O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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25 de jun. de 2021
Kapitalo Investimentos
Guaraná Pelé
Em maio de 2006, o rei do futebol, marca conhecida em todo o planeta, fechou negócio com a cervejaria Petrópolis, que produz as cervejas Itaipava, Crystal e Petra.
O guaraná Pelé seria lançado no segundo semestre de 2006 e concorreria com o líder absoluto do mercado, o guaraná Antarctica, da Ambev.
O lançamento marcaria a entrada da Petrópolis no segmento de refrigerantes. Para ceder sua imagem, Pelé recebeu 1 milhão de reais de adiantamento mas, como se sabe, o lançamento virou água.
(Fonte: revista Exame - 24.05.2006 - parte).
24 de jun. de 2021
Telefônica
A espanhola Telefônica adquiriu a operadora de celulares Vivo em julho de 2010, por 17 bilhões de
reais. Com isso, atingiu 75 milhões de clientes e um faturamento aproximado de 50 bilhões de reais.
Em agosto de 2014, o grupo francês de mídia Vivendi, que comprara 100% da GVT em 2009, quando manteve o presidente Amos Genish no comando, vende-a por 7,4 bilhões de euros (9,3 bilhões de dólares), para a Telefónica da Espanha e Telefônica Brasil (Vivo). Na assinatura dos termos definitivos do negócio em 18 de setembro de 2014, entre o grupo espanhol Telefónica e a francesa Vivendi, o israelense Genish acompanhou orgulhoso, à distância, o fechamento de um ciclo para a companhia que fundou, ao lado de seu conterrâneo Shaul Shani, a partir de um investimento inicial de R$ 100 mil numa licença de telefonia, em 1999.
No mundo financeiro, comenta-se que não houve nenhuma empreitada de geração de valor semelhante à da GVT no Brasil: US$ 10 bilhões em 14 anos, do zero.
Com a Telefônica (Vivo), os números passam a ser gigantescos: 95 mil pessoas trabalham direta e indiretamente para a empresa, das quais, 42 mil em call centers; e são quase 100 milhões de clientes. O
próprio Genish, criador da GVT, definiu o fim da marca: 15 de abril de 2016. Só permanece a marca Vivo.
(Fonte: revista Exame - 23.02.2011 - parte)
22 de jun. de 2021
Ziebart
A rede americana de serviços automotivos Ziebart está no Brasil desde os anos 1970. Foi criada nos Estados Unidos em 1954.
Em 1994, com novos sócios, a Ziebart reformulou o padrão de suas lojas na tentativa de retomar o crescimento. Em setembro daquele ano, ela inaugurou sua primeira unidade em shopping center. Trata-se de uma butique para carros dentro do estacionamento do SP Market - shopping de lojas de fábrica que estava para ser inaugurado na Marginal Pinheiros, em São Paulo. Outras lojas em shoppings estavam previstas, mas as franquias também estariam disponíveis para pontos comerciais de rua.
Na nova loja da Ziebart, os carros dos clientes poderiam ganhar uma proteção para pintura ou uma impermeabilização de estofamentos, entre outros. Se o veículo estiver com cheiro impregnado de cigarro, por exemplo, a empresa promete uma lavagem capaz de devolver o cheiro de um exemplar zero-quilômetro. Para-choques esbranquiçados recuperam seu tom preto original e pequenos riscos somem com uma técnica americana de polimento. A maioria dos produtos era importada dos Estados Unidos.
Considerando dados de setembro de 1994, a rede tinha 700 lojas franqueadas em 42 países e outras
22 unidades próprias.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)
Drycar
Em 1987, num dos fins de semana em que o químico Lúcio Edno Pereira, nascido em 1962, procurava deixar seu Karmann Ghia um brinco, o síndico do prédio onde ele morava aplicou-lhe uma multa por lavar o bólido na garagem. Pereira ficou proibido de molhar o chão da garagem. Inconformado, jurou vingança. Na época, Pereira trabalhava no setor de tintas para carros da Autolatina e conhecia bem a composição química de cada cor, fosse pintura metálica, fosse fosca.
Debruçou-se então, sobre tubos de ensaio num laboratório artesanal montado no quintal da casa de seus pais e, ali, passou a trabalhar na fórmula mágica. Levou três anos para chegar ao produto, mas finalmente pôde lavar seu Karmann Ghia sem um único pingo d'água.
Pereira, evidentemente, não conta quais nem quantos ingredientes mistura no produto que ele batizou de Drycar (do inglês, carro seco). Diz apenas que a formulação fragmenta os minúsculos grãos de pó, areia ou qualquer tipo de sujeira. Assim, ao ser aplicado, com um simples pano, o produto não risca a pintura do automóvel. Bastam apenas 200 mililitros, o equivalente a um copo, para lavar e fazer brilhar o carro inteiro. "Eu não acreditava que tinha inventado alguma coisa", diz ele. "Nem me preocupei em patentear o produto." Que o Drycar era bom ele logo descobriu, ao ganhar como um dos primeiros clientes o síndico que o multara.
Animado, saiu da Autolatina e passou a limpar carros em domicílio, formando uma clientela de políticos e artistas. Assim trabalhou por outros três anos. Certo dia, seu invento saiu nu jornal e ele foi procurado até por multinacionais interessadas em comprar-lhe a fórmula. "Fiquei apavorado", diz ele. "Sumi por três dias porque não sabia o que fazer." Só então Pereira bateu na porta de amigos para abrir uma sociedade, e tratou de patentear o produto (em setembro de 1994, o processo corria em 79 países).
Houve muita discussão entre Pereira e seus três sócios até que o negócio saísse do papel. Eles analisaram vários canais de atuação e optaram por montar uma rede de franquias de lava-jato a seco. É certo que escolheram um caminho trabalhoso: Pereira poderia simplesmente vender a fórmula para encher-se de dinheiro. Um de seus sócios é Airton Baptista, até então vendedor de carros numa concessionária em São Paulo. Os outros dois sócios têm uma construtora e entraram com o dinheiro. Pereira e Baptista trabalharam, então, com várias hipóteses para montar uma empresa que, não fizesse água. Optaram pela franquia depois de estudar e reconhecer a inviabilidade de outras maneiras de levar o negócio em diante, como venda em supermercados, posto de gasolina, lava-rápidos tradicionais, etc.
Descartadas essas hipóteses, sobravam ainda outras três: montaram-se lojas, um serviço de atendimento em domicílio e outro para ser feito dentro de concessionárias. Seu invento, previ Pereira, levari ainda um ou dois anos para ser copiado por algum concorrente. Seria tempo suficiente, segundo ele, para se estabelecer no mercado e garantir uma clientela fiel.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)
20 de jun. de 2021
Celite
Cenibra
A Cenibra - Celulose Nipo-Brasileira S.A. tem unidade no Brasil no município de Belo Oriente, no interior mineiro, a 240 quilômetros de Belo Horizonte.
A construção de uma nova fábrica foi decidida em 1988, mas só começou a ser erguida no início de 1994. Segundo o presidente da empresa, Luiz Otávio Ziza Valadares, "o projeto ficou empacado por causa
da dívida externa do Brasil".
A segunda unidade é uma associação entre a Cia. Vale do Rio Doce e a JBP, Japan Brazil Paper and
Pulp Resources Development Co. Ltd., consórcio formado pelos dezesseis maiores fabricantes de papel e celulose do Japão. São 792,7 milhões de dólares para elevar a produção de 350.000 para 700.000
toneladas anuais.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)
Microlite
Considerando-se um panorama em setembro de 1994, a Microlite pertence à família Flank, de São Paulo e aos grupos Varta, da Alemanha, e Inco, do Canadá.
A empresa fabrica as pilhas Rayovac no mercado de pilhas alcalinas e produz também pilhas comuns. Até 1992, sua marca de pilhas alcalinas era Battery. Logo no começo da recuperação desse mercado, optou por usar a marca Rayovac também para as alcalinas. Além disso, produz baterias com as marcas Heliar e Satúrnia, lanternas e linhas de costura.
A fábrica da Microlite está localizada em Guarulhos, na Grande São Paulo
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)
St. Dupont
A companhia francesa St. Dupont é uma das mais tradicionais - e caras - grifes europeias de artigos de luxo. Seus itens vão de canetas a acessórios masculinosde couro, usados por celebridades como o Papa João Paulo II e o primeiro-ministro francês Edouard Balladur.
Para se ter uma ideia dos preços da marca: um isqueiro folheado a ouro fica em aproximadamente 7.000 dólares.
Em setembro de 1994, a St. Dupont abriu sua subsidiária no Brasil. Cerca de 350 itens passaram a ser comercializado no país. Os artigos passaram a ser vendidos no Brasil em joalherias e lojas de artigos de luxo.
(Fonte: revista Exame - 14.09.1994)