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7 de dez. de 2023

Grupo Wiz / Enjoy / Mister Wiz

          Em 2017, antes da criação do Grupo Wiz, o empresário Carlos Wizard Martins comprou, por R$ 200 milhões, uma participação de 35% da rede Wise Up, do empresário Flávio Augusto da Silva. “Fiz um acordo com o Flávio Augusto e com o Kinea (fundo parceiro no negócio) que o Wiz não competirá 
com a Wise Up (que é especializada em inglês para adultos)”, diz.
          Considerando números de outubro de 2023, a Enjoy tem uma rede com 210 unidades, em modelo de franquias, e 50 mil alunos.
          Na sema de 16 a 20 de outubro dd 2023, Martins fechou a compra de 50% da rede de ensino de idiomas Enjoy. O negócio consolida a sua volta ao setor, com a formação de um novo conglomerado 
educacional, uma década após vender o grupo Multi, dono da marca Wizard.
          Na última década, depois de investir nos setores de alimentação e de artigos esportivos, ele ainda tirou uma espécie de período sabático, durante o qual se dedicou a atividades filantrópicas na fronteira com a Venezuela e a uma breve e polêmica passagem pela política, durante a pandemia da covid-19 - 
ele trabalhou por um breve período com o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
          Para se tornar sócio do negócio, Wizard comprou, por valor não revelado, a participação do cofundador Oswaldo Segantim. O outro sócio-fundador da rede, Denis Sá, continuará à frente do negócio. Com a transação, a Enjoy fará parte do novo projeto de educação de Wizard, organizado sob a bandeira de Grupo Wiz, que também vai abarcar a rede Mister Wiz, voltada a ensinar idiomas ao 
mesmo tempo que aborda conteúdos de empreendedorismo.
          Iniciada experimentalmente em 2018, a Mister Wiz decolou a partir da reabertura da economia no pós-pandemia, a partir de 2022, e já tem 100 unidades, em outubro de 2023. Comandada por um de seus filho, Felipe Martins, a Mister Wiz seguirá dedicada a ensinar jovens a empreender. Já a Enjoy seguirá focada em crianças e pré-adolescentes que podem aprender inglês junto com o ensino técnico 
em design gráfico, marketing digital, programação de jogos e programação web.
          “O nosso diferencial está em ensinar essas matérias em conjunto com a prática de inglês, e considerando que o jovem de hoje em dia está mais interessado em startups, em investimentos e em ter um negócio próprio”, diz Wizard. O plano com o Grupo Wiz é replicar o modelo bem sucedido do Multi, que foi vendido por R$ 1,7 bilhão para a britânica Pearson. Desta vez, porém, a meta crescer de forma mais acelerada. Enquanto a Wizard levou 20 anos para chegar às mil unidades, o Wiz quer atingir esse número em sete anos, e ter 2 mil escolas até 2030. A meta é acumular R$ 100 milhões de faturamento nos próximos três anos. “Desta vez, não começamos do zero, sem equipe, estrutura, experiência e dinheiro”, diz Wizard, que buscará essa expansão por meio de aquisições – como fez no 
Multi, que antes de ser vendido realizou diversas aquisições de redes de ensino, como Yázigi, Skill, Microlins e SOS Computadores.
          O retorno de Wizard às franquias de idiomas acontece num momento de recuperação do setor, que sofreu muito durante a pandemia. “Agora, o segmento já voltou ao patamar do período pré-pandemia”, diz o diretor da Associação Brasileira de Franchising (ABF), Rogério Gabriel.
(Fonte: Estadão - 21.10.2023)

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