O empresário Liu Ming Chung, nascido em 1962, tem uma trajetória bastante incomum. Nascido em Taiwan, mudou-se ainda criança com a família para São Paulo, na década de 1970. Passou boa parte da infância em Santo André, na região do ABC paulista, onde o pai mantinha uma granja. Já adolescente,
estudou odontologia e, depois de formado, trabalhou durante seis anos como dentista.
Sua vida mudou numa viagem a Hong Kong, em 1987, quando conheceu Yan Cheung, sua atual sócia e esposa. Ela já era empresária na época, atuando no mercado de papel. Os dois resolveram se casar e tomaram o rumo da Califórnia. Lá fundaram, em 1990, a America Chung Namp, empresa que coletava sobras de caixas de papelão nos Estados Unidos para revendê-las na China, onde são usadas como
matéria-prima da indústria de papeis.
O negócio foi tão bem que resolveram ampliá-lo. Voltaram para a Ásia e, em 1995, abriram em Hong Kong a própria companhia de produção de papel, a Nine Dragons. Em pouco tempo , ela se tornou a maior empresa de embalagens de papelão do continente asiático. Em 2006, faturou mais de 1 bilhão de dólares.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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25 de nov. de 2021
Nine Dragons
23 de nov. de 2021
H2OH!
A ideia de produzir um produto híbrido surgiu quando o carioca Carlos Ricardo, nascido em 1963, comandava a divisão de marketing global da Seven Up, um dos refrigerantes da Pepsi. Trabalhando em Nova York, Ricardo teve como primeiro desafio dar fôlego novo à antiquada soda sabor limão, que se encontrava estagnada.
Em 2003, Ricardo e sua equipem iniciaram um processo de rejuvenescimento do produto, que passou a ter uma versão chamada refreshment, em que uma fórmula-base ganhava diferentes variações de sabor. Funcionou. A Seven Up registrou, a partir de então, crescimento médio de 11% ao ano em suas vendas.
Para entender a rejeição a refrigerantes, pesquisadores foram enviados a países com hábitos de consumo tão diferentes com Arábia Saudita, China, Inglaterra, México e Rússia. O estudo chegou a três respostas básicas. Alguns abandonaram o hábito porque não queriam mais ingerir açúcar e calorias - e, por tabela, engordar. Outros sentiam desconforto com a sensação de a barriga estufar com as bebidas gasosas. Um último grupo estava em busca de produtos mais naturais, ligados à vida saudável e descartava até mesmo as bebidas diet. O passo seguinte foi passar os resultados da pesquisa aos laboratórios da empresa e transformar esses conceitos em uma fórmula.
Começava, assim, a nascer o H2OH! O novo produto não levava corantes ou açúcar e tinha uma quantidade de gás menor do que os refrigerantes tradicionais. O primeiro protótipo, batizado internamente de Splash, foi um fracasso retumbante nos testes pré-lançamentos. Considerada pelo consumidores de cinco países como uma Seven Up "aguada e sem graça", foi aí que o grupo decidiu afastar a bebida completamente da categoria dos refrigerantes para aproximá-las das águas aromatizadas.
A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica no meio do caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet.
Percebemos que havia uma oportunidade a ser explorada entre os consumidores que queriam, ao mesmo tempo, o apelo saudável dos sucos e da água aliado ao sabor dos refrigerantes, tudo isso com o conceito de mais leveza", disse Ricardo.
A escolha do nome, o último detalhe que faltava, também obedeceu à mesma lógica. Eles queriam encontrar uma marca que diferenciasse o produto da categoria refrigerantes. Ricardo e sua equipe estudaram um catálogo com mais de 20.000 marcas registradas pela Pepsico. No momento em que acharam o nome H2OH!, sabiam que tinham encontrado a opção ideal. No final dos anos 1980, essa marca já havia sido utilizada num refrigerante lançado - sem grande sucesso- nos Estados Unidos. O H2OH! movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em onze países. No Brasil, em apenas um ano conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de venda, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com
sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e sucos industrializados.
(Fonte: revista Exame - 12.09.2007)
Delivery Center
A empresa tinha fortes parceiros. Multiplan, BR Malls, José Galló, Cyrella Commercial Properties (CCP) e Bloomin’Brands (dona da Outback no Brasil) eram acionistas da empresa, que há anos recebia contribuições para expansão.
O jornal Valor calculou que pelo menos R $ 180 milhões foram injetados na empresa desde sua criação.
(Fonte: jornal Valor - 22.11.2021)
18 de nov. de 2021
Vestas
(Fonte: jornal Valor - 17.11.2021)
16 de nov. de 2021
Dr. Consulta
Cerveja União Serrana
Josaphat decide ainda jovem seguir para a Serra Catarinense, mais especificamente para a cidade de Lages, onde chega em 1903. Ele abre uma cantina, onde recebia os clientes, entre os quais muitos intelectuais da época.
A cantina agradava pelas bebidas ali servidas, todas feitas por sua família. Exibia orgulhosamente seus vinhos, espumantes e cervejas.
Em um determinado momento decide focar a produção de cerveja, fundando então, a Cervejaria União Serrana. Da pequena indústria montada em Lages, chegou a exportar para a Europa. A produção foi até a década de 1930. Ele mantinha o próprio parreiral e plantava lúpulo. Foi pioneiro na produção de lúpulo na Serra Catarinense.
No final da década 2011/2020, incentivados pelo bisneto de Josaphat Lenzi, Giovani Fornari, os trinetos Leonardo Fornari, filho de Giovani, e sua esposa, Juliana Marquardt, se especializaram em cerveja. Investiram em instalações na área industrial de Lages, e em equipamentos de tecnologia de ponta, importados da Hungria.
Em 2020, com o apoio do mestre cervejeiro húngaro, Zoltán Ihász, colocaram a Cervejaria União Serrana à disposição dos apreciadores da bebida. A cervejaria está localizada na Avenida João Pedro Arruda, 2299.
(Fonte: CL-Correio Lageano (Núbia Garcia) - 30.01.2020 / Continente das Lagens (Licurgo Costa) - partes)
11 de nov. de 2021
Votorantim Cimentos - VC
(Fonte: jornal Valor - 08.04.2021 / 10.11.2021 / Estadão - 10.04.2024 - partes)
9 de nov. de 2021
Credz
A emissora de cartões Credz foi criada em 2011 pela família Zogbi. Em 2003, a família Zogbi vendera o banco que levava seu sobrenome para o Bradesco por R$ 650 milhões.
Em novembro de 2021 vem a lume que a família Zogbi pretende transformá-la em uma financeira, voltando quase 20 anos depois a controlar uma instituição financeira propriamente dita.
Fábio Zogbi conta que em 2021 a Credz ultrapassou o limite de volume estabelecido pelo Banco Central e, assim, teve de entrar com um pedido de licença de instituição de pagamento. Nesse meio tempo, no entanto, decidiu mudar e em setembro aplicou para uma licença de financeira. Ele diz que muitas fintechs evitam se tornar instituição financeira por causa dos custos de observância, mas a Credz, até mesmo em razão da experiência da família com o banco, já tem uma governança bastante
elevada.
Zogbi afirma que virar uma instituição financeira tem duas grandes vantagens. A primeira é a diversidade de instrumentos de funding. Se hoje a emissora de cartões depende da estruturação de fundos de investimento em direitos creditórios (FIDC), como financeira poderá emitir CDBs e letras financeiras, que têm uma distribuição mais simples. A segunda vantagem é fiscal, já que, como
instituição financeira, poderá deduzir determinados custos da sua base de PIS/Cofins.
A empresa deve terminar 2021 com 3 milhões de cartões emitidos.
A Credz, que faz cartões para lojas, foi afetada pelos problemas que afligiram o varejo em 2023, como juros altos e vendas em baixa.
Em setembro de 2023, a Credz deixou de pagar R$ 82 milhões ao BV. Por ser instituição de pagamento, recuperação judicial ou intervenção do Banco Central seriam mais complicadas que a venda. Por isso, o BV aposta nisso. Debenturistas e investidores de fundos também.
Com dívida na casa dos R$ 3,5 bilhões e necessidade de solução de curto prazo, a Credz depara-se com um novo impasse na venda para a rival DM. Os bancos BV e Credit Suisse, dois dos principais credores da administradora de cartões da família Zogbi, tomaram decisões diferentes sobre os direitos que têm a receber. O BV decidiu dar prazo maior para a companhia tentar pagar, enquanto os suíços resolveram executar as dívidas na Justiça. A venda para a DM, que apresentou uma proposta vinculante em outubro (2023), é vista como a solução mais fácil para a crise da Credz.
O BV havia entrado com pedido de execução extrajudicial de penhora de bens e aplicações financeiras, mas resolveu dar novo prazo para acordo. Já o Credit, controlado pelo UBS, que já havia aceitado duas prorrogações, não vai dar prazo adicional e resolveu executar
Se levar a Credz, a DM vai se transformar na maior administradora independente de cartões do Brasil, com mais de 3,5 milhões de plásticos de lojas. A DM faria um aporte na casa dos R$ 300 milhões na Credz, e a Visa e os sócios da Credz também entrariam com recursos, segundo uma fonte. Já os credores, em troca do perdão de parcela das dívidas, teriam uma participação de 25% no lucro da DM por 10 anos.
(Fonte: jornal Valor - 09.11.2021 / Estadão - 12.11.2023 - partes)
5 de nov. de 2021
Taeq
Para comemorar seu 1º aniversário, o Pão de Açúcar criou uma loja itinerante. O lançamento da loja, montada em um contêiner de 40 metros quadrados, foi na largada da Maratona Pão de Açúcar, no dia 20 de setembro de 2007.
Apesar do nome esquisito, a Taeq passou a ser uma das principais marcas do grupo e tem papel estratégico no objetivo do Pão de Açúcar de incrementar seu faturamento com produtos de marcas próprias.