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8 de set. de 2020

Petlove

          Em 2005, o veterinário Márcio Waldman, criador da Petlove, decidiu fechar a clínica que mantinha no bairro paulistano do Bom Retiro para se dedicar exclusivamente ao seu site de produtos para pets, criado seis anos antes. “As vendas online ainda não tinham decolado. Mas sempre achei que o crescimento da clínica era muito baixo comparado ao potencial do e-commerce”, afirma.
          Nos anos seguintes, o empreendedor comprovou o seu faro aguçado para os negócios,  promovendo robusto crescimento das receitas.
          Em fevereiro de 2019, a empresa deu um salto para brigar de vez com os cachorros grandes do setor ao receber um aporte, de valor não revelado, da Tarpon Investimentos, por meio de um fundo estruturado no modelo associativo. A gestora passa a ter uma fatia de 54% no negócio. Os 46% restantes estão divididos entre os fundos Monashees e Kaszek Ventures, e Waldman, que segue como CEO. A Tiger Global, que participou de três rodadas de investimento na companhia, entre 2011 e 2017, deixou a operação. “A Petlove é líder no ambiente digital e acreditamos que com nossa parceria tem 
potencial para o primeiro no segmento como um todo”, diz Pedro Faria, sócio da Tarpon.
          Com a nova injeção de recursos, a Petlove planeja acelerar estratégias que já estavam em andamento na empresa. A primeira delas é transformar o portal em uma grande plataforma que, além dos produtos, abrigaria uma ampla gama de serviços. Esse escopo inclui frentes como a conexão entre os clientes e uma rede de veterinários, ofertas de recursos tecnológicos para esses profissionais, produção de conteúdos e um programa de adoção de pets. O reforço de sua estrutura de logística também está no radar.
          A companhia conta com dois centros de distribuição em Extrema (MG) e Recife (PE). Para 2019, outra prioridade foi aumentar o número de usuários ativos do programa de assinaturas, que permite ao cliente agendar entregas de produtos, em qualquer parte do Brasil, além de conceder descontos de até 10% nos produtos.
          Em março de 2019, a empresa tinha 250 funcionários e aproximadamente R$ 290 milhões de faturamento anual. É a terceira maior empresa do mercado como um todo, atrás apenas da Cobasi e da Petz.
(Fonte: Moacir Drska - 01/03/19)

Expand

          Criada em 1979, a importadora de vinhos Expand dedicou-se desde o início a vender vinhos de ótima procedência, entre os quais alguns dos rótulos mais preciosos do do mundo. Passou por suas adegas, garrafas de Romané-Conti 1985 ao preço de 8.800 dólares e de Château Pétrus, safra de 1982, por 5.400 dólares.
          As oscilações do dólar fizeram a Expand entrasse no crescente - e bem menos sofisticado - mercado de vinhos nacionais.
          No início de 2004, em parceria com a vinícola portuguesa Dão Sul e com o grupo pernambucano Raimundo da Fonte, a Expand investiu 8 milhões de reais no cultivo de 200 hectares de uvas no Vale do São Francisco.
          Otávio Piva de Albuquerque, então presidente da Expand, se convenceu da necessidade de ter uma rede de segurança no começo de 1999, quando, de um dia para o outro, o dólar passou de 1,79 real para 
2,16 reais. Isso impulsionou as vendas de marcas nacionais.
          Considerando dados de maio de 2004, a Expand tinha 2.800 vinhos no catálogo.
(Fonte: revista Exame - 12.05.2004)

4 de set. de 2020

Rinso

          Foi em 1929 que surgiu a Irmãos Lever (Lever Brothers) em São Paulo, à época com 900 mil habitantes. A primeira fábrica foi inaugurada em 1930, na Vila Anastácio, na capital paulista, para produzir o sabão Sunlight no país.
          A Zona Oeste de São Paulo, mais especificamente a Vila Anastácio, teve uma grande contribuição para a indústria de produtos de limpeza do Brasil. Foi ali, no ano de 1953, que surgiu o primeiro sabão em pó brasileiro, o Rinso. Mas a marca não foi criada no Brasil.
          O preço do novo produto era superior ao sabão em pedra comum e a marca teve uma grande dificuldade em convencer as consumidoras sobre suas propriedades de limpeza. Graças a isso, os representantes da Lever, empresa responsável por lançar a novidade, batiam de porta em porta e se ofereciam para fazer uma demonstração no tanque da própria dona de casa.
          A empresa teve que inovar em diversas ações de marketing, como demonstrações em cinemas, teatros e, até mesmo, anúncios publicados em jornais e revistas pela cidade. Diz a lenda que as equipes da Lever percorreram mais de 120 cidades para apresentar o novo sabão e, com isso, o Rinso se tornou um sucesso de vendas em pouquíssimo tempo. Logo após o sucesso da marca Rinso, a Irmãos Lever resolveu lançar o Omo, em 1957.
          Em 1960, a Irmãos Lever passou a ter seu nome mais conhecido pelos brasileiros, quando passou a denominar-se Indústrias Gessy Lever, ao incorporar a rival Companhia Gessy Industrial. 
          A Gessy Lever se deparou com alguma dificuldade de aceitação do público para a marca Omo. Em certas regiões do Paraná e Rio Grande do Sul Rinso tornou-se a metonímia para sabão em pó, como hoje em alguns lugares é o Omo. Mas, em 1965 as vendas do Omo decolaram e superaram o pioneiro Rinso, que foi retirado das prateleiras dos supermercados depois da certeza da migração das consumidoras para o Omo, líder de mercado até hoje.        
(Fonte: São Paulo in Foco - Abrahão de Oliveira - 12.11.2015 - parte)

3 de set. de 2020

Padtec (antiga Ideiasnet)

          A Ideiasnet foi criada em 2000 para investir em novos negócios de tecnologia no auge da bolha da internet. Uma venture capital que investia em projetos de internet. Seus fundadores foram Carlos Mário de Almeida, nascido em 1958 e George Ellis, nascido em 1940. A Ideiasnet passou a ser uma holding que reúne companhias de tecnologia. Passou a ser negociada no mesmo ano na B3 com o ticker IDNT3.
          No mesmo ano de 2000, o Lorentzen Empreendimentos entrou na companhia e uma década depois atingiu 14,2% de participação.
          Em maio de 2008, então perto de seu auge, o grupo EBX de Eike Batista, adquiriu 7,9% de participação por 54 milhões de reais. Após anos a fio - e milhões de reais em investimentos - sem realizar a venda de nenhuma empresa, a entrada de dinheiro novo era inadiável. A decisão resultou no
afastamento dos fundadores que, juntos, passaram a ter menos de 7% da empresa.
George Ellis cedeu a presidência do conselho ao executivo Carlos Aguinaga e Carlos Mário de Almeida deixou a presidência executiva para Luis Reátegui.
          Eike colocou seu irmão Lars Batista na empreitada. Nascido em 1972, Lars era um recém-chegado ao cenário de negócios brasileiro. Ele voltou a morar no país em 2008 após uma temporada de quase duas décadas nos Estados Unidos. Ele deixou a vice-presidência de desenvolvimento da eGames e voltou ao Brasil. Ao lado do irmão Eike Batista, então oitavo homem mais rico do mundo, passou a se ocupar de um novo foco de investimento do grupo EBX - tecnologia. Tornou-se frequentador assíduo
dos corredores de algumas das 16 empresas controladas pela Ideiasnet.
          Em 2009, o EBX se tornou o segundo maior investidor da Ideiasnet, com 13,6% de participação.
          Em junho de 2009, foi vendida a participação na companhia de pagamento online Braspag para o Grupo Silvio Santos por 6 milhões de reais. Em abril de 2010, três empresas de pequeno porte foram
devolvidas a seus fundadores.
          O EBX aumentou ainda mais seu poder de influência em novembro de 2009, após uma oferta pública de ações, quando o grupo quase dobrou sua participação. A partir daquele momento as mudanças aceleraram e as atenções se voltaram para um intensa varredura de portfólio.
          Em meados de 2010, o grupo Ideiasnet tinha em seu portfólio 16 empresas dos setores de
tecnologia, mídia e telecomunicações, das quais dez faturavam até 10 milhões de reais. Nessa época, para novos aportes, a Ideiasnet passou a prospectar apenas companhias com faturamento
entre 5 milhões e 40 milhões de reais.
          Em meados de 2015, entrou em processo de desinvestimento. O único ativo restante foi a Padtec S.A, que teve suas ações de emissão incorporadas em 1º de junho de 2020 – data em que a PDTC3 passou a ser negociada, então no patamar de R$ 2. A ideiasnet mudou sua denominação para Padtec Holding (PDTC3)..
(Fonte: revista Exame - 05.10.2012 / Estadão-Investidor - 20.04.2021 partes))

1 de set. de 2020

Lokal Beer

          O médico Mozart Rodrigues, um dos herdeiros da microcervejaria Lokal Beer, explica que boa parte dos 250 funcionários da empresa (em setembro de 2004) veio da Ambev, como o gerente Pedro Pedrinho, que deixou um cargo de gerência na Ambev para trabalhar na Lokal.
          A Lokal, com sede em Petrópolis, atingiu na época 2,5% do mercado fluminense. Empresas como a Lokal, operam em regiões próximas de suas fábricas, o que reduz o custo de distribuição e permite praticar preços competitivos.
(Fonte: revista Exame - 15.09.2005)

31 de ago. de 2020

Nissei (farmácias)

          O grupo Nissei de farmácias pertence ao empresário Sérgio Maeoka. É a maior rede de farmácias do estado do Paraná.
          Nos últimos dias de agosto de 2020, a Nissei pediu registro para realizar uma oferta pública inicial de ações (IPO,  na sigla em inglês).
          A Nissei tem cerca de 300 lojas distribuídas em 76 cidades, no Paraná, em Santa Catarina e São Paulo.
(Fonte: Money Times - 28.08.2020)

30 de ago. de 2020

Fed - Federal Reserve

          Até o início da década de 1910, os americanos eram contra a figura de um Banco Central. Havia um certo "ranço" em torno desse modelo, que lembrava o Banco da Inglaterra, o que não deixava o “novo mundo” muito contente. Optava-se, até então, por um modelo de regulamentação financeira descentralizado, de estado a estado.
          Todavia, a mudança veio logo depois de uma grande crise financeira que se estabeleceu em 1907 e levou centenas de milhares de americanos a uma corrida bancária. Ali percebeu-se que era necessário um agente maior, que pudesse fiscalizar o sistema financeiro e ao mesmo tempo cuidar da política monetária da nação.
          O Federal Reserve — ou FED para os íntimos — foi criado em 1913 com o papel de agir em última instância para assegurar a liquidez no sistema financeiro, caso uma nova grande crise se instalasse no país.
          Hoje em dia o FED cuida da política monetária dos Estados Unidos, ou seja, ele possui um colegiado que define qual será a taxa básica de juros da economia, calibrando-a de acordo, principalmente, com os níveis da inflação, mas atentando-se para outros indicadores, como a taxa de desemprego.
          Um dos papéis do FED é olhar para a inflação e ajustar os juros de acordo com as expectativas sobre ela. A instituição também supervisiona e regulamenta o sistema financeiro e cuida dos depósitos bancários.
(Fonte: Nord Research - 29.08.2020)

29 de ago. de 2020

Nortis construtora

          Com atuação em São Paulo, a construtora Nortis foi fundada por Carlos Terepins e seu filho, Fábio Terepins. Carlos foi um dos fundadores e presidente do conselho de administração da construtora Even.
          A Nortis atua em diferentes segmentos, com empreendimentos dentro do programa “Minha Casa, Minha Vida”, por meio da sua unidade de negócios Vibra, e imóveis de alto padrão.
          No período de maio de 2018 até 30 de junho de 2020, os 15 empreendimentos da Nortis (incluindo empreendimentos com parceiros) apresentaram valor geral de vendas (VGV) de R$ 1,4 bilhão, com um total de 2.965 unidades. 
          Em 21 de julho de 2020, a construtora Nortis entrou com registro de oferta pública inicial de ações na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
          A empresa detém um VGV potencial de, aproximadamente, R$ 2,1 bilhões em terrenos. Desse total de VGV potencial, 24% deve ser lançado ainda em 2020, 68% em 2021 e 8% a partir de 2022, sendo 33% referente à Nortis e 67% referente à Vibra.
(Fonte: Valor PRO - 22.07.2020)

28 de ago. de 2020

Iguá Saneamento

          A operadora de água e esgoto Iguá Saneamento é fruto da reestruturação da CAB Ambiental, empresa que era da Galvão Participações. Após o envolvimento da antiga acionista na Lava-Jato e sua crise financeira, a CAB Ambiental foi vendida, em 2017, à gestora IG4, de Paulo Mattos, que atualmente controla o negócio.
          Com a expectativa de forte expansão do mercado de água e esgoto nos próximos anos, a Iguá se movimenta para firmar novas parcerias com grupos de infraestrutura, além de retomar os planos de abertura de capital - possivelmente, ainda em 2020, segundo Carlos Brandão, novo presidente do grupo. Este plano, porém, não foi concretizado.
          “Temos uma indicação do mercado de que não faltarão recursos para o setor. Seja por meio de emissão de dívidas, seja via IPO [oferta inicial de ações] ou por parcerias com outros grupos interessados em entrar no mercado de saneamento. Temos uma agenda diversificada e ambiciosa”, afirma o executivo, que assumiu o grupo no início de julho de 2020.
          A Iguá tinha, em meados de 2020, 18 concessões no mercado de água e esgoto, em cinco estados do país.
          Em 2021, a Iguá vence o lilãopara compra da Sedae, no Rio de Janeiro. 
          Em 4 de setembro de 2024, a  Iguá Saneamento venceu o leilão da concessão da operação de água e esgoto de Sergipe — um ativo relevante que deve aumentar de forma significativa a receita e o EBITDA da companhia. A Iguá não abriu o tamanho exato deste aumento, mas o CEO Roberto Barbuti disse ao Brazil Journal que a operação de Sergipe será a maior da companhia em termos de pessoas atendidas e a segunda maior em receita, atrás apenas da Iguá Rio, que engloba os ativos comprados no leilão da Cedae em 2021.
          Em Sergipe, a Iguá vai atender 74 dos 75 municípios do Estado, somando mais de 2,3 milhões de pessoas; apenas o município de Capela ficou de fora. O modelo é igual ao da Cedae. A Deso, a estatal que atendia esses municípios, vai continuar responsável pela produção e tratamento da água, que será adquirida pela Iguá e revendida ao consumidor final. Já a operação de esgoto será 100% gerida pela companhia (Iguá). Em 2023, a receita da Deso foi de R$ 850 milhões,
          A Iguá levou o ativo com uma proposta de outorga de R$ 4,53 bilhões, um ágio de 122,6% em relação ao valor mínimo estabelecido no edital. O contrato prevê ainda um investimento de R$ 6,3 bilhões ao longo dos próximos 35 anos, com a maior parte (R$ 4,7 bilhões) concentrada nos primeiros 10 anos. 
          A vitória nesso leilão vem depois da Iguá ter perdido para a Aegea os últimos três leilões de que participou: o da PPP da Sanepar, o de Governador Valadares, em Minas Gerais, e o de Palhoça, em Santa Catarina. 
          Além da Iguá Rio, que responde por mais de 60% do Ebitda e da receita da companhia, a Iguá também opera as concessões de Cuiabá e Paranaguá, além de ter uma PPP com a Sabesp e com a CASAL, em Alagoas.
(Fonte: Valor PRO - 21.07.2020 / BrazilJournal - 04.09.2024 - paetes)