Três jovens irmãos, com idade entre 16 e 23 anos - Ana Paula Santana, formada em administração de empresas, e os advogados Odilon Santana Neto e Daniela Santana, decidiram abrir duas lojas em São José dos Campos, em 1997, quando a fábrica de óculos do pai, Odilon Santana Filho, em Sorocaba, entrou em crise devido à concorrência das importações asiáticas e dos produtos contrabandeados.
Os três irmãos traçaram uma estratégia de multiplicar o negócio por meio de franquias em cidades com mais de 40.000 habitantes. A entrada nesses novos mercados é muito parecida: une campanhas publicitárias veiculadas com atrizes jovens a uma estratégia de persuasão para atrair novos franqueados. Muitos deles são donos de ótica que passam a ostentar a marca Carol graças a um pacote de incentivos que a empresa oferece.
O rápido crescimento da Carol, especialmente a partir de 2003, chamou a atenção dos investidores. Em 2005, os donos da maior fabricante brasileira de armações para óculos, a Tecnol, compraram 50% da empresa, por 10 milhões de reais. Foi esse aporte que financiou sua chegada a São Paulo, o maior mercado do país.
Apesar do potencial, o crescimento da Óticas Carol esteve, por um certo período, limitado ao estado de São Paulo. Um compromisso firmado entre os donos da rede e os novos sócios bloqueava a abertura de franquias em outros estados. Segundo Sérgio Carnielli, presidente da empresa, a Tecnol não queria disputar mercado com as óticas do restante do país, a maioria delas seus clientes. Mas, esse compromisso foi desfeito. Outro desafio foi enfrentar a concorrência da Fotoptica, que reagiu. A Fotoptica criou o projeto Ótica by Fotoptica para licenciar a marca em áreas que não comportem uma franquia completa da rede, como cidades do interior e comércio de vizinhança na capital - justamente o mercado-alvo da Óticas Carol.
Já em setembro de 2006, a Óticas Carol se transformou na maior rede do setor do país em unidades de lojas, num total de 150, mesmo que com lojas somente no estado de São Paulo. Tinha 600 funcionários e faturamento em torno de 80 milhões de reais.
Em janeiro de 2017, a Óticas Carol é comprada pela italiana Luxottica. O negócio foi fechado por 110 milhões de euros. Em junho do mesmo ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra sem restrições.
Hoje com sede em Barueri, São Paulo, onde fica o laboratório digital de lentes, a rede possui mais de 1350 lojas em várias partes do país. É a maior rede de óticas do Brasil.
(Fonte: revista Exame - 27.09.2006 / D.O.U - 12.06.2017 - partes)
Os três irmãos traçaram uma estratégia de multiplicar o negócio por meio de franquias em cidades com mais de 40.000 habitantes. A entrada nesses novos mercados é muito parecida: une campanhas publicitárias veiculadas com atrizes jovens a uma estratégia de persuasão para atrair novos franqueados. Muitos deles são donos de ótica que passam a ostentar a marca Carol graças a um pacote de incentivos que a empresa oferece.
O rápido crescimento da Carol, especialmente a partir de 2003, chamou a atenção dos investidores. Em 2005, os donos da maior fabricante brasileira de armações para óculos, a Tecnol, compraram 50% da empresa, por 10 milhões de reais. Foi esse aporte que financiou sua chegada a São Paulo, o maior mercado do país.
Apesar do potencial, o crescimento da Óticas Carol esteve, por um certo período, limitado ao estado de São Paulo. Um compromisso firmado entre os donos da rede e os novos sócios bloqueava a abertura de franquias em outros estados. Segundo Sérgio Carnielli, presidente da empresa, a Tecnol não queria disputar mercado com as óticas do restante do país, a maioria delas seus clientes. Mas, esse compromisso foi desfeito. Outro desafio foi enfrentar a concorrência da Fotoptica, que reagiu. A Fotoptica criou o projeto Ótica by Fotoptica para licenciar a marca em áreas que não comportem uma franquia completa da rede, como cidades do interior e comércio de vizinhança na capital - justamente o mercado-alvo da Óticas Carol.
Já em setembro de 2006, a Óticas Carol se transformou na maior rede do setor do país em unidades de lojas, num total de 150, mesmo que com lojas somente no estado de São Paulo. Tinha 600 funcionários e faturamento em torno de 80 milhões de reais.
Em janeiro de 2017, a Óticas Carol é comprada pela italiana Luxottica. O negócio foi fechado por 110 milhões de euros. Em junho do mesmo ano, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a compra sem restrições.
Hoje com sede em Barueri, São Paulo, onde fica o laboratório digital de lentes, a rede possui mais de 1350 lojas em várias partes do país. É a maior rede de óticas do Brasil.
(Fonte: revista Exame - 27.09.2006 / D.O.U - 12.06.2017 - partes)
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