O grupo Nova América tem sede na pequena cidade de Tarumã, interior de São Paulo.
O Nova América é controlado por três irmãos. Renato Eugênio de Rezende Barbosa, o mais velho, fez economia, mas na prática é um boiadeiro que cuida dos outros negócios da família, como soja e gado. O caçula, José Eugênio, é agrônomo e responde pela área de suprimentos do grupo. Roberto, nascido em 1951, o presidente, não chegou a terminar a faculdade de administração no Mackenzie porque achava mais importante trabalhar.
Os três descendem de uma longa linhagem de fazendeiros. O bisavô, o avô e o pai plantaram café no interior de São Paulo. O negócio com açúcar começou na década de 1940 e cresceu pelas mãos de Roberto no final dos anos 1980. Foi sob sua gestão que o grupo lançou sua própria marca no varejo e investiu na construção de um terminal portuário em Santos para exportação do açúcar produzido pela empresa e também por terceiros. O grupo tem ainda uma divisão de sucos com as marcas Fast Fruit e Frutteto, além de duas tradings.
No início de março de 2005, o grupo saiu do quase anonimato quando comprou da Copersucar os produtos da marca União e se tornou líder do mercado brasileiro de açúcar. Passou a ter metade do mercado de açúcar refinado, ante os 11% obtidos pela sua marca Dolce.
Na prática, é como se uma nova empresa surgisse da noite para o dia. O faturamento anual da Nova América quase dobrou: de 800 milhões de reais para 1,4 bilhão de reais. Além de absorver sete novas marcas, o grupo incorpora a produção de duas novas unidades industriais. O número de clientes sai de 9.000 para 40.000. O volume de açúcar comercializado anualmente quase triplicou, para 700.000 toneladas.
No negócio também entrou as áreas comercial, de marketing e de distribuição da União e manteve as mesmas equipes. Nos cinco primeiros anos, a Copersucar se comprometeu a garantir matéria-prima necessária à repentina expansão.
Em março de 2009, a Nova América Agroenergia é incorporada pelo Grupo Cosan através de uma operação de troca de ações entre a Cosan e a holding Rezende Barbosa. Através de um processo de reorganização societária dos dois grupos, sem a ocorrência de desembolso financeiro, a Rezende Barbosa - que possui 100% do capital da NovAmérica - passa a deter 11% do capital social da Cosan, tornando-se um de seus principais acionistas com direito a um representante em seu Conselho de Administração. Além de incorporar as quatro usinas hoje controladas pela NovAmérica, que juntas têm capacidade de moagem de cerca de 10,6 milhões de toneladas, o Grupo Cosan também passará a deter a marca "União", líder em vendas de açúcar refinado no varejo brasileiro, além de duas refinarias e quatro empacotadoras de açúcar.
(Fonte: revista Exame - 16.03.2005 / revista Época - 13.03.2009 - partes)
O Nova América é controlado por três irmãos. Renato Eugênio de Rezende Barbosa, o mais velho, fez economia, mas na prática é um boiadeiro que cuida dos outros negócios da família, como soja e gado. O caçula, José Eugênio, é agrônomo e responde pela área de suprimentos do grupo. Roberto, nascido em 1951, o presidente, não chegou a terminar a faculdade de administração no Mackenzie porque achava mais importante trabalhar.
Os três descendem de uma longa linhagem de fazendeiros. O bisavô, o avô e o pai plantaram café no interior de São Paulo. O negócio com açúcar começou na década de 1940 e cresceu pelas mãos de Roberto no final dos anos 1980. Foi sob sua gestão que o grupo lançou sua própria marca no varejo e investiu na construção de um terminal portuário em Santos para exportação do açúcar produzido pela empresa e também por terceiros. O grupo tem ainda uma divisão de sucos com as marcas Fast Fruit e Frutteto, além de duas tradings.
No início de março de 2005, o grupo saiu do quase anonimato quando comprou da Copersucar os produtos da marca União e se tornou líder do mercado brasileiro de açúcar. Passou a ter metade do mercado de açúcar refinado, ante os 11% obtidos pela sua marca Dolce.
Na prática, é como se uma nova empresa surgisse da noite para o dia. O faturamento anual da Nova América quase dobrou: de 800 milhões de reais para 1,4 bilhão de reais. Além de absorver sete novas marcas, o grupo incorpora a produção de duas novas unidades industriais. O número de clientes sai de 9.000 para 40.000. O volume de açúcar comercializado anualmente quase triplicou, para 700.000 toneladas.
No negócio também entrou as áreas comercial, de marketing e de distribuição da União e manteve as mesmas equipes. Nos cinco primeiros anos, a Copersucar se comprometeu a garantir matéria-prima necessária à repentina expansão.
Em março de 2009, a Nova América Agroenergia é incorporada pelo Grupo Cosan através de uma operação de troca de ações entre a Cosan e a holding Rezende Barbosa. Através de um processo de reorganização societária dos dois grupos, sem a ocorrência de desembolso financeiro, a Rezende Barbosa - que possui 100% do capital da NovAmérica - passa a deter 11% do capital social da Cosan, tornando-se um de seus principais acionistas com direito a um representante em seu Conselho de Administração. Além de incorporar as quatro usinas hoje controladas pela NovAmérica, que juntas têm capacidade de moagem de cerca de 10,6 milhões de toneladas, o Grupo Cosan também passará a deter a marca "União", líder em vendas de açúcar refinado no varejo brasileiro, além de duas refinarias e quatro empacotadoras de açúcar.
(Fonte: revista Exame - 16.03.2005 / revista Época - 13.03.2009 - partes)
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