Em 19 de julho de 2024, uma falha durante atualização de sistemas da CrowdStrike, usados por algumas das maiores companhias do mundo, provocou um apagão cibernético sem precedentes, que afetou empresas aéreas, hospitais e bancos e até tirou do ar emissoras de TVs. No Brasil, a pane também atingiu os serviços de alguns bancos e de hospitais e causou atrasos pontuais em voos. “Foi um efeito em cascata nunca visto globalmente”, disse a Wedbush, consultoria americana especializada em tecnologia.
Em função da pane, especialistas destacaram o risco da grande dependência da economia mundial de sistemas de poucas empresas. “É como o árbitro de um jogo de futebol: quando a sua presença se faz notar é porque as coisas estão desandando”, escreveu Carlos Affonso Souza, da UERJ e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade.
Segundo a empresa, a pane afetou clientes que hospedam seus serviços em computadores com Windows, o sistema operacional da Microsoft e aplicativos da linha Office 365. Máquinas com Mac (da Apple) e Linux não foram afetadas.
Tecnicamente, a atualização de um dos softwares da CrowdStrike fez com que milhares de computadores, ao serem abertos, entrassem em tela de erro. Trata-se, no jargão do setor, da “tela azul da morte”, que aparece com mensagem que se traduz como “exceção de ameaça ao sistema não tratada”. Especialistas disseram que poderá levar dias até que organizações que possuem milhares de computadores corrijam as falhas. Segundo o Financial Times, a Microsoft estima que alguns casos podem precisar de até 15 reboots, ou reinicializações, para conseguir voltar os computadores ao estado normal.
Em 26 de julho de 2024, o CEO da CrowdStrike, George Kurtz, disse que 97% dos sensores Windows voltaram a ficar online no dia anterior.
(Fonte: Estadão - 20.07.2024 / 27.07.2024 - partes)
(Fonte: Estadão - 20.07.2024 / 27.07.2024 - partes)
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