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20 de out. de 2022

MP Lafer

Um MP Lafer em Quebec, Canadá

          A história do MP Lafer do Brasil começou nos idos de 1970, mais precisamente em 1972 com a fabricação do belo roadster MP que replicava o MG TD 1952. Mas para que este sonho fosse alcançado, Percival Lafer - um empresário no ramo da construção de móveis – decidiu fabricar um carro fora-de-série que atendesse ao gosto dos jovens da época.
          Com uma equipe de profissionais altamente especializados na construção com plástico reforçado com fibra de vidro, logo o MP não demoraria para ganhar o sucesso.
          A dúvida era qual carro poderia ser fabricado. Não demorou muito e Percival logo se decidiu pelo MG TD 1952 , um carro pertencente à Sra. Ivone, esposa de um funcionário da Lafer - João Arnault - o qual a tinha presenteado pelo seu aniversário. Tudo isso só veio à tona por causa do atraso de Arnault em chegar à empresa, pegando assim o carro de Ivone para chegar a tempo.
          Logo trataram de desmontar o MG para que o projeto fosse colocado em prática com os novos moldes dos futuros MP. Com isso, em 1974 começavam a ser produzidas as primeiras unidades do MP , logo após a aprovação do público durante o Salão do Automóvel em São Paulo, ocorrido em 1972.
          Nos primeiros exemplares, produzidos em 1974, foi utilizado o motor VW 1500 cc, substituído pelo VW 1600 cc cerca de seis meses depois. Em 1976 já contabilizava 600 unidades vendidas.
          Por dentro, o painel revestido em madeira era bastante nostálgico, lembrando o carro que o originou. No centro do painel estavam medidor de combustível, de temperatura, relógio (opcional), indicador de pressão do óleo, voltímetro e, ao lado, como não poderia deixar de estar, velocímetro e o conta-giros com mostradores maiores.
          No ano de 1980, chegou a vender 600 unidades. No final de 1983 o modelo TI, lançado cinco anos antes, passaria por mais uma atualização de estilo afastando-o de vez do seu grande inspirador britânico. E também do mercado externo, que continuava preferindo o design original. Em 1986, buscando recuperar a atratividade dos seus carros tornando-os verdadeiramente esportivos, a Lafer preparou um protótipo com motor dianteiro baseado nos antigos MG. Apresentado no XIV Salão com o nome MP-TX.
          Em 1990, a produção foi interrompida. Em quase 17 anos, foram construídos cerca de 4.300 automóveis, mais de mil deles exportados para mais de três dezenas de países. Os moldes das carrocerias de fibra de vidro do MP foram enterrados no terreno da fábrica, em São Bernardo do Campo, onde jazem até hoje, sob as fundações de um grande supermercado.
(Fonte: carros.ig - 21.09.2021 / Wikipédia - partes)

19 de out. de 2022

Genu-in

          O gigante frigorífico JBS tem um novo empreendimento. A empresa inicia em agosto de 2022 as operações da Genu-in, nova empresa que produzirá peptídeos de colágeno e gelatina de pele bovina provenientes da cadeia produtiva da empresa. O investimento no negócio totalizou R$ 400 milhões, visando um mercado de US$ 4 bilhões ao ano que cresceu mais de 15% no período de 2018 a 2022, como mostram dados da consultoria Allied Market Research.
          A JBS já anunciara o empreendimento, com investimento superior aos R$ 280 milhões, em fevereiro de 2021.
          O novo negócio venderá peptídeos e gelatina para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. O colágeno é amplamente conhecido como uma proteína que auxilia na hidratação da pele, redução de rugas e regeneração da cartilagem, entre outros benefícios.
          “É uma empresa que já nasceu grande, posicionando-se entre os três maiores players do mercado com 10% do mercado global de peptídeos e gelatina de pele bovina”, disse Claudia Yamana, CEO da nova empresa do grupo.
          A Genu-in será a principal empresa brasileira neste ramo. Concorrente direta da JBS no processamento de proteína bovina, a Marfrig, por exemplo, só vende os subprodutos de sua produção para fabricantes de colágeno e gelatina. Globalmente, os maiores concorrentes são a alemã Gelita e a Rousselot, da norte-americana Darling Ingredients. Ambos têm operações no Brasil.
          A Genu-in ingressa na nova divisão de negócios da JBS, com operações que transformam os subprodutos das cadeias de processamento de bovinos, suínos e aves em produtos como couro, biodiesel, fertilizantes, rações, insumos farmacêuticos, higiene pessoal e materiais de limpeza . O colágeno já era produzido pela JBS, mas para uso em alimentos industrializados à base de carne.
          A sra. Yamana argumenta que o diferencial para os concorrentes está justamente no controle de toda a cadeia, “da origem à planta”, preservando o colágeno nativo e seus benefícios. No primeiro momento, a produção será concentrada em produtos feitos de pele bovina.
          O primeiro lançamento é o peptídeo de colágeno Genu-in Life, ingrediente para produtos de saúde e beleza. O componente estará na formulação de marcas de terceiros que chegarão ao consumidor final por meio do varejo até o início de 2023, segundo a Sra. Yamana. Outro produto é a gelatina Genu-in Gel, que é utilizada pela indústria alimentícia na produção de sobremesas, sorvetes e balas, e pela farmacêutica no desenvolvimento de comprimidos e cápsulas de remédios.
          Com a recém-criada Genu-In, a JBS tem ambições de competir no mercado com a Rousselot e Gelita.
          Com unidade em Presidente Epitácio, São Paulo, a Genu-in inicia suas operações com mais de 130 funcionários. A capacidade de produção é de 6.000 toneladas de peptídeos de colágeno e 6.000 toneladas de gelatina por ano.
(Fonte: jornal Valor - 10.08.2022 / 18.10.2022 - partes)

Gelnex

          A Gelnex foi fundada em Itá, Santa Catarina. É controlada por três holdings – Gel Holdings, Ibo Participações e Itá Investors – representadas por um grupo de diretores, mas de propriedade de um empresário local.
          A companhia é pouco conhecida pelos consumidores, embora a maioria possivelmente já tenha consumido alguns de seus produtos utilizados como insumos para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética.
          A empresa é uma das maiores fabricantes mundiais de gelatina e peptídeos de colágeno, com quatro plantas no Brasil, uma no Paraguai e outra nos Estados Unidos. Exporta ingredientes usados ​​em suplementos, barras de cereais, bebidas lácteas, balas, pílulas e produtos de beleza para mais de 60 países. A companhia tem capacidade para produzir cerca de 50 mil toneladas por ano de colágeno.
          Em 18 de outubro de 2022, a Gelnex informa a seus funcionários que foi vendida para a americana Darling Ingredients, por US$ 1,2 bilhão em dinheiro. Esse é o maior negócio no setor de consumo do Brasil em 2022, costurado pelo Santander na ponta vendedora e Morgan Stanley na ponta compradora. O acordo deve ser fechado no início de 2023, após aprovações regulatórias
          No processo competitivo, a Darling superou as propostas de fundos internacionais de private equity e gigantes de proteínas – as brasileiras JBS e Marfrig estudaram o negócio. A relevância da matéria-prima da Gelnex, que são os subprodutos da carne suína e bovina, justifica o interesse das empresas de proteína, que viram grande sinergia na operação.
(Fonte: jornal Valor - 18.10.2022)

Darling Ingredients

          A Darling Ingredients tem sede no Texas, Estados Unidos. A origem da empresa remonta a uma empresa familiar em Chicago, mas sua sede atual fica em Irving, Texas.
          A empresa é pouco conhecida pelos consumidores, embora a maioria possivelmente já tenha consumido alguns de seus produtos utilizados como insumos para as indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética. A Darling também atua em outros segmentos, transformando subprodutos comestíveis e resíduos de alimentos em produtos sustentáveis ​​e energia renovável.
          É um gigante com 250 fábricas em 17 países que reutiliza quase 15% dos resíduos da indústria de carnes do mundo em produtos como energia verde, diesel renovável, colágeno, fertilizantes e ração. Só a Rousselot (sua controlada) tem 11 fábricas.
          Com ações negociadas nos EUA, a Darling está avaliada em US$ 12 bilhões (outubro de 2022). A proclamada sustentabilidade nos negócios da empresa se refletiu no mercado, com forte e contínua valorização de suas ações.
          Em 18 de outubro de 2022, a Darling informa que concordou em comprar a empresa brasileira Gelnex por US$ 1,2 bilhão em dinheiro. Esse é o maior negócio no setor de consumo do Brasil em 2022, costurado pelo Santander na ponta vendedora e Morgan Stanley na ponta compradora. O acordo deve ser fechado no início de 2023, após aprovações regulatórias.
          Essa é a segunda aquisição da Darling no Brasil somente em 2022. O maior país da América do Sul é considerado um mercado estratégico pelo CEO e presidente Randall C. Stuewe. Em maio de 2022, a empresa anunciou a compra do grupo Fasa por US$ 542,6 milhões em dinheiro.
          “O Brasil terá um grande papel na alimentação de uma população mundial crescente, o que o torna um local privilegiado para o crescimento de nossos negócios de ingredientes especiais”, disse ele no início de 2022. Desta vez, o Sr. Stuewe reforçou a aposta na procura específica de colágeno.
          No processo competitivo, a Darling superou as propostas de fundos internacionais de private equity e gigantes de proteínas – as brasileiras JBS e Marfrig estudaram o negócio. A relevância da matéria-prima da Gelnex, que são os subprodutos da carne suína e bovina, justifica o interesse das empresas de proteína, que viram grande sinergia na operação.
          O negócio também atraiu recursos internacionais devido ao seu tamanho já que não é tão comum no ambiente de M&A do Brasil cheques acima de um bilhão de dólares. A Gelnex era até agora controlada por três holdings – Gel Holdings, Ibo Participações e Itá Investors – representadas por um 
grupo de diretores, mas de propriedade de um empresário local.
(Fonte: jornal Valor - 18.10.2022)

16 de out. de 2022

Unit (Grupo Tiradentes)

          A Unit foi fundada em 1962 em Sergipe pela família Uchoa, onde fica a sede do Grupo Tiradentes.
          Em 13 de outubro de 2022, após quase um ano de negociações, o Grupo Tiradentes (Unit) concordou em vender para a Afya duas instituições de ensino, totalizando 340 vagas médicas, por R$ 825 milhões — ou R$ 2,4 milhões por vaga.
          A transação pode ser aumentada em R$ 105 milhões se forem aprovadas outras 84 vagas, atualmente em análise pelo Ministério da Educação (MEC).
          As instituições que fazem parte do convênio são o Centro Universitário Tiradentes, em Alagoas, e a faculdade Tiradentes, localizada em Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco, que tem nota máxima do Ministério da Educação.
          A Unit não vendeu todo o seu negócio de faculdades de medicina. Essas unidades ficam em Sergipe, e na cidade de Goiana, em Pernambuco. O centro universitário em Sergipe, onde fica a sede do grupo, e a faculdade localizada na cidade de Goiana, Pernambuco, que tem 250 vagas de medicina, permanecem com o grupo. Não há acordo de preferência em caso de venda futura desses ativos e, dentro de um ano, as duas instituições de ensino vendidas não poderão mais utilizar a marca Tiradentes.
          Por muitos anos, consolidadores e investidores abordaram o grupo. Por volta de 2015, houve negociações para a venda de toda a instituição de ensino, mas a família fundadora sempre resistiu a deixar totalmente o campo da educação. Perante uma forte valorização do negócio médico, os fundadores decidiram vender parte deste ativo e há cerca de um ano abriram um processo competitivo com a ajuda de bancos. A transação foi liderado pelo banco Santander.
          A Unit é o 11º maior grupo educacional no ensino superior do Brasil, com cerca de 32 mil alunos e receita líquida de R$ 436 milhões em 2020, segundo estimativas da consultoria Hoper.
(Fonte: jornal Valor - 13.10.2022)

11 de out. de 2022

Beralv

          O empreendedor gaúcho Álvaro Alves Sobrinho teve pelo menos meia dúzia de ideias bem originais antes de criar a Beralv, fabricante de produtos de limpeza.
          O negócio com produtos de limpeza da Beralv começou em 1976. Em 1985, a empresa criou o primeiro bastão sanitário para vasos, o Fluss Azul Ativo. Em seguida, colocou no mercado um limpador de tênis. Em setembro de 1995, depois de dezoito meses de pesquisas, lançou o Ovo Azul, um produto 
especialmente desenvolvido para eliminar odores na geladeira.
          Em 1995, a Beralv teve um faturamento de 20 milhões de dólares.
(Fonte: revista Exame - 27.09.1995)

C&C

          A C&C foi fundada pelo banqueiro Aloysio Faria, dono do banco Alfa. Faria já controlava a Conibra, uma rede de médio porte com cinco lojas em São Paulo. Depois da venda do Real para o ABN AmRo, em 1998 - e de embolsar mais de 2 bilhões de dólares com o negócio -, o banqueiro decidiu 
entrar para valer no varejo de materiais para construção.
          No início de 2000 ele comprou a Madeirense, até então a maior rede do país, com 12 lojas no estado de São Paulo. No fim do 1º semestre de 2001, abriu a 18ª loja, em São José do Rio Preto, no interior paulista. Isso a consolidava como a maior rede do país.
          Segundo Jorge Gonçalves Filho, diretor-geral da C&C, fazia parte da estratégia de crescimento a expansão para outros estados nas regiões Sul e Sudeste.
          Em 2019, a cadeia de materiais de construção da família Faria passou por uma reestruturação, mas a empresa chegou enfraquecida em 2020, ano marcado pela pandemia, pois não estava preparada para vendas online, dizem fontes. Aloysio Faria resistiu à ideia de vender a rede que fundou, dizem
fontes familiarizadas com o assunto.
          Após a morte do banqueiro, em 2020, as filhas herdeiras contrataram bancos de investimento para avaliar o negócio – além do Alfa Bank e C&C, a família Faria é dona da Agropalma, da rede de 
sorvetes La Basque, da rede hoteleira Transamérica, da Águas Prata e de emissoras de rádio.
          A C&C estava (em outubro de 2022) em negociações com o BTG Pactual para estudar a venda do negócio. A rede tinha então 36 unidades em São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo. As negociações para a venda da rede acontecem informalmente há alguns anos.
          Com faturamento abaixo de R$ 1 bilhão, a empresa já começou a demitir executivos e fecharia pelo menos 12 lojas até o final de 2023, apurou o jornal Valor. É consenso que o modelo de grandes lojas para varejistas de materiais de construção não está mais funcionando e que pelo menos um terço das lojas do grupo é deficitária. A rede faturava então  de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões por mês.
          Em 10 de outubro de 2023 é feita a divulgação que o conglomerado Grupo Alfa vendeu a varejista de casa e construção C&C, então com 28 lojas em funcionamento, para a Arcos Gestão e Investimento (AGI). O negócio aconteceu no fim de setembro e o valor da operação não foi divulgado.
A operação de venda foi estruturada pela Prisma Capital, que atuou como assessora financeira da AGI. Já o BTG Pactual operou como assessor financeiro do Grupo Alfa durante a transação.
          A AGI foi criada por executivos egressos da Legion Holdings, empresa de investimentos do empresário Fábio Carvalho, ex-presidente da Casa & Vídeo e que foi responsável pela reestruturação da Lojas Leader.
          Em registro na Junta Comercial de São Paulo, sede da C&C, a C&C reporta um capital de R$ 1,4 bilhão. A venda vem em um momento em que a varejista trabalhava na redução da operação, com o fechamento de lojas. Ao menos seis unidades foram encerradas no último ano. Segundo comunicado da empresa, a Prisma irá continuar "oferecendo apoio à C&C, trazendo uma visão técnica e complementar, além de promover soluções financeiras e de capital".
(Fonte: revista Exame - 22.08.2001 / jornal Valor - 11.10.2022 / 28.06.2023 / Agência Globo - 10.10.2023 - partes)

10 de out. de 2022

Arby's

          A rede de lanchonetes Arby's foi fundada pelos irmãos Raffel em Boardman, Ohio, nos Estados Unidos, em 1964.
          Ao explorar a onda da comida saudável, a rede de sanduíches de rosbife explodiu nos Estados Unidos, onde em setembro de 1992, já tinha 2.300 lanchonetes.
          Atuando então em outros doze países, a Arby's entrou no Brasil pelas mãos do grupo Bahema, distribuidor de máquinas Caterpillar, que investiria 40 milhões de dólares para inaugurar as primeiras unidades brasileiras no início de 1993.
          Um dos apelos de marketing da rede, voltada para jovens e adultos, era o touch-screen - tela na qual o cliente digita seu pedido sem enfrentar fila no balcão. O plano era abrir franquia a partir de 1994. Para quem se interessasse, a projeção de investimento inicial era de 400.000 dólares, para uma loja de 350 metros quadrados e atendimento de 1.000 clientes ao dia, com prazo de retorno de quatro a seis anos.
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / msn - Photos - 15.06.2018 - partes)

CBC - Companhia Brasileira de Cartuchos

          A CBC - Companhia Brasileira de Cartuchos, fabricante de armas e munições,  foi fundada em 1926, pela família Matarazzo. Depois disso a CBC teve vários donos até que o grupo Arbi do Rio de Janeiro adquiriu 70% de seu controle.
          Logo depois do Plano Collor, em março de 1990, a CBC recebeu um impacto semelhante a um tiro de uma MT 586P, uma pump action, espingarda de repetição produzida pela empresa. As alíquotas de importação para balas e cartuchos despencaram, de uma só vez, de 80% para 20%. Para piorar, as Forças Armadas, um dos principais clientes, entraram num duro período de contenção de despesas, o que abalou ainda mais a situação da empresa. Doloroso num primeiro momento, o golpe serviu para 
abrir os olhos dos dois acionistas da CBC, o grupo Arbi e a estatal Imbel.
          Em março de 1990, o grupo enviou seu presidente Antonio Marcos Moraes Barros para encontrar uma saída para esses problemas. Cercada no mercado interno, a empresa se voltou para o exterior. Menos de dois anos depois (setembro de 1992), 70% do faturamento de 50 milhões de dólares vinha das vendas de munições para mais de cinquenta países, entre eles Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha. Mesmo com a virada, a empresa não conseguiu superar inteiramente as dificuldades, o que esperava fazê-lo com os resultados de um amplo controle de qualidade e produtividade lançado na empresa no final de 1991. 
          Em 2013,  Luis Fernando Costa Estima, diretor e sócio da Forjas Taurus negociou a entrada da CBC no capital da empresa: vendeu parte de suas ações à CBC, que comprou outras no mercado até ficar com 15% de participação. Assim, Estima, CBC e outros acionistas passaram a ter maioria no conselho da Forjas Taurus. Em meados de 2014, a Taurus enfrentava um conjunto nada simples de problemas. Sócios em guerra, mais concorrência - a austríaca Glock e a checa CZ planejavam instalar fábricas aqui -, dívida em alta e a pior de todas, para a imagem da empresa: a Polícia Militar de São 
Paulo parou de usar, temporariamente, 98.000 pistolas da Taurus, depois de algumas terem disparado
sozinhas.
          Em 2015, a Companhia Brasileira de Cartuchos (CBC) assume a Taurus, então uma monopolista em grave crise financeira e de imagem. Após a compra, foi dado início a uma reestruturação, em que a 
empresa fechou duas das três fábricas, concentrando a produção em São Leopoldo (RS).
(Fonte: revista Exame - 16.09.1992 / 26.07.2014 - partes)