A
TABA -
Transportes
Aéreos da
Bacia
Amazônica, foi uma das pioneiras no transporte aéreo da região Amazônica. Foi fundada em 1976, pelo Coronel Marcílio Jacques Gibson, antigo dono do Loide Aéreo Nacional, vendido à Vasp por 600 milhões de cruzeiros em 1968.
Com o dinheiro da venda, Gibson comprou a pequena NOTA (Norte Táxi Aéreo), baseada em Belém (PA), e começou a desenvolvê-la operando inicialmente com sete bimotores Beechcraft D-18.
Com a criação da SITAR em novembro de 1975, o Coronel Gibson resolveu candidatar-se a servir a região. Fundou então a TABA e, com ele, conseguiu o que queria. Para essa operação, encomendou 15 Embraer EMB-110 Bandeirante, dois quais viria a operar apenas 11. O primeiro da encomenda foi entregue em 1976.
Cinco anos mais tarde, em 1981, a TABA já servia 34 cidades com seus Bandeirante, mais quatro Fairchild Hiller FH-227, versão norte-americana do holandês Fokker F27 e um Curtiss C-46 Commando (PP-BUB) da extinta Paraense, que voou até 1981.
Em 13 de novembro de 1983, a TABA iniciou as operações com o PT-LEP, o primeiro de dois quadrijatos ingleses BAe3 146-100 que operaram por alguns meses. Sem maiores cuidados de manutenção, essas aeronaves, a 10ª e 11ª a saírem da linha de produção da British Aerospace, pararam por razões técnicas, e tempos depois, foram retomadas pelos arrendadores. Sinal de que nem tudo ia bem na empresa.
Bruno Gibson, filho do coronel, assumiu o comando da TABA. Trouxe novas aeronaves: seis da Havilland Canada Dash 8-300, o primeiro dos quais, chegou no início da década de 1990. Com esses aviões, a TABA começou a participar do mercado atendido pelo VDC - Voo Direto ao Centro, ligando as principais capitais da região Sudeste. Mas as precárias condições operacionais da empresa, em sua região primária de operações, a Amazônia, não davam trégua.
Acidentes começaram a manchar a reputação da TABA, que não aguentou a competição. A diretoria da empresa bem que tentou: introduziu na frota dois Fokker 100 tendo, para tanto, que devolver metade da frota de Dash 8.
Mesmo assim, alguns meses depois, os três Dash remanescentes foram tomados por falta de pagamento. O mesmo aconteceria meses depois com o par de Fokker 100 que, em agosto e outubro de 1995, foram retirados de linha e entregues à TAM.
Naquela mesma época, a TABA, tentando manter sua operação com jatos, fez um acordo com a companhia aérea de voos charter Air Vias, a qual também se encontrava em sérias dificuldades, partilhando o uso dos seus dois Boeing 727-200.
Pelo acordo, a companhia regional utilizaria as aeronaves pintadas com suas cores durante os dias úteis e a Air Vias faria voos charter nos finais de semana. Os resultados, porém, não foram insatisfatórios, devido principalmente aos altos custos operacionais dos trijatos e o acordo foi desfeito.
Com isso, a frota da TABA ficou reduzida a dois Bandeirante que haviam sido convertidos em cargueiros e não estavam mais em operação. Sem aeronaves, suas rotas ficaram, provisoriamente, sendo operadas pela Rio-Sul, TAM e Brasil Central, à espera de uma decisão sobre a empresa. Como no Brasil o provisório vira definitivo, a companhia acabou fechando as portas em março de 1999.
(Fonte: IstoÉDinheiro - 30.01.2019 / Livro - Asas Brasileiras - Gianfranco Beting - partes)