De 2011 a 2015, o grupo espanhol construiu cerca de 4 mil quilômetros de linhas de transmissão no Brasil. Desse total, detém a concessão de cerca de 3 mil quilômetros, como o Linhão de Tucuruí, que interliga Manaus e Macapá ao sistema interligado nacional. A companhia também administra a concessão de 680 quilômetros das BRs 116 e 324, na Bahia.
Mas, em 2015, começou a enfrentar uma série de dificuldades e rescindir contratos com o poder público.
Um dos casos mais notórios foi a rescisão do contrato com o governo paulista para construção de estações da Linha 4 – Amarela do Metrô. Na época, a empresa alegou que houve demora de 27 meses na entrega dos projetos e a uma constante revisão do cronograma, que seria concluído com 75 meses de atraso.
Em meados de janeiro de 2015, o grupo Isolux Corsán entrou com um processo de recuperação extrajudicial referente às suas operações no Brasil. A renegociação de dívidas da empresa com seus credores, fora das vias judiciais, envolve as subsidiárias Isolux Ingenieria, Isolux Projetos e Instalações, Isolux Projetos, Investimentos e Participações e Corsan-Corviam.
Em 27 de dezembro de 2018, credores do Grupo Isolux no Brasil (Corsan-Corviam Construccion S.A do Brasil, Isolux Ingenieria S.A. do Brasil, Isolux Projetos e Instalações Ltda, Isolux Projetos Investimentos e Participações Ltda Isolux Corsan do Brasil), aprovaram seu plano de Recuperação Judicial durante assembleia realizada para esse fim.
Um apagão atingiu praticamente todo o Estado do Amapá na noite de 3 de novembro de 2020, quando um incêndio danificou uma subestação na capital Macapá. Várias cidades relataram dificuldades no abastecimento regular de água e alimentos. A energia somente começou a ser restabelecida parcialmente no dia 7. A subestação e a linha de transmissão que falharam são da Gemini Energy, que é gerida por fundos de investimento. A concessão, formalmente chamada de Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), pertencia à Isolux, que entrou em recuperação judicial na Espanha. No fim de 2019, a linha foi comprada pela Gemini, que pertence a dois fundos de investimentos: a Starboard e a Perfin.
A distribuição da energia elétrica para todo o estado do Amapá é feita pela Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA), empresa de economia mista, sendo o Governo do Estado do Amapá seu principal acionista.
(Fonte: IstoÉDinheiro - 29.01.2016 / SEGS - 07.01.2019 / Terra - 07.11.2020 - partes)
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