O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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6 de fev. de 2023
Banco/Financeira Cédula
Bulgari
A joalheria italiana Bulgari SpA foi fundada em 1884. No mercado de ações a empresa estreou em
1995, quando a família Bulgari ofereceu ao público 36% de seu negócio
Em 1984, assume a empresa Francesco Trapani, nascido em 1957, sobrinho dos acionistas
principais, os irmãos Paolo e Nicola Bulgari.
Uma vez no comando, Trapani sugeriu ampliar o catálogo de produtos da esnobe joalheria. Seus tios não concordaram. Eles preferiam ficar fieis à sua estratégia de sempre. Mas em 1992 as vendas caíram e a Bulgari conseguiu passar, raspando, com um lucro perto do zero. Trapani aproveitou para insistir: a Bulgari deveria seguir o exemplo da Cartier e da Tiffany, abarcando outros artigos de luxo.
Alarmados, Paolo e Nicola cederam.
Além de gravatas e relógios sofisticados, a Bulgari também lançou perfumes. Nessa área, o convencional seria licenciar a marca a um grande fabricante. Mas Trapani não agiu assim. Em 1992 sua equipe criou perfumes como o Bulgari pour Homme e começou a vender vidro de 50 ml a 390 dólares, preço superior ao de opções mais sofisticadas. A seguir, ofereceu acordos exclusivos de distribuição a lojas cuidadosamente selecionadas. Em pouco tempo os perfumes Bulgari passaram a figurar entre os mais vendidos em pontos charmosos de Londres, Tóquio e Paris.
Com mais produtos para oferecer, a Bulgari tinha espaço para mais lojas. Partindo de 19 em 1994, Trapani montou uma rede de 64 lojas considerando até meados de 1998. O período de 1992 a 1998 foi particularmente auspicioso para a Bulgari, quando a empresa quadriplicou suas vendas, com fortíssimo crescimento de seu lucro líquido.
(Fonte: revista Exame - 03.06.1998)
5 de fev. de 2023
OpenAI / OpenAI LP
O ChatGPT, lançado em 30 de novembro de 2022, é um protótipo de um chatbot com inteligência artificial desenvolvido pela OpenAI especializado em diálogo. O chatbot é um modelo de linguagem ajustado com técnicas de aprendizado supervisionado e por reforço.
Mas a trama não se encerrou por aí. Tudo indica que o movimento foi liderado por Ilya Sutskever, o cientista-chefe da OpenAI, em uma verdadeira tentativa de golpe dentro da empresa. A ameaça de demissões em massa começou a pairar, especialmente após a renúncia de Greg Brockman, outro fundador da empresa, ao seu cargo no conselho. O grande dilema é que a OpenAI recebeu investimentos massivos da Microsoft, totalizando US$ 13 bilhões, avaliando a empresa em US$ 86 bilhões.
Diante desses acontecimentos, um grupo de executivos e investidores da OpenAI tentou, durante o final de semana, restaurar Sam Altman como CEO. No entanto, essa tentativa foi mal-sucedida. Em resposta, a Microsoft acolheu tanto Altman quanto Brockman dentro de sua estrutura, transmitindo uma mensagem clara de que os US$ 13 bilhões estavam investidos neles, e não diretamente na OpenAI.
4 de fev. de 2023
VirtusPay
Foi com essa confiança que milhares de pessoas emprestaram o limite de seu cartão de crédito para a fintech VirtusPay com o objetivo de ficar com as milhas geradas pelos gastos em seu nome. O combinado era de que a VirtusPay enviaria o dinheiro para o cliente que emprestou o limite do cartão até o vencimento da fatura.
Em 9 de junho (2022) alguns pagamentos já teriam atrasado e a VirtusPay teria alegado aos clientes estar passando por "problemas sistêmicos", que teriam sido resolvido em 13 de junho, com os pagamentos realizados. No dia 23 daquele mês a opção de cadastrar novo cartão sumiu do site e a companhia teria alegado estar fazendo melhorias nos sistemas, segundo informações dos clientes.
Depois, os pagamentos referentes a faturas de 1º de julho (2022) teriam começado a atrasar e no dia seguinte a fintech teria anunciado a descontinuidade do serviço. Em 6 de julho a empresa teria dado o prazo de 20 dias corridos para a regularização dos pagamentos. Em 22 de julho começaram a ser feitos estornos nos cartões dos clientes que fizeram as solicitações junto às empresas de cartão de crédito com a alegação de desacordo comercial.
Em comunicado em seu site em meados de julho de 2022, a VirtusPay dizia que "segue incansável em solucionar todas as questões que envolvem o pagamento dos valores em aberto nos cartões de crédito de seus clientes e que, felizmente, após muito empenho, alguns de vocês já estão recebendo o estorno em suas faturas de cartão de crédito. O processo dos estornos demanda tempo, mas já está ocorrendo e ganhará ainda mais celeridade nos próximos dias. A VirtusPay preza pela transparência, por isso, segue trazendo atualizações para vocês. Trabalhamos avidamente para normalizar os pagamentos que não foram efetuados aos nossos clientes. Alguns trâmites em relação ao pagamento de parcelas em atraso e cancelamentos de parcelas futuras ainda estão em processo de conclusão junto aos credenciadores do arranjo de pagamentos. Em breve esperamos equalizar todos os pagamentos vencidos. Prezamos pela transparência e os manteremos atualizados".
Ainda que os valores sejam plenamente ressarcidos, vários ex-clientes planejavam entrar com uma ação contra a VirtusPay por danos morais, segundo Pedro Henrique Romanelli Sampaio, sócio da Romanelli Sampaio Advocacia, e que devia representar alguns desses clientes.
Apesar dos estornos que estavam sendo realizados, muitas pessoas tiveram que pegar empréstimos para pagar a fatura que já venceu para não lidar com os juros avassaladores do rotativo do cartão de crédito. "O limite das pessoas que cederam seu crédito foi aumentando, porque o banco criou confiança naquela pessoa", afirma Romanelli Sampaio, apontando o que pode ter sido o inicio de uma bola de neve para os donos dos cartões de crédito.
(Fonte: ValorInveste - 25/07/2022)
3 de fev. de 2023
Grupo Raymundo da Fonte
O processo de integração será conduzido por um time de representantes do Grupo Raymundo da Fonte em conjunto com a Candura.
Por ocasião do negócio, a Candura conta com 182 funcionários e uma sede com área total de 22 mil metros quadrados, sendo 11 mil metros quadrados de área construída. No portfólio da fábrica existem mais de 40 produtos, divididos entre as categorias de limpeza de banheiro, cozinha, lavanderia e multi superfícies, com produtos clorados e não clorados.
Em cumprimento ao seu plano estratégico, além da aquisição da Candura, a Raymundo da Fonte planeja, em 2024, disponibilizar ao mercado nacional uma planta de sabão em pó com as diversas marcas do grupo, e aumentar sua atuação geográfica, oferecendo aos clientes e consumidores um número crescente de opções para o mercado de limpeza doméstica e higiene pessoal.
Roi Méditerranée
O restaurante Roi Méditerranée, no estilo francês, resulta de uma parceria do restaurateur carioca Leonardo Rezende, do Grupo 14zero3, no Rio de Janeiro, com o empresário de moda pernambucano Lucas Albuquerque.
Foi criado em 2020, em São Paulo, na Rua Haddock Lobo, nos Jardins, com capacidade total para
100 pessoas.
Leonardo Rezende que é quem toma a frente no restaurante, largou a música para virar dono de restaurantes. Ele vai abrir segundo endereço do Roi Méditerranée em São Paulo e prevê R$ 160 milhões de receita para 2023.
(Fonte: Veja SP / Valor - 03.02.2023 - partes)
2 de fev. de 2023
Catena-X
Catena-X é uma joint venture global formada pelo grupo de montadoras e fornecedores de peças e serviços alemães Volkswagen, BMW, Mercedes-Benz, Basf, Henkel, SAP, Schaeffler, Siemens, T-Systems e ZF para criar uma organização de cooperação tecnológica e inovação.
O negócio já foi aprovado pelos órgãos reguladores no Chile, Coreia do Sul, Polônia, Ucrânia,
Alemanha e Comissão Europeia, faltando apenas a aprovação brasileira.
As empresas argumentaram que o projeto serve para tornar a experiência do cliente mais segura,
além de apoiar o processo de descarbonização ao possibilitar a troca de informações.
No Brasil, o grupo está acusando o regulador antitruste CADE de inviabilizar uma operação global focada em práticas ambientais, sociais e de governança (ESG), argumentando que o órgão fiscalizador determinou a aplicação de leis “inviáveis, inconstitucionais e condições ilegais” ao acordo que tornariam o projeto impossível. A agência viu problemas de concorrência, exigiu condições para aprovar a operação e nega irregularidades.
Em 8 de fevereiro de 2023 o CADE reprovou a criação da plataforma Catena-X. Também decidiu que sua superintendência geral (SG) avaliará a possível violação da ordem econômica neste caso. A
decisão desaprova a operação no Brasil.
O relator do processo, conselheiro Gustavo Augusto, disse que a negociação dos recursos cabíveis ao processo foi “ampla, transparente e aberta”. Segundo ele, as empresas apresentaram um acordo que, embora incluísse os principais remédios pactuados, excluiu da minuta final, “sem prévia negociação ou comunicação” ao Conselho, diversas obrigações acessórias que seriam essenciais para a aprovação, e que são comumente incluídos em operações semelhantes. Entre elas, está a necessidade de o auditor independente (fiscal fiduciário) não ter conflito de interesses com as empresas.
O CADE também passou a exigir que as empresas forneçam as mensagens trocadas em sistemas de informática, caso haja abertura formal de procedimento investigatório e se solicitado pelo Conselho. Para isso, teriam que manter essas mensagens em seus servidores por cinco anos.
“A remoção dessa obrigação impossibilitaria o CADE de monitorar o cumprimento e verificar se os requerentes não estão trocando informações competitivamente sensíveis”, disse ele.
“A alegação, feita de forma irresponsável pelos requerentes, de que os remédios incluídos no voto não foram discutidos com as partes, ou mesmo que inviabilizariam a operação, está longe de ser verdade”, disse o conselheiro. “É falsa, fantasiosa e irresponsável a alegação de que a redação final dos recursos foi concebida unilateralmente, sem qualquer discussão prévia com as partes, e é desconcertante que empresas do porte e da seriedade dos requerentes se coloquem nesta indigna papel."
(Fonte: jornal Valor - 02.02.2023 / 09.02.2023 - partes)
1 de fev. de 2023
Garde
Outra frente de expansão foi a ampliação da presença de fundos em plataformas de investimento. Além de aumentar os produtos da prateleira da XP com o novo fundo (Vallon FIC FIM) também criou um fundo espelho do D'Artagnan para vender na Ágora.
Em setembro de 2020 eram seis pessoas exclusivamente dedicadas à análise de empresas de capital aberto e à composição das carteiras de ações dos fundos – desde 2016, o time atua de forma independente, em uma outra gestora do grupo, a Garde Equity.
(Fonte: Valor Investe - 28.09.2020)
Macro Capital
A Macro Capital é uma gestora de recursos criada em 2019, tendo sido idealizada por Nilson Teixeira e Mauro Bergstein, profissionais com mais de 30 anos de experiência de mercado e que
trabalharam juntos no Credit Suisse e Garantia por 12 anos.
A gestora é uma partnership, onde todos do time são sócios e que preza por um modelo meritocrático, com foco em resultado e no relacionamento com seus investidores, de forma transparente e ética. A equipe conta com mais de 15 associados, dos quais vários sócios com mais de 25 anos de mercado e atuações muito complementares.
A Macro foca em Multimercados e hoje conta com dois fundos. A gestão é baseada em profunda análise fundamentalista e conta com modelagem quantitativa para ajudar na formulação dos cenários macroeconômicos. Há um trabalho constante na busca por uma otimização do portfólio de acordo com os limites de risco da gestora. Definidos os cenários, a gestora avalia quais os mercados que melhor os traduzem, e seleciona os ativos de cada um desses mercados que farão parte do portfólio. Combina posições estruturais de médio/longo prazos com posições táticas compradas e/ou vendidas de mais curto prazo. O fundo seleciona, com base em análise fundamentalista, ações de Brasil e América Latina, bem como índices e opções nos mercados de renda variável no resto do mundo, mais especificamente nos
EUA, Europa e Ásia.
Em fins de janeiro de 2023 vem a lume que a Macro Capital vai encerrar as suas atividades. A asset fechou 2022 com cerca de R$ 80 milhões sob seu guarda-chuva, volume considerado insuficiente para manter a estrutura robusta que marcou a operação e reter bons profissionais. A decisão vem após um ano em que os multimercados e fundos de ações apresentaram resgates expressivos, com a fuga do investidor para alternativas de renda fixa.
Segundo Teixeira, que antes da Macro Capital passou quase 20 anos no Credit Suissse, a performance nesse período deixou a desejar em relação ao que a casa tinha como meta. E as condições para captar recursos no mercado ficaram mais complexas em meio ao aumento do custo de oportunidade, com a Selic em 13,75% ao ano, e com a concorrência de gestoras com bilhões de reais
sob o seu guarda-chuva.
"Quando a gente olha para frente, nosso cenário não é de um recuo importante, de forma rápida [dos juros], pelo contrário, tende a ficar estável nesse patamar por um período prolongado e isso faz com que aplicações de renda fixa, como LCI e LCA [letras de crédito imobiliário e do agronegócio, isentas de imposto de renda para a pessoa física] paguem até mais que o CDI, e a competitividade de um produto como o nosso fique menor."
(Fonte: site da empresa / ValorInveste - 30.01.2023 - partes)