeiros 5 anos, a Lohn acumulou mais de 100 medalhas. Destas, 28 pertencem à Carvoeira, que se tornou a cerveja artesanal mais premiada do Brasil em 2017, 2018 e 2019. Assim, a tão premiada Carvoeira também ganhou uma versão em pó de café em parceria com a Ana Terra Café de Criciúma e com grãos Bourbon e Mundo Novo de Minas Gerais.
          Tatiani e Richard são convictos do trabalho e carinho que possuem pelo seu negócio. Como brincadeira, afirmam que produzem a cerveja para beber e o restante vendem, mas é essa qualidade exigida por eles que está refletindo nos prêmios, que um a um vão sendo conquistados.
          Do sopé da serra catarinense ao mundo cervejeiro. Localizada aos pés de um dos mais belos cartões postais do Brasil - a Serra do Rio do Rastro -, a Lohn Bier se encontra na divisa das cidades de Orleans e Lauro Müller, ao sul de Santa Catarina.
           Com uma estrutura de 2.000 metros quadrados, a cervejaria abriga um pub cuja parede de vidro o divide dos tanques de fermentação, proporcionando uma bela mostra do processo de fabricação das cervejas Lohn Bier aos visitantes. O Pub possui uma decoração rústica, com um balcão longo onde as torneiras de chope e as geladeiras estão expostas, e dois salões de mesas para almoço, jantar e Happy Hour. Junto ao pub há a loja Lohn onde pode-se adquirir as cervejas da Lohn e outros rótulos produzidos pela fábrica. Também podem ser adquiridos acessórios, copos e demais utensílios da marca.
          A marca Lohn Bier cultua o carinho pela região que sedia, o brasão da família se entrelaça no desenho da serra do tabuleiro que é vista das janelas da fábrica. A cervejaria tem 12 rótulos fixos, mais alguns sazonais. Além das próprias cervejas, a cervejaria ainda serve de incubadora para pequenos cervejeiros, como a Cozalinda de Florianópolis e a Amante de Tubarão.
          A fábrica possui três divisões: o Pub Lohn, a cozinha industrial e a área de logística. Toda a fábrica foi arquitetada por Tatiani, que além de empreendedora é arquiteta e desenvolveu o projeto e auxiliou na execução. 
          No pub, uma janela vitrine está voltada para uma das áreas mais importantes da fábrica: a cozinha. Desta janela é possível ver onde a mágica acontece, as panelas para o preparo de cada receita e os tanques de maturação e fermentação das cervejas. Cada tipo de cerveja possui um tempo de preparo diferente, quanto mais ingredientes mais tempo de maturação. Por exemplo, a Pilsen é a cerveja de preparação mais rápida dos estilos fabricados, com apenas 18 dias de tanque ela está pronta para o consumo, enquanto a Quadruppel, com 4 vezes mais ingredientes, precisa de 60 dias de tanque. Anexo à cozinha há a sala de manipulação e laboratório de receitas, as salas de envase e pasteurização de garrafas e de tonéis de chope, e toda a área de logística com depósitos, câmaras frias e lavações.
          As cervejas Lohn não possuem conservantes e nem estabilizantes, além disso, elas possuem um ingrediente natural especial: a água. Tão importante quanto os demais ingredientes, a qualidade da água é um fator decisivo na produção de cerveja. São necessários 10 litros de água para a produção de cada litro de cerveja. E na Lohn, ela vem de um poço artesiano ali mesmo, direto do lençol freático.
          A Cervejaria Lohn Bier, de Lauro Muller, já conta com distribuidores em toda a região sul catarinense, Florianópolis, Balneário Camboriú, Rio de Janeiro e pela internet em todo o país. Junto à cervejaria tem o Pub Lohn Bier.
(Fonte: Engeplus - 20.10.2015 / site da Lohn Bier / Deleitese.com - 08.04.2014 - partes)

18 de out. de 2020

Cerveja Wäls

          A empresa foi fundada em 1.999 por Miguel Carneiro, em Belo Horizonte, com a produção de refrigerantes e sucos para restaurantes da família. No início de 2000, os irmãos José Felipe e Tiago Carneiro, filhos de Miguel, decidiram criar a Cervejaria Wäls, uma microcervejaria, na capital mineira, onde começaram a fazer cervejas especiais.
          Os irmãos começaram a trabalhar bem jovens. Ainda no início da empreitada, viam como brincadeira entrar no tanque de fervura e realizar uma limpeza interna. Somente aos 19 anos José Felipe começou a trabalhar na parte de marketing da empresa. Anos depois passou a ser responsável pela pela produção.
          Durante oito anos, o foco da cervejaria era produzir o tipo mais convencional de cerveja, a chamada cerveja Pilsen. Além da rede de restaurantes, a cervejaria realizava eventos onde a cerveja era vendida.
          Com a abertura do mercado para produtos importados, começaram a chegar no país cervejas mais elaboradas, com sabores e embalagens diferenciadas. A linha de cervejas especiais da Wäls foi lançada no ano de 2008, após longo período de estudos e investimentos. Inspirada nas tradicionais escolas cervejeiras Belga e Tcheca, são produzidos 14 estilos de diferentes cervejas, além da linha sazonal. A Wäls é pioneira na técnica de cervejas refermentadas.
          A marca é distribuída, além de Belo Horizonte, em Brasília, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro e interior do estado de Minas Gerais.
          Em 2014 iniciou-se o projeto de exportação da Wäls, chegando a países como Estados Unidos, Canadá e França.
          Todas as expansões industriais possíveis foram realizadas na área em que a empresa está instalada. Novos projetos de expansão não são mais viáveis no local. Foi inaugurada uma fábrica em San Diego na Califórnia para dar continuidade e fortalecimento da marca nos Estados Unidos. As cervejas produzidas naquela unidade iriam fomentar o mercado local, mas parte das cervejas produzidas seria exportada para o Brasil.
          A terceira planta de produção da Cervejaria Wäls foi inaugurada em 2016, na cidade turística de Araxá, em Mina Gerais. O arquiteto Gustavo Penna é o responsável pelo projeto do que seria a mais moderna microcervejaria no país, com capacidade de produção estimada de 400 mil litros por mês.
          Atualmente, a cervejaria Wäls é mais do que o local de produção dessa bebida tão querida. Em 2017 foi inaugurado o ateliê Wäls um espaço que chegou para complementar a experiência dos clientes ao tomar qualquer um dos rótulos da cervejaria.
          No ano de 2008 com o falecimento do cervejeiro e mentor Tácilo Coutinho, José Felipe assumiu a produção de cervejas e passou a ser intitulado de Mestre Cervejeiro da Wäls. "O Tácilo era um gênio, amigo de adolescência do meu pai, Miguel Carneiro, desde os tempos que estudavam música juntos na UFMG. Ele era o verdadeiro Professor Pardal e deixou para nós a herança de nunca ter medo de criar e reinventar", diz José Felipe.
          José Felipe é formado em marketing e em relações públicas, e tem formação como técnico cervejeiro pelo Senai de Vassouras. Tiago é formado em engenharia de alimentos. Na cervejaria, Tiago é o responsável por toda área de administração e vendas. "A cerveja é apaixonante , ainda mais quando se produz", diz José Felipe.
(Fonte: Homini Lúpulo - 04.02.2020 / Wikipédia - partes)

17 de out. de 2020

PointCast

          Nos primeiros meses de 1997, especialistas que acompanhavam os negócios no mundo da Internet apontavam o PointCast, empresa de Santa Clara, na Califórnia, como a nova Netscape - aquela que desenvolveu o programa mais popular para navegar na Internet e chegou a ameaçar a Microsoft de Bill Gates.
          Em fevereiro de 1996, a PointCast lançou uma nova forma de usar a Internet como veículo para difundir informações e notícias. O sucesso foi tanto que, nesse período, cerca de 1,7 milhão de assinantes no mundo passaram a usar o software da PointCast, distribuído de graça pela Internet.
          A ideia embutida nele era simples: em vez de ter-se de ficar horas pesquisando e navegando pela World Wide Web, a coleção de textos, sons e imagens acessíveis por meio de programa como o navegador Netscape, basta estar ligado à Internet e ter no computador o software PointCast. Escolhe-se as publicações e os assuntos que interessam como se fossem canais na televisão. Tudo vai chegando ao micro automaticamente, nos intervalos em que a linha de conexão não é usada. As notícias só são exibidas na tela quando estiverem carregadas na máquina, o que elimina a sensação de lentidão crônica da Web. Além disso, o PointCast podia exibir notícias ou cotações frescas como proteção de tela, nos momentos em que o computador estava ocioso.
          O PointCast também inventou um conceito de anúncio animado, com recursos gráficos simples. Por estar em movimento, o anúncio se destacava do texto e atraía a atenção do espectador. O software PointCast já levava ao ar algumas dezenas de comerciais desses por mês.
          Por trás desse achado estava Christopher Hasset, um engenheiro então com 34 anos, que trabalhou na Adobe Systems e na Digital Equipament. "Estamos definindo um novo conceito em mídia", disse ele. O faturamento em anúncios ainda era pouco para repor os investimentos na empresa, financiados por capitalistas de risco, que já somavam 48 milhões de dólares.
          Mas havia um porém. Em dezembro de 1996, a Microsoft assinou um acordo se comprometendo a distribuir de graça e com destaque o software da PointCast com o novo sistema operacional Windows 97. Ou seja, caso o PointCast se tornasse tão ubíquo quanto o sistema operacional de Bill Gates, o faturamento em anúncios da PointCast deveria aumentar muito. E a empresa teria encontrado um Santo Graal: um modelo de negócios viável para distribuir notícias na Internet.
          Não demorou para surgirem rivais apostando nessa ideia. As principais eram BackWeb, NETdelivery, Ifusion e Marimba. A Netscape, rival da Microsoft, escolheu incorporar ao seu popular navegador o programa rival Marimba. Empresas de primeira linha optaram por difundir suas notícias pela PointCast, entre elas Reuter, New York Times, CNN, Time Warner e Wired.
          A PointCast queria repetir, com a abertura de seu capital, prevista para maio de 1997, o furor causado nas bolsas pelas ações da Netscape em 1995.
(Fonte: revista Exame - 12.03.1997)

16 de out. de 2020

EDS / HP Enterprise Services

          A americana EDS, acrônimo de Electronic Data Systems Corporation, foi fundada em 27 de junho de 1962 por Ross Perot com um investimento inicial de mil dólares. Tinha sua sede em Plano, distrito de Dallas, Texas, nos Estados Unidos.
          Criadora do conceito de outsourcing, a EDS é provedora de soluções para os clientes que buscam extrair retorno de seus investimentos em TI, sendo mundialmente conhecida como a maior companhia de serviços em outsourcing. A EDS atende empresas multinacionais e governamentais em 60 países.
          Iniciou suas atividades alugando um mainframe IBM 7070 da companhia de seguros Southwestern Life. Dois meses depois a EDS consegue seu primeiro cliente: a Collins Radio de Cedar Rapids, Iowa. A empresa enviava fitas e dados para serem processados pela EDS em Dallas. Betty Taylor e Tom Marquez, os primeiros funcionários da EDS trabalharam nessa conta.
          Em 1984, a EDS foi adquirida pela General Motors mas voltou a ser uma empresa independente em 1996.
          No início de junho de 1995, a EDS anunciou a compra da A.T. Kearney, uma das maiores empresas de consultoria em gestão dos Estados Unidos. O valor da transação foi 600 milhões de dólares. No Brasil, a empresa passou a atuar, por exemplo, no setor de administração de cartões de crédito para bancos. A filial brasileira era comandada pelo executivo paranaense Luiz Roberto Martins, que trocou a vice-presidência comercial do Lloyds Bank pela EDS em novembro de 1994.
          Em 1996, num mercado extremamente pulverizado, a EDS se destacou. A joia de sua coroa: os cartões Visa. A EDS ganhou o contrato do ano, o da implantação e manutenção da Visanet, a rede informatizada que reúne 16 bancos, atende 320.000 lojistas e processa 8 milhões de cartões de crédito.
          A EDS despontava em 1996, como a maior companhia de terceirização de serviços de informática do mundo.
          No início de 1997, a Interchange era dona de um faturamento de 30 milhões de dólares e de quase 50% do mercado brasileiro de comércio e transações eletrônicas. A Interchange tinha muitos clientes e pouca tecnologia. A EDS tinha tecnologia e poucos clientes no Brasil. As duas passaram então a trabalhar juntas. Quem conduziu o negócio nos Estados Unidos foi Eric Harte, vice-presidente da EDS mundial. Ele fez três viagens ao Brasil para tratar do assunto. Com isso Harte conseguiu uma carteira de quase 11.000 clientes da Interchange. Pelo acordo, a EDS entrou com seu domínio tecnológico e passou a deter 25% do capital da Interchange. Os 75% restantes estavam divididos em partes iguais entre Citibank, Unibanco e banco Real.
          Em meados de 2001, então com faturamento anual próximo a 20 bilhões de dólares, a EDS ampliou o investimento no Brasil. Em 21 de agosto de 2021, inaugurou em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, um novo centro de gerenciamento de serviços, orçado em 25 milhões de dólares. A unidade tinha por objetivo atender todos os clientes da América Latina.
          A EDS foi adquirida pela Hewlett-Packard Development Company em 2008 por 13,9 bilhões de dólares. Em 2009 mudou oficialmente de nome para HP Enterprise Services, e em 2010 deixou de existir legalmente. Entretanto o domínio www.eds.com ainda aponta como ativo para HP Enterprise services.
          A EDS operava em diversas cidades brasileiras, inicialmente em São Caetano do Sul (dentro das instalações da General Motors), posteriormente transferida para o SMC construído na Cidade de São Bernardo do Campo (atual sede principal no Brasil), São Paulo, ABC Paulista, Araraquara, Rio de Janeiro, Florianópolis e Vitória. Todas as operações passaram para a HP.
(Fonte: Wikipédia / revista Exame - 16.08.1995 / 25.09.1996 / 01.01.1997 / 29.01.1997 - partes)

Interchange

          No início de 1997, a Interchange era dona de um faturamento de 30 milhões de dólares e de quase 50% do mercado brasileiro de comércio e transações eletrônicas.
          A Interchange tinha muitos clientes e pouca tecnologia. A americana EDS tinha tecnologia e poucos clientes no Brasil. As duas passaram então a trabalhar juntas.
          Quem conduziu o negócio nos Estados Unidos foi Eric Harte, vice-presidente da EDS mundial. Ele fez três viagens ao Brasil para tratar do assunto. Com isso Harte conseguiu um carteira de quase 11.000 clientes da Interchange.
          Pelo acordo, a EDS entrou com seu domínio tecnológico e passou a deter 25% do capital da Interchange. Os 75% restantes estavam divididos em partes iguais entre Citibank, Unibanco e banco Real.
(Fonte: revista Exame - 29.01.1997)