A Gradiente, empresa da família Staub, lança, em meados de 2024, um novo empreendimento, denominado Gradiente Solar.
Eugênio Staub, CEO da Gradiente, destacou que a empresa concluiu em 2023 sua recuperação judicial, que estava em curso desde 2018. A Gradiente também fez oferta pública para cancelamento de registro de suas ações e está envolvida em uma disputa judicial com a Apple sobre o uso de marca iPhone no Brasil, atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, a empresa planeja voltar ao mercado com foco na prestação de serviços.
O objetivo da Gradiente Solar é se tornar um integrador de sistemas para geração de energia, com foco nos mercados residencial e de pequenos negócios.
A empresa procura capitalizar num mercado com baixos padrões profissionais na instalação de equipamentos, oferecendo serviços pós-venda aos clientes.
“É um novo começo para nós e decidimos reiniciar as atividades no setor solar porque é muito promissor”, disse Staub. “Vamos nos concentrar em instalações em telhados para residências e pequenos negócios, pois esse mercado precisa de mais profissionalismo e organização.”
Está investindo R$ 50 milhões para entrar no setor de energia solar por meio de geração distribuída. O investimento será feito com capital próprio do grupo ao longo de 2024. Inicialmente, a empresa atuará no Estado de São Paulo, nas áreas de concessão da CPFL e da Enel, e depois expandirá para outras regiões.
A energia solar é a fonte que mais cresce no Brasil, impulsionada por sistemas de geração distribuída em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O Brasil possui mais de 30 GW de capacidade instalada distribuída em 3,9 milhões de unidades consumidoras. Cada unidade consumidora representa um domicílio, estabelecimento comercial ou imóvel.
Esta mudança para a energia solar é em grande parte impulsionada pelos consumidores que trocam as suas contas de eletricidade por pagamentos de financiamento, atraindo normalmente clientes da classe média com faturas de eletricidade superiores a R$ 300 por mês. A urgência foi amplificada pela promulgação, em 2022, do quadro jurídico para a autogeração de energia, que criou um sentimento de urgência para garantir a isenção da taxa de utilização da rede de distribuição. Esses subsídios estatais estão embutidos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), financiada por outros consumidores através de tarifas.
A Gradiente está em negociações com duas fabricantes chinesas para fornecer os equipamentos, visando lucrar com as revendas. Marcelo Ribeiro, CEO da Gradiente Solar, afirmou que o objetivo é oferecer uma gama completa de produtos e serviços, incluindo seguro contra acidentes, elaboração de projetos, seleção de equipamentos, instalação, certificação, monitoramento e manutenção, tudo apoiado por uma marca reconhecida .
“Vemos grandes players investindo em parques solares em grande escala e, geralmente, pequenos consumidores participam indiretamente da transição energética. Com a marca Gradiente, que ressoa entre os brasileiros, vimos uma oportunidade de entrar nesse mercado”, disse Ribeiro. “Nosso foco é na
microgeração, priorizando as residências”, acrescentou.
(Fonte: jornal Valor - 03.07.2024)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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3 de jul. de 2024
Gradiente Solar
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