Total de visualizações de página

18 de nov. de 2024

Nongfu Spring

          A Nongfu Spring se apresenta como a maior produtora de água engarrafada da China em participação de mercado. Foi fundada pelo empresário Zhong Shanshan, nascido em 1955, que é seu presidente.
          A companhia de água engarrafada listou as ações em Hong Kong em 2020.
          Zhong, nascido em Hangzhou, abandonou a escola primária durante a caótica Revolução Cultural da China. Mais tarde, trabalhou como operário da construção civil, repórter de jornal e agente de vendas de bebidas antes de iniciar seu próprio negócio.
          Zhong Shanshan é a 28ª pessoa mais rica do mundo (novembro de 2024) de acordo com o ranking em tempo real atualizado pela Forbes. Mantém sua posição como a pessoa mais rica da China pelo quarto ano consecutivo.
          Zhong também controla a Wantai Biological, que fabrica testes rápidos de diagnóstico para doenças infecciosas, incluindo a Covid-19. Seu filho, Zhong Shu Zi, é diretor não executivo na Nongfu.
          Problemas para Shanshan começaram em fevereiro de 2024, quando Zong Qinghou, fundador da fabricante de bebidas Hangzhou Wahaha Group e ex-sócio de negócios de Zhong, faleceu.
          A empresa tem enfrentado diversos problemas, incluindo ataques online e uma acirrada guerra de preços no mercado chinês de água engarrafada. 
          Internautas chineses lançaram uma série de acusações contra Zhong, que já foi distribuidor da Wahaha antes de fundar uma empresa concorrente. Eles iniciaram uma campanha de boicote contra a Nongfu Spring e questionaram o patriotismo de Zhong, alegando que a empresa perderia sua identidade chinesa, já que seu filho e provável herdeiro, Shu Zi, nascido em 1988, é cidadão norte-americano, conforme indicado no prospecto da empresa em 2020.
          Os problemas impactaram as vendas de água da Nongfu Spring no primeiro semestre de 2024 e limitaram o crescimento dos lucros.
(Fonte: Forbes Brasil - 16.11.2024)

15 de nov. de 2024

FOM

          A FOM, fundada em 2004, é famosa por seus travesseiros de pescoço, comumente usados ​​por viajantes. Em aeroportos como Guarulhos e Congonhas em São Paulo, Santos Dumont no Rio e 
Juscelino Kubitschek, em Brasília, os quiosques da marca se destacam por seus produtos coloridos.
          A empresa foi fundada por Betina Lafer e Sidney Rabinovitch após receber uma menção honrosa por um pufe em um concurso de design realizado pelo Museu da Casa Brasileira, o que os inspirou a explorar novas categorias de produtos. A FOM tem fábrica própria no bairro do Bom Retiro, em São Paulo.
          Em novembro de 2023, a FOM contratou a executiva Helena Spindel como CEO, para profissionalizar a gestão, liderar o reposicionamento e expandir internacionalmente.
          “Empresas familiares passam por ciclos, e agora é hora da FOM ter uma gestão orientada para o mercado”, diz a Sra. Spindel, que trabalhou anteriormente na Vivara, uma fabricante e varejista de joias. Ela trouxe consigo uma “maior atenção aos detalhes e ao consumidor” e uma compreensão da 
importância de um cronograma de marketing. Trouxe uma equipe de “produção sênior” para essa nova fase, aumentando em 30% a produtividade da fábrica própria da empresa no bairro do Bom Retiro, em 
São Paulo.
          A executiva acelerou o ritmo da empresa, lançando novos produtos a cada duas semanas. “Anteriormente, a FOM não era tão ativa na atualização de seu portfólio ou no marketing. Agora, conduzimos ativações para todas as 25 coleções a cada ano para manter os consumidores engajados.”
          A empresa se aventurou em acessórios pessoais, lançando bolsas, kits de higiene e mochilas. O objetivo é que esses itens passem a fazer parte do cotidiano dos consumidores, usados ​​não só em viagens aéreas, mas também de carro e ônibus.
          A FOM está diversificando seu portfólio em diversas áreas: itens de decoração para casa, como pufes e poltronas; brinquedos; produtos de apoio à amamentação; e itens para reabilitação hospitalar e animais de estimação.
          No segmento de produtos de viagem, a empresa está apostando em cobertores — um best-seller da FOM —, travesseiros de pescoço com capuz para adultos e crianças que cobrem os olhos, entre outros itens. “Recentemente, desenvolvemos um par de máscaras cosméticas com um fornecedor. Uma é aplicada quando você embarca no avião para relaxar, e a outra quando você chega ao seu destino para reduzir o inchaço e rejuvenescer”, disse a CEO Helena Spindel. Os produtos de viagem agora (novembro de 2024) respondem por 30% da receita da empresa, ante 20% em 2023.
Todos os itens são preenchidos com esferas de poliestireno expandido (EPS), o que os torna mais leves e flexíveis. “São produtos de afeto e conforto”, diz a CEO.
          Para potencializar os pontos de contato da marca, ela tem focado em marketing digital, investindo em tecnologia e análise de dados com a agência Yooper para monitorar o comportamento do consumidor e ajustar o estoque em tempo real.
          O próprio e-commerce da FOM impulsionou as vendas, com sua participação na receita da empresa aumentando de 15% em 2023 para 18% no ano seguinte, com projeção de chegar a 20% em 2025. Isso se deve principalmente à capacidade da plataforma de expor todos os produtos da marca, enquanto lojas físicas, com aproximadamente 20 metros quadrados, e quiosques, que variam de 9 metros quadrados a 12 metros quadrados, têm espaço limitado para exposição.
          Os investimentos em tecnologia de dados também facilitaram a expansão em marketplaces como Mercado Livre e Amazon. Atualmente, a empresa oferece 450 unidades de manutenção de estoque (SKUs) e um preço médio de tíquete de R$ 330 (novembro de 2024)
          No varejo físico, a FOM pretende fechar o ano de 2024 com 49 lojas e quiosques, incluindo quatorze franquias.
          A empresa já havia se aventurado na exportação, garantindo até um espaço nas Galeries Lafayette, em Paris, mas a pandemia paralisou suas atividades internacionais. O projeto desenhado para 2025 prevê a internacionalização por meio de franquias, marketplaces, lojas de aeroportos e lojas de departamento, com centros de distribuição estabelecidos por parceiros locais.
          O maior impulso de 2024 veio da participação no Index, uma feira de design de interiores e móveis em Dubai. “Isso nos permitiu mostrar o mix completo e atrair muitos parceiros internacionais em potencial.”
(Fonte: Valor - 12.11.2024)

14 de nov. de 2024

Allied Domecq

          A história das vinícolas Pedro Domecq remonta a cerca de 1730, quando o irlandês Patrick Murphy Woodlock fundou uma vinícola no centro histórico de Jerez de la Frontera, após adquirir a vinícola El Molino.
          Em 1745, firmou sociedade com o amigo Jean Haurie Nebout, natural de Vielleségure no principado de Béarn e que residia há alguns anos em Jerez e que acabou herdando o negócio do seu sócio.
          Em 1775, Juan Haurie criou a empresa Juan Haurie e sobrinhos. Haurie morreu em 1794 e o negócio foi assumido por um de seus sobrinhos Juan Carlos Haurie.
          A empresa Domecq foi criada com este nome em 1822, fundada por Pedro Domecq Lembeye, sobrinho-neto de Juan Haurie, que adquiriu a falida empresa da família Hauries.​ Pedro Domecq foi sucedido no negócio por seu irmão Juan Pedro Domecq Lembeye e Pedro Domecq Loustau. Desde então continuou a ser uma empresa familiar e espalhou-se por vários países.
          Em 1948, a Domecq foi fundada no México com a ajuda de Pedro Domeq González e Antonio Ariza, que estabeleceram as bases do negócio na América e que levaram à criação da marca de brandy Presidente em 1958.
          Como resultado da crise petrolífera de 1973, o setor do xerez sofreu um grave declínio que levou Pedro Domecq a perdas que atingiram quase 2.bilhões de pesetas em 1982. Nessa altura José María Ruiz Mateos, que governava Rumasa, antes da sua expropriação em 1983, estava prestes a entrar naquela que era considerada a maior vinícola de Jerez na época. Nos anos seguintes, após um plano de austeridade, a Domecq conseguiu se recuperar.
          Em 1995 a empresa inglesa Allied-Lyons fez um takeover na companhia Pedro Domecq, resultando no grupo Allied Domecq, uma das três maiores corporações mundiais no setor de bebidas destiladas e vinhos.
          Em 18 de setembro de 1995, chegou ao Brasil Michael Domecq, vice-presidente da empresa para a América Latina. Ele veio dar posse ao comandante das operações brasileiras, Luis Bustus, que era o executivo número 1 da Pedro Domecq até o início de setembro (1995).
          Em 2005, O grupo Allied Domecq foi adquirido pela multinacional Pernod Ricard..
          Desde então, os ativos da Bodegas Domecq foram vendidos separadamente. As marcas Fino La Ina e Oloroso Río Viejo, juntamente com suas soleras, foram adquiridas pela Osborne e posteriormente pela Lustau. Outras marcas de aguardente como 'Carlos I', 'Carlos III' e 'Felipe II' bem como os quatro vinhos VORS, 'Sibarita', 'Amontillado 51, 'Venerable' e 'Cappuchino' permaneceram sob propriedade de do Grupo Osborne, enquanto a Pernod Ricard manteve a marca "Pedro Domecq", posteriormente adquirida como propriedade intelectual pela joint venture Bodegas Las Copas.
          As vinícolas Fundador, Harveys, Terry e Tres Cepas, bem como os vinhedos de Jerez foram vendidos à "Beam global" e esta, por sua vez, os transferiu para o grupo japonês "Suntory".
          Em 2016, o grupo filipino Emperador Distillers, de propriedade da Andrew Tan, adquiriu estes ativos por 275 milhões de euros, passando a ser conhecido como Bodegas Fundador, como herdeiro da antiga Bodegas Pedro Domecq. Desde então, o grupo tem investido fortemente na adega, abrindo um gastrobar nas suas instalações, reforçando as suas marcas, reabilitando a Torre de Riquelme​ e robotizando a produção entre muitas outras ações.
          Mais tarde, em 2018, os ativos e marcas da adega Bodegas Garvey são adquiridas pela Bodegas Fundador e incorporadas ao seu portfólio.
(Fonte: Wikipédia / revista Exame - 27.09.1995 - partes)

12 de nov. de 2024

Jeffery

          A história da marca Jeffery é muito mais curta do que a da empresa que a produziu. Thomas Jeffery e o seu filho Charles construíram automóveis chamados Rambler a partir de 1902. Thomas morreu em 
1910 e, cinco anos depois, Charles mudou o nome da marca para o da sua família.
          Este acordo durou pouco tempo. Depois de sobreviver ao naufrágio do navio Lusitania em 1915, Charles perdeu o interesse pelo negócio e vendeu a sua empresa a Charles Nash, que lhe deu o seu próprio nome. Rambler foi utilizado como nome de modelo para um Nash muito popular da década de 1950, mas o emblema Jeffery desapareceu.
(Fonte: msn)

7 de nov. de 2024

Rádio Jovem Pan

          Em 1940,  Antônio Augusto Amaral de Carvalho, o Tuta entrou no meio jornalístico, em programas de rádio. Em seguida, na década de 1960, ajudou a criar festivais de música na TV Record, o que colaborou para a expansão de movimentos como a Tropicália e a Jovem Guarda. Tuta assumiu a direção-geral da Rádio Panamericana, ligada à Rede Record, em 1964, e comandou a transformação da 
emissora na Jovem Pan.
          Uma década mais tarde, o empresário inaugurou a Jovem Pan 2 FM, que passou a ser dirigida por seu filho Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, o Tutinha. Tuta foi diretor-presidente da Jovem 
Pan de 1973 até 2014, quando passou o comando para Tutinha, que permaneceu no posto até 2023.
          Nos anos 1970, a rádio foi pioneira nas transmissões esportivas ao vivo a partir de estádios fora do eixo Rio-São Paulo. Quando idealizou a Jovem Pan Online, se tornou o primeiro comunicador a 
apostar em transmissões pela internet.
          No jornalismo, seu legado foi a implementação da programação de notícias 24 horas na rádio. Durante sua carreira, o fundador da Jovem Pan venceu o prêmio APCA, da Associação Paulista de Críticos Teatrais. Na TV Record, formatou o programa Família Trapo e trabalhou com grandes nomes da televisão, como Hebe Camargo, Jô Soares e Ronald Golias. Seu Tuta imortalizou a frase “ninguém faz sucesso sozinho”. Tuta era filho do empresário e advogado Paulo Machado de Carvalho, fundador da TV Record, que dá nome ao Estádio do Pacaembu, em São Paulo, e irmão de Paulo Machado de 
Carvalho Filho, que também trabalhou na rádio e TV Record.
          Augusto Amaral de Carvalho, fundador da Jovem Pan, morreu em 4 de novembro de 2024, aos 93 anos.
(Fonte: Estadão - 05.11.2024)

6 de nov. de 2024

Hospital Santa Catarina / Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC)

          Em 1900, para se adequarem à legislação brasileira, expandirem a missão no país e organizarem suas atividades, as Irmãs de Santa Catarina da Província de Petrópolis fundaram uma entidade civil com o nome de Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC), com sede em São Paulo. Esta entidade concentra as atividades em Instituições de Saúde, Educação, Assistência Social, e forma uma rede a 
serviço da vida.
          Em 1967, recebeu a sua primeira Certificação de Entidade Beneficente de Assistência Social (CEBAS) – anteriormente chamado de certificado de filantropia.
          As Casas da ACSC eram dirigidas inicialmente pelas próprias Irmãs que, gradualmente, foram delegando responsabilidades a profissionais dentro das premissas da Governança Corporativa.
          Em novembro de 2020, depois de 120 anos presente no Brasil, a ACSC revitalizou sua marca, sua identidade, seu selo, seu ícone... E neste novo símbolo, com as mãos em serviço, forma uma rede entrelaçada de cuidados, carinho, amor e fraternidade cristã, nos caminhos traçados por Regina Protmann e abençoados por Catarina de Alexandria – a Rede Santa Catarina.
          A Associação Congregação de Santa Catarina (ACSC) é responsável pela administração de 17 entidades com atuação social, em saúde e educação, que formam a Rede Santa Catarina. 
          A entidade filantrópica impacta na cadeia de valor produtivo do país, com 17 Casas presentes em seis Estados brasileiros e com atuação social em duas frentes de negócio - Saúde e Educação - de 
acordo com a Constituição Federal do Brasil de 1988.
          Com um modelo de gestão em que o superávit gerado é aplicado em nossas obras a fim de executar dignamente nossas atividades, a Instituição acolhe e cuida do ser humano em todo o ciclo da vida. Ao todo são cerca de 10,7 mil colaboradores distribuídos em diversas instituições de saúde, mantendo inúmeros estabelecimentos de ensino e acolhendo crianças, adultos e idosos em espaços assistenciais, com atendimento humanizado e serviços de qualidade para milhares de pessoas em seis Estados brasileiros (Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo).
          A ACSC também é qualificada em diversos Estados e municípios como Organização Social de Saúde – OSS.​
          Na área da Saúde, a Rede Santa Catarina está presente em quatro estados do Brasil e é formada por oito hospitais de média e alta complexidade e uma Instituição de Longa Permanência para Idosos. Em 2023, as unidades de Saúde da Rede Santa Catarina realizaram aproximadamente 119,9 mil internações hospitalares, com um total de 473,4 mil pacientes-dia; mais de 5,9 milhões de atendimentos ambulatoriais (entre consultas especializadas, exames laboratoriais, diagnóstico por imagem, tratamentos clínicos e oncológicos e procedimentos cirúrgicos de urgência/emergência e eletivos); e destinou 61,37% dos atendimentos ao Sistema Único de Saúde (SUS).
          Na área de Educação, a Rede Santa Catarina está presente em cinco estados do Brasil e é formada por sete Instituições de Ensino, atuando nas etapas da Educação Infantil (Creche e Pré-escola), Ensino Fundamental, Ensino Fundamental e Ensino Médio, além de uma Instituição Social. Em 2023, os Colégios da Rede Santa Catarina ofereceram ensino de qualidade a 4.562 alunos, beneficiando 659 estudantes com bolsas integrais assistenciais. ​
          Com atuação social nos âmbitos da Saúde e Educação, a Rede Santa Catarina promove projetos sociais tipificados e inscritos no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS), Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e Conselho Municipal do Idoso (CMI).
          Em 2023, foram registrados 5.408 atendimentos a pessoas em vulnerabilidade e risco social nos projetos sociais tipificados.​
(Fonte: site da empresa, que se utilizou das seguintes fontes: Equipes Gerenciais da Rede Santa Catarina, DATASUS, MEC e MDS.).

5 de nov. de 2024

Dale

          De acordo com o seu fabricante, o pequeno Dale de três rodas tinha uma carroçaria quase indestrutível e um motor BMW de dois cilindros planos arrefecido a ar que permitia uma velocidade 
máxima de 137 km/h e uma economia de combustível de 4 litros por 100 quilômetros.
          Embora esta atitude fosse muito contrária às tendências de compra dos EUA na década de 1970, tinha um certo atrativo no rescaldo da crise mundial dos combustíveis.
          Mas não deu em nada. A parte mais recordada da história foi a detenção e condenação por fraude da fundadora da empresa, Liz Carmichael.
(Fonte: msn)

4 de nov. de 2024

Tania Bulhões

          Em 1989, Tania Bulhões abria sua primeira loja, ainda em Uberaba, Minas Gerais.
          De lá pra cá, a artista e empreendedora só viu o seu negócio crescer e transformar-se em um verdadeiro império do luxo – focado em peças de decoração, porcelanas, perfumes e, mais recentemente, até um restaurante e bar (localizados dentro de sua loja conceito, nos Jardins).
          Tania Bulhões começou em Minas pintando louça. Com 14 anos, vendia para vizinhos e parentes. Depois, abriu uma loja pequena em Uberaba (Minas Gerais). Era uma lojinha na frente, escritório e um ateliê na parte de trás – onde ela pintava pratos, telas, móveis e tudo mais.
          O passo seguinte foi vir para a Alameda Itu (São Paulo). Uma loja bem pequena, uma garagem. Seus clientes já eram de fora. Naquela época, Uberaba tinha uma feira e exposição de gado muito relevante. Então, tinham pessoas do Brasil inteiro que frequentavam a região. Depois da Alameda Itu, Tania foi para a Alameda Gabriel Monteiro da Silva. E, mais tarde, a loja conceito na Rua Colômbia. Tania chegou a São Paulo porque seu filho veio trabalhar com ela.
          Sua área é design. É artista, mas também é empreendedora. Em dois momentos muito marcantes sentiu que a marca iria decolar. Primeiro, quando ela passou a loja para a Alameda Gabriel Monteiro da Silva. Ali, consegui colocar uma coisa que acha super importante para a marca, o lifestyle. Ela sempre preservou duas coisas que, acredita, a trouxeram até aqui: qualidade e um estilo próprio. Ela acho que isso foi muito importante para essa virada. E, em 2016, a outra grande virada, foi quando convidou meu filho (Virgílio Castro Cunha, CEO da Tania Bulhões), que era do mercado financeiro, para trabalhar com ela. Ele quem veio com a proposta de crescer, foi atrás de investidores.
          Tania Bulhões acha três coisas super importantes para definir o que é luxo: qualidade, design e lifestyle. Ela sempre admirou o caminho que algumas marcas de luxo fizeram – que é o de se manter fiel ao longo do tempo. com o próprio estilo. "Essa coisa de seguir tendências é muito complicado para o luxo" segundo ela. "Eu tenho visto marcas grandes que estão se perdendo. E, outras, claro, que conseguem manter o foco. Eu fico sempre atenta em relação a isso. Você tem que ser fiel ao próprio estilo e não abrir mão de qualidade. É difícil – porque qualidade exige preço. O mercado de luxo se define por qualidade e estilo próprio", diz.
          Uma coisa que Tania Bulhões acha importante dentro da sua história é a curiosidade que lhe inspira a viajar e olhar o mundo, lhe inspira também a natureza do Brasil, sair nas ruas, observar as pessoas. Para além dos museus e das galerias, se interessa em andar nas ruas e observar as pessoas. A França, por exemplo, é um lugar muito importante. Paris é uma segunda casa para ela. Tem relação com o seu trabalho e admira a arquitetura e o movimento da cidade.
          A ideia da loja conceito, com bar e restaurante surgiu porque ela adora receber. Talvez isso venha da cultura mineira. Em sua casa sempre teve isso de reunião de familiar, de receber as pessoas. Ela vem deste convívio de mesa. Ela sempre pensou em proporcionar esse estilo de vida. "Também, por ir muito para Paris, conheci muitos chefs por lá. Por isso, pensei em juntar essa experiência de um convívio com restaurante e bar". Neste contexto, na primeira semana de novembro de 2024, começa a promover um chá da tarde na loja.
          A empresa está começando a organizar uma internacionalização da marca. Será aberto em dezembro um showroom em Nova York. Nossa internacionalização está sendo bem pensada dando um passo de cada vez. Tem outro nicho que está aí no  horizonte que é a hotelaria. Ainda não é nada concreto, mas há algumas propostas de ter um hotel com a marca e o estilo da casa. Mas ainda é muito embrionário.
(Fonte: Estadão - 04.11.2024)

25 de out. de 2024

Ouribank (antigo Ourinvest)

          O Ouribank, que antes se chamava Ourinvest, foi protagonista do mercado de investimentos imobiliários da década de 1990. Nessa época, o setor carecia de opções de financiamento além do crédito bancário tradicional, ao contrário do que acontece hoje, quando há diversidade de opções para captação de recursos.
          O grupo foi o primeiro a lançar um fundo imobiliário destinado ao varejo – o fundo do Shopping Pátio Higienópolis, de 1999, que está em operação até hoje. Além disso, criou uma companhia hipotecária independente, a Brazilian Mortgages, e uma securitizadora, a Brazilian Securities, que deram o pontapé nas primeiras emissões de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) há mais de 20 anos.
          Em 2011, o Ouribank vendeu a operação na área imobiliária, a Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), para o BTG Pactual. Mais recentemente, em 2022, foi a vez da venda da operação de gestão de recursos e securitização para o Fator.
          No segundo semestre de 2024, após vender as operações do setor imobiliário, o Ouribank decidiu recolocar os pés nos canteiros. O banco montou um time para atuar no financiamento de obras, compra de recebíveis e emissão de dívida com garantia de imóveis. A previsão é construir uma carteira de R$ 500 milhões nos próximos três anos.
          A decisão de voltar ao setor se deve à experiência do banco e ao crescimento do mercado de crédito imobiliário. Além disso, as cláusulas de não competição já foram quase todas superadas. “Temos conhecimento, experiência e apetite”, afirma o líder de negócios imobiliários do Ouribank, Jefferson Pavarin, que trabalhou na Brazilian Securities e retornou ao grupo em 2023.
          Nesse retorno, o foco será atender incorporadoras e loteadoras de pequeno e médio portes espalhadas pelo país. Essa é a categoria de empresas que têm mais dificuldade de tomar dinheiro nos bancos. Com a escassez de recursos da poupança para abastecer os financiamentos bancários, as empresas tendem a buscar alternativas de liquidez, segundo o diretor comercial da instituição, Izzy Politi.
          Em 2024, até outubro, o Ouribank já fez duas operações de financiamento a obras. Um dos projetos é um residencial de alto padrão em Barra Velha (SC), cidade que fica na vizinhança de Penha e Balneário Camboriú (SC). O outro foi um loteamento no município de São José dos Campos (SP). Juntas, as operações somaram R$ 45 milhões.
          A instituição está concluindo a sua primeira emissão de Letra de Crédito Imobiliário (LCI), em torno de R$ 15 milhões. Esse modelo de captação vai ajudar a financiar mais projetos nos próximos meses, combinada com o caixa próprio em tesouraria.
(Fonte: Estadão - 24.10-.2024)