A Giannini, uma das pioneiras na produção industrial de violões no Brasil, foi fundada em 1900 por um imigrante italiano.
Após
enfrentar crises como a Revolução de 1924 e a 2.ª Guerra, a empresa viveu seu melhor momento na década de
1960, com a popularização
da Bossa Nova e da Jovem
Guarda. Nesse contexto, a
marca passou a fabricar
violões elétricos e começou
a exportar instrumentos para a Argentina.
A empresa passou pelo centro e pela Barra Funda até se instalar na Vila Leopoldina nos anos 1970, na zona oeste da cidade de São Paulo, e ali se desenvolveu. Saiu do bairro em 1990, quando deixou a capital paulista.
Em 2012, a fabricante chegou a inaugurar uma filial
em Nova York, mas encerrou as atividades em 2016.
Dois anos depois, com a
morte do então diretor, Giogio Giannini, seus filhos, Roberto Coen Giannini e Flavio Coen Giannini, assumiram a direção da empresa.
O isolamento social em decorrência do coronavírus (com início nos primeiros meses de 2020) provocou o fechamento de diversas lojas que eram clientes da
Giannini, o que reduziu o faturamento e aumentou a inadimplência, disse a empresa.
Foi em 2023, porém, que o
fluxo de caixa começou a ficar
mais prejudicado. “A instabilidade cambial acarretou o aumento da matéria-prima e dos
instrumentos musicais importados pea empresa, o que prejudicou diretamente a sua linha
de produção e gerou custos
adicionais”, afirmou a Giannini. Foi nesse momento
que a tentativa de cumprir
com as obrigações financeiras com ajuda dos bancos esbarrou no que a empresa
chamou de “a maior crise de
restrição creditícia das últimas décadas.
Em fins de julho de 2024, a Giannini entrou
em recuperação judicial. Nos
autos do processo, a empresa
diz que a pandemia de covid19, seguida de uma política de
restrição a crédito por parte
dos bancos, levou a marca a
acumular dívidas de R$ 15,8 milhões.
(Fonte: revista Veja São Paulo - 30.08.2017 / Estadão - 26.07.2024 - partes)
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