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11 de jul. de 2021

Byte Solutions

          O paulista Marcos Roberto Chiavone acumulou considerável experiência trabalhando para terceiros antes de abrir a Byte Solutions no início de 1993.
          Em 1981, Marcos Roberto, então com 13 anos, teve o seu primeiro contato com um computador numa escola de inglês. Foi amor à primeira vista. No ano seguinte, quando os micros domésticos eram ainda uma raridade, seus pais compraram um modelo XT. Não demorou muito para Chiavone aprender a explorar todo o potencial da máquina.
          A Byte Solutions era um autêntico pronto-socorro de informática que atendia tanto pessoas físicas como empresas. A empresa fazia um pouco de tudo: conserto de micros, instalação de programas, remoção de vírus, upgrade, montagem de redes, desenvolvimento de softwares específicos para empresas.
          Era uma época em que problemas embrionários aconteciam nos serviços feitos em PCs (personal computers, ou computadores pessoais). Muita gente comprava um computador, mas não tinha a mínima ideia de como operá-lo. No final, acabavam subutilizando a máquina. E aí que entrava o serviço de suporte. Além de instalar e configurar os micros, eram feitos consertos. A internet era a maior fonte de dúvidas dos clientes. Vírus e problemas em trabalhos que precisavam ser apresentados na segunda-feira costumavam fazer com que os clientes gritassem por socorro. Fazer upgrade também constava como 
serviço de profissionais autônomos, pois nem todos abriam empresas como Chiavone.
          Num artigo de Exame de 18 de dezembro de 1996, a revista conversa com pelo menos mais três profissionais que estavam se virando muito bem com esse tipo de trabalho, além de Marcos Roberto: o engenheiro carioca José Carlos Carneiros, nascido em 1957, que trabalhara em empresas como Bourroughs (atual Unisys), Cobra, Datapoint e outras empresas de informática; o paulista Arthur Berger, nascido em 1964, que entrou quase que por acaso no mundo da informática, quando casou com uma astróloga que usava computador como ferramenta de trabalho; e o paulista David Evaristo Venceslau, nascido em 1980, cuja mãe comprou um 486 e passou a trabalhar em casa fazendo serviços de digitação e pesquisa. Com apenas 16 anos, David, então cursando à noite a 8ª série do Colégio Estadual Pedro Alexandre, já tinha uma clientela razoável.
(Fonte: revista Exame - 18.12.1996)

Banco Patrimônio

          Em 1994, o Banco Patrimônio se associa ao banco de investimento americano Salomon Brothers, um dos primeiros gigantes internacionais a aportar no Brasil, em 1988. Giampaolo Baglioni é um de seus sócios.
          Em junho de 1994 o banco adquiriu 23% das ações da rede de farmácias Drogasil, que estavam em mãos de 52 pessoas, quase todos herdeiros dos fundadores da rede.
          No final de 1994 o Banco Patrimônio passou a comandar a Drogasil. O comando ficou sob a responsabilidade do executivo Alexandre Saigh, do Patrimônio, recrutado para liderar a rede.
          Em fins de 1996, o Patrimônio participa do lançamento do Asset Manager, novo fundo de investimento do Bradesco em conjunto com o Salomon Brothers, que enviou ao Brasil, Thomas W. Brock, um de seus principais executivos, para este fim.
(Fonte: revista Exame - 22.06.1994 / 18.12.1996 - partes)

9 de jul. de 2021

Fertipar

          A Fertipar surgiu em 1980, criada pelo catarinense formado em agronomia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) Alceu Elias Feldmann. Feldmann, nascido em 1950, começou a trajetória no ramo de fertilizantes como vendedor (de fertilizantes) na Ultrafértil. Durante essa fase, morou em várias cidades brasileiras, o que o ajudou a entender a fundo como funcionava uma empresa de fertilizantes.
          A Fertipar começou (em 1980) em um armazém alugado, na cidade de Paranaguá. O sucesso, devido à administração e localização privilegiadas, foi instantâneo. Poucos anos mais tarde, a Fertipar 
era expandida para outras cidades e estados.
          Em 1984, por exemplo, surge a Fertigran, em Minas Gerais. Já em 1985, é a vez da Fertilizantes Piratini, no Rio Grande do Sul. Durante os anos 1990, Feldmann expande o grupo pelo Nordeste. São 
criados então os braços Fertine e Fertipar Bahia.
          Nos anos 2000, o Grupo ampliou o market share na região Nordeste com as empresas Fertial, Fertinor e Fertipar Maranhão. Paralelamente, ingressou nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, através das empresas Fertipar Bandeirantes, Fertipar Sudeste e Fertipar Mato Grosso.
          E o boom da soja foi essencial, já que a venda de fertilizante para o cultivo do alimento é o carro-
chefe da Fertipar.
          Desde seu surgimento em 1980, a média de crescimento do Grupo Fertipar é de 16% ao ano. Atualmente, a Fertipar está presente nos estados do Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Maranhão, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O Grupo Fertipar é uma holding composta por 12 empresas, distribuídas em diversas cidades brasileiras e conta com 2.100 funcionários.
          A Fertipar tem capacidade de produzir mais de 6 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, tornando-se uma das principais empresas de fertilizantes do Brasil e do mundo. Feldmann continua como presidente da empresa.
(Fonte: Suno / Amanhã)

5 de jul. de 2021

Midas

          A Midas, franquia de serviços rápidos automotivos, foi fundada nos Estados Unidos em 1956. É especializada em escapamentos, freios, suspensão, alinhamento e balanceamento de rodas e troca de óleo.
          Em 1996, então como a maior franquia desse segmento do mundo, ela chega ao Brasil e até janeiro de 1997 já contaria com 3 lojas em São Paulo, nos bairros da Saúde, do Itaim e de Moema.
          Trazida pelo empresário Jamiro Wiest, dono da Wiest Autopeças, de Santa Catarina, a Midas tinha como objetivo realizar os serviços num prazo médio de 45 minutos.
          Um detalhe importante para quem coleciona automóveis antigos, cujas peças de reposição não são encontradas facilmente, é que cada loja tem uma máquina de fazer canos de escapamento.
          Considerando dados de final de 1996, a franquia tinha 2.700 unidades, e um faturamento anual de 1,5 bilhão de dólares.
(Fonte: revista Exame - 18.12.1996)

3 de jul. de 2021

CGU Seguros

          Em 1696 surge, em Londres, a Hand in Hand Society: uma empresa de seguros de incêndio e a mais antiga operadora de seguros do mundo.
          Nos Estados Unidos, em 1831, forma-se uma grande seguradora, a Potomac Insurance Company.
          Em 1861, um grupo de comerciantes de Londres cria uma nova companhia de seguros de incêndio - a Commercial Union Assurance Company -, trazendo inovações para o mercado de seguros.
          Em 1885, a General Accident Fire Assurance Corporation começa a operar em Perth, Escócia.
          Em 1901, a General Accident incorpora a Potomac Insurance Company.
          Em 1905, a pioneira Hand in Hand torna-se parte da Commercial Uninion.
          Em 1907, nos Estados Unidos, a General Accident é uma das primeiras companhias a fazer seguros de automóveis.
          Em 1912, a Commercial Union paga 730 mil dólares em prêmios relativos ao naufrágio do Titanic.
          Em 1922 dá-se a entrada da General Accident no mercado brasileiro.
          Em 1959, a Commercial Union compra a North British & Mercantile Insurance Company, realizando uma das maiores transações da história do seguro, na Inglaterra.
          Em 1963, a General Accident adquire a Camden Fire Insurance Association, estabelecida, desde 1841, em Londres.
          Em 1968, na Grã-Bretanha, a Commercial Union funde-se com a Northern & Employers Assurance Company.
          Em fevereiro de 1998, a General Accident Fire & Life Assurance Corporation e a Commercial Union Assurance Company realizam em Londres, uma fusão mundial, formando uma empresa nova, que inicia suas atividades em junho do mesmo ano, com o nome de CGU.
(Fonte: revista Exame - publicidade da CGU Seguros)

Freelance

          O economista paulista Paulo Humberg, nascido em 1968, foi durante cinco anos diretor de marketing da Lojas Americanas, uma das maiores redes de varejo do país, controlada pelo grupo GP. Mergulhada numa reestruturação para conter a sucessão de prejuízos, a Americanas colocou de lado seus projetos de comércio eletrônico. Humberg, decidiu não esperar. Durante seis meses pesquisou alternativas de comércio na Web.
          Um mês depois de ser pai pela primeira vez, Humberg colocou no ar o Freelance, um site de leilões virtuais ao estilo do eBay americano. "Costumo dizer que tive gêmeos", diz ele. "O Freelance é mais ou menos como o meu filho, Felipe. A gente precisa ficar perto, alimentar, cuidar o tempo todo."
          Em setembro de 1999, o próprio GP comprou uma participação minoritária no Freelance por 11 milhões de dólares. O dinheiro seria investido nos 12 meses seguintes na expansão do site pelo Brasil e pela América Latina. No plano de negócios de Humberg estava a abertura do capital do Freelance na bolsa americana.
(Fonte: revista Exame - 20.10.1999)

Lucent

          A empresa de tecnologia de telecomunicações Lucent foi criada nos Estados Unidos em 1996 a partir da cisão da AT&T. Tem sua sede mundial em Murray Hill, Nova Jersey.
          Na sede da Lucent está localizado o lendário Bell Labs, um dos mais importantes centros de desenvolvimento de tecnologia do mundo. Considerando um panorama em outubro de 1999, cinco ganhadores de prêmios Nobel trabalhavam na empresa.
          No Brasil, a Lucent se instalou em fins de 1995. No final de 1998 a Lucent inaugura sua fábrica brasileira em Campinas (SP) e nova sede no país.
          Considerando dados de dezembro de 1998, a Lucent tinha mais de 137 mil funcionários no mundo, em 90 países.
(Fonte: revista Exame - 23.12.1998 (publicidade) / 20.10.2021 - partes)

2 de jul. de 2021

Tesla (criadora de sites)

          Nascido em 9 de julho de 1856, em Smiljan, na Croácia, então parte do império Austro-Húngaro, o engenheiro Nikola Tesla foi um dos principais nomes da revolução que a eletricidade provocou em nossa sociedade. Vivendo os Estados Unidos a partir de 1884, projetou geradores e transformadores mais modernos que os existentes até então e trabalhou no desenvolvimento de sistemas de comunicação sem fio e de transmissão de energia. Tesla foi o paladino do uso da corrente alternada como modo mais eficaz de transmitir energia elétrica até as casas e empresas. Thomas Edson, o inventor da lâmpada e de uma infinidade de engenhocas, como o fonógrafo, defendia o uso da corrente contínua. A corrente de Tesla acabou prevalecendo, e a energia que chega hoje às nossas casas vem na forma de corrente alternada.
          Inovador em sua época, o engenheiro agora serve de fonte de inspiração para os pioneiro de uma nova revolução, a da Internet. Quatro jovens paulistanos batizaram de Tesla a empresa que criaram em dezembro de 1995 para desenvolver projetos de sites.
          Como nas melhores histórias de empresas de Internet do Vale do Silício, os quatro jovens largaram seus bons emprego, se juntaram numa saleta equipada com um par de computadores e criaram, da noite para o dia, uma empresa bem-sucedida. Nenhum dos quatro sócios trabalhava com Internet antes da Tesla. Carlos Vicente de Azevedo, nascido em 1971, era advogado e passou a ser diretor de marketing da Tesla. Paulo Veras, nascido em 1972, formado em engenharia mecatrônica, assumiu a diretoria de tecnologia. O engenheiro civil Marcos Camano, também nascido em 1972, passou a dirigir a produção. Ricardo Pizzamiglio, nascido em 1967, é engenheiro mecânico e atuou como diretor comercial da empresa.
          Num terreno nebuloso, no qual ninguém sabe direito que caminho seguir, quem tem melhor faro leva vantagem. Os rapazes da Tesla mostraram-se uma matilha de sabujos. Em 1996 criaram o Guia SP para servir como uma vitrine para seu trabalho de criação de sites.
          A oportunidade veio com a Internet. Primeiro Carlos e Marcos, os mais entusiasmados, deixaram seus empregos e passaram a se dedicar em tempo integral à Tesla. Retiravam uma pró-labore modesto, de 600 reais. Contavam com algum dinheiro economizado para sobreviver nos primeiros meses. Logo os negócios engrenaram. Riccardo e Paulo então pediram demissão e também passaram a cumprir expediente integral na Tesla.
          Daquela época até 1999, a Tesla virou um negócio razoável, com seus milhões de reais de faturamento - ainda mais no mundo das receitas minguadas da Internet. Isso significa que a empresa chegou a uma bifurcação. Ou continua crescendo modestamente sustentada pelo próprio lucro - e corre o risco de ser devorada por alguma multinacional. Ou se une a um sócio com mais poder de fogo.
          Considerando dados de outubro de 1999, a Tesla tinha 40 funcionários e precisava contratar 10 ou 15 em curto prazo de tempo. A empresa, que ocupava os 250 metros quadrados do andar de um prédio no bairro Itaim Bibi, em São Paulo, estava alugando outro andar no mesmo edifício.
          Concorrendo com agências interativas internacionais importantes, como as americanas Organic e Modem Media Poppe Tyson, a Tesla tornou-se um dos principais nomes no então nascente mercado de criação de sites no Brasil. De seu portfólio fazem parte o site do Mandic, o então terceiro maior provedor de acesso do Brasil, e a loja virtual dos Supermercados Sé. A empresa fez também o Guia SP, o mais completo roteiro online de São Paulo. Além desses, a Tesla amealhou mais de uma centena de clientes em seus quatro anos de vida.
(Fonte: revista Exame - 20.10.1999)

W/Brasil

          A W/Brasil é uma das agência brasileiras que enxergam uma alternativa em meio às fusões deste mundo globalizado. Por meio da Prax, uma holding controlada por seus três sócios (Washington Olivetto, Gabriel Zellmeister e Javier Llussá), a W adquiriu participações minoritárias em agências com potencial para crescer. Dona da Propaganda Registrada, comprou, em 1998, 40% da Lew Lara e em outubro de 1999 fechou um negócio em bases semelhantes com a Guimarães Profissionais de Comunicação.
          Também abocanhou um terço da Konig Parra, especializada em promoções. Vinculadas às agências, há estúdios fotográficos, birôs de design, consultorias especializadas em Internet e escritórios que cuidam de identidade de marcas. Isso para não falar num negócio inteiramente à parte, adquirido em 1998: a indústria de bebidas Dubar.
(Fonte: revista Exame - 20.10.1999)