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26 de abr. de 2021

Soma (grupo de moda)

          A Grupo de Moda Soma S.A. fundamentou seu crescimento via M&As (fusões e aquisições). Em 2014 promoveu a fusão da Animale com a Farm e se tornou um forte participante do setor.
          Em maio de 2020 fez a fusão com a marca Maria Filó. Em julho do mesmo ano, promoveu sua abertura de capital na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.
           Dentre as empresas com atuação no segmento premium, após a incorporação da Maria Filó, o Grupo Soma se tornará maior do que seus dois principais concorrentes (Restoque — Le Lis Blanc/Dudalina/Jhon Jhon, e InBrands — Richards/Ellus/VR Collezzioni) juntos.
          O Grupo Soma (GSOM3) é detentor de 8 marcas que atuam no segmento de vestuário premium (classes A e B) e estão dentre as mais conhecidas e bem avaliadas pelos clientes no Brasil. A empresa é majoritariamente focada no público feminino e suas duas principais marcas, Animale e Farm, respondem por ¾ do faturamento.
          No total são 282 lojas, quase todas próprias (245) e localizadas em shoppings centers (244). Além das lojas físicas, a empresa possui uma operação digital bem desenvolvida e relevante. É líder do e-commerce no setor de varejo de moda brasileiro e suas vendas on-line já representam 38 por cento das vendas no varejo.
          Adicionalmente, a empresa também atua no mercado de atacado (¼ da receita), comercializando seus produtos em cerca de 2,8 mil revendedores multimarcas.
          A companhia produz suas peças em três fábricas (duas no Rio de Janeiro e uma em São Paulo) e conta com nove centros de distribuição, mais do que a maioria das empresas do setor possui.
          Em 26 de abril de 2021, o grupo Soma fez um acordo para a aquisição da Cia. Hering, num negócio cujo valor total chega a R$ 5,2 bilhões, o que implica um prêmio de 43% para o valor atual de mercado da empresa. Cerca de 10 dias antes, a Hering recebeu uma proposta não solicitada da Arezzo, enquanto o Soma estava sondando a marca Shoulder. A Arezzo tinha oferecido cerca de R$ 3,3 bilhões. Para Flavio Conde, chefe de análise da Inversa Publicações, o negócio é "muito positivo" para a Hering, que fará parte de um grupo "maior, mais agressivo e com mais dinheiro" e também positivo para o Grupo Soma, "que trará uma marca centenária, super conhecida, mas subaproveitada e com potencial de crescimento".
          Em 3 de agosto de 2021, o Grupo Soma informou que encerrou as operações da marca A.Brand com o fechamento das duas últimas lojas em 30 de julho. De acordo com a empresa, a marca não vinha apresentando a performance esperada e desde abril de 2020 já haviam sido encerradas doze lojas da A.Brand. Fundada em 2009 no Rio de Janeiro, a A.Brand focava em moda feminina. O estoque remanescente será disponibilizado no site da Off Premium, o outlet do Grupo Soma.
          Os controladores do Grupo Soma têm 37,62% da companhia, num acordo de acionistas entre os fundadores das marcas, sendo a maior posição individual da família Jatahy. As gestoras Opportunity, Atmos e Verde têm pouco mais de 5% cada.
          O Grupo Soma e a Arezzo confirmaram em 5 de fevereiro de 2024, a fusão entre as duas companhias. A operação será realizada por meio da incorporação do Grupo Soma pela Arezzo&Co. Os acionistas da Arezzo&Co serão titulares de 54% de participação e os do Grupo Soma de 46%. A nova denominação da companhia resultante ainda será definida. Com a fusão, a companhia terá faturamento próximo de R$ 12 bilhões, com 34 marcas e mais de 2 mil lojas, próprias e franquias.
          Em 18 de junho de 2024, os acionistas da Arezzo &CO e do Grupo Soam aprovaram, em assembleias gerais extraordinárias (AGE), a incorporação do Grupo Soma pela Arezzo, o que na prática resultará na extinção do Grupo Soma e na continuidade da Arezzo, que passará a ser chamada de “Azzas 2154”.
(Fonte: Nord Research - 24.07.2020 / ValorInveste - 27.04.2021 / 03.08.2021 / 04.11.2021 / 05.02.2024 / 19.06.2024 - partes)

23 de abr. de 2021

Vittia (fertilizantes)

          A empresa de fertilizantes Vittia é responsável pela fabricação e comercialização de fertilizantes especiais e defensivos biológicos. A companhia utiliza organismos vivos – bactérias e algas – para melhorar a produtividade do agronegócio.
          O início foi difícil, foram 17 anos para José Plínio Romanini produzir seu primeiro fertilizante, em 1988. Mas foi só em 2014, após receber um aporte da BRZ Investimentos (fundo de private equity), que a empresa iniciou uma sequência de aquisições.
          Veio o crescimento, mas a companhia continuou familiar. Os filhos Wilson Fernando Romanini e Francisco Guilherme Romanini continuam à frente dos negócios, com os cargos de CEO e conselheiro.
          Basicamente, a Vittia funciona como uma Embrapa – pesquisadora do agro – com produtos específicos para o produtor agro.
          São mais de 300 fornecedores (36 por cento dos insumos são importados) para criar mais de mil produtos atualmente, com mais 880 novos registros sendo estudados.
          Seus produtos possuem tecnologia embarcada, Vittia é fertilizantes "biotech", e o vendedor de Vittia faz uma "venda consultiva" – avalia a fazenda e sugere o uso de produtos específicos para cada microclima.
          São 55 funcionários com total dedicação em pesquisa e desenvolvimento para criar produtos específicos para cada microclima.
          São 198 vendedores (40 por cento em São Paulo e Mato Grosso) responsáveis por atender 1.255 produtores, 54 cooperativas e 474 revendedores.
          Fertilizantes especiais (fertilizantes foliares, micros de solo, inoculantes, condicionadores de solo e organominerais) representam 84 por cento da receita líquida da companhia, e defensivos biológicos (micro-organismos) os demais 17 por cento.
          Das vendas, 46 por cento da receita são para culturas de soja e milho, 25 por cento industriais (nutrição animal), e os demais 29 por cento em café, citrus e algodão. A variedade de produtos é enorme, e a competição não fica para trás. As barreiras de entrada não parecem elevadas – são muitos anos para licenciar e produzir, mas já são mais de 100 competidores – e a corrida tecnológica por novos produtos deverá permanecer viva.
          A competição é feroz. Vendo o agro investindo aqui, o interesse das grandes biotechs mundiais pelo produtor nacional também crescerá.
          Novas pragas e novos problemas demandam um investimento constante em tecnologia. Para ganhar acesso à sua tecnologia, as grandes só precisam contratar os pesquisadores de Vittia. Fertilizantes comuns possuem competição feroz e margens baixas, mas a venda consultiva de Vittia agrega tecnologia em seus produtos e, nesse caso, as margens são bem mais altas.
          Em 2017, a Vittia adquiriu a empresa de defensivos Biovalens e, em 2020, a JB Biotecnologia. Com isso, passou a ter 7 por cento do mercado brasileiro.
          O mercado de fertilizantes especiais é bastante pulverizado. Os quatro maiores players representam apenas 20 por cento do market share brasileiro (ICL comprou a Compass, Nutrien, Stoller e Valagro). A Vittia está logo atrás, com 5 por cento. Já em defensivos biológicos, 75 por cento do mercado mundial estão nas mãos de cinco grandes companhias (Kopert, Ballagro, CHR Hansen, Novozymes e Sumitomo).
          Os familiares Wilson e Guilherme possuem participações na Vittia através das empresas WFR e FGR, e a companhia ficou com 50,28 por cento de free float (ações em circulação) após a IPO de abril de 2021. A empresa desistiu de fazer sua IPO.
(Fonte: NordResearch - 23.04.2021)

REAG Investimentos (antiga GetNinjas)

          A GetNinjas foi fundada em 2011 por Eduardo L’Hotellier e é uma plataforma disponível para sistemas Android, iOS e web, presente em todos os estados do Brasil e que conecta digitalmente profissionais de variadas áreas, pessoas físicas ou jurídicas, a potenciais clientes. Os profissionais oferecem seus serviços, mediante a compra de pacote de moedas virtuais para uso exclusivo na plataforma na aquisição de ordens de serviços dos clientes cadastrados.
          Ao fim de 2020, a plataforma possuía cerca de 2,1 milhões de profissionais cadastrados, distribuídos em mais de 500 diferentes categorias, como pintor, psicólogo, professor de inglês, personal trainer, diarista, assistência técnica de eletrodomésticos, dentre outras.
          Antes de sua IPO em abril de 2021, os principais acionistas são a gestora Tiger Global, que tem uma fatia de 28,56%; Eduardo Orlando L’Hotellier; a gestora Monashees, que tem 18,27%; e Kaszek Ventures, que tem 12,78%.
          Em 2020, a receita operacional líquida da empresa somou R$ 41,806 milhões.
          Em 27 de junho de 2022, a GetNinjas comunicou que Eduardo Orlando L’Hotellier, fundador e diretor-presidente da companhia, aumentou participação acionária para 17,3%, com pouco menos de 8,7 milhões de ações ordinárias.
          Em outubro de 2023, dois anos após chegar à Bolsa e ver suas ações despencarem mais de 70% no mesmo período, a GetNinjas é alvo de uma oferta hostil de controle, . Na semana iniciada no dia 9, a companhia foi surpreendida por um comunicado do Reag Alpha Fundo de Investimento Multimercado de que havia alcançado uma participação de 25% em sua composição acionária. A fatia foi atingida em menos de um mês e disparou a chamada “poison pill”, o que levará a Reag a ficar com todas as ações em circulação da empresa e fechar seu capital. A gestora já informou, por meio de comunicado, que vai convocar assembleia de acionistas para destituir e eleger um novo conselho de administração.
          Além da Reag, tornaram-se grandes acionistas as gestoras ARC Capital e Wealth High Governance, ambas com 17%. O segundo maior acionista da GetNinjas, com 20%, é Eduardo L’Hottelier, seu fundador, atual presidente e vice-presidente do conselho de administração, que corre o risco de ver seu futuro alterado.
          Com um caixa gordo, de R$ 270 milhões, e ações valendo em conjunto menos da metade de seu patrimônio, a GetNinjas virou alvo dos fundos. Não se sabe quem está por trás do Reag Alpha Fundo de Investimento Multimercado. Pelas regras da CVM, os fundos não são obrigados a abrir os nomes dos cotistas.
          No início de 2025, a REAG Investimentos (antiga GetNinjas) altera nome social, ticker na Bolsa (REAG3) e aprova aumento de capital para até R$ 10 bilhões, alinhado à sua transformação em holding financeira.
          Em 28 de janeiro de 2025, João Carlos Mansur, principal executivo da Reag Capital, tocou o sino na abertura do pregão na B3, marcando oficialmente a entrada da empresa de gestão de recursos e de fortunas Reag Investimentos. As ações ordinárias (REAG3) já estavam disponíveis para negociação na bolsa desde o dia 10. A listagem na bolsa acontece após a Reag adquirir o controle da Getninjas (NINJ3) e de uma sequência de eventos societários que culminaram no que é chamado de “IPO reverso”, ou “barriga de aluguel”, quando uma empresa, em vez de recorrer a uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), opta por adquirir uma companhia que já tem as ações negociadas no pregão.
(Fonte: Valor - 23.04.2021 / 27.06.2022 / Estadão - 17.10.2023 / Valor - 28.01.2025 - partes)

20 de abr. de 2021

Coinbase

          A Coinbase foi fundada em 2012 com o objetivo de simplificar a compra de criptomoedas e tornou-se a maior exchange de criptoativos do mundo. 
          Nos últimos meses de 2020 e primeiros meses de 2021, a corretora surfou na onda da enorme valorização dos criptoativos. Tanto o número de usuários quanto o volume negociado estão atrelados, principalmente, ao desempenho das duas maiores criptomoedas em domínio de mercado, bitcoin e ethereum.
          A saída para a Coinbase foi fazer os investidores olharem para o futuro: um horizonte com menos intermediários financeiros e transações ocorrendo majoritariamente por blockchain. A "criptoeconomia" aposta em um mundo movido por softwares de pagamento, no qual o e-commerce irá dominar mercados, como os de viagens e imóveis.
          Em 14 de abril de 2021, a nova economia deu (mais) um passo em direção ao tradicional mercado financeiro. Sob os holofotes de veículos especializados em negócios, a Coinbase pôs os pés em territórios nunca explorados e fincou uma bandeira no centro nervoso da Nasdaq. “Um pequeno passo para o homem, um grande passo para a humanidade”, pode ter pensado Brian Armstrong, CEO da empresa, ao soar o sino de abertura da bolsa de valores. A Coinbase é um marco – a primeira grande empresa da criptoeconomia a fazer IPO.
          Seu processo de abertura de capital não foi nada tradicional. A companhia vendeu suas ações em uma listagem direta. Nesse processo, economiza o dinheiro que pagaria aos bancos de investimento em uma oferta pública inicial tradicional, e evita o custoso, cansativo e demorado roadshow. Por outro lado, o dinheiro levantado na venda das ações não vai para o caixa da empresa. Isso porque os atuais investidores vendem suas ações existentes ao público – em vez de a empresa oferecer ao mercado novas ações. Mas não embolsar nenhum ganho no momento da IPO não é um problema. A Coinbase tem mais de US$ 1 bilhão em seu balanço.
          A abertura de capital foi um sucesso. A empresa iniciou o pregão avaliada em US$ 85 bilhões, mas seu valor de mercado chegou a superar US$ 100 bilhões no mesmo dia (apesar de o preço das ações ter voltado a cair um pouco, logo na sequência). Isso colocou a Coinbase entre as maiores empresas listadas dos Estados Unidos. Foi a sétima maior valorização na data da estreia - atrás apenas da Airbnb, Facebook, UPS, AT&T Wireless, Snowflake e Uber.
          No relatório de ganhos do primeiro trimestre da 2021,  a Coinbase obteve uma receita estimada em US$ 1,8 bilhão e declarou ter 6,1 milhões de usuários mensais.
(Fonte: Época negócios - 17.04.2021)

17 de abr. de 2021

Boa Safra

          Boa Safra foi fundada pelos irmãos Marino Colpo, nascido em 1983, atual CEO, e Camila Stefani Colpo, inspirados por seu pai, o engenheiro Neri Carlos Colpo, idealizador do projeto. O crescimento com Neri era fabuloso, mas os filhos viram algo muito maior adiante.
          Em 2009, Marino e Camila separaram a GBSA das fazendas da família e terceirizaram a produção de sementes. O balanço de Boa Safra ficou leve.
          Em abril de 2021, Boa Safra fez seu IPO na bolsa de valores de São Paulo, a B3.
          Maior produtora de sementes do soja do Brasil, Boa Safra tem os irmãos Marino e Camila como os principais acionistas. Os irmãos são donos de fazendas na região Centro-Oeste.
          Hoje, Boa Safra só compra a tecnologia de produção de sementes das multis (da Bayer, Brasmax, Basf), produz mais sementes em fazendas terceirizadas e vende aos lojistas.
          São 160 produtores terceirizados, que cultivam e fazem a colheita dos grãos, e mais de 500 lojistas (revendas).
(Fonte: NordResearch - 17.04.2021 / Forbes Brasil - 27.08.2021 - partes)

14 de abr. de 2021

SumUp

          A fintech processadora de pagamentos SumUp foi criada na Alemanha, em 2012, pelo empreendedor Daniel Klein. Chegou ao Brasil em 2013 pelas mãos de Igor Marchesini. A empresa atua no setor de adquirência, com maquininhas mais simples voltadas aos MEIs.
          Segundo Marchesini, Daniel Klein, o fundador da SumUp, é um empreendedor serial na área de pagamentos. A última empresa dele, a MoneyBookers, é o PayPal da Europa. Ele acabou saindo de lá e a visão dele é que pagamento é uma indústria que está migrando de relacionamento com os bancos e canal de distribuição para ser um negócio onde quem ganha é quem tem o melhor produto. Se é produto, é tech. E, se é tech, o único jeito de ganhar é ser global.
          A SumUp desembarcou no Brasil em 2013 com três funcionários, "maquininhas" que só aceitavam cartões com tarja magnética e a ambição de conquistar uma fatia de um mercado até então dominado por duas credenciadoras, a Cielo, controlada por Bradesco e Banco do Brasil, e a Rede, do Itaú.
          Ao se deparar logo de cara com dificuldades para driblar a concorrência - muito pela presença de grandes bancos em toda a cadeia -, a saída foi mudar a estratégia e passar a oferecer soluções para um segmento mal atendido: o do pequeno empreendedor. "Decidimos atuar em um nicho fora do radar das gigantes", conta Carlos Grieco, diretor de marketing da SumUp.
          A SumUp, que concentra sua atuação no segmento de pequenos empreendedores que faturam de R$ 2 mil a R$ 4 mil por mês, encabeçou o movimento de reduzir as taxas a 1%. Uma das apostas da empresa é na transparência nas taxas cobradas, com uma tabela valendo para todos os clientes.
          Em 2018, portanto cinco anos depois de aportar no Brasil, os resultados mostram que a mudança foi acertada. Hoje, a empresa ocupa seis andares de um prédio em Pinheiros, na zona oeste de São Paulo, conta com 600 funcionários e tem vendido em média 50 mil maquininhas por mês.
          Em julho de 2019, a SumUp levanta 333 milhões de euros de quatro empresas de private-equity - Bain Capital Credit, Goldman Sachs Private Capital, HPS Investment Partners e TPG Sixth Street Partners para expandir sua base de cientes.
          Em abril de 2021, a SumUp passa a ser patrocinadora máster do Santos F.C. “A SumUp, por meio de suas maquininhas de pagamento, banco digital e produtos para o microempreendedor, já está presente na vida de milhões de pessoas, contudo, com a parceria com o Santos, passamos a fazer parte também da paixão de todo o brasileiro. Para a SumUp, estampar uma das camisas mais icônicas do futebol, e a mesma que consagrou o rei Pelé, é um orgulho enorme, pois juntamos nosso nome a um dos escudos mais respeitados no mundo”, disse Meliza Pedroso, Head de Comunicação da SumUp.
          A marca recebeu um aporte de R$ 1,5 bilhão da matriz para aumentar o tamanho na América Latina. Boa parte desse dinheiro será usada na expansão do negócio no Brasil e em novos produtos como empréstimos para microempreendedores individuais. Em breve, a empresa pretende entrar com pedido no Banco Central para se tornar uma Sociedade de Crédito Direto (SCD).
          Em março de 2020, a SumUp também recebeu autorização para operar uma Sociedade de Crédito Direto (SCD), o que permitiu à companhia criar seu banco digital SumUp Bank.
          A SumUp recebeu a autorização para funcionar como IP, conforme decisão publicada no Diário Oficial da União em 15 de agosto de 2022. Com o aval para atuar como IP, a fintech passa a ter duas licenças regulatórias no Brasil, “Com a IP, agora continuamos o processo de crescimento do que chamo de ‘one-stop-shop’, o balcão de negócios para o pequeno lojista”, aponta Mariana Lazaro, CFO da SumUp para a América Latina. A estratégia da fintech é concentrar num só lugar diversas soluções financeiras e de pagamento — e em breve também softwares, como já ocorre na Europa. “A perspectiva é oferecer softwares para facilitar a vida do lojista no Brasil. A ideia é consolidar a SumUp como um lugar em que o lojista acesse todas as soluções para o seu negócio”, diz Mariana.
          A empresa tem mulheres em 60% do quadro de funcionários e 24% entre LGBTQIA+. Conta com operações em 31 países, sobretudo na Europa.
          A SumUp tem sua base de clientes espalhada por 31 países onde tem presença. No Brasil, a SumUp opera como um sub-adquirente.
          A SumUp tem entre seus investidores a American Express, o Groupon e o BBVA Ventures.
(Fonte: jornal Valor - 18.10.2018 / 17.07.2019 / NeoFeed - 20.08.2019 / Gazeta Esportiva - 13.04.2021 / Finsiders - 16.08.2022 - partes)

11 de abr. de 2021

Eliseevsky

          Inaugurada na virada do século XX, a loja de alimentos Eliseevsky, localizada no centro de Moscou, é conhecida por seu interior que parece um palácio neobarroco, além de uma ampla seleção de comidas gourmet e souvenirs.
          Eliseevsky vende fina seleção de alimentos desde o começo do século passado e funcionou desta 
maneira mesmo durante o período da URSS.
          Mas as prateleiras - geralmente cheias de frutas frescas, destilados finos e lembranças russas tradicionais - foram ficando vazias, desde o anúncio de que a loja seria fechada no domingo, 11 de abril de 2021.
          Essa histórica loja está fechando suas portas após permanecer em funcionamento por mais de cem anos.

          A causa do fechamento é queda no turismo causada pela pandemia de coronavírus, além de questões legais.
Imagem de novembro da loja russa Eliseevsky, que fecha sua portas em abril — Foto: Reuters/Sergei Fadeichev/Tass

Imagem de novembro da loja russa Eliseevsky, que fecha sua portas em abril — Foto: Reuters/Sergei Fadeichev/Tass



          “Não era apenas um lugar para passar e comprar um pouco de comida”, disse a moscovita Yelena Bakhtina à Reuters enquanto fazia compras em Yeliseyevsky. “É um símbolo da cidade. Costumava vir aqui para admirar o interior. É uma pena que não vamos ter mais isso.”
          Localizada na rua Tverskaya, uma via que cruza o coração de Moscou, a loja costumava atrair um fluxo constante de turistas, mas o número de visitantes diminuiu drasticamente por causa da pandemia.
          Durante a era soviética, a loja era conhecida como Gastronom Nº 1 e vendia uma ampla seleção de produtos, apesar da escassez geral de alimentos em determinadas épocas.
          Alexander Kanshin, funcionário da Câmara de Comércio e Indústria, disse a uma televisão local que uma série de questões fez com que a loja fechasse as portas, incluindo problemas legais e mudança de comportamento dos consumidores, que preferem ir a grandes lojas em áreas residenciais.
          As autoridades municipais disseram que o próximo ocupante do edifício será obrigado a preservar o luxuoso interior de Eliseevsky como um monumento arquitetônico.
(Fonte: G1 / Reuters - 11.04.2021)

6 de abr. de 2021

Hospital Care Caledônia

          A rede Hospital Care Caledônia surgiu em 2017 a partir de investimentos do fundo de private equity Crescera, dos empresários Elie Horn e Julio Bozano.
          Durante o ano de 2020, a rede fechou sete aquisições e chegou a um faturamento de R$ 1 bilhão.
          Em 23 de abril de 2021 a empresa estreia na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, com o código HCAR3.
          A companhia integra hospitais, clínicas e planos de saúde. A empresa está hoje no interior de São Paulo, nas cidades de Campinas, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto e futuramente Sorocaba. Também está em Florianópolis e Curitiba. O grupo tem 11 hospitais, 1.206 leitos e 24 clínicas.
(Fonte: jornal Valor - 06.04.2021)

5 de abr. de 2021

Bromil Xarope

          O laboratório Daudt, Freitas & Cia — depois, Daudt & Oliveira — , foi fundado por João Daudt Filho, em 1882. 
          No início do século XX o laboratório lançou o xarope Bromil e prometia curar qualquer tosse em 24 horas. Ficou conhecido popularmente como o xarope “amigo do peito”, a partir de uma impressionante e eficaz campanha publicitária nos principais jornais e revistas do Rio de Janeiro.
          Daudt, além de grande empreendedor, era um amante das artes e da literatura, o que facilitou a adoção da estratégia desenvolvida por Felipe Daudt d’Oliveira, seu sobrinho e responsável pelo marketing do laboratório. Felipe, que além de farmacêutico, era também poeta e amigo de grandes intelectuais da época, com sua visão vanguardista, contratou alguns dos maiores nomes da cultura brasileira da época para as campanhas publicitárias da empresa.
          Para anunciar as qualidades do xarope Bromil, por exemplo, Felipe contratou o grande poeta Olavo Bilac, que em um anúncio vinculado primeiramente no Jornal do Brasil em 1912, testemunhou as qualidades terapêuticas do xarope. Anos mais tarde, o pintor Di Cavalcanti se iniciou na publicidade, desenhando um anuncio do Odol, outro produto do laboratório, e Graciliano Ramos e Carlos Drummond de Andrade votaram nos melhores contos para a revista “Boa Nova”, do laboratório Daudt.
         Daudt não esqueceu do mercado paulistano. Em foto tirada nos primeiros anos do século XX, no Viaduto do Chá no centro de São Paulo, pode se ver no telhado de um prédio comercial onde hoje está instalado o Shopping Light, os seguintes dizeres: BROMIL Cura Tosse.
         Hoje, a marca Bromil pertence ao laboratório EMS e ainda está à venda nas principais farmácias do Brasil. 
          A seguir, um dos anúncios do xarope Bromil “estrelados” por Olavo Bilac, o “Príncipe dos Poetas Brasileiros”, centrado na carta escrita pelo poeta em agradecimento à cura de uma “bronquite pertinaz”. Esse e outros anúncios foram publicados na revista “Fon-Fon”.
(Fonte: Claudio Soares (E-publisher) - 06.03.2017 - parte)