A Porto Seguro S.A. foi fundada por Abrahão Garfinkel, em 1972 e começou de maneira tímida.
A empresa pegou impulso com Jayme Brasil Garfinkel, filho de Abrahão. Nascido em 1945, formou-se em engenharia civil pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) em 1970. Em 1975 concluiu a pós-gradução em administração de empresas pela Faculdade Getúlio Vargas.
Ele começou a carreira na seguradora como assistente de diretoria e, com a morte do pai em 1978, assumiu a liderança do grupo.
Foi sob o comando de Jayme Garfinkel, que a Porto Seguro começou a ofertar serviços personalizados. Com milhões de segurados na cartela de clientes e cerca de 25 mil corretores, a guinada veio a partir da década de 1990, quando a seguradora passou a oferecer aos clientes serviços do dia a dia, que vão desde a troca da luzes no carro ao conserto de chuveiro em residências. Isso permitiu que a Porto Seguro cobrar um valor maior pela apólices.
Mas, a trajetória para a Porto Seguro Seguros se tornar-se uma empresa tão grande envolveu muitos dramas familiares. A relação com a irmã Stela teve altos e baixos por quase 20 anos – motivadas, principalmente, pela relação dele com o cunhado. De acordo com Jayme, tudo só se tornou mais tranquilo quando a Porto Seguro abriu capital e ele comprou a parte de Stela. A austeridade com que Jayme Brasil Garfinkel trata os funcionários que são familiares é notória. Foi assim com o sobrinho Marcelo Blay e com os filhos.
Se a trajetória da Porto Seguro para estar entre as maiores empresas brasileiras não foi rápida, o empresário se mostrou assertivo nas decisões. A dica dada por ele é que não dá para ser puramente emocional. Mas é importante saber que a emoção vai interferir muitas vezes – logo, é preciso saber lidar com isso.
No final de agosto de 2009, foram necessários somente nove dias para que a Porto Seguro e o Itaú Unibanco chegassem a um consenso em relação a fusão. As conversas começaram em 14 de agosto, após as negociações entre Porto Seguro e Bradesco terem sido definitivamente encerradas, após se arrastarem por meses. Segundo Garfinkel, presidente da empresa, quando a negociação com o Bradesco não se concretizou, alguns "emissários" foram procurá-lo para falar do interesse do grupo Itaú Unibanco na associação.
Na noite de domingo, 23 de agosto, as duas empresas chegaram a um acordo. Pelo negócio fechado, o Itaú Unibanco transferiria toda a sua carteira de seguros de automóveis e residências para uma companhia que se chamaria Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência S.A., que teria um patrimônio líquido de R$ 950 milhões. Esta empresa será transferida para a Porto Seguro. A empresa resultante da união se chamará Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. (PSIUPAR). Ela será controlada pela Porto Seguro S.A. e terá 30% de participação nas mãos do Itaú Unibanco.
O negócio entre as duas empresas surpreendeu o mercado, que esperava um acordo entre Porto Seguro e Bradesco. A negociação com o Bradesco acabou não evoluindo, porque a Porto Seguro não tinha intenção de perder o controle do negócio. “O negócio lá [com o Bradesco] não foi para o caminho que queríamos. Já aqui [com Itaú Unibanco] as ideias evoluíram rapidamente", disse Garfinkel. Pedro Moreira Salles, presidente do conselho do Itaú Unibanco, completou: “A Porto Seguro tem tradição, reputação, marca e performance invejável. Temos confiança na parceria que estamos criando, por isso fizemos em velocidade recorde”, disse.
A nova empresa será multimarcas. Venderá seguros das quatro seguradoras: Itaú, Unibanco, Porto Seguro e Azul. Os preços também serão diferentes. “Queremos oferecer produtos e preços variados para diferentes clientes”, disse Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco. Os executivos e funcionários do Itaú Unibanco, que atuavam na área de seguros de automóvel e residência seriam transferidos para a nova empresa, a Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência S.A..
O negócio agregou à Porto Seguro 4.500 novos pontos de venda, já que os produtos passaram a ser vendidos também nas agências do Itaú Unibanco. O número de carros segurados pela nova empresa chegou a 3,4 milhões e o número de residências foi a 1,2 milhão.
Ele começou a carreira na seguradora como assistente de diretoria e, com a morte do pai em 1978, assumiu a liderança do grupo.
Foi sob o comando de Jayme Garfinkel, que a Porto Seguro começou a ofertar serviços personalizados. Com milhões de segurados na cartela de clientes e cerca de 25 mil corretores, a guinada veio a partir da década de 1990, quando a seguradora passou a oferecer aos clientes serviços do dia a dia, que vão desde a troca da luzes no carro ao conserto de chuveiro em residências. Isso permitiu que a Porto Seguro cobrar um valor maior pela apólices.
Mas, a trajetória para a Porto Seguro Seguros se tornar-se uma empresa tão grande envolveu muitos dramas familiares. A relação com a irmã Stela teve altos e baixos por quase 20 anos – motivadas, principalmente, pela relação dele com o cunhado. De acordo com Jayme, tudo só se tornou mais tranquilo quando a Porto Seguro abriu capital e ele comprou a parte de Stela. A austeridade com que Jayme Brasil Garfinkel trata os funcionários que são familiares é notória. Foi assim com o sobrinho Marcelo Blay e com os filhos.
Se a trajetória da Porto Seguro para estar entre as maiores empresas brasileiras não foi rápida, o empresário se mostrou assertivo nas decisões. A dica dada por ele é que não dá para ser puramente emocional. Mas é importante saber que a emoção vai interferir muitas vezes – logo, é preciso saber lidar com isso.
No final de agosto de 2009, foram necessários somente nove dias para que a Porto Seguro e o Itaú Unibanco chegassem a um consenso em relação a fusão. As conversas começaram em 14 de agosto, após as negociações entre Porto Seguro e Bradesco terem sido definitivamente encerradas, após se arrastarem por meses. Segundo Garfinkel, presidente da empresa, quando a negociação com o Bradesco não se concretizou, alguns "emissários" foram procurá-lo para falar do interesse do grupo Itaú Unibanco na associação.
Na noite de domingo, 23 de agosto, as duas empresas chegaram a um acordo. Pelo negócio fechado, o Itaú Unibanco transferiria toda a sua carteira de seguros de automóveis e residências para uma companhia que se chamaria Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência S.A., que teria um patrimônio líquido de R$ 950 milhões. Esta empresa será transferida para a Porto Seguro. A empresa resultante da união se chamará Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. (PSIUPAR). Ela será controlada pela Porto Seguro S.A. e terá 30% de participação nas mãos do Itaú Unibanco.
O negócio entre as duas empresas surpreendeu o mercado, que esperava um acordo entre Porto Seguro e Bradesco. A negociação com o Bradesco acabou não evoluindo, porque a Porto Seguro não tinha intenção de perder o controle do negócio. “O negócio lá [com o Bradesco] não foi para o caminho que queríamos. Já aqui [com Itaú Unibanco] as ideias evoluíram rapidamente", disse Garfinkel. Pedro Moreira Salles, presidente do conselho do Itaú Unibanco, completou: “A Porto Seguro tem tradição, reputação, marca e performance invejável. Temos confiança na parceria que estamos criando, por isso fizemos em velocidade recorde”, disse.
A nova empresa será multimarcas. Venderá seguros das quatro seguradoras: Itaú, Unibanco, Porto Seguro e Azul. Os preços também serão diferentes. “Queremos oferecer produtos e preços variados para diferentes clientes”, disse Roberto Setúbal, presidente do Itaú Unibanco. Os executivos e funcionários do Itaú Unibanco, que atuavam na área de seguros de automóvel e residência seriam transferidos para a nova empresa, a Itaú Unibanco Seguros de Automóvel e Residência S.A..
O negócio agregou à Porto Seguro 4.500 novos pontos de venda, já que os produtos passaram a ser vendidos também nas agências do Itaú Unibanco. O número de carros segurados pela nova empresa chegou a 3,4 milhões e o número de residências foi a 1,2 milhão.
Jayme Garfinkel é o presidente do conselho de administração da Porto Seguro Seguros. É o maior acionista da empresa. A Porto Seguros S.A. (PSSA3) tem capital aberto na B3, a bolsa brasileira. A Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. (da qual Garfinkel e Itaú-Unibanco são sócios) tem 70,82% das ações, com um free float de 28,97% e 0,21% em tesouraria.
Em abril de 2022, a Porto Seguro passa a denominar-se simplesmente Porto.
(Fonte: Época Negócios - 25.08.2009 - parte)
(Fonte: Época Negócios - 25.08.2009 - parte)
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