A Zepz, uma das maiores fintechs da Europa, começou sua operação em 2010 e tem sede em
Londres.
A fintech iniciou seu trabalho com foco no fluxo de países desenvolvidos para os países africanos. Não à toa. A região é menos atendida pelos players tradicionais, e isso se reflete no custo das transações: enviar dinheiro para os países da África Subsaariana é historicamente mais caro. No primeiro trimestre de 2023, custava, em média, 8,35% do total transferido.
A empresa cresceu e passou a explorar outras regiões. Depois do sudeste asiático, começou a olhar para a América Latina.
Em fins de agosto de 2023, a Zepz chega ao Brasil – e quer ajudar os brasileiros a enviarem
dinheiro para o Brasil.
Segundo Giancarlo Braccia, head da empresa para a América Latina, um dos resultados da reaceleração (de remessas de dinheiro) após a pandemia, é uma grande mudança no mercado global de transferências internacionais de dinheiro, as chamadas remessas. Esse segmento cresce rapidamente em tamanho, complexidade e concorrência. De 2019 para 2022, o valor total das remessas saltou de US$ 726,9 bilhões para US$ 831,1 bilhões, segundo o World Bank Global Knowledge Partnership on Migration and Development. De longe, os principais destinos são os países de renda média e baixa, destinatários de 78% do fluxo total.
O problema é que o custo de enviar dinheiro de um país a outro ainda é elevado. Segundo o Banco Mundial, a média global foi de 6,25% sobre o total enviado no primeiro trimestre de 2023. Os operadores digitais de remessas têm ajudado a mudar o cenário, oferecendo o serviço a preços mais atrativos. Considerando apenas as transações digitais, o custo médio no período foi de 3,90%. Reduzir esses valores em 5 pontos porcentuais, diz o Banco Mundial, traria economias de até US$ 16 bilhões por ano.
De acordo com Giancarlo Braccia, em suas duas marcas – WorldRemit e SendWave – a companhia busca facilitar e baratear as remessas. Os fluxos vão, majoritariamente, dos países desenvolvidos para os em desenvolvimento.
Por enquanto, a empresa não planeja o serviço de enviar dinheiro do Brasil para outros países, apenas dos países desenvolvidos para o Brasil. Há uma boa razão para isso: por enquanto, o foco é nos maiores corredores das remessas. Só para se ter uma ideia, no ano passado, brasileiros enviaram do exterior para o Brasil um pouco mais de US$ 4,2 bilhões. E esse fluxo tem aumentado.
O México é a maior oportunidade para a Zepz. Segundo Braccia, está-se falando em US$ 58 bilhões, enviados principalmente dos Estados Unidos para o México. Ou seja, os mexicanos fora do país enviam ao México mais de US$ 1 bilhão por semana.
Braccia explica que "para enviar dinheiro pelos players tradicionais, você precisa ir até uma loja física e depositar o dinheiro. Você gasta tempo fazendo isso. Com a SendWave, só é preciso baixar o app e, de forma bastante automática, o dinheiro é descontado tanto do seu cartão de débito ou do seu cartão de crédito, e é depositado quase automaticamente onde você quiser no Brasil".
A Zepz já opera em mais de 130 países, incluindo o Brasil. São mais de 70 moedas e 5,7 milhões de usuários. Os números renderam à Zepz uma avaliação de mercado de US$ 5 bilhões, tornando a empresa uma das maiores fintechs baseadas na Europa (sua sede fica em Londres, apesar de seus funcionários estarem espalhados pelo mundo).
(Fonte: Época Negócios - 31.08.2023)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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12 de set. de 2023
Zepz
7 de set. de 2023
Quinta da Pacheca (vinhos)
Com cerca de 75 hectares de vinha própria plantados no Património Mundial da Humanidade, classificado pela UNESCO em 2001, a Quinta da Pacheca sempre esteve focada na produção de vinhos Douro DOC e Porto de qualidade e foi uma das primeiras na região a engarrafar Vinhos DOC com marca própria.
Hoje em dia, a família Serpa Pimentel continua envolvida no projeto com a quarta geração da família.
(Fonte:marketing@vaivinho.com)
5 de set. de 2023
100% Amazônia
A 100% Amazônia foi criada em 2010 com foco em dar escala global aos produtos extraídos do
bioma. A empresária Fernanda Stefani é uma de suas criadoras.
Para articular a compra dos insumos da produção familiar, a 100% Amazônia criou um programa específico para integrar os produtores no processo e promover mudanças nas comunidades onde estão localizados os recursos naturais. O programa Aryiamuru realiza visitas nas comunidades e desenha com os fornecedores a construção de planos de negócios comunitários.
A companhia trabalha no processamento de mais de 50 produtos da região para exportação. A principal fonte de matéria-prima da empresa são pequenos produtores de quase 600 famílias. Entre os produtos vendidos estão óleos, manteigas e grãos de diversos itens da floresta, como açaí, copaíba, cupuaçu, entre outros, que são comercializados em 65 países.
“O mercado do açaí é um mercado que tradicionalmente existia, mas a escala (do produto) foi criada muito rápido. O açaí começou a ter uma demanda muito forte nos EUA a partir de 2006, após uma matéria da (apresentadora) Oprah Winfrey sobre as superfrutas e, de repente, milhões de lares ouviram que o açaí era uma das superfrutas. As indústrias tiveram uma remexida enorme”, afirma Fernanda Stefani,
A empresa é uma das companhias participantes do Plano Estadual de Bioeconomia do Pará, o primeiro do Brasil criado para desenvolver um modelo econômico pautado na sustentabilidade da exploração dos recursos da floresta. A empresa já vende o açaí orgânico com um processo de rastreabilidade. Isso significa que os consumidores poderão saber sobre toda a cadeia de produção do açaí, desde a colheita e onde ela ocorre até o processamento na Fábrica da Floresta, recém-construída pela 100% Amazônia.
(Fonte: Estadão - 05.09.2023)
4 de set. de 2023
Energo-Pro
Como funcionário número um, Moraes está montando a equipe da empresa, que deverá crescer para cerca de 15 pessoas em 18 meses. “Só adquiriremos ativos operacionais ou, em algumas exceções, ativos muito próximos de entrarem em operação. A empresa tem como foco a verdadeira energia renovável, que inclui ativos hidrelétricos e será nossa prioridade no curto prazo”, afirmou.
A empresa não definiu um orçamento fixo para aquisições locais, mas dá uma ideia da sua ambição: almejar cerca de 1,5 GW em cinco anos. Empresa familiar, possui usina hidrelétrica e concessões de distribuição.
Após adquirir usinas e pequenas centrais hidrelétricas, a empresa poderá voltar sua atenção para ativos operacionais em energia eólica e solar. Uma vez solidificada a operação no Brasil, a Energo-Pro poderá explorar novos mercados na região para diversificar seu portfólio e moeda – considerando que os contratos de venda de energia são denominados em dólares nos países vizinhos.
3 de set. de 2023
Constellation Asset Management
Em 2002, fruto da parceria entre Florian e Jorge Paulo Lemann, nasce a Constellation, com R$ 64 mi sob gestão. Florian e Lemann decidiram criar a Constellation e disponibilizar a bem-sucedida estratégia para mais investidores.
Em 2005, quando do lançamento da estratégia Long Only, a Constellation atingiu R$ 203 milhões sob gestão.
A Lone Pine Capital se associa a Constellation em 2007, e a gestora tornou-se a 1ª asset a ter um hedge fund americano como sócio. R$ 943 milhões estavam sob gestão
O ano de 2013 é encerrado com mais de R$ 2,4 bilhões sob gestão da Constellation.
Em 2019, a Constellation torna-se signatária do PRI (Principles for Responsible Investment ).
2 de set. de 2023
Constellation (ex-QGOG)
A QGEP Participações S.A. é uma empresa do Grupo Queiroz Galvão criada em 2010 a partir da reestruturação da então Queiroz Galvão Óleo e Gás S.A. (QGOG), quando foram separadas as atividades da nova empresa daquelas relacionadas a serviços de perfuração (fornecimento de sondas, afretamento de plataformas e outros serviços). Controladora da Queiroz Galvão Exploração e Produção S.A. (QGEP), foi concebida com o objetivo de permitir maior crescimento no segmento de exploração e produção. A QGOG tornou-se então uma empresa de sondas de perfuração para explorar e produzir
petróleo e gás.
Uma dívida de bilhões de dólares surgiu na última década. A antiga QGOG investiu em novas sondas de perfuração para suprir a demanda esperada do mercado com a descoberta do petróleo em águas profundas. O cenário, porém, não se concretizou, com a Petrobras reduzindo investimentos após a Operação Lava-Jato e a queda do preço do barril de petróleo em 2014.
Em 2018, a Constellation Oil Services – antiga Queiroz Galvão Óleo e Gás (QGOG), com
uma dívida de US$ 1,84 bilhão– inicia o processo de recuperação judicial.
A Constellation encerrou o processo de recuperação quando reduziu sua dívida de US$ 1,84 bilhão para US$ 918 milhões. Além disso, os acionistas controladores foram substituídos. Dessa forma, a empresa então começa a olhar para o futuro e estudar alternativas no novo contexto do setor no país e na transição energética.
A reestruturação da Constellation incluiu uma injeção de capital de US$ 60 milhões e a conversão de dívida em patrimônio, um movimento que levou a uma nova composição de propriedade. O fundo Sunstar e Capital, ex-controlador, teve sua participação reduzida para 27%. Assim, os obrigacionistas passaram a ser os acionistas controladores, com 47% do total. Os 26% restantes estão nas mãos dos bancos credores.
Após o período tempestuoso, no entanto, o mercado local se recuperou. Hoje, a Constellation tem todas as oito sondas de perfuração offshore contratadas e é a empresa de perfuração offshore com maior número de unidades em operação no Brasil. A empresa é responsável por 4% da frota global de sondas flutuantes para perfuração de poços para a indústria de óleo e gás. Uma das unidades foi contratada
pela ONGC da Índia.
Com o fim do processo de recuperação judicial, a Constellation quer aproveitar as transformações observadas no mercado. Para isso, a empresa vai reestruturar seu conselho de administração e terá a primeira mulher presidente do colegiado. A executiva escolhida é a britânica Maria Gordon, que trabalhou na Goldman Sachs e na Pimco.
As outras sete sondas têm contratos no Brasil e juntas respondem por um terço do mercado nacional. A maioria das unidades teve contratos renovados entre o final de 2021 e o início de 2022, com uma melhora nas taxas de operação de 48% em relação aos contratos anteriores.
Segundo Ribeiro, a diversificação das empresas que atuam no mercado brasileiro além da Petrobras tem contribuído para um mercado mais saudável. Nos últimos anos, com a venda dos ativos da Petrobras e as novas rodadas de licitações de blocos exploratórios pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a indústria nacional passou a contar com mais petroleiras.
(Fonte: taboolaLinks patrocinadosConteúdo Publicitário / Site da empresa - partes)
1 de set. de 2023
Bossa Invest (antiga Bossanova Investimentos)
A Bossanova Investimentos, empresa de venture capital, anunciou, em 31 de agosto de 2023
mudança no nome da empresa que passa a se chamar Bossa Invest.
Agora como Bossa Invest, a empresa terá um novo CEO, Paulo Tomazela, que comandará a
companhia com o apoio de João Kepler, que assume o novo cargo de CVO (Chief Visionary Officer).
Paulo Tomazela foi executivo da Fiat por sete anos e head de Fundos da gestora de venture capital KPTL. Segundo a empresa, Kepler deve reforçar sua proximidade com investidores e fundadores, além de criar novas vias e estratégias de crescimento da empresa e de seu ecossistema, incluindo produtos
como a Platta, Bossa Bank e Academy.
A companhia também anunciou novos produtos: a Clubb.vc, uma plataforma de educação, informação e investimento para ampliar o conhecimento sobre Venture Capital; uma área de Dados & Reports; e um novo app de acompanhamento dos investimentos, plataforma de mentoria e aceleração das startups.
Segundo a companhia, o objetivo das mudanças é aumentar a proximidade com empreendedores e investidores, escalar sua operação e ter posicionamento mais voltado à educação, cooperação e dados para o ecossistema.
A Bossa Invest tem mais de 1.500 startups investidas e mais de 100 exits, considerando números de fins de agosto de 2023.
(Fonte: Época Negócios - 31.08.2023)
31 de ago. de 2023
123milhas
A agência de viagens 123milhas tem como sócios Ramiro Júlio Soares Madureira e Augusto Júlio
Soares Madureira. Cristiane Soares Madureira do Nascimento é
sócia da agência de viagens por
meio da empresa Novum Investimentos Participações.
A123milhas anunciou em 18 de agosto de 2023 a suspensão de pedidos da linha Promo (com datas flexíveis) que tinham embarque previsto entre setembro e dezembro de 2023. A agência afirma que os valores serão devolvidos aos clientes afetados em “vouchers acrescidos de correção monetária
de 150% do CDI, acima da inflação e dos juros de mercado”.
O voucher é a única opção oferecida pela empresa para realizar o reembolso, contrariando o Código de Defesa do Consumidor.
Em 29 de agosto de 2023, a 123milhas pede proteção judicial com dívida estimada em R$ 2 bilhões. O Processo envolve 600 mil credores com grande impacto ao consumidor final.
A Maxmilhas, do mesmo grupo da 123milhas, renegocia dívidas e parcela pagamento a vendedores de milhas. A Maxmilhas afirma que as decisões da 123milhas estão se refletindo no negócio da companhia e em todo o setor, “gerando uma escassez de acesso à capital de giro no mercado”.
Na tarde de 31 de agosto do 2023, a justiça de Belo Horizonte aceitou os pedidos de recuperação judicial das empresas 123 Viagens e Turismo (a 123milhas), Art Viagens e Turismo (a Hotmilhas), e da
controladora Novum Investimentos e Participações.
A Maxmilhas pediu recuperação judicial em 21 de setembro de 2023, apontando dívida de R$ 226 milhões. Solicitou com urgência para também ser incluída no processo de recuperação judicial da 123milhas, uma vez que fazem parte da mesma holding.
(Fonte: Estadão - 25.08.2023 / Valor - 30.08.2023 / 31.08.2023 / 22.09.2023 - partes)
30 de ago. de 2023
Jabur (grupo) / Jabur Pneus
A chegado de Jabur Abdala ao Paraná ocorreu em 1944. Então com 25 anos, Jabur ia de São Miguel Arcanjo, no interior de São Paulo, para Porecatu, norte do Paraná. O ônibus encalhou em Bela Vista do Paraíso, na região de Londrina. Enquanto o conserto do ônibus era feito, Jabur Abdala decidiu ficar por ali mesmo.
Com algumas economias, montou um pequeno armazém, um negócio que manteve até 1950, quando juntamente com o irmão Nassin Jabur conseguiu uma concessão da Mercedes-Benz. A revendedora cresceu e em 1959 foi transferida para Londrina, onde os Jabur podiam contar com algumas novidades ainda raras em Bela Vista, como energia elétrica, escola e água encanada.
Em 1970, um departamento da concessionária, o de venda de pneus, mostrou vigor suficiente para caminhar com as próprias pernas. Nascia a Jabur Pneus. A criatura tornou-se, rapidamente, maior que o
criador. Em setembro de 1993, com 37 lojas, faturava 97,3 milhões de dólares.
Os filhos João, nascido em 1959 e Omar, nascido em 1963, foram nomeados vice-presidentes quando completaram 18 anos. Assumiram o comando executivo no início dos anos 1980, mas
o pai, Jabur Abdala, continuou na presidência e era a voz respeitada nas decisões estratégicas.
Outro negócio que tomou importância no grupo da família de origem libanesa, são os truck centers,
espécie de shopping center à beira da estrada destinado principalmente a caminhoneiros. Inspirados nos truck stops americanos, eles reúnem, num só local, oficina, venda de autopeças, estacionamento,
restaurantes, hospedagem e lojas de conveniência. "Tem muito futuro no no Brasil", diz João Jabur Abdala, presidente do grupo Jabur e filho mais velho de Jabur Abdala.
(Fonte: revista Exame - 29.09.1993)