O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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9 de nov. de 2020
Isolux (Grupo Corsán)
5 de nov. de 2020
Celulose Irani
Para um estudo de viabilização, os diretores da vinícola, Galeazzo Paganelli e José Moraes Vellinho resolveram enviar um emissário em busca de pinheirais nos estados do Paraná e de Santa Catarina. Essa tarefa foi atribuída a Alfredo Fedrizzi, homem de confiança que durante onze anos provara sua dedicação e sua habilidade na sociedade Vinícola Rio Grandense.
Na madrugada de um dia de inverno em 1940, Alfredo Fedrizzi como líder da expedição, acompanhado de Paulo Pasquali e dos técnicos em araucária João Turra e Emílio Tedesco, partiu rumo ao Oeste de Santa Catarina e posteriormente ao Paraná. A missão do grupo era reconhecer duas fazendas oferecidas à Vinícola Rio Grandense para construir a fábrica de papel.
O local escolhido foi a Fazenda São João do Irani, no município de Cruzeiro do Sul, em Santa Catarina. Faltava implantar a fábrica. Tarefa difícil, pois na região não havia estradas. O último marco de civilização era Vargem Bonita a 25 quilômetros de distância.
No início de 1941, em Campina da Anta (local da Fazenda São João do Irani), Fedrizzi construiu o primeiro rancho de madeira lascada a machado à beira do Rio da Anta, pequeno afluente do Rio do Mato. Segundo relatos, Fedrizzi gostava muito de batizar os locais e os animais e por isso mudou o nome do local para Campina da Alegria, nome usado até hoje. Na mesma época, iniciou, à base de pás, picaretas e carrinho de mão a construção de uma estrada de 25 quilômetros, em plena mata fechada. Após 10 meses de trabalho a estrada estava pronta com dois metros de largura.
Em 6 de junho de 1941, depois de grande jornada, Fedrizzi fez surgir a fábrica de papel que recebeu o nome de Celulose Irani Ltda. A construção do primeiro prédio da Celulose Irani iniciou em 1942, ano em que a olaria já estava em funcionamento. Além dos tijolos, a olaria fornecia telhas e a serraria, as madeiras para a construção da fábrica. Em 1942 foram instalados os primeiros equipamentos industriais: um britador com acionamento hidráulico, as primeiras caldeiras “J. Martins” e a primeira máquina a vapor para geração de energia.
Após o atraso por causa da guerra, em 1943 foi instalado o primeiro desfibrador a vapor para a fabricação da primeira pasta mecânica. No final de 1943 e início de 1944, foi montada ao lado das caldeiras, outra máquina a vapor chamada Béllis. Era uma máquina usada em navio. Essa máquina, além de fornecer energia para a fábrica, tocava dois geradores que acionariam mais tarde, a primeira máquina de papel.
Como curiosidade, em 1943 a temperatura baixou para 12 graus negativos. Os tijolos então, muito úmidos com o frio, desmanchavam-se, esfarelavam-se, era preciso fabricá-los novamente. Na olaria, no inverno, o sol chegava à tarde. A sua volta havia apenas mata virgem. Em 1944 iniciou a produção de papel com a utilização da Máquina de Papel número I, inaugurada por Nereu Ramos, então governador do Estado de Santa Catarina. A fábrica começou o seu funcionamento sem produzir celulose, usando papéis velhos e pasta mecânica.
O primeiro papel, feito com celulose importada e pasta mecânica, foi vendido à Editora Globo, que imprimiu com ele o romance “Um olhar para a Vida”, de Maria Luiza Cordeiro.
Em 1945, depois de uma visita de “associados” da empresa, Alfredo Fedrizzi iniciou a construção de uma represa e de uma usina de geração de energia no Salto Flor do Mato, em Campina da Alegria.
Nessa época a energia elétrica era gerada por uma termoelétrica própria, acionada à lenha que produzia vapor para abastecer a indústria.
A maior parte do papel produzido na época era levada para a cortadeira. O restante, para a rebobinadeira Cavalari (máquina italiana para fazer bobinas). Na cortadeira, os papéis eram cortados em vários formatos, e, após esse processo passavam pela sala de escolha, onde eram contados em resmas. Depois de embalados, seguiam para as prensas e formavam fardos de aproximadamente 150 quilos cada.
Os papéis eram transportados até Cruzeiro do Sul (atual Joaçaba), onde a empresa mantinha um depósito às margens da ferrovia São Paulo – Rio Grande. O papel ficava no depósito e depois, de trem, era distribuído para os centros consumidores do país.
Em 1947, foi iniciada a construção do prédio onde seria montada a primeira autoclave de cavacos. O prédio foi construído totalmente de pedras por funcionários da Irani como Antonio Sella, Antonio Silvestrim, Ernesto Prigol, João Panizza, Silvalino e outros. Todos profissionais no manejo de pedras.
Em 1948, o Departamento de Águas do Ministério da Agricultura era encarregado de fiscalizar a obra. O engenheiro Waldemar de Carvalho deslocou-se do Rio de Janeiro para Campina da Alegria. Ao chegar ao salto, vendo a paisagem cheia de árvores e com muitas flores silvestres, logo percebeu a analogia com Flor de Maria (esposa de Alfredo Fedrizzi). Em sua homenagem registrou o salto (todas as quedas d’água que serviriam para a geração de energia deveriam ter um nome de registro) com o nome Flor do Mato, em homenagem à sua anfitriã. Também em 1948, a Celulose Irani encerrou a fabricação de papel com celulose importada.
Em 1949, a Usina Flor do Mato já gerava a capacidade necessária para a fábrica e para as casas dos operários em Campina da Alegria. Até então, a energia elétrica provinha de um locomóvel (máquina a vapor sobre rodas). Nessa época, foi contratado o primeiro técnico e especialista na fabricação de celulose e ácido, Max Erold. Segundo Erold, ele foi o primeiro fabricante de celulose no Brasil. Cada cozimento de celulose durava até 12 horas para 80 metros cúbicos de cavacos.
Em depoimento a Wálmaro Paz, Fedrizzi relata: “Construímos as autoclaves e a barragem no Salto Flor do Mato, onde instalamos dois grupos de geradores com capacidade de três mil quilowatts. Mais tarde, no Rio Irani, em São Luiz do Irani, construímos outra hidroelétrica com o dobro de capacidade. Então ficamos com uma boa potência hidroelétrica instalada”.
Em 1953 iniciou a construção da Máquina de Papel II. Toda a escavação do local foi feita manualmente com pás e picaretas. A montagem foi feita pelos funcionários da Irani, Artur Jonson e os mecânicos Protásio Dosciatti, Silvio Zanonatto, Vitório Zanonnatto, Nelson Varaschim, Alcides Maestri e outros auxiliares. Em 1954, foi montada a Máquina III, que produzia celulose para ser vendida para outras empresas.
Em 1957, no início da fabricação de celulose, não havia depósitos e por isso os picadores de madeira eram montados dentro dos barracões. Os cavacos eram transportados até os silos por meio de uma tubulação rústica com um ventilador. Quando os silos ficavam cheios, os picadores paravam.
Mais tarde, com novas técnicas, os picadores foram instalados no pátio de madeiras, e o depósito de lascas de madeira ficou ao ar livre.
Em 1958, o escritório da empresa foi instalado em Vargem Bonita. No início de 1960, a área florestal da Irani começou a ser estabelecida, com sementes de pinus provenientes da Georgia, nos Estados Unidos. As mudas foram produzidas, no viveiro da empresa desde essa época. Inicialmente o preparo do solo era manual e, a partir de 1972, passou a ser mecanizado.
A maior parte do papel produzido na época era levada para a cortadeira. O restante, para a rebobinadeira Cavalari (máquina italiana para fazer bobinas). Na cortadeira, os papéis eram cortados em vários formatos e, após esse processo passavam pela sala de escolha, onde eram contados em resmas. Depois de embalados, seguiam para as prensas e formavam fardos de aproximadamente 150 quilos cada.
Os papéis eram transportados até Cruzeiro do Sul (atual Joaçaba), onde a empresa mantinha um depósito às margens da ferrovia São Paulo – Rio Grande. O papel ficava no depósito e depois, de trem, era distribuído para os centros consumidores do país.
Os anos 1960 foram marcados pelo frio intenso. Em 1965, a neve que caiu chegou a formar 20 centímetros de gelo. A população da Vila Campina da Alegria nessa década era de 5 mil habitantes. Em
1967, caiu em Campina da Alegria a maior nevasca registrada na comunidade.
Em 1970 depois de mais de 30 anos dedicados à Celulose Irani S.A., Alfredo Fedrizzi decide passar o cargo de administrador da fábrica para Edgar Fedrizzi. Os filhos, estavam todos casados e moravam longe, quase todos no Rio Grande do Sul. Vieram os netos. Muito apegado à família, Alfredo e sua esposa Flor de Maria resolveu mudar-se para Caxias do Sul, após serem homenageados pelos moradores de Campina da Alegria.
A preocupação com o meio ambiente já existia desde os primeiros anos da Irani. No início do funcionamento da fábrica de celulose Alfredo não permitiu o desmatamento. Procurava comprar aparas de madeira das serrarias existentes na região e recolher pontas de pinheiros abandonadas no mato. Muito antes de existirem leis federais que impunham a plantação de novos pinheiros para cada abate, a Celulose Irani por iniciativa de Alfredo criou um viveiro de mudas de araucária e de espécies exóticas (Pinus Insignes – pinheiro do Chile). As mudas de Pinus Insignes vindas de São Paulo não conseguiram se adaptar ao clima local. Por isso, Alfredo apostou nas mudas de Pinus elliottii e taeda, que se aclimaram muito bem à região e que teriam sido as primeiras de Santa Catarina. Nessa época, reflorestamentos com Pinus elliottii e taeda começaram a ser implantados também na Serra Catarinense, pela Olinkraft.
Em 1975, a Irani inicia a montagem da quarta máquina de papel. Fabricada pela Voith para produzir papel FineKraft e FlashKraft, a MP IV ficou pronta em 1976, produzindo papel com uma velocidade de 80m/min. Também em 1975 é realizada a primeira colheita de madeira.
O governo do Estado de Santa Catarina construiu um colégio num terreno doado pela empresa. Uma nova igreja foi concluída ainda na gestão de Alfredo. O velho armazém de madeira foi substituído por um moderno prédio de alvenaria em frente à praça e por uma quadra de futebol de salão. Pouco
antes de a família Fedrizzi sair de Campina da Alegria, já havia terminado a construção de um pequeno, mas moderno hospital, ao lado da igreja, cujo nome era Hospital Flor de Maria. Hoje no local há um Posto de Saúde.
A partir de 1980, o desbaste sistemático de madeira passou a ser seletivo e terceirizado. Nessa mesma época, os caminhões utilizados no transporte da madeira começaram a ser traçados e o carregamento mecanizado, sendo terceirizado no final dessa década.
Em 1982 são concluídas a fábrica de pasta químico-mecânica e a instalação da segunda Pequena Central Hidroelétrica (PcH) – Cristo Rei, localizada no município de Ponte Serrada (SC).
Em 1994, o Grupo Habitasul de Participações S.A. assume o controle acionário da Celulose Irani S.A., dando início a um grande ciclo de crescimento.
Fundada por Péricles de Freitas Druck, a Habitasul apresenta como principais áreas de atuação desenvolvimentos imobiliários e hotelaria e turismo, e tem como holding a CHP - Companhia Habitasul de Participações -, com ações negociadas na bolsas de valores. De origem gaúcha, a Habitasul mantém seu escritório central em Porto Alegre.
Os móveis são fabricados sob encomenda para exportação. A divisão móveis tem capacidade instalada para produzir até 800 metros cúbicos mensais. Utiliza como matéria-prima básica madeira de reflorestamento, manejada de acordo com os padrões e as exigências internacionais de preservação ambiental. O perfil da produção é composto por linhas de dormitórios, salas e móveis auxiliares de madeira maciça, atendendo a exigentes mercados mundiais.
Em 2000, a Máquina de Papel número I passa por uma grande reforma. São instalados dois grupos de secagem e dupla filtragem na primeira prensa e um Klupack (equipamento que deixa o papel extensível, corrugado muito utilizado para sacarias pesadas como na indústria de cimento). Nesse
mesmo ano, são inauguradas a Máquina de Papel número V e a Unidade Fabril Embalagem SC, em Campina da Alegria.
Em setembro de 2002, é incorporada aos negócios da Irani, a Unidade Fabril – Madeiras no Rio Grande do Sul, em São José do Norte.
As unidades madeireiras da Irani (uma localizada em Vargem Bonita e outra em São José do Norte) produziam madeiras exclusivamente para atender demandas da fábrica de móveis em Rio Negrinho e para a exportação e mercado interno, respectivamente.
Em 2004 é criado o departamento de Gestão Ambiental, visando o plano de desenvolvimento de projetos de melhoria ambiental.
A Empresa conquista a aprovação do Instituto Adolfo Lutz para comercializar soluções de embalagens apropriadas para manter contato direto com alimento, o que assegura a presença de produtos com a marca Irani em grandes redes de fast food e padarias. Em 2004, a Irani já estava presente no mercado internacional, em países da Europa, Ásia, África e nos Estados Unidos
A Irani inaugura no dia 2 de junho de 2008, a nova unidade fabril de embalagem de papelão ondulado em Indaiatuba (SP).
Em 2010, a empresa decide encerrar as operações da unidade móveis, em Rio Negrinho e atuar somente na comercialização de móveis por meio da loja digital Meu Móvel de Madeira. Em 2012, após
seis anos da criação da marca Meu Móvel de Madeira e da loja digital, a Irani decide vender a subsidiária para Ronald Heinrichs, ex-diretor de negócio móveis que integrou a Celulose Irani de 2009 a 2012. A MMM, hoje é uma referência no e-commerce de móveis sustentáveis.
A Celulose Irani anunciou no dia 31 de janeiro de 2013, a celebração do Contrato de Arrendamento de Ativos e Outras Avenças e o Contrato de Reestruturação Operacional e Implantação de Novo Modelo de Gestão com a Indústria de Papel e Papelão São Roberto S.A., empresa com sede em São Paulo e unidades industriais instaladas em São Paulo (SP) e Santa Luzia (MG). A Indústria de
Papel e Papelão São Roberto S.A. foi adquirida pela CCI (Companhia Comercial de Imóveis), controladora indireta da Celulose Irani.
O contrato de arrendamento destina-se apenas à planta industrial de produção de papel localizada em Minas Gerais. A unidade será utilizada para o desenvolvimento das atividades da companhia, relacionadas ao setor de celulose, papel para embalagens e embalagem de papelão ondulado. O contrato de arrendamento tem prazo de 120 (cento e vinte) meses com início em 1º de março de 2013 e término em 28 de fevereiro de 2023.
Akkar
Com o objetivo atender ao segmento de vestuário masculino, a rede está espalhada principalmente pela cidade de São Paulo e pode ser encontrada em endereços, como por exemplo, os a seguir:
Rua Teodoro Sampaio, 2360 - Pinheiros, Shopping Pátio Paulista, Shopping Leste Aricanduva, Shopping Eldorado, Centervale Shopping, Shopping Metrô Santa Cruz, Shopping Ibirapuera, Shopping Metrô Tatuapé, Internacional Shopping Guarulhos.
3 de nov. de 2020
High Capital
31 de out. de 2020
Target
A rede de varejo americana Target (alvo, objetivo, em inglês) foi fundada pelo empreendedor George Draper Dayton por volta de 1969.
Durante quatro décadas, a Target cresceu e se fortaleceu ao se guiar pela fórmula criada por seu fundador. Batizada de cheap chic, a estratégia da empresa era centrada na venda de produtos com design
sofisticado por preços generosos.
Nas prateleira da Target, que sempre encantaram os turistas brasileiros em viagem aos Estados
Unidos, destacavam-se roupas, aparelhos eletrônicos e artigos de cama, mesa e banho.
Com esse portfólio, a rede se tornou a segunda maior varejista dos Estados Unidos, com
faturamento de 65 bilhões de dólares em 2008, atrás apenas do todo-poderoso Walmart.
Mas a crise (de 2008) chegou e, como a solução de ontem nem sempre funciona hoje, a Target foi obrigada a repensar seu modelo de vendas. Pressionados por uma série de maus resultados, seus executivos renderam-se e encheram as prateleiras com produtos que continuam a ser comprados até pelos mais receosos e empobrecidos consumidores: alimentos. Afinal, com ou sem recessão, não dá para simplesmente deixar de comer.
Era impossível dizer se a estratégia da rede seria sua redenção ou apenas aprofundaria os problemas. Ficou claro, porém, que a Target tentava desesperadamente se adaptar a um novo padrão de consumo dos
americanos.
Com suas 1682 lojas em meados de 2009, o peso dos alimentos no faturamento já era de 37%.
(Fonte: revista Exame - 29.07.2009)
29 de out. de 2020
Vicunha / Textília
Mendel Steinbruch morreu em agosto de 1994.
( Fonte: Exame - 22.07.1992 / 31.08.1994 / 16.08.1995 - partes)
28 de out. de 2020
Barion
O Sr Barion e sua família foram atraídos pelo Paraná em desenvolvimento e se instalaram em Curitiba, em 1960. No início dos negócios a empresa se dedicou à distribuição de alimentos como biscoitos, chocolates, confeitos, chicletes e similares.
Em 1969, é fundada a empresa Barion & Cia. Ltda. que recebeu o reforço dos filhos Ricardo, Roberto e Rommel.
Já com a fabricação própria de chocolates, bombons e ovos de Páscoa, em 1971 Barion notou que poderia avançar a distribuição a todo o estado do Paraná.
Em 1978 foi criado um entreposto de mel de abelhas. Para o fabrico do pão de mel foi seguida a receita da vovó Barion e logo o quitute atingiu distribuição em todo o território nacional.
A construção de uma unidade industrial, que logo ficou pequena, foi concluída em 1983 e, dois anos depois, em 1985, começa a produção da linha "Waiffer".
Observando os hábitos dos brasileiros e o crescimento mais acentuado das vendas de chocolates, em 1992 foi criada a linha de bombons Fofito. Em 1996 toda a planta industrial foi transferida para modernas instalações e é onde se encontra a unidade industrial atual, em Colombo, na região metropolitana de Curitiba.
A primeira exportação, para os Estados Unidos, ocorreu em 1999.
A unidade fabril ocupa um terreno de 40.000 metros quadrados e as instalações industriais
ocupam 10.000 metros quadrados de área construída, em Colombo.
(Fonte: site da empresa)
Unidas ("nova" Unidas - Brookfield)
A nova Unidas surgiu de uma necessidade pragmática: a demanda do regulador antitruste CADE para que um concorrente do setor aprovasse o plano da Localiza de incorporar a Unidas – as duas eram a primeira e a segunda maiores locadoras de veículos do Brasil. A mudança da Localiza foi aprovada pelo CADE em meados de 2022. Pelo desinvestimento, a Brookfield pagou cerca de R$ 3,5 bilhões.
Antes, a Ouro Verde tinha um negócio focado na operação B2B e planejava abordar clientes pessoa física por meio da expansão de sua filial de carros por assinatura. Com a aquisição, a nova empresa deu um grande passo e passou a ter boa representatividade no mercado. No total, são 90 mil ativos (caminhões, automóveis, máquinas e equipamentos), sendo 77 mil veículos leves. A Localiza, líder, tem cerca de 440 mil carros (depois de incorporar a antiga Unidas) e a Movida tem 190 mil carros.
O pacote de desinvestimentos adquirido pela Brookfield envolveu cerca de 49 mil carros e 182 locadoras (a Unidas havia fechado o segundo trimestre com 245, considerando rede própria e franquias). A Ouro Verde, focada em B2B, não tinha lojas e tinha como foco representantes em todo o país.
A venda das lojas de seminovos não estava dentro das obrigações apontadas pelo CADE, mas o regulador deu liberdade à Localiza para negociar as condições com a empresa interessada no ativo. Dessa forma, o grupo conseguiu 22 lojas de veículos usados, disse Zattar. Até então, nem a Ouro Verde nem a Localiza haviam divulgado detalhes sobre o pacote de desinvestimentos – a única coisa certa era o volume da frota, que já havia rumores no mercado.
A marca e submarcas Unidas – como Unidas Frotas e Unidas Livre – também foram adquiridas. A marca Unidas foi reconhecida como uma das 50 mais valiosas do Brasil, segundo o ranking Brand Finance Brazil.
“É difícil entrar em um negócio de aluguel de carros do zero. As barreiras são grandes, as escalas são grandes. Você teria que passar por um período de maturidade. E agora estamos entre as três maiores do país e com grande potencial que o mercado está nos proporcionando”, disse Zattar, que antes de assumir a Ouro Verde era responsável por logística e compra de veículos da Localiza.
As empresas também viram a necessidade de ter dinheiro em caixa e decidiram ter menos ativos – buscando opções de gestão de frota e terceirização.
“O mercado de rent-a-car é um segmento que continua a crescer. “Obtemos a disponibilidade das montadoras. Já somos tratados como uma grande locadora”, afirmou Zattar.
Uma mudança no mercado em 2022 é que as locadoras foram forçadas a operar com veículos mais antigos. Em 2019, a idade média da frota operacional da Localiza no segmento de rent-a-car foi de 7 meses. No segundo trimestre de 2022, a idade era de 17,4 meses – o cenário foi semelhante na Unidas.
A nova Unidas continuará divulgando seus resultados ao mercado e pretende manter a captação de recursos por meio de emissão de dívida. Questionado sobre o cenário de negociação das ações em bolsa e se a Brookfield teria interesse em buscar sócios, Zattar defendeu que, por enquanto, não há conversas nesse sentido.
27 de out. de 2020
Banco AgZero
O novo banco nasce sem canais físicos de atendimento e baseado no autosserviço — o conceito de “agência zero” foi, inclusive, o que deu origem ao nome. Não haverá cobrança de tarifas nem exigência de comprovação de renda dos clientes, numa tentativa de alcançar um público amplo.
“O AgZero representa a entrada definitiva do Safra, de forma bem completa, em banco digital de varejo”, afirma Paula Mazanék, chefe da área digital de pessoa física do Safra, em entrevista ao jornal Valor. “Agora, estamos preparados para um passo mais ousado e queremos ser um competidor importante no varejo.”