(Fonte: msn - 28.09.2018 (desafio Mundial) / Estadão - 07.07.2024 - Partes)

O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.

A empresa argentina Biogénesis Bagó possui fábricas na Argentina e em países estratégicos como Arábia Saudita, China e Coreia do Sul.
A Biogénesis Bagó inaugurou em 4 de julho de 2024 sua primeira fábrica no Brasil após investimento de mais de R$ 100 milhões. A fábrica, localizada em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, posicionará o grupo, que registrou faturamento de US$ 250 milhões em 2023, como o maior fabricante de vacinas veterinárias da América Latina e uma das 10 maiores empresas do setor de saúde animal no mundo. A partir de 2026, a nova instalação produzirá mais de 10 milhões de injeções de vacinas de vírus vivos atenuados anualmente, concentrando-se inicialmente em vacinas trivalentes felinas e vacinas quíntuplas/sêxtuplas caninas com e sem leptospira. Essa produção, voltada para animais de companhia, representa 25% do mercado pet da América Latina.
A nova fábrica também fabricará três vacinas para animais de produção, voltadas especificamente para bovinos, além de outras soluções biotecnológicas.
A instalação contará com um centro tecnológico para produção, pesquisa e desenvolvimento de produtos, gerando 300 empregos diretos e indiretos. A produção será comercializada no Brasil, Argentina, Colômbia, México e Leste Asiático. Esta é a primeira planta industrial da Biogénesis Bagó em grande escala no Brasil para produzir e exportar biotecnologia. Na Argentina, a empresa produz vacinas com vírus inativados.
Atualmente (meados de 2024), as vacinas para animais de companhia representam 10% do portfólio da empresa. A expectativa é que essa participação aumente para entre 25% e 30% nos próximos cinco anos, acompanhando a tendência de crescimento desse nicho, segundo Sebastian Peretta, diretor de negócios globais da Biogénesis Bagó.
A empresa, que inclui em seu portfólio uma vacina contra febre aftosa, já vendeu mais de 400 milhões de doses no Brasil por meio do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, disse Marcelo Bulman, CEO da Biogénesis Bagó no Brasil.
(Fonte: jornal Valor - 05.07.2024)
A Gradiente, empresa da família Staub, lança, em meados de 2024, um novo empreendimento, denominado Gradiente Solar.
Eugênio Staub, CEO da Gradiente, destacou que a empresa concluiu em 2023 sua recuperação judicial, que estava em curso desde 2018. A Gradiente também fez oferta pública para cancelamento de registro de suas ações e está envolvida em uma disputa judicial com a Apple sobre o uso de marca iPhone no Brasil, atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, a empresa planeja voltar ao mercado com foco na prestação de serviços.
O objetivo da Gradiente Solar é se tornar um integrador de sistemas para geração de energia, com foco nos mercados residencial e de pequenos negócios.
A empresa procura capitalizar num mercado com baixos padrões profissionais na instalação de equipamentos, oferecendo serviços pós-venda aos clientes.
“É um novo começo para nós e decidimos reiniciar as atividades no setor solar porque é muito promissor”, disse Staub. “Vamos nos concentrar em instalações em telhados para residências e pequenos negócios, pois esse mercado precisa de mais profissionalismo e organização.”
Está investindo R$ 50 milhões para entrar no setor de energia solar por meio de geração distribuída. O investimento será feito com capital próprio do grupo ao longo de 2024. Inicialmente, a empresa atuará no Estado de São Paulo, nas áreas de concessão da CPFL e da Enel, e depois expandirá para outras regiões.
A energia solar é a fonte que mais cresce no Brasil, impulsionada por sistemas de geração distribuída em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O Brasil possui mais de 30 GW de capacidade instalada distribuída em 3,9 milhões de unidades consumidoras. Cada unidade consumidora representa um domicílio, estabelecimento comercial ou imóvel.
Esta mudança para a energia solar é em grande parte impulsionada pelos consumidores que trocam as suas contas de eletricidade por pagamentos de financiamento, atraindo normalmente clientes da classe média com faturas de eletricidade superiores a R$ 300 por mês. A urgência foi amplificada pela promulgação, em 2022, do quadro jurídico para a autogeração de energia, que criou um sentimento de urgência para garantir a isenção da taxa de utilização da rede de distribuição. Esses subsídios estatais estão embutidos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), financiada por outros consumidores através de tarifas.
A Gradiente está em negociações com duas fabricantes chinesas para fornecer os equipamentos, visando lucrar com as revendas. Marcelo Ribeiro, CEO da Gradiente Solar, afirmou que o objetivo é oferecer uma gama completa de produtos e serviços, incluindo seguro contra acidentes, elaboração de projetos, seleção de equipamentos, instalação, certificação, monitoramento e manutenção, tudo apoiado por uma marca reconhecida .
“Vemos grandes players investindo em parques solares em grande escala e, geralmente, pequenos consumidores participam indiretamente da transição energética. Com a marca Gradiente, que ressoa entre os brasileiros, vimos uma oportunidade de entrar nesse mercado”, disse Ribeiro. “Nosso foco é na
microgeração, priorizando as residências”, acrescentou.
(Fonte: jornal Valor - 03.07.2024)
A Azevedo & Travassos anunciou recentemente a aquisição da totalidade das ações da Phoenix Óleo e Gás, visando a produção em campos jovens e terceirizando a produção em áreas maduras de propriedade de “óleos juniores” – empresas de petróleo e gás em estágios iniciais de desenvolvimento
ou exploração.
Em junho de 2024 a Azevedo & Travassos e a petroleira americana Petro-Victory firmaram parceria para estudar e explorar petróleo no campo de Andorinha e no bloco POT-281, ambos localizados na Bacia Potiguar, no Rio Grande do Norte. As duas empresas pretendem unir forças para realizar estudos sísmicos e geológicos avançados, começar a produzir barris de petróleo para avaliar os campos e depois submeter um plano de desenvolvimento de ativos à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A parceria é uma negociação conhecida na indústria de petróleo e gás como farm-in e farm-out, ou acordos que envolvem a transferência de participação em concessões ou acordos de exploração e produção de petróleo e gás entre empresas. A Petro-Victory detém direito de exploração concedido pela ANP. Porém, ao final do processo, a Azevedo & Travassos terá a opção de adquirir parcial ou totalmente os campos, seguindo seu plano de crescimento inorgânico para 2024. Na parceria com a Petro-Victory, tanto Andorinha como POT-281 possuem reservas certificadas.
Gabriel Freire, presidente da Azevedo & Travassos, disse que o acordo pode ajudar a empresa a atingir a meta de cerca de 1.000 barris por dia até o final de 2024 e a expandir os campos exploratórios. Porém, ele não sabe quantos barris os campos podem produzir.
Com a nova parceria, as empresas pretendem ampliar suas reservas combinadas. O campo de Andorinha foi descoberto pela Petrobras e Galp e conta com infraestrutura pronta. POT-281 está em um estágio anterior.
Ivan de Carvalho Júnior, da Azevedo & Travassos acrescentou que a empresa tem orçamento inicial para contratar equipamentos para iniciar a operação dos poços. Segundo o executivo, análises sísmicas e geológicas já indicam que os campos têm potencial para aumentar a produção. Além disso, a
empresa perfurou poços na década de 1990 e conhece a área.
“A ideia é unir esforços técnicos e financeiros para aproveitar essa oportunidade que surge e ganhar tempo. Posteriormente, a parte efetiva da participação na concessão será submetida à ANP”, disse Carvalho.
A abordagem das empresas insere-se no processo de consolidação do mercado de petrolíferas independentes. Como o setor de petróleo e gás exige reposição constante de reservas e a nova gestão da Petrobras interrompeu o desinvestimento de ativos, as empresas começaram a estudar fusões, aquisições e parcerias.
(Fonte: jornal Valor - 25.06.2024)