A Vice, veículo de comunicação que tem Shane Smith como um de seus fundadores, foi apresentada ao público como o futuro da mídia. A publicação cresceu de uma revista punk gratuita em Montreal, na década de 1990, para um conglomerado de mídia com 3 mil funcionários, escritórios em todo o mundo, um programa da HBO e um estúdio de produção cinematográfica.
Seu cofundador, Shane Smith, era um excelente vendedor e convenceu investidores – e a imprensa – de que a Vice era o futuro dos meios de comunicação digitais e que a sua abordagem gonzo – estilo em que o autor da reportagem deixa de lado a objetividade e se mistura ao tema abordado – tornaria cada vez mais irrelevante a velha guarda do jornalismo. Smith previu que Vice iria superar CNN, ESPN e MTV.
A Vice já foi avaliado em mais de US$ 5 bilhões (por volta de R$ 24,9 bilhões pela contação de
fevereiro de 2024) pelo seu apelo com público jovem.
Em 2023, o Vice Media Group pediu falência e foi vendido por US$ 350 milhões (R$ 1,7 bilhão)
aos seus antigos credores, liderados pelo fundo de investimentos Fortress Investment Group.
Em pouco tempo, a empresa passou de queridinha da era da mídia digital à bancarrota. A Vice
deve encerrar as suas operações.
Bruce Dixon, executivo-chefe do Vice Media Group, disse aos funcionários em 22 de fevereiro de 2024 que “várias centenas” de cargos seriam eliminados e que a empresa não publicaria mais notas em seu principal site, o vice.com, embora tenha deixado aberta a possibilidade de o grupo fornecer conteúdo por meio de outras organizações de notícias. “Para nós, já não é rentável distribuir o nosso conteúdo digital da forma como fazíamos anteriormente”, escreveu ele em um memorando. “No futuro, procuraremos fazer parcerias com empresas de mídia estabelecidas para distribuir nosso conteúdo digital, incluindo notícias, em suas plataformas globais, à medida que fazemos a transição completa
para um novo modelo.”
A queda da Vice representa uma das maiores falências da imprensa na memória recente. Jornalistas que trabalharam para a Vice passaram o dia 22 de fevereiro (2024) tentando salvar seu trabalho depois de ouvirem rumores de que o site poderia fechar em breve. Em 25 de fevereiro, ele ainda estava no ar. Os funcionários do grupo de comunicação foram informados ainda no fim de
semana seguinte de que saberiam mais sobre os passos da empresa nos dias seguintes.
Uma pessoa ligada ao Fortress, que pediu para não ser identificada, diz que o fundo “está fora do negócio de notícias.” O Vice Media Group também inclui outras marcas, como o Refinery29, um site dirigido a mulheres jovens, que continuaria a funcionar, embora “os executivos estejam em discussões avançadas para vender este negócio, e continuamos com esse processo”, com mais novidades esperadas para as semanas seguintes, escreveu Dixon no memorando.
(Fonte: Estadão 26.02.2024)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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27 de fev. de 2024
Vice Media Group
26 de fev. de 2024
Fiv5 Star Cleaning
A Fiv5 Star Cleaning foi fundada pela mineira Mila Garro, em 2009, e tem sedes em Charlotte,
na Carolina do Norte, e em Miami.
Mila desistiu dos estudos e de uma possível estabilidade financeira no Brasil para viver como ajudante de faxineira nos Estados Unidos. Contra a vontade da família, a mineira e hoje empresária Mila Garro, nascida em 1988, embarcou sozinha aos 19 anos, sem visto definitivo e nenhuma vivência
com o idioma.
Apesar dos desafios iniciais, o sucesso da sua meticulosa limpeza brasileira no país estrangeiro foi tanto que, quatro anos depois (por volta de 2009), abriu a sua própria empresa no ramo: a Fiv5 Star
Cleaning.
Natural de Paracatu, em Minas Gerais, Mila Garro se mudou para Belo Horizonte após a separação dos pais, quando completou quatro anos de idade. A mãe foi embora para Brasília e a deixou sozinha com o pai, um policial civil que teve problemas de alcoolismo pouco tempo depois. Aos oito
anos, passou a morar com a avó materna, também em Belo Horizonte.
Acompanhando a avó nas vendas de lingeries em barracas, teve o primeiro contato com o empreendedorismo. Quando completou 15 anos, em 2003, Mila escolheu como presente de aniversário uma viagem à cidade de Boston, nos Estados Unidos, onde uma tia trabalhava como faxineira. Passou um mês ajudando na limpeza das casas que a tia atendia. No fim, recebeu cerca de US$ 400 pelo serviço (cerca de R$ 2 mil pelo câmbio de hoje). “Isso ficou na minha cabeça: fiquei rica fazendo
faxina.”
De volta a Minas Gerais, Garro concluiu o ensino médio aos 18 anos. Com 19, cedeu à pressão do pai: prestou vestibular, cursou administração durante um ano na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas) e se dedicou aos estudos para se tornar escrivã da Polícia Civil. Na última etapa do concurso da polícia, ela foi eliminada. “Fiquei muito frustrada, mas ao mesmo tempo me senti
muito livre.”
Em abril de 2007, a empresária decolou sozinha para o estado de Nova Hampshire e na sequência mudou-se para Charlotte, na Carolina do Norte, onde ela voltou a atuar como ajudante de uma
faxineira.
Em 2011, ele decidiu administrar o seu próprio negócio, a Fiv5 Star Cleaning. A limpeza regular custa de US$ 150 a US$ 180 (R$ 746 a R$ 895 em valores de fevereiro de 2024). Já a profunda, de US$ 300 a US$ 500 (R$ 1,5 mil a R$ 2,5 mil).
Em 2014, Mila Garro faturou o seu primeiro milhão de dólares – quase R$ 5 milhões na cotação atual. As 45 faxineiras da Fiv5 Star Cleaning faturam entre US$ 600 e US$ 800 por semana (R$ 2,9 mil a 3,9 mil), segundo a proprietária. A companhia atende cerca de 60 a 65 clientes diariamente. São aproximadamente 800 clientes fixos atualmente. Em 2023, faturou US$ 2,7 milhões (R$ 13,4 milhões).
(Fonte: Estadão - 25.02.2024)
25 de fev. de 2024
Oceânica Engenharia
24 de fev. de 2024
Vports (ex-Codesa)
“O grande desafio é construir um novo ambiente de negócios. Temos um porto com capacidade ociosa e muita gente querendo fazer negócios. O objetivo é trazer esses investidores para o porto”, disse Ilson Hulle, novo CEO da empresa.
A Codesa é a primeira autoridade portuária privatizada do Brasil. Uma das primeiras tarefas da nova equipa de gestão, a realizar nos primeiros seis meses, foi a adaptação dos contratos com os terminais à realidade do setor privado a partir da realidade estatal. Pelas regras de privatização, a Codesa não pode reduzir o escopo de nenhuma operação, mas prorrogações podem ser negociadas.
A expansão dos acessos ferroviários é vista como crucial. Pelo contrato, a Codesa terá que reformar os trilhos internos do porto. Será também importante fazer investimentos para a ligação à grande rede ferroviária. Os portos já possuíam ligação ativa com a ferrovia Vitória-Minas da Vale, mas é necessária uma expansão.
Ao todo, a concessão prevê investimentos da ordem de R$ 335 milhões. As obras centrais, previstas para serem concluídas nos dois primeiros anos, incluem reformas nos armazéns, nas estruturas dos cais e na ferrovia interna do porto.
Pelos termos da privatização, os 235 funcionários da antiga estatal teriam um ano de estabilidade.
O novo presidente da Codesa é capixaba e iniciou sua carreira como estagiário há 17 anos em um terminal do porto de Vitória. Pouco antes de assumir o cargo, Hulle trabalhou como diretor de terminal na Log-in, empresa que atua no porto.
Conforme informações do Vports, um dos mais importantes projetos, pautado na integração de todos os modais, prevê a recuperação das vias ferroviárias na área do Porto de Capuaba, em Vila Velha. A expectativa é aumentar o volume de carga do terminal em 5 milhões de toneladas de produtos, como granéis minerais e agrícolas, até 2025, contribuindo também na diversificação da carga operada.
Com localização privilegiada na costa brasileira, o Vports possui 1,5 milhão de metros quadrados de áreas disponíveis para exploração, 450 mil toneladas de armazenagem estática e vai fazer investimentos para impulsionar a movimentação nos próximos cinco anos. Os valores previstos já estão contemplados pelo contrato de concessão.
23 de fev. de 2024
MeetRox
A tecnologia — chamada de CRM Autofill — se encarrega de gravar as reuniões dos times de vendas com cada cliente, preencher automaticamente os sistemas de CRM dessas empresas e, por fim, usar parte dos dados capturados ali para gerar relatórios e indicadores que possam ajudar esses vendedores a manter um bom relacionamento com os clientes finais. Ao final do processo, a promessa é de mais eficiência e uma economia de tempo que supera os 20%.
A ideia de negócio é do empreendedor Chris Cornehl, hoje CEO da empresa, um executivo que durante os anos de faculdade decidiu fazer trabalhos autônomos de transcrições de teses de mestrado e doutorado. Um interesse que deu origem à sua primeira empresa, a Audiotext, em 2012.
Já a conexão com as vendas veio em uma segunda tentativa empreendedora. “Estava com isso em mente: reunir o problema do universo de vendas e o ciclo de vendas, mas com algo que eu realmente tinha conhecimento, que era transcrição de áudio, só que dessa vez eu comecei com o propósito de criar uma tecnologia que fosse automática, porque para construir em escala, a gente precisaria construir uma solução que fosse muito boa, muito barata e boa para o português, para o Brasil”, conta.
Assim surgiu a MeetRox, em 2019, fruto dos esforços empreendedores de Cornehl e dos sócios Javier Yera e Thiago Silveira. “Mudamos várias vezes a maneira como íamos resolver o problema de performance dos times de vendas”, diz o CEO. Segundo Cornehl, o uso de IA e machine learning se mostrou um desafio maior do que o esperado, o que justifica as mudanças do modelo de negócio da startup desde a sua fundação.
Para chegar até o modelo atual, Corhnel e os demais fundadores e técnicos se debruçaram sobre os principais problemas que rodeiam o universo de vendas nas pequenas empresas. Ao longo de dois anos, o time fez pesquisas com mais 5 mil funcionários da área de Inside Sales de mais de 30 empresas a fim de compreender as principais dores dos vendedores que atuam de maneira remota — na qual a relação com o cliente pode ser ainda mais complicada.
A conclusão apontou para quatro problemas: o tempo despendido em atividades rotineiras e burocráticas, a ausência de uma visão unificada por parte da gestão, CRM preenchido com poucas ou insuficientes informações e falta de insights para melhorar a produtividade.
Não à toa, a proposta final da MeetRox é desafogar os times de vendas, livrando-os dessas atividades operacionais, deixando os vendedores livres para uma atuação “taylor made”, baseada na construção de um relacionamento customizado e próximo, a depender da necessidade de cada cliente. Na ponta, a inteligência artificial proprietária também ajuda a manter um relacionamento de longo prazo, já que capta nuances em cada reunião remota.
De acordo com o CEO, a eficiência na conversão do CRM Autofill de áudio para texto em português é de 95%. Já em relação aos indicadores que podem surgir após cada encontro online, métricas relacionadas ao sucesso (ou não) de uma venda após a atuação do time de inside sales e a troca de falas por minutos, ou seja, quanto tempo o cliente também interagiu.
A ideia com os relatórios pós-reuniões é oferecer uma visão holística sobre a estratégia de vendas e o seu impacto em toda a organização. “Somos uma empresa de inteligência de conversas. Oferecemos dados também para times de produto, marketing etc. Queremos tirar as empresas do escuro”, diz.
Entre as primeiras empresas a utilizar o CRM Autofill estão algumas startups de destaque como Creditas, Hiper, Sólides, AsaaS, Caju e Cortex. Algumas delas, inclusive, são importantes representantes no ecossistema de startups da região Sul, com destaque para as curitibanas Olist e LogComex e a catarinense RD Station.
Para Cornehl, o lançamento (oficial da empresa) se justifica após um ano positivo de testes com os clientes e a comprovação do “product market fit” da startup. “Acho que a ideia do lançamento foi muito resultado desse último ano que a gente teve, em termos de amadurecimento do produto, da tecnologia, e realmente a construção de cases com clientes importantes. Então, acho que foi esse entendimento para dizer que o produto está pronto”, diz.
22 de fev. de 2024
La Tour d'Argent
Pouco antes de meados de fevereiro de 2024 foi divulgado um roubo de grandes proporções de vinho do La Tourd'Argent. O roubo foi de 83 garrafas de vinho que sumiram entre as mais de 300 mil unidades na adega do La Tour d’Argent.
(Fonte: Estadão - 17.02.2024)
21 de fev. de 2024
Wyndham Hotels & Resorts
A norte-americana Wyndham Hotels & Resorts atua sob os sistemas de franquia, gestão e gestão e franquia ao mesmo tempo. As 24 bandeiras da empresa estão presentes em 9,1 mil empreendimentos
hoteleiros ao redor do mundo. Tem presença em 75 países.
No Brasil, a companhia atua com oito bandeiras, entre elas Tryp, Wyndham e Wyndham Garden, Ramada e Days Inn.
A Wyndham tem 27 contratos assinados de empreendimentos para entrar em operação, num total de 5.204 quartos, que vão se somar aos 37 estabelecimentos com bandeiras da empresa no país. São 11 acordos de franquias e 16 de franquia e gerenciamento das instalações. Não há edifícios próprios. Do total, 12 dos novos projetos são do tipo multipropriedade. Neste modelo, o interessado compra uma participação e passa a ser um dos proprietários de um apartamento em determinado empreendimento hoteleiro, tendo direito a utilizá-lo durante um período por ano, medido em semanas; ou cedendo direitos para um “pool” de locação, caso não pretenda usar o imóvel, em troca de uma remuneração.
A Wyndham vê as multipropriedades como um dos caminhos para seu crescimento no Brasil, pois não há outras grandes companhias internacionais atuando neste mercado por aqui. Os lançamentos envolvem estabelecimentos que vão mudar de bandeira e também a construção de novos edifícios, em até cinco anos.
A vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da rede na América Latina, Maria Carolina Pinheiro, diz haver oportunidade, especialmente no interior do país, para investidores e incorporadores regionais, que passam a ter acesso ao know-how e à escala de uma grande operadora internacional
Com os 12 lançamentos previstos, a Wyndham vai ampliar para 14 o número de empreendimentos multipropriedade no país. Atualmente (fevereiro de 2024), a companhia tem uma
multipropriedade em Olímpia, no interior de São Paulo, e outra em Gramado (RS).
(Fonte: jornal Valor - 25.04.2018 / OESP - 13.02.2024 -partes)
20 de fev. de 2024
Açotubo
A empresa está presente no Peru e na Colômbia desde 2020. Ultrapassou a fronteira nacional ao se tornar parceira da Systemas de Perforación y Geotecnia (SPG) do Peru através da Incotep, empresa do grupo que fornece sistemas metálicos (tirantes) utilizados na ancoragem e infraestrutura.
O grupo avança com seus planos de internacionalização e avalia novas oportunidades, incluindo aquisições, para expansão na América Latina. Outros grandes distribuidores locais também entraram no mercado externo, mas a principal dificuldade tem sido competir em preços em outros países. “A ideia é ir para outros países”, disse o presidente da Açotubo, Bruno Bassi. Ainda não foi decidido qual modelo de negócios será utilizado para a expansão internacional.
Segundo Bassi, a SPG Incotep ensinou ao grupo como atuar em outro país e como ter um parceiro de negócios.
O grupo Açotubo teve faturamento de R$ 2 bilhões em 2023. Em termos de volume, a produção foi de 114.000 toneladas. Os investimentos em 2023 totalizaram R$ 30 milhões, entre caminhões, equipamentos e guindastes.
(Fonte: jornal Valor - 20.02.2024)
19 de fev. de 2024
King's Hawaiian
Os pãezinhos macios e redondos que ele produzia, uma fusão da culinária havaiana local com pães doces feitos por imigrantes portugueses, logo encontraram um público fiel. A qualidade dos pães garantia que não ficassem velhos rapidamente, o que levou os comerciantes a estocá-los.
O envio dos produtos para o continente tornou-se um negócio constante, com a King’s Hawaiian enviando dezenas de milhares de pães por ano. “Ele tinha visão, mas também colocava as coisas em prática. Nunca teve medo”, lembra Mark Taira, nascido em 1957, que começou cedo a ajudar na empresa, sobre seu pai. “Essa é a história de muitas famílias imigrantes – elas não têm nada a perder".
Para reduzir os custos de transporte, Robert e sua esposa, Tsuneko, hipotecaram a casa da família para construir uma padaria nos arredores de Los Angeles. Em 1977, a fábrica foi inaugurada a um custo de US$ 3,7 milhões (cerca de US$ 18,7 milhões hoje, início de 2024).
Para conquistar novos clientes, ele bateu de porta em porta e deixou amostras de seus produtos. Após dois anos de entrega e amostras, o investimento valeu a pena. Em 1979, o supermercado Safeway se tornou o primeiro grande cliente dos EUA da King’s.
A marca realmente começou a se destacar quando Robert e Mark fizeram uma mudança crucial em seu produto principal – abandonaram os pães inteiros em favor de pãezinhos. Eles dedicaram meses cortando e modelando a massa à mão antes de chegar aos pãezinhos doces que se destacam facilmente. Seu pacote de 12 pãezinhos foi lançado em 1983.
Quando Mark assumiu como CEO naquele ano (1983), decidiu correr outro risco: sair do Havaí. Ele iniciou a construção de uma fábrica em Torrance, na Califórnia, seis vezes maior que a original. Robert faleceu em 2003 aos 79 anos, pouco antes da inauguração, e não chegou a ver o sucesso dessa estratégia. Em 2005, as vendas haviam atingido US$ 50 milhões.
Faminto por mais sucesso, em 2011, Mark Taira levou o negócio para o leste, até a Geórgia. Com um empréstimo de US$ 65 milhões, construiu uma fábrica de última geração em Atlanta. Finalmente, a King’s Hawaiian poderia entregar com lucro os pãezinhos – assados e imediatamente congelados para vendê-los “frescos” – para outras regiões, como Nova York. Em 2016, a receita ultrapassou os US$ 320 milhões, cinco vezes mais do que uma década antes.
Atualmente, a King’s Hawaiian é uma referência para varejistas, concorrentes e investidores, sendo constantemente mencionada em reuniões como uma marca icônica. Os clientes compram seus pães o ano todo, um indicativo do sucesso consistente da empresa ao longo do tempo.
A Geórgia abriga o projeto do restaurante dos Taira: o Hello Hilo. A primeira localização foi inaugurada em Gainesville, uma pequena cidade a cerca de 80 quilômetros ao norte de Atlanta, em julho de 2023. Outra seria aberta ainda em 2024.
Mais restaurantes poderiam abrir mais cedo se os Tairas franqueassem o conceito, mas controlar a qualidade é mais importante por enquanto, diz a filha de Taira, Courtney, que dirige a divisão de restaurantes.
Com o negócio agora em sua terceira geração, os Taira afirmam que continuarão a rejeitar investidores externos e ofertas de aquisição, mantendo a King’s Hawaiian sob propriedade familiar. “Ninguém vai fazer um produto melhor para o consumidor do que uma empresa familiar, especialmente a nossa família”, afirma Taira.
Ao invés de ser adquirida, a Irresistible Foods Group tem sido compradora. Nos últimos três anos, a Irresistible gastou cerca de US$ 100 milhões para adquirir fornecedoras locais. Até agora, a empresa identificou 200 marcas desejáveis e está em negociações com cerca de 20.
Taira diz acreditar que a Irresistible logo ultrapassará US$ 1 bilhão em vendas. Um terço dos lares americanos agora consome alguma versão dos alimentos da empresa – mas sempre há espaço para crescer. Não apenas nos Estados Unidos. Seu pão também é vendido no Japão, Canadá e em 14 países da América Central, América do Sul e Caribe, enquanto os Taira miram na Alemanha, Reino Unido e outros países.