A Aligned é uma empresa norte-americana de infraestrutura de data centers. A empresa tem 16 data centers nos Estados Unidos.
Em 13 de dezembro de 2022, a companhia anunciou a aquisição de 100% do capital da empresa brasileira Odata, criada em 2015, que possui operações de data centers no Brasil e em outros países da
América Latina. Ricardo Alário Arantes é o CEO da empresa.
Suas receitas vêm principalmente de contratos de longo prazo com grandes provedores de serviços de computação em nuvem, além de clientes nos setores financeiro, de telecomunicações e educacional.
O acordo foi assinado dois dias antes pelo fundo Pátria Investimentos, que detém cerca de 90% do capital da Aligned, e pela empresa de data centers norte-americana CyrusOne, que detinha cerca de 10% da Odata.
O valor do negócio e seus termos não foram revelados. Fontes dizem que o negócio está avaliado em mais de R$ 10 bilhões e representa 26 vezes o EBITDA da Odata.
O negócio depende da aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) do Brasil, além dos órgãos reguladores dos Estados Unidos, Chile, Colômbia e México, onde as empresas têm operações.
A Odata possui seis data centers em operação — três no Brasil, um no Chile, um na Colômbia e um no México. A empresa tem outros três centros em construção no Brasil e no Chile com entrega prevista para o primeiro semestre de 2023, bem como no México, para o primeiro semestre de 2024. Sua equipe é formada por 350 funcionários na América Latina.
(Fonte: jornal Valor - 13.12.2022)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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26 de dez. de 2022
Aligned / Odata
TC S.A. (TC Traders Club)
A plataforma social para investidores TC Traders Club foi fundada por Pedro Geraldo Bernardo
de Albuquerque Filho, nascido em 1986 e tem Rafael Ferri como sócio cofundador.. Ele ocupa o cargo de CEO da empresa. Pedro é cofundador da TEx Tecnologia, empresa de software para o mercado de seguros.
Em 17 de setembro de 2021, o Traders Club informou que adquiriu por R$ 6,5 milhões a totalidade das ações da RIWeb, sociedade resultante da cisão parcial do Grupo Comunique-se. Fundada em 2009, a RIWeb é conhecida por reunir todas as atividades de comunicação do dia a dia do profissional de relações com investidores no Workr.
O TC Traders Club debutou na B3 em julho de 2022.
Em 26 de dezembro de 2022, os acionistas da Traders Club aprovaram a alteração do nome social da empresa para “TC S.A.”. As ações continuam a ser negociadas na B3 sob o código “TRAD3”.
Em 9 de fevereiro de 2023 o mercado soube que Rafael Ferri deixaria a sociedade. Na semana de 12 a 16 de junho de 2023 houve a venda dos papeis. Na quarta-feira, dia 14, subiu 40% e continuou a alta no dia seguinte, com negócios interrompidos por leilões diante da alta de mais de 30%.
(Fonte: Forbes Brasil - 27.08.2021 / Valor - 26.12.2022 / Hot Picks Empiricus - 18.06.2023 - partes)
25 de dez. de 2022
Pastis 51
Pastis 51 é uma bebida com sabor de anis feita em Marselha, na França. Foi criada em 1951 pela Pernod Ricard quando a proibição de aperitivos à base de anis foi levantada.
Este clássico logo se tornou uma marca líder na França. Esta versão do pastis (de pastisser ou 'misturar' em francês provençal) contém anis estrelado chinês, plantas aromáticas provençais, erva-doce,
alcaçuz oriental e noz de cola africana para oferecer um sabor leve e refrescante do Mediterrâneo.
(Fonte: site da Pernod Ricard)
22 de dez. de 2022
Linhas Corrente (Coats Corrente)
Em 1912 a J&P Coats tornou-se uma das três empresas mais valiosas do mundo com ações na Bolsa de Valores de Londres, atrás somente da United States Steel e da Standard Oil Company.
A empresa se estabeleceu no Brasil em 1907 como Cia Brasileira de Linhas para Coser. Na década de 1950 ficou conhecida como Linhas Corrente.
A Coats fornece produtos, serviços e soluções de software para as indústrias de vestuário e calçados. Seu segmento de Performance Materials atua em áreas como Transportes, Telecomunicações e Energia e Proteção Individual, portanto os produtos estão em itens e locais que muitas vezes não são notados pelo público, mas que fazem parte da vida de todos.
Coats Corrente Ltda. (no Brasil), ou simplesmente Coats, continua como uma multinacional britânica. É uma das maiores fabricantes de linha de costura do mundo e única realmente com atuação global. Seus produtos atendem tanto o uso doméstico como o industrial, ou seja, empresas que adquirem insumos como matéria prima para a fabricação de seus produtos.
No segmento do artesanato (Crafts), a Coats conta com marcas como Drima, Laranja, Cadena, Anchor, Cisne, Camila, Esterlina, Milward e Linha 10. São marcas top of mind que se tornaram sinônimo de qualidade e desejo pelos consumidores.
Na unidade de negócios industrial são atendidos segmentos como vestuário, calçado, automotivo, cama, mesa, banho, vestuário de segurança, telecomunicações, higiene e médico, dentre outros. Nesse segmento há marcas fortes como Dual Duty e Epic, Astra, Sylko e Gramax dentre inúmeras outras, que são utilizadas pelas principais empresas e marcas do Brasil e do mundo.
Os produtos da Coats incluem linhas industriais, linhas domésticas, agulhas, acessórios de artesanato, zíperes, entretelas, fecho de contato e faixa refletivas.
21 de dez. de 2022
Corsan
A Corsan - Companhia Riograndense de Saneamento é a empresa estatal de água e esgoto do Rio Grande do Sul. Considerando dados de fins de 2022, atende mais de 6 milhões de pessoas no estado, distribuídas em 317 municípios que contratam os serviços da empresa.
Em 20 de dezembro de 2022, um único interessado, o Consórcio liderado pela Aegea juntamente com Perfin e Kinea, comprou a Corsan, com uma oferta de R$ 4,15 bilhões, ágio de apenas 1,15% sobre o lance mínimo de R$ 4,1 bilhões. O edital de privatização prevê a venda em lote único de 630
milhões de ações. A licitação ocorreu na sede da B3, em São Paulo.
Com a privatização, a estatal de água e esgoto deverá cumprir as condições de qualquer convenção coletiva de trabalho referente a compromissos de retenção de funcionários, bem como contratos de serviços de saneamento básico firmados com municípios.
Segundo o CEO Roberto Barbuti, esse foi um processo complexo e estressante porque envolve muitos interesses. O governo do Rio Grande do Sul argumenta que a privatização atende ao marco legal do saneamento aprovado pelo governo federal, que determina que 99% da população deve ter acesso à água potável e 90% à coleta e tratamento de esgoto até 2033.
“A Corsan, como empresa estatal de água e esgoto, não tem condições de fazer investimentos consistentes para atender as necessidades de saneamento básico nas cidades onde atua, que é muito superior ao investimento feito nos últimos anos. Assim, a privatização visa restabelecer a capacidade da empresa de fazer os investimentos setoriais necessários e aumentar a qualidade e cobertura do serviço oferecido ao cidadão”, diz o edital.
O leilão foi marcado por tentativas de suspensão e batalhas judiciais, fatos que geram incertezas
sobre o processo.
A Corsan que foi efetivamente privatizada em julho de 2023, após meses de disputas judiciais e
polêmicas com o tribunal de contas.
O valor (R$ 4,15 bilhões) foi desembolsado apenas em julho, quando o contrato foi assinado. A conclusão da transação foi adiada em cerca de três meses devido a liminares obtidas pelo sindicato dos trabalhadores e uma controvérsia com o tribunal de contas sobre o valor da venda.
Em agosto de 2023, a Aegea inicia as primeiras ações de reestruturação da Corsan. Além de acelerar os investimentos, que devem chegar a R$ 1,5 bilhão por ano até 2024, a empresa lançou um programa de desligamento voluntário de funcionários e iniciou negociações com dezenas de municípios que ainda precisam regularizar seus contratos.
Uma medida tomada para sanar a assinatura do contrato foi o acordo trabalhista que garantiu 18 meses de estabilidade a todos os funcionários. O programa de desligamento voluntário lançado pela Corsan permite que os funcionários convertam sua estabilidade em verbas rescisórias.
O plano de investimentos da Corsan para universalizar os serviços até 2033 prevê R$ 15 bilhões em investimentos. O volume de aportes, em torno de R$ 400 milhões por ano, deve subir para cerca de R$ 1 bilhão em 2023 e deverá chegar a R$ 1,5 bilhão anuais a partir de 2024, segundo Leandro Marin, vice-presidente da Aegea e chefe de operações para a região sul do Brasil
Além disso, a empresa já iniciou negociações com os municípios para regularizar os contratos — há cerca de 230 a serem reajustados, considerando dados de agosto de 2023. Dos 317 municípios atendidos pela Corsan, 87 já fizeram a regularização em função da nova lei de saneamento de 2020. Esses municípios respondem por 55% da receita. Dos 230 restantes, dez estão atrasados.
A regularização dos contratos era uma das incertezas mais significativas na privatização da Corsan. O temor era de uma debandada de municípios e uma onda de litígios nas cidades que não aceitavam a privatização. No mercado, ainda não está 100% claro o que acontece neste caso, uma vez que, juridicamente, os contratos não são regulares à luz da nova lei, mas estão em vigor.
Um assunto em discussão é como será tratada a parceria público-privada (PPP) para a região metropolitana de Porto Alegre, contrato firmado entre a Corsan e a Aegea em 2020. Uma possibilidade em discussão é incorporar a PPP à Corsan agora que a Aegea a controla
No momento da privatização, a Corsan tinha 5.600 funcionários.
(Fonte: jornal Valor - 20.12.2022 / 17.08.2023 - partes)
Agrorobótica
Funcionou para o rover Curiosity explorar o solo de Marte, funciona também para o agronegócio. A startup Agrorobótica tem chamado a atenção do mercado com uma proposta que combina análise fotônica com inteligência artificial para fazer uma leitura detalhada de áreas para o plantio.
A análise detalhada do terreno permite que o produtor use fertilizantes de modo mais preciso, corte custos, evite desperdícios e excesso de agroquímicos. O sistema começou a ser desenvolvido em parceria com pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), e é usada por mais de 400 agricultores em 14 estados. A técnica é conhecida como Libs (sigla em inglês para Espectroscopia por Ruptura Induzida a Laser). O robô Curiosity a usou em 2012 para explorar a superfície de Marte. Funciona assim: um pulso de laser incide sobre a amostra de solo. O material superaquece e é transformado em plasma. Por meio da fotônica, é possível identificar a presença de qualquer elemento constante na amostra, porque cada um deles emite uma luz característica.
O software da Agrorobótica transforma, em tempo real, os dados em informações sobre a quantidade e a qualidade dos nutrientes, a textura e a acidez da terra. A tecnologia acelera a análise do solo, que, por métodos tradicionais e dependendo do terreno, pode levar de dez a 40 dias para ser concluída. Também é mais limpa: o método convencional de perícia chega a usar até 15 reagentes químicos, segundo Fábio Angelis, CEO da Agrorobótica.
A startup, residente do novo LifeHub São Paulo, centro de inovação da Bayer no Brasil, recebeu dois aportes, de valores não revelados, nos últimos dois anos: da Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial) e do fundo de investimento NT Agro, especializado em novas tecnologias do agronegócio.
A empresa também assinou um contrato com a Bayer para desenvolver uma metodologia capaz de medir taxas de sequestro de carbono na agricultura.
É cada vez maior o número de empresas que, tradicionalmente, desenvolviam produtos por meio de rotas convencionais e agora investem em alternativas sustentáveis. Quem garante é Thiago Falda, presidente executivo da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI). A entidade foi criada em 2016 para apoiar e desenvolver iniciativas de inovação na área da bioeconomia, modelo de produção baseado no uso sustentável dos recursos biológicos.
A Agrorobótica conta com 95 funcionários, sendo 70 em operações no campo, considerando dados de fins de 2020.
20 de dez. de 2022
FTX
Pouco antes de meados de novembro de 2022, uma crise de confiança abalou todo o setor e teve como estopim a divulgação de um relatório que colocava em xeque a liquidez da FTT, principal token da plataforma de Bankman-Fried. A informação levou a uma reação em cadeia: a Binance, principal concorrente da FTX, desistiu do acordo de compra da companhia. Além disso, uma corrida frenética de clientes por saques retirou US$ 6 bilhões da FTT em apenas 72 horas.
Ao fim da semana de 10 e 11 de novembro de 2022, a crise envolvendo SBF, se agravou: com um rombo bilionário na empresa, Sam Bankman-Fried renunciou ao comando da companhia e a FTX entrou com um pedido de recuperação judicial.
O procurador a cargo do caso, Damian Williams, já solicitou a prisão de SBF, que já foi preso e está em vias de ser extraditado para os EUA. Ele morava nas Bahamas. De acordo com o procurador trata-se de uma das maiores fraudes financeiras da história americana e as penas acumuladas, por pelo menos oito crimes, podem levar SBF a uma condenação de 115 anos.
Apesar de todas as acusações e evidências, curiosamente, o mesmo procurador Damian Williams observou que SBF não se assemelha ao típico criminoso de colarinho branco. Ao que parece não havia uma intenção prévia em se fraudar, enriquecer e dar no pé com uma montanha de dinheiro. As evidências indicam que um misto de incompetência associada a alguns vieses comportamentais atuaram fortemente para o desfecho da história.
Tudo isso possibilitado pela ausência de regulação. Fraudadores profissionais, ou picaretas convictos, planejam seus golpes e buscam travestir suas empreitadas com ares de seriedade e solidez. Pois no caso da FTX, nada disso existia.
A corretora não atendia aos requisitos mais básicos de compliance e governança de instituições do mercado financeiro: a CEO tinha apenas 20 anos e nenhuma experiência em mercado financeiro, aparentemente era namorada de SBF; não existiam barreiras de informação entre os diferentes negócios, notadamente entre a corretora e a Alameda Research; não havia segregação de funções; não havia segregação entre os recursos de clientes e o da empresa; inexistência de gestão de risco.
Pearson
19 de dez. de 2022
Casa di San Giorgio / Wisselbank
Moedas como moeda corrente de um país ou região foram rastreadas até o século VII a.C. O papel-moeda foi impresso na China já no século XI. Mas nenhuma instituição econômica moldou o mundo como o banco. (A palavra vem do italiano banco, ou balcão, de onde os cambistas faziam negócios nas feiras medievais).
Antes do surgimento dos primeiros bancos públicos - a Casa di San Giorgio, fundada em Gênova em 1407, era a mais proeminente - os comerciantes faziam negócios usando letras de câmbio
que funcionavam como IOUs.
Os bancos, administrados por famílias ricas, muitas vezes iam à falência quando reis distantes renegavam os empréstimos. A Casa di San Giorgio durou apenas 37 anos, mas suas inovações levaram até o cartão de crédito.
O banco servia de modelo para os bancos públicos que "compensavam" ou transferiam saldos entre contas. E estabeleceu uma confiança sem precedentes: o governo tinha um incentivo para pagar suas dívidas para ter uma fonte contínua de recursos.
Esses desenvolvimentos deram origem ao moderno banco de compensação - o Wisselbak de
Amsterdã foi o primeiro, em 1609 - que tornou possível usar letras de câmbio como dinheiro.
Pagar uma dívida com alguém em outra cidade costumava levar semanas. Agora, 90 por cento de todas as transações financeiras são feitas eletronicamente - em segundos. Hoje podemos mover milhões através dos continentes com o toque de um teclado.
(Fonte: Life Books Time Inc. 1998)
English version:
Coins as currency have been traced back to the 7th century b.C. Paper money was printed in China as early as the 11th century. But no economic institution has shaped the world like the bank. (The word steams from the Italian banco, or bench, from which money changers did business at medieval fairs.) Before the first public banks appeared - Casa di San Giorgio, founded in Genoa in 1407, was the most prominet - merchants conducted business using bills of exchange that functioned as IOUs; banks, operated by wealthy families, often went bankrupt when distant kings reneged on loans. Casa di San Giorgio lasted only 37 years, but its innovations led all the way to the credit card.
The bank served as the model for public banks that "cleared," or transferred, balances between accounts. And it established an unprecedented trust: The government had an incentive to repay its debts so it would have a continuing source of funds.
These developments gave rise to the modern clearing bank - Amsterdam's Wisselbak was the first, in 1609 - which made it possible to use bills of exchange like money. Paying a debt owed to someone in another city used to take weeks. Now 90 percent of all financiql transactions are made electronically - in seconds.Today we can move millions across continents with the touch of a keyboard.
18 de dez. de 2022
Singer (máquina de costura)
A máquina de costura vestiu os exércitos da Guerra Civil dos Estados Unidos em tempo recorde.
Mas em 1830, quando o alfaiate francês Barthélemy Thimonnier patenteou a primeiro máquina, poucos de seus colegas previram quaisquer benefícios. Em vez disso, eles temiam que se tornassem obsoletos: esse novo dispositivo fazia 200 pontos por minuto, enquanto um homem fazia apenas 30.
Em 1841, eles saquearam a loja de Thimonnier em Paris. O crédito pela automação da indústria de vestuário iria, em vez disso, para o filho de um imigrante alemão na América, Isaac Merritt Singer,
que em 1851 aprimorou um projeto anterior de Elias Howe.
Então, em 1856, Singer tornou as máquinas de costura acessíveis, oferecendo o primeiro plano de layaway. Com cinco dólares de entrada, era possível levar para casa uma máquina de US$ 125 e pagar o restante em parcelas mensais com juros.
A "costureira de ferro" também deu origem a roupas prontas. Uma mulher poderia andar pela Fifth Avenue em Manhattan e - horrores! - esbarrar em alguém vestindo uma roupa idêntica. Mas mesmo que o prêt-à-porter libertasse aqueles com poder aquisitivo, ele escravizava mulheres e crianças imigrantes em fábricas clandestinas. Apesar da formação, em 1900, do Sindicato Internacional dos Trabalhadores de Vestuário Feminino, roupas hoje estão disponíveis graças não apenas a Singer, mas também a pessoas em todo o mundo que operam suas máquinas por pouco dinheiro.
Em 1911, as máquinas Singer já estavam por toda parte, incluindo salas de aula de costura no Japão.
A título de curiosidade, 1.433.954.000 blusas femininas foram fabricadas para venda nos Estados Unidos em 1996.
(Fonte: The Life Millennium - Life Books - Time Inc. - 1998)
9 de dez. de 2022
Statkraft
8 de dez. de 2022
Supermercado BH
Filho de lavradores que moravam em Paineiras, a 250 quilômetros de Belo Horizonte, Oliveira resolveu sair de casa aos 18 anos para trabalhar na capital mineira. Havia estudado até o 8º ano do ensino fundamental e, de cara, foi trabalhar em supermercados - primeiro como encarregado do depósito, depois como carregador, repositor e vendedor. Em alguns anos, virou gerente e, em seguida, supervisor de vendas do atacadista Ferreirão. Em 1996, quando tinha 40 anos e algum dinheiro guardado, ele decidiu usar as economias para abrir uma mercearia em um bairro da periferia de Santa Luzia, cidade próxima a Belo Horizonte. Usou o lucro para ampliar a loja e, em seguida, para abrir filiais em bairros e cidades vizinhas.
Em 2004, vendeu cerca de 40% da empresa para dois sócios e, com os recursos, inaugurou mais lojas e comprou mercadinhos que iam mal.
Após a chegada ao país da maioria dos grupos estrangeiros, o BH decidiu crescer pelas beiradas, abrindo lojas onde havia poucos competidores. Escolheu como alvo a periferia de Belo Horizonte e, em seguida, pequenas cidades no interior de Minas Gerais - sempre vendendo produtos de marcas mais baratas. Assim, foi beneficiado pelo aumento do poder aquisitivo das classes C e D de 1996 em diante.
O BH comprou a rede Atacarejo (antiga ViaBrasil) por 78 milhões de reais e transformou suas lojas em filiais de varejo tradicional.
Seus dois filhos trabalham na companhia - um como diretor comercial e outro como diretor de operações. Os gerentes são todos amigos de Oliveira e estão no BH há mais de dez anos.
Em 20 anos a rede de supermercados já se transformara numa das maiores redes de varejo do país e passou a chamar a atenção de seus concorrentes.
Considerando dados de março de 2017, a rede faturava 5 bilhões de reais, tinha 16.000 funcionários e 172 lojas. O plano de então, era comprar ou juntar-se ao principal concorrente no estado, o grupo DMA, dono da marca EPA, que faturava 2,6 bilhões de reais e tinha pouco mais de 100 lojas em Minas Geris e no Espírito Santo. Tornar-se-ia então a quinta maior rede nacional, logo depois dos chilenos do Cencosud. O BH ocupava a 7ª posição. Segundo Oliveira, Carrefour, Walmart e fundos de private equity já tentaram comprar o BH mas ele não quer vender.
A sede da empresa é em Contagem, na Grande Belo Horizonte. Aos poucos, Oliveira foi se tornando uma espécie de celebridade em Minas Gerais. Volta e meia, pega seu jatinho para comer galinha caipira na fazenda do cantor sertanejo Gustavo Lima, em João Pinheiro, a 340 quilômetros de Belo Horizonte.
O problema do BH é a baixa margem de rentabilidade. Para conseguir crescer e manter os preços baixos, a empresa lucra menos do que a maioria das grandes redes de supermercados. O indicador que mede o faturamento por metro quadrado de loja, um dos mais monitorados pelos varejistas, foi de 2% em 2015, um dos piores do setor - o índice do Zaffari, por exemplo, era de 5,7%; e o do Pão de Açúcar, 4,9% (o Walmart estava pior, com 1,3%).
6 de dez. de 2022
Astra / Japi
A fabricante de assentos sanitários, banheiras e utilidades domésticas Astra, foi fundada pelo avô
da atual CEO do grupo, Ana Oliva.
A Astra é a primeira empresa do grupo, que foi fundado em 1957. Uma das principais empresas do grupo é a Japi, com fábrica em Jundiaí, fabricante de louças sanitárias e acessórios para jardinagem. A Japi foi criada em 1992 e começou como importadora dos produtos que fabrica hoje. O nome Japi foi dado em homenagem à Serra do Japi, localizada nas cercanias de Jundiaí. O grupo tem também uma
construtora e uma empresa de serviços financeiros.
Em fins de 2022, a Japi prepara-se para inaugurar sua primeira unidade no exterior, na República Dominicana. A fábrica está prevista para começar a operar em março de 2023, disse Ana Oliva, diretora da Japi e presidente da Astra.
Primeira unidade no exterior, a fábrica está prevista para começar a operar em março de 2023 para facilitar a logística de exportação para Américas, Europa e África; produção prevista é de 40 toneladas por mês O investimento inicial para a unidade caribenha é de US$ 5 milhões, e a meta é
ampliar a base de países atendidos pelas exportações do Japi, que hoje somam 35 nações.
Como explica a senhora Oliva, um dos produtos mais vendidos pela Japi para outros países é a linha de vasos de jardim de plástico que imitam a cerâmica. “Eles são extremamente leves. Temos vasos inteligentes para jardins verticais e também vasos assinados por designers”, disse. A produção dominicana será voltada para artigos de jardinagem.
A planta dominicana também ajudará a expandir a produção nacional, liberando espaço na planta de Jundiaí. Atualmente, a empresa ocupa uma área fabril de 20 mil metros quadrados na cidade localizada a 50 quilômetros de São Paulo. A Astra também tem uma unidade fabril em Pernambuco.
Juntas, as receitas do Astra e do Japi devem chegar a R$ 1 bilhão em 2022, o mesmo valor do ano de 2021.
Os produtos da Astra e da Japi são voltados principalmente para o segmento econômico, embora ambas as empresas também tenham linhas premium. “Estamos trabalhando para diversificar o mix de produtos, com uma linha assinada por arquitetos, e itens de design, mas é uma parcela menor dos produtos. Nosso forte é o público de baixa renda”, afirmou Ana Oliva.
(Fonte: jornal Valor - 05.12.2022)
5 de dez. de 2022
Livraria / Editora Martins Fontes
Em 2000, com a morte de Waldir, a editora passou a ser administrada por Evandro M. Martins Fontes e Alexandre Martins Fontes, herdeiros do fundador. Sua sócia majoritária passou a ser a viúva Norma Martins Fontes.
Nos anos 2000, foram criadas duas novas empresas, que passaram a dar continuidade ao projeto editorial da Martins Fontes: em 2005, o antigo selo editorial Martins passou a ser uma nova casa editorial, a "Martins Fontes - selo Martins", inicialmente também chamada Martins Editora', de Evandro.
Notar que o também santista José Martins Fontes (1884-1937), médico e poeta brasileiro, e sua respectiva família não têm absolutamente nada a ver com a editora Editora Martins Fontes brasileira, segundo seu biógrafo, Rui Calisto, o qual, aliás, é proprietário da Editora Martins Fontes Portugal, sem relação com a empresa brasileira.
As livrarias Martins Fontes contam com um vasto acervo nas áreas das Ciências Humanas, Artes, Arquitetura, Psicologia, Literatura Infantil e Juvenil, além de livros para o ensino de idiomas. Estas três livrarias são administradas pelo herdeiro Evandro M. Martins Fontes.
29 de nov. de 2022
Latasa / Aluar
A empresa fabricante de latas Latasa era uma associação da Reynolds Metals com o JP Morgan e o Bradesco.
Em meados de 1994, quando produzia cerca de 1,8 bilhão de latas ao ano, a Latasa acertou uma parceria com a argentina Aluar para a construção de uma fábrica em Buenos Aires com capacidade para produzir anualmente 750 milhões de latas.
O investimento na nova empresa, que foi denominada Reynolds Latas de Alumínio Argentina, foi de 46 milhões de dólares. A Aluar teria 30% de participação na nova empresa e a Reynolds Metals, controladora da Latasa, 70%.
(Fonte: revista Exame - 08.06.1994)
21 de nov. de 2022
Gucci
Suas linhas de produtos incluem bolsas, roupas, calçados e acessórios, maquiagem, fragrâncias e decoração de casa.
Com a direção de Aldo Gucci (filho de Guccio), a Gucci tornou-se uma marca de grife mundialmente conhecida. No ano de 1999, foi adquirida pelo conglomerado francês Pinault Printemps Redoute, que mais tarde tornou-se a Kering.
Como outras grandes marcas, a Casa Gucci começou com a fabricação de peças de couro feitas artesanalmente pela família.
Nos anos 1990, a empresa foi à falência e a direção artística da marca italiana foi entregue a Tom Ford, que lhe atribuiu uma nova imagem, mais jovem e chic, popularizando a marca por todo o mundo. Provavelmente devido a conflitos internos, Tom Ford retirou-se da Gucci em 2005 e assumiu uma marca própria.
"Nos últimos anos, após uma reformulação inspirada pelo diretor criativo Alessandro Michele, a Gucci se tornou extremamente popular, principalmente em centros turísticos como Londres, Paris e Milão", escreveu a Forbes em fevereiro de 2021. (...) A influência de Michele colocou a Gucci em uma trajetória ascendente a partir de 2015 - e em 2019 a marca respondia por 60% da receita do grupo Kering".
Em 2020, devido à pandemia de Covid-19, que afetou a ida de turistas a suas lojas, a empresa teve uma queda de 23% em suas vendas.
Sigma Lithium
Com investimento de R$ 1,2 bilhão, todo o financiamento necessário para a operação já está garantido e a empresa já tem acordos firmados com alguns dos maiores players do mercado mundial para a produção das baterias, como a LG, empresa coreana que fornece peças para indústrias automobilísticas como Volkswagen, GM, Fiat Stellantis, Audi e Porsche, e as prospecções já realizadas pela empresa, auditadas externamente, estimam uma perspectiva de produção de até US$ 5,1 bilhões em lítio apenas nas duas primeiras das três fases de exploração.
Para Ana Cabral-Gardner, CO-CEO da Sigma Lithium, o Brasil está em uma posição estratégica para liderar a transição energética no mundo. “Nosso gás é natural, a energia é renovável, barata e abundante. Estamos em uma localização privilegiada, no Oceano Atlântico e com um ambiente regulador modernizado”, diz. Tudo isso, afirma Gardner, deve empurrar o país para o centro da cadeia produtiva de carros elétricos.
19 de nov. de 2022
Vemax
atendimento aos clientes
Máxima qualidade dos produtos
entregues aos clientes
X - Número 10 em algarismo romano, que representa para a empresa, a excelência no atendimento ao cliente.
18 de nov. de 2022
Caninha Pelé
A história da Caninha Pelé, a cachaça que morreu antes de ter nascido, tem detalhes bem reveladores. O episódio parece ter sido uma grande lição para Edson Arantes do Nascimento, então com 18 anos.
Pelé voltara da Copa de 1958 como revelação; o Brasil fora campeão mundial de futebol pela primeira vez; o velho complexo de vira-lata parecia estar com seus dias contados.
O jovem que despontava no Santos não era ainda o incontestável Rei do Futebol que se tornaria, mas tornara-se, sem dúvida, um astro pop, com seu sorriso e jeito de bom garoto.
Com isso, claro, muitas empresas se interessaram em ligar seus produtos à marca do astro. Uma dessas empresas foi a Chiabrando & Amandola Ltda.
A empresa fora fundada em 1954, em Guarulhos, na grande São Paulo, por dois imigrantes italianos: Franco Chiabrando e Vincenzo Amandola.
A empresa não contava com um portfólio de grande destaque. Tinha como carro-chefe o conhaque de ameixas – bebida em voga na São Paulo daquela época – com a marca Alba.
O nome Alba também batizava um “vinho superior”, com uma embalagem caprichada, empalhada, típíca dos vinhos chianti.
Ao longo da década de 1950, o casal Jan Bastiaan e Ana Margaret associou-se aos italianos e a empresa cresceu, aumentando seu capital e se mudando para uma sede maior, na Avenida Emílio Ribas, em Guarulhos.
Com a vitória na Copa de 1958, veio a ideia de ligar o nome Pelé a uma bebida popular, a cachaça.
O nome cachaça, na época, não era dos mais utilizados nos rótulos de bebidas. Os mais comuns eram “aguardente de cana”, “cana” ou “caninha”, muitas vezes acompanhados de adjetivações como “fina”, “finíssima” ou “superior”. Daí a opção por Caninha Pelé para batizar a cachaça do atleta.
Os sócios procuraram o pai de Pelé, o ex-jogador Dondinho, e propuseram o negócio. Segundo informações da Folha de São Paulo, o valor negociado foi multiplicado por dez ao longo das tratativas e alcançou uma cifra que seria equivalente hoje a R$ 366 mil, por um contrato de dez anos.
Nada mal para quem, naquele momento, ainda era o nono maior salário do clube que defendia, o Santos. E era mais do que Dondinho, atacante especialista em cabeceio que teve a carreira abreviada por uma entrada dura que lesionou seu joelho, recebera em toda a sua jornada por clubes de futebol de Minas Gerais e São Paulo.
O pai do craque topou e a cachaça começou a ser produzida, em Piracicaba, interior de São Paulo.
A bebida ganhou um belo rótulo em que a figura de Pelé, voltando da Suécia, com o paletó azul, após ter conquistado o mundo com seu futebol, se destacava. No rótulo, constava ainda a graduação alcoólica: “até 54º GL”.
Aí entra na história um personagem importante: Zito, o capitão do Santos. Mas, antes dele, há uma outra figura que exerceu um papel indireto nessa história: Vasconcelos, o antecessor de Pelé na artilharia do Peixe.
Vasconcelos estava presente quando Dondinho, vindo de Bauru (SP), entregou Pelé, então com 15 anos, aos cuidados dos jogadores mais experientes do Santos. E se comprometeu a cuidar do garoto.
Boêmio inveterado, frequentador dos cabarés santistas, era o menos talhado para a tarefa. Mas cumpriu-a com denodo. Em episódio lendário, viu o garoto Pelé com um copo de bebida na mão na festa de aniversário do goleiro Manga e cruzou o salão resoluto, arrancando o copo da mão do garoto e lhe passando uma reprimenda. Desde então, o moleque não se atreveria mais a se aproximar de bebida.
Vasconcelos acabou se contundindo seriamente pouco depois do episódio, abrindo espaço para Pelé, poucos meses depois, assumir a camisa 10.
Zito já era o capitão do Santos, aonde chegara em 1952. O volante marcador era chamado “Gerente” e tinha forte influência sobre toda a equipe, não poupando de suas broncas nem Pelé, nem nenhum outro atleta.
Em 1958, embarcara para a Copa da Suécia levando Pelé, então com 17 anos, sob suas asas. "Era
uma figura paterna para mim, quando entrei para o Santos e, ao longo dos anos, tornou-se um grande mentor e um ótimo amigo. Representamos o Brasil em todos os lugares”, lembraria Pelé quando da morte do amigo, em 2015.
Pelé, vacinado pelas broncas de Vasconcelos, contou para Zito sobre a jogada do pai com Franco Chiabrando e seus sócios.
O "gerente" percebeu que não seria uma boa ideia ligar o nome de um atleta tão jovem a uma marca de bebida alcoólica, sobretudo uma bebida que não tinha, naquele momento, um status social dos mais elevados, sofrendo constantemente limitações ao seu consumo por parte das autoridades. Declarou-se contra e ainda convocou Pepe para opinar. O ponta concordou com o capitão.
Pelé desfez o acordo e a empresa teve que recolher o primeiro lote, que já começava a circular pelo comércio. É claro que algumas garrafas acabaram espalhadas, adquirindo imediatamente o status de raridade que só cresceu com o tempo.
Pelé, à época, aproveitou a deixa para prometer que jamais faria propaganda de cigarros e bebidas. Em 1961, registrou seu apelido-marca junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) e, desde então, vende café, chocolate, pilha, cartão de crédito e o escambau.
Já virou até personagem de quadrinhos. Mas, seguindo os conselhos de Vasconcelos, o craque-boêmio, e de Zito, o “gerente”, ficou longe da cachaça.
Quanto à empresa Chiabrando & Amandola, os sócios acabaram se separando. Franco Chiabrando seguiu atuando na década de 1970 como distribuidor, expandindo seu negócio para alimentos e para o mercado pet. E, provavelmente, sempre lamentando a perda do negócio que idealizou de forma pioneira nos anos dourados do futebol brasileiro.
8 de nov. de 2022
Harrogate Spring Water
A fonte principal localiza-se em um aquífero abaixo do Harrogate Pinewoods. Inicialmente sob o nome HSW Limited, o produto foi lançado em janeiro de 2002.
Em 2020 o controle da empresa deixa de pertencer à família Cain e passou para as mãos da Danone que tornou-se o acionista majoritário.
A empresa era anteriormente propriedade da Harrogate Water Brands, que também possuía a instituição de caridade Thirsty Planet, produzindo sua própria marca de água engarrafada.
Em 2021, um plano para expandir a unidade de engarrafamento sobre uma área de floresta foi criticado pelos moradores de Harrogate porque a Harrogate Spring Water tinha projeto para destruir uma área de floresta estabelecida e habitat natural plantado anteriormente por voluntários e crianças de escolas primárias locais.
A Harrogate Spring Water é uma marca popular no Reino Unido. Todas as principais companhias aéreas britânicas (British Airways, Virgin Atlantic, Jet2.com, TUI Airways e Easyjet) fornecem Harrogate Water em seus voos e, no caso da British Airways, em seus lounges premium no Heathrow Airport, em Londres.
A Harrogate Spa Water fornece água não só no Reino Unido mas também distribui suas garrafas em várias partes do mundo, inclusive para locais distantes como a Austrália. A Harrogate Spring Water também fornece água para a destilaria Masons Gin em Aiskew, North Yorkshire.
5 de nov. de 2022
Semco
A Semco (o nome vem de Semler Company) era uma pequena fábrica de equipamentos industriais herdada do pai, por Ricardo Semler, o autor do livro Virando a Própria Mesa, aos 21 anos, portanto, em 1980.
O negócio originalmente se amparava na manufatura de bombas hidráulicas, eixos e outros
equipamentos para a combalida indústria naval.
Os alicerces para que a Semco se transformasse numa usina de novos negócios, com receitas crescentes, começaram a ser construídos em 1980. Ao atingir a maioridade, Semler recebeu carta-branca do pai para tocar, à sua maneira, a companhia. A Semco, na época, passava por um período difícil. "Quero que você cometa todos os erros enquanto eu estiver vivo", disse-lhe o pai, falecido cinco anos mais tarde.
O problema é que o herdeiro não demonstrava ter o menor pendor para os negócios. Aos 19 anos, Semler resolveu se envolver. Passou a vasculhar livros em busca de condições de concordata e abriu contas em vários bancos para manobrar os compromissos financeiros. Obtido um certo fôlego, tratou de buscar a diversificação da linha de produtos da Semco, até então muito dependente do setor naval. Em cinco anos, o sufoco ficara para trás. Para Semler esses tempos duros foram importantes para que criasse uma couraça.
O panorama da empresa em 2001 era completamente diferente. A empresa atuava como uma espécie de holding que mantinha sob seu guarda-chuva cinco empresas de prestação de serviços variados. Os resultados da diversificação eram claros. Em 1993, a Semco tinha 99 funcionários em sua folha de pagamentos. Em meados de 2001, eram 2.140. Na época em que Semler começava a aparecer na mídia, as receitas não passavam de 4 milhões de dólares. Em 2001, o faturamento foi próximo ao
equivalente a 100 milhões de dólares.
Empresas de serviços formam o grosso do grupo Semler. A Cushman & Wakefield Semler é a maior do grupo, com 1.360 funcionários. Associada ao grupo Rockefeller, atua na manutenção de edifícios e condomínios corporativos; a ERM Brasil, associada à americana Environmental Resources Management Group, presta serviços de consultoria em meio ambiente, segurança do trabalho e higiene industrial; a Semco Ventures é uma espécie de incubadora de novos negócios do grupo; a Semco Johnson Controls foi criada em 1994 em parceria com a americana Johnson Controls World Services e opera com serviços de quarteirização na área de administração e gerenciamento de prédios comerciais e industriais; a Semco Refrigeração, sob licença da americana Baltimore Aicoil, produz torres de resfriamento e condensadores, além de máquinas para produção de gelo; a Semco Processos fabrica equipamentos de mistura para as indústrias química, farmacêutica e de mineração; e a Semco RGIS é uma associação formada em 1997 com a americana Retail Grocery Inventory Service para executar tarefas de inventário em redes do comércio varejista.
Enquanto na surdina remodelava a empresa, Semler protagonizou, no campo pessoal, outra mudança igualmente silenciosa. Sem que quase ninguém percebesse, seu nome firmou-se no exterior como um pensador requisitado do mundo corporativo.
Em janeiro de 2006, quatro meses depois de anunciar a aposentadoria do diretor de recursos humanos Clóvis Bojikian, braço direito de Ricardo Semler na criação de um estilo de gestão de vanguarda -, a Semco finalmente encontrou um substituto para a vaga. O escolhido entre 500 candidatos foi o paulista Oscar Simões. Com passagens por companhias como Método Engenharia e Globo Cabo, Simões é sócio desde 2002 da empresa de serviços e ações promocionais Conectbus. O processo de seleção pouco convencional exigia que os candidatos enviassem cinco propostas inovadoras destinadas à área de recursos humanos da Semco. Simões enviou seis. Entre elas, a ideia de construir uma espécie de índice de felicidade que relacione a satisfação dos funcionários aos resultados da companhia. O que ficou evidente nesse episódio é que a Semco e Semler não conseguiram formar na própria empresa alguém com um perfil tão peculiar, à própria empresa, conforme carta de um leitor, publicada por Exame.
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001 / 01.02.2006 - partes)
4 de nov. de 2022
Midea
No Brasil, a Midea estabeleceu-se no final de 2006, através de uma joint-venture com o FirstGroup, formando, assim, a Midea do Brasil. No primeiro ano de vida, a Midea atingiu a histórica marca de 84 mil aparelhos vendidos em apenas 11 meses de operação.
No dia 23 de fevereiro de 2010, a Midea do Brasil fechou um acordo de 10 meses com o clube profissional de futebol Grêmio, para patrociná-lo em suas camisetas. De acordo com a imprensa, o valor é de 5 milhões de reais.
Em 2011, a Midea e a fabricante americana Carrier anunciaram uma joint-venture para distribuição dos produtos de climatização na América do Sul. O Grupo Midea-Carrier é detentor das marcas Springer, Toshiba e Comfee, além das marcas Midea e Carrier.
Desde 2019, a Midea passou a ser uma das patrocinadoras oficiais do Sport Club Corinthians Paulista, promovendo ações de marketing com os torcedores do clube através das redes sociais.
Fazenda Boa Sorte
A Fazenda Boa Sorte é uma das empresas mais tradicionais de Alagoas. Foi fundada em 1892,
como uma usina de cana.
No começo da década de 1970, a usina foi transferida para outra região e a imensa propriedade de 1.600 hectares foi invadida por bois e porcos, todos para corte.
Na época, a ideia de transformar aquele terreno acidentado em pasto para gado foi considerado uma loucura. Mas o casal de proprietários, Aprígio e Themis Vilela, resolveu insistir. E deu certo. A
fazenda ia bem com seu gado de corte.
Cravada em uma região onde o cultivo de cana-de-açúcar é quase uma vocação, a Fazenda Boa Sorte faz do gosto pela diferença seu ofício. Em suas instalações no município de Viçosa, em Alagoas, ela deixou de lado a cana e passou a investir em leite. Mas não um leite comum, conforme pode ser visto nos parágrafos abaixo.
Em 1993, por um grande acaso, Themis e Aprígio compraram um rebanho de gado de leite. "Era uma oportunidade irrecusável. O preço estava muito baixo por causa da seca da região e acabamos comprando", diz Aprígio. O casal foi para os Estados Unidos em busca de tecnologia de produção. Visitaram várias fábricas de laticínios e encontraram um novo tipo de leite, produzido de forma mais limpa, que conservava melhor as propriedades do produto.
De volta ao Brasil, Themis e Aprígio investiram em novas instalações. Em 1996 começaram a sair da fazenda as primeiras garrafas do leite tipo A Boa Sorte. Em 2001, eram mais de 7.000 litros de leite produzidos por dia, tirados das 320 vacas que compunham o rebanho de então. A Boa Sorte era,
em 2001, a única produtora no Nordeste do leite tipo A.
Aprígio pensava em comprar uma fazenda no Sudeste para entrar no maior mercado do país. "A expansão para o Sul é só uma ideia", disse. O leite tipo A não pode ter adição de conservantes e por isso seu prazo de validade é de cinco dias, o que impossibilita a venda no Sul e Sudeste de garrafas vindas de Alagoas.
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001)
Flit/Detefon
Colocava-se o produto dentro da bomba e esguichava o mesmo por toda a casa. Em cada cômodo onde se espalhava o produto, trancava-se a porta até deixar o imóvel completamente fechado. Cheiro forte, tanto do Flit como do Detefon – dependendo da preferência do consumidor – era necessário abandonar o recinto pois era insuportável ficar ali.
O Detefon teve seu inicio de produção e comercialização em 1924 pelo Laboratório Fontoura, que utilizou no material de divulgação o personagem Jéca Tatuzinho, criado pelo escritor Monteiro Lobato.
No ano de 1947 o Laboratório Anakol registrou o produto em duas versões: o "Mata-Tudo" nas embalagens aerossol, líquida, espiral e isca e o "Mata-Baratas" nas embalagens líquida e aerossol.
Em 1970 o Detefon precisou retirar de sua fórmula o DDT, que tinha dado o prêmio Nobel de Química ao cientista e entomologista da Suíça Paul Müllert em 1939, após o produto ter sido proibido em vários países por contaminar alimentos e intoxicar pessoas e animais. O livro Silent Spring de autoria de Rachel Carson publicado em 1962 foi um dos primeiros defensores do movimento ambientalista, teve papel importante no banimento do DDT.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu o uso doméstico do DDT em 1997 e em 2003 vetou a utilização da expressão "mata-tudo" das embalagens dos inseticidas. A linha foi relançada como o nome de "Ação Total".
(Fonte: Memória - Nelson Manzatto - 16.07.2017 / Wikipédia - partes)
25 de out. de 2022
Nobel (rede de livrarias)
A rede de livrarias Nobel foi criada em 1943 pelo imigrante italiano Claudio Milano.
Até a adoção do sistema de franquias em 1992, a Nobel tinha sete lojas próprias na capital paulista.
Fazendo um raio X da empresa nove anos depois, em agosto de 2001, a Nobel era gerida pelo paulista Flávio Milano, neto do fundador por parte de mãe. Milano, seu pai Ary Benclowicz e seu irmão Sérgio eram donos de apenas dois pontos-de-venda. Mas a rede Novel contava com 79 franquias espalhadas por 19 estados brasileiros. A família também era proprietária da editora Nobel e da Fase, uma distribuidora de livros.
Não era novidade que um determinado senso comum, baseado em muitas opiniões e poucos dados, reinava: o brasileiro lê pouco porque não gosta de ler. Em julho de 2001, porém, uma pesquisa criteriosa e abrangente realizada pela Câmara Brasileira do Livro e outras entidades ligadas ao mercado editorial finalmente revelou números que clarearam a relação do brasileiro com a leitura. Ele realmente não lia muito. Menos de um terço da população de então 86 milhões de alfabetizados, com pelo menos três anos de instrução, leu um livro nos últimos três meses.
Nada na pesquisa, entretanto, sugeriu uma antipatia do brasileiro pelas letras. Na verdade, outros obstáculos o separam dos livros. Entre eles: poucas bibliotecas, baixo poder aquisitivo e até mesmo a força de meios de comunicação como a televisão e a internet. E, há mais um motivo: o Brasil tinha
poucas livrarias. Eram apenas 2008 pontos-de venda para 5.500 municípios.
A rede Nobel via isso como uma oportunidade. E espalhou lojas consideradas pequenas. Sua estratégia era única no mercado brasileiro de livrarias. Enquanto outras redes como a Saraiva e a Siciliano, cresciam com lojas próprias, de preferência concentradas nas grandes cidades, a Nobel adotou o sistema de franquia para colocar sua marca em locais menos explorados. Podia ser encontrada em extremos como Passo Fundo, no interior gaúcho, Lages, na Serra Catarinense, e Boa Vista, a capital de Roraima. A loja da Nobel em Macapá, capital do Amapá, onde chegou em 1999, vendia mais dicionários francês-português do que o dicionário de inglês. A explicação é simples: a proximidade da
cidade com a Guiana Francesa.
Flávio Milano, nascido em 1973, formado em administração de empresas pela Fundação Getúlio Vargas, passou a comandar o sistema de franquia em 1999, quando o irmão Sérgio, três anos mais
velho, deixou o negócio para comandar a editora da família. De um escritório na loja própria da Nobel no shopping Market Place, na Zona Sul de São Paulo, ele atendia os franqueados com uma equipe de 14 pessoas.
Em 2001, o faturamento da Nobel foi de aproximadamente 64 milhões de reais.
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001)
Carl's Jr
Com mais de 70 anos de experiência na indústria de serviço de alimentação rápida, é reconhecida como a verdadeira representante do autêntico hambúrguer californiano por sua irreverência e ousadia.
A chegada da marca ao Brasil faz parte do plano estratégico da Carl´s Jr.® para acelerar o desenvolvimento de franquias no mercado internacional. Atualmente, a empresa californiana conta com mais de 1.200 restaurantes espalhados ao redor do mundo, em países como México, China, Turquia, Canadá, Nova Zelândia e Panamá.
Carl´s Jr. ® alia a praticidade do fast-food à qualidade premium de um restaurante, sempre focado na qualidade e inovação dos pratos, conhecidos por seu tamanho e ingredientes inusitados como o Teriyaki Burger e o Jalapeño Burger. Primeira rede de fast-food a oferecer atendimento parcial de mesa e autosserviço de bebida com direito a free refil.
(Fonte: Mercado&Consumo - 14.10.2022 / GPHR - partes)
24 de out. de 2022
Vinícola Aurora
Em 1990 a Aurora inicia um processo de diversificação da produção. A mudança incluía a construção de uma nova fábrica de sucos e doces, com inauguração prevista para dezembro de 1995. A eliminação de vinhedos antigos e a introdução de novas culturas também estavam nos planos.
Em meados de 1995, os então 80.000 habitantes de Bento Gonçalves se surpreendiam por buracos que não paravam de se multiplicar pelas ruas da cidade. O motivo era, no mínimo, insólito. Pelos buracos começava a passar a tubulação do vinhoduto da Vinícola Aurora. "Bento Gonçalves será a primeira cidade do mundo a ter vinho encanado", disse José Alberici, presidente da companhia.
O transporte subterrâneo de vinhos e sucos das unidades até a matriz da empresas, onde é realizado o engarrafamento, iria economizar 3.500 viagens de caminhões-tanque por ano.
Mas, uma crise quase leva a Vinícola Aurora à falência ainda em 1995. Aos poucos, porém, ela escapa do pior. Após renegociar a dívida que chegou a 124 milhões de reais, a Aurora contratou o ex-diretor da Renner-Vicunha Luiz Dable para assumir a superintendência da companhia. Dable recebeu a missão de profissionalizar uma empresa com sede numa cooperativa de 1.300 famílias de Bento Gonçalves.
No Brasil, em garrafa verde, o Liebfraumilch é produzido pela Vinícola Aurora, em Bento Gonçalves, sob a supervisão da Campari Brasil Ltda.
(Fonte: revista Exame - 27.09.1995 / 09.08.2000 - partes)
23 de out. de 2022
Carvana
Com a proposta de facilitar a comercialização de carros usados nos Estados Unidos, surgiu, em 2012, a Carvana, uma plataforma online. Foi fundada por Ernest Garcia pai e Ernest Garcia Filho. Dado que o potencial de uma nova empresa é proporcional ao valor agregado percebido pelos consumidores, o mercado endereçável americano de 290 milhões de veículos apresentava-se com uma oportunidade formidável. A fim de aliviar a dor dos potenciais clientes, a Carvana desenvolveu um modelo de negócios robusto, fornecendo uma solução ponta a ponta, incluindo inspeção, reparo, recondicionamento, showrooms, estoque de peças e financiamento. Para os compradores, a plataforma verticalmente integrada da Carvana oferecia carros a preços mais competitivos por conta de seu baixo custo operacional já com financiamento pré-aprovado, além de ter uma oferta muito mais ampla do que os competidores tradicionais. Para vendedores, a Carvana eliminava a necessidade de visitar uma concessionária ou negociar uma venda particular. E bastava responder a algumas perguntas sobre a condição e as características do veículo para receber uma oferta firme. A empresa abriu capital em 2017. Em 2020, como resposta às medidas restritivas de combate à pandemia, a Carvana anunciou o serviço de "touchless delivery and pickup", permitindo total autosserviço por parte dos clientes. Com lojas e concessionárias fechadas, compradores e vendedores encontraram na Carvana a solução dos seus problemas e o negócio decolou de vez. O sucesso foi total. A empresa entrou no seleto grupo das beneficiadas do mercado projetado como o novo normal. Seguindo o exemplo de empresas como Zoom, Robinhood, Moderna e Peloton, as ações da Carvana explodiram em valorização. Inesperadamente, a empresa começou a ganhar dinheiro com o seu próprio estoque já que, pela primeira vez na história, carros usados começaram a se valorizar no tempo. No seu pico, em meados de 2021, a empresa chegou a valer mais de 60 bilhões de dólares, valor superior à soma da capitalização de mercado da GM e da Ford combinadas, apesar de ambas terem uma produção de veículos dez vezes superior às vendas da Carvana. Multibilionários, Ernest Garcia pai e Ernest Garcia Filho, aproveitaram a empolgação do mercado para monetizar parte de suas ações. Um ano depois, apesar dos estoques terem parado de se valorizar, com o arrefecimento do mercado, operacionalmente pouco mudou. Com vendas estáveis, Carvana continua oferecendo seus serviços a compradores e vendedores de carros usados, com a impressionante média de 1.000 unidades comercializadas por dia no varejo, além das 500 unidades diárias vendidas no atacado. Se os usuários da plataforma seguem satisfeitos, o mesmo não pode ser dito dos seus investidores. O tamanho da destruição de valor foi algo impressionante. Quem investiu 1.000 dólares na ação em agosto do ano passado, hoje tem menos de 50 dólares. No agregado, cerca de US$ 57 bilhões em valor de mercado foram evaporados desde o pico. O caso da Carvana nos traz um excelente insight no impacto das expectativas exageradas sobre o preço de ativos. As distorções produzidas pela combinação de liquidez abundante de um lado, com extrapolações sobre o que seria um novo normal do outro, foram rapidamente corrigidas. O custo de sonhar com o porvir ficou caro, com treasury bonds de 10 anos pagando acima de 4% ao ano. E note que a Carvana segue tendo um modelo de negócios consistente, o que não é necessariamente verdade para tantas empresas que foram listadas na empolgação recente. (Fonte: Grupo Empiricus (Caio Mesquita) - 22.10.2022) |
21 de out. de 2022
Acelen
A Acelen foi criada pelo fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala Capital, para a operação da
gestão de refinaria recém adquirida no Brasil.
Em 30 de novembro de 2021, o Mubadala finalizou a compra da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), em São Francisco do Conde, na Bahia e seus ativos logísticos associados.A unidade passa a se chamar Refinaria de Mataripe, que é o nome do distrito onde está localizada, no município de São
Francisco do Conde.
A operação foi concluída com o pagamento de US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) para a Petrobras, valor que reflete o preço de compra de US$ 1,65 bilhão, ajustado preliminarmente em função de correção monetária e das variações no capital de giro, dívida líquida e investimentos até o fechamento da transação. A partir de 1º de dezembro de 2021 a Acelen assumiu a gestão da refinaria.
De acordo com o presidente do Mubadala Capital no Brasil, Oscar Fahlgren, “a prioridade é garantir excelência na produção e operação da refinaria, além de uma transição estruturada, serena e sem ruptura. É criar valor com atenção especial às pessoas e ao meio ambiente. Enfatizamos sempre o compromisso de longo prazo que temos com o país e as regiões onde atuamos.”
Com a conclusão da venda, inicia-se uma fase de transição em que as equipes da Petrobras apoiarão a Acelen nas operações da Refinaria de Mataripe. Isso acontecerá sob um acordo de prestação de serviços, evitando qualquer interrupção operacional. A Petrobras e o Mubadala Capital reafirmam o compromisso estrito com a segurança operacional na refinaria em todas as fases da operação.
A estatal informou que nenhum empregado da Petrobras será demitido por conta da transferência do controle da RLAM para o novo dono. Os empregados da Petrobras poderão optar por transferência para outras áreas da empresa ou aderir ao Programa de Desligamento Voluntário, com pacote de benefícios.
Em 21 de outubro de 2022, a Acelen informou que deu início à produção e venda de butano para o Brasil, já visando atender a 10% do mercado. Até então, segundo a Acelen, 100% do produto comercializado no país era importado da Argentina e da Bolívia.
O produto desenvolvido e comercializado pela empresa possui alto nível de pureza e é utilizado, através da combinação com outros gases, em cosméticos, como espumas de barbear, e em alimentos, como chantilly. O butano também é aplicado em borrachas, isqueiros, lamparinas, aditivos de combustíveis, querosene de aviação para locais de baixa temperatura, entre outros fins.
Esse é o terceiro produto incluído no portfólio de Mataripe desde a sua venda pela Petrobras. Em fevereiro e abril deste ano, a refinaria passou a produzir, respectivamente, solvente e propano especial.
O programa em curso para modernização da refinaria soma 1,1 bilhão de reais em investimentos, segundo a Acelen.
Em meados de outubro de 2023, a Acelen divulgou que firmou sua parceria inaugural para a produção de macaúba. Essa colaboração com a MulticanaPlus, empresa especializada em sistemas e automação para produção de mudas, marca o início de uma iniciativa de uma década apoiada por um investimento de R$ 12 bilhões. O óleo de palma macaúba, com uma eficácia até sete vezes superior à do óleo de soja para a produção de combustível, é fundamental para a estratégia da Acelen para a produção de diesel “verde” (óleo vegetal hidrotratado, HVO) e combustível de aviação sustentável (SAF). De acordo com o acordo, a MulticanaPlus está encarregada de desenvolver técnicas de propagação de macaúba em escala comercial. Isso permitirá à Acelen cultivar macaúba e óleo de palma em mais de 200 mil hectares dentro de uma década, uma extensão aproximadamente equivalente a 280 mil campos de futebol.
(Fonte: agênciabrasil.ebc - 30.11.2021 / Reuters - 21.10.2022 / Valor - 19.10.2023 - partes)
IHS
A IHS é sócia da TIM Brasil na empresa de rede neutra I-Systems.
A empresa já opera na Colômbia e no Peru. Na África, tem presença na Nigéria – “um mercado interessante porque tem a mesma população do Brasil e apenas 3% das casas passavam por fibra”, disse Fares Nassar, chefe da região da América Latina da IHS.
A IHS fechou cinco aquisições em dois anos e meio – CSS, Centennial Torres, Skysites (pequena empresa de sites), 51% da rede de fibra da TIM e GTS, também de torres. O investimento em redes de
acesso totalizou US$ 1,3 bilhão.
Na compra da rede da TIM, recebeu metade da infraestrutura em fibra e metade em fibra para uma central, sendo complementada por cobre. Nassar disse que tudo será convertido em fibra para casa (FTTH). Atualmente, a I-Systems tem no Brasil 7.000 torres e 7 milhões de residências com fibra passada em frente, em 40 localidades. Do total, cerca de 2,8 milhões têm rede de cobre e 4 milhões têm fibra.
A companhia está procurando provedores de fibra óptica e torres para comprar no Brasil, em outros mercados latino-americanos e na África,
“Vamos analisar qualquer negócio de torre e fibra”, disse Nassar, incluindo os ativos que a TIM da Telecom Italia, a Claro da América Móvil e a Vivo da Telefónica terão que vender como condição imposta pelos reguladores para a compra do negócio de telefonia móvel da rival Oi. Entre os negócios em andamento está a Alloha Fibra, provedora de banda larga de propriedade da empresa de private equity EB Capital.
(Fonte: jornal Valor - 20.10.2022)