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9 de jul. de 2021

Fertipar

          A Fertipar surgiu em 1980, criada pelo catarinense formado em agronomia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) Alceu Elias Feldmann. Feldmann, nascido em 1950, começou a trajetória no ramo de fertilizantes como vendedor (de fertilizantes) na Ultrafértil. Durante essa fase, morou em várias cidades brasileiras, o que o ajudou a entender a fundo como funcionava uma empresa de fertilizantes.
          A Fertipar começou (em 1980) em um armazém alugado, na cidade de Paranaguá. O sucesso, devido à administração e localização privilegiadas, foi instantâneo. Poucos anos mais tarde, a Fertipar 
era expandida para outras cidades e estados.
          Em 1984, por exemplo, surge a Fertigran, em Minas Gerais. Já em 1985, é a vez da Fertilizantes Piratini, no Rio Grande do Sul. Durante os anos 1990, Feldmann expande o grupo pelo Nordeste. São 
criados então os braços Fertine e Fertipar Bahia.
          Nos anos 2000, o Grupo ampliou o market share na região Nordeste com as empresas Fertial, Fertinor e Fertipar Maranhão. Paralelamente, ingressou nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, através das empresas Fertipar Bandeirantes, Fertipar Sudeste e Fertipar Mato Grosso.
          E o boom da soja foi essencial, já que a venda de fertilizante para o cultivo do alimento é o carro-
chefe da Fertipar.
          Desde seu surgimento em 1980, a média de crescimento do Grupo Fertipar é de 16% ao ano. Atualmente, a Fertipar está presente nos estados do Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Maranhão, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. O Grupo Fertipar é uma holding composta por 12 empresas, distribuídas em diversas cidades brasileiras e conta com 2.100 funcionários.
          A Fertipar tem capacidade de produzir mais de 6 milhões de toneladas de fertilizantes por ano, tornando-se uma das principais empresas de fertilizantes do Brasil e do mundo. Feldmann continua como presidente da empresa.
(Fonte: Suno / Amanhã)

5 de jul. de 2021

Midas

          A Midas, franquia de serviços rápidos automotivos, foi fundada nos Estados Unidos em 1956. É especializada em escapamentos, freios, suspensão, alinhamento e balanceamento de rodas e troca de óleo.
          Em 1996, então como a maior franquia desse segmento do mundo, ela chega ao Brasil e até janeiro de 1997 já contaria com 3 lojas em São Paulo, nos bairros da Saúde, do Itaim e de Moema.
          Trazida pelo empresário Jamiro Wiest, dono da Wiest Autopeças, de Santa Catarina, a Midas tinha como objetivo realizar os serviços num prazo médio de 45 minutos.
          Um detalhe importante para quem coleciona automóveis antigos, cujas peças de reposição não são encontradas facilmente, é que cada loja tem uma máquina de fazer canos de escapamento.
          Considerando dados de final de 1996, a franquia tinha 2.700 unidades, e um faturamento anual de 1,5 bilhão de dólares.
(Fonte: revista Exame - 18.12.1996)

3 de jul. de 2021

CGU Seguros

          Em 1696 surge, em Londres, a Hand in Hand Society: uma empresa de seguros de incêndio e a mais antiga operadora de seguros do mundo.
          Nos Estados Unidos, em 1831, forma-se uma grande seguradora, a Potomac Insurance Company.
          Em 1861, um grupo de comerciantes de Londres cria uma nova companhia de seguros de incêndio - a Commercial Union Assurance Company -, trazendo inovações para o mercado de seguros.
          Em 1885, a General Accident Fire Assurance Corporation começa a operar em Perth, Escócia.
          Em 1901, a General Accident incorpora a Potomac Insurance Company.
          Em 1905, a pioneira Hand in Hand torna-se parte da Commercial Uninion.
          Em 1907, nos Estados Unidos, a General Accident é uma das primeiras companhias a fazer seguros de automóveis.
          Em 1912, a Commercial Union paga 730 mil dólares em prêmios relativos ao naufrágio do Titanic.
          Em 1922 dá-se a entrada da General Accident no mercado brasileiro.
          Em 1959, a Commercial Union compra a North British & Mercantile Insurance Company, realizando uma das maiores transações da história do seguro, na Inglaterra.
          Em 1963, a General Accident adquire a Camden Fire Insurance Association, estabelecida, desde 1841, em Londres.
          Em 1968, na Grã-Bretanha, a Commercial Union funde-se com a Northern & Employers Assurance Company.
          Em fevereiro de 1998, a General Accident Fire & Life Assurance Corporation e a Commercial Union Assurance Company realizam em Londres, uma fusão mundial, formando uma empresa nova, que inicia suas atividades em junho do mesmo ano, com o nome de CGU.
(Fonte: revista Exame - publicidade da CGU Seguros)

Freelance

          O economista paulista Paulo Humberg, nascido em 1968, foi durante cinco anos diretor de marketing da Lojas Americanas, uma das maiores redes de varejo do país, controlada pelo grupo GP. Mergulhada numa reestruturação para conter a sucessão de prejuízos, a Americanas colocou de lado seus projetos de comércio eletrônico. Humberg, decidiu não esperar. Durante seis meses pesquisou alternativas de comércio na Web.
          Um mês depois de ser pai pela primeira vez, Humberg colocou no ar o Freelance, um site de leilões virtuais ao estilo do eBay americano. "Costumo dizer que tive gêmeos", diz ele. "O Freelance é mais ou menos como o meu filho, Felipe. A gente precisa ficar perto, alimentar, cuidar o tempo todo."
          Em setembro de 1999, o próprio GP comprou uma participação minoritária no Freelance por 11 milhões de dólares. O dinheiro seria investido nos 12 meses seguintes na expansão do site pelo Brasil e pela América Latina. No plano de negócios de Humberg estava a abertura do capital do Freelance na bolsa americana.
(Fonte: revista Exame - 20.10.1999)

Lucent

          A empresa de tecnologia de telecomunicações Lucent foi criada nos Estados Unidos em 1996 a partir da cisão da AT&T. Tem sua sede mundial em Murray Hill, Nova Jersey.
          Na sede da Lucent está localizado o lendário Bell Labs, um dos mais importantes centros de desenvolvimento de tecnologia do mundo. Considerando um panorama em outubro de 1999, cinco ganhadores de prêmios Nobel trabalhavam na empresa.
          No Brasil, a Lucent se instalou em fins de 1995. No final de 1998 a Lucent inaugura sua fábrica brasileira em Campinas (SP) e nova sede no país.
          Considerando dados de dezembro de 1998, a Lucent tinha mais de 137 mil funcionários no mundo, em 90 países.
(Fonte: revista Exame - 23.12.1998 (publicidade) / 20.10.2021 - partes)

2 de jul. de 2021

Tesla (criadora de sites)

          Nascido em 9 de julho de 1856, em Smiljan, na Croácia, então parte do império Austro-Húngaro, o engenheiro Nikola Tesla foi um dos principais nomes da revolução que a eletricidade provocou em nossa sociedade. Vivendo os Estados Unidos a partir de 1884, projetou geradores e transformadores mais modernos que os existentes até então e trabalhou no desenvolvimento de sistemas de comunicação sem fio e de transmissão de energia. Tesla foi o paladino do uso da corrente alternada como modo mais eficaz de transmitir energia elétrica até as casas e empresas. Thomas Edson, o inventor da lâmpada e de uma infinidade de engenhocas, como o fonógrafo, defendia o uso da corrente contínua. A corrente de Tesla acabou prevalecendo, e a energia que chega hoje às nossas casas vem na forma de corrente alternada.
          Inovador em sua época, o engenheiro agora serve de fonte de inspiração para os pioneiro de uma nova revolução, a da Internet. Quatro jovens paulistanos batizaram de Tesla a empresa que criaram em dezembro de 1995 para desenvolver projetos de sites.
          Como nas melhores histórias de empresas de Internet do Vale do Silício, os quatro jovens largaram seus bons emprego, se juntaram numa saleta equipada com um par de computadores e criaram, da noite para o dia, uma empresa bem-sucedida. Nenhum dos quatro sócios trabalhava com Internet antes da Tesla. Carlos Vicente de Azevedo, nascido em 1971, era advogado e passou a ser diretor de marketing da Tesla. Paulo Veras, nascido em 1972, formado em engenharia mecatrônica, assumiu a diretoria de tecnologia. O engenheiro civil Marcos Camano, também nascido em 1972, passou a dirigir a produção. Ricardo Pizzamiglio, nascido em 1967, é engenheiro mecânico e atuou como diretor comercial da empresa.
          Num terreno nebuloso, no qual ninguém sabe direito que caminho seguir, quem tem melhor faro leva vantagem. Os rapazes da Tesla mostraram-se uma matilha de sabujos. Em 1996 criaram o Guia SP para servir como uma vitrine para seu trabalho de criação de sites.
          A oportunidade veio com a Internet. Primeiro Carlos e Marcos, os mais entusiasmados, deixaram seus empregos e passaram a se dedicar em tempo integral à Tesla. Retiravam uma pró-labore modesto, de 600 reais. Contavam com algum dinheiro economizado para sobreviver nos primeiros meses. Logo os negócios engrenaram. Riccardo e Paulo então pediram demissão e também passaram a cumprir expediente integral na Tesla.
          Daquela época até 1999, a Tesla virou um negócio razoável, com seus milhões de reais de faturamento - ainda mais no mundo das receitas minguadas da Internet. Isso significa que a empresa chegou a uma bifurcação. Ou continua crescendo modestamente sustentada pelo próprio lucro - e corre o risco de ser devorada por alguma multinacional. Ou se une a um sócio com mais poder de fogo.
          Considerando dados de outubro de 1999, a Tesla tinha 40 funcionários e precisava contratar 10 ou 15 em curto prazo de tempo. A empresa, que ocupava os 250 metros quadrados do andar de um prédio no bairro Itaim Bibi, em São Paulo, estava alugando outro andar no mesmo edifício.
          Concorrendo com agências interativas internacionais importantes, como as americanas Organic e Modem Media Poppe Tyson, a Tesla tornou-se um dos principais nomes no então nascente mercado de criação de sites no Brasil. De seu portfólio fazem parte o site do Mandic, o então terceiro maior provedor de acesso do Brasil, e a loja virtual dos Supermercados Sé. A empresa fez também o Guia SP, o mais completo roteiro online de São Paulo. Além desses, a Tesla amealhou mais de uma centena de clientes em seus quatro anos de vida.
(Fonte: revista Exame - 20.10.1999)

W/Brasil

          A W/Brasil é uma das agência brasileiras que enxergam uma alternativa em meio às fusões deste mundo globalizado. Por meio da Prax, uma holding controlada por seus três sócios (Washington Olivetto, Gabriel Zellmeister e Javier Llussá), a W adquiriu participações minoritárias em agências com potencial para crescer. Dona da Propaganda Registrada, comprou, em 1998, 40% da Lew Lara e em outubro de 1999 fechou um negócio em bases semelhantes com a Guimarães Profissionais de Comunicação.
          Também abocanhou um terço da Konig Parra, especializada em promoções. Vinculadas às agências, há estúdios fotográficos, birôs de design, consultorias especializadas em Internet e escritórios que cuidam de identidade de marcas. Isso para não falar num negócio inteiramente à parte, adquirido em 1998: a indústria de bebidas Dubar.
(Fonte: revista Exame - 20.10.1999)

One Natural Expirience (ONE)

          O empreendedor mineiro Rodrigo Veloso, nascido em 1979, conseguiu entrar na onda americana pelo consumo saudável: passou a fazer sucesso com a venda de água-de-coco no exterior, basicamente nos Estados Unidos. Sua empresa, a One Natural Experience (ONE), fundada em meados de 2006, desbravou uma área praticamente virgem lá fora.
          Segundo Veloso, a ideia surgiu durante um curso de pós -graduação em empreendedorismo que fez em 2005 na Fundação Getúlio Vargas, de São Paulo. O professor pediu para que montassem p plano de negócios de uma empresa exportadora de produtos brasileiros. Junto com um colega, o americano Eric Loudon, que participava de um programa de intercâmbio no país, Veloso criou a ONE.
          Logo que terminaram o curso, eles estavam dete4rminados a tirar o projeto do papel. A dupla se inscreveu num concurso internacional, ligado à Universidade do Texas, que oferecia um prêmio de US$ 100 mil par o melhor plano de negócios. Na etapa latino-americana, conquistou o primeiro lugar. Os conttos feitos com investidores durante o processo lhes renderam um aporte de capital na empresa. Para completar o investimento, Veloso diz que aplicou todas as suas economias no projeto e recebeu o apoio financeiro de parentes e amigos.
          Produzida pela brasileira Amacoco, maior fabricante de água-de-coco do Brasil, a ONE já vai embalada par o exterior. Além dos Estados Unidos, onde é vendido em grandes redes de supermercdos, como a Kroger, a terceira do país, e a Whole Foods, líder de vendas em produtos naturais, o produto também está à venda na Suécia - onde Veloso fez o curso de Economia.
          A ideia, em setembro de 2007, era ampliar as vendas, inicialmente concentradas na região da Califórnia, para todo o país. Para fazer a divulgação, ele diz que coordena pessoalmente as degustações nos pontos-de-venda. Procura explicar as propriedades hidratantes da bebida para os clientes. Segundo ele, a estratégia é concorrer com os isotônicos, como o Gatorade, cujas vendas atingem bilhões de dólares por ano.
(Fonte: revista Época - 03.09.2007)

1 de jul. de 2021

Babylândia

          A fabricante de móveis infanto-juvenis Babylândia foi fundada em 1970, quando Pedro Wajnsztejn, então recém casado, resolveu trocar uma loja de colchões, localizada no Jardins, pela sociedade com um amigo em uma loja de móveis, a Babylândia, que introduziu no Brasil o conceito de decoração para crianças. Naquela época, havia apenas duas fábricas de móveis infantis no Brasil, mas elas não se dedicavam exclusivamente a esse segmento. Os móveis eram populares ou sem muita preocupação com o design. "A Babylândia foi a primeira a focar no público com maior poder aquisitivo", afirma Wajnsztejn.
          Para Wajnsztejn, as principais lições para seu negócio foram tiradas em casa durante a infância de Anike, sua filha mais velha, nascida em 1972. Na época, Wajnsztejn passava horas observando os movimentos da menina e os cuidados que sua mulher e a enfermeira lhe dedicavam. "Assim, surgiram ideias para facilitar a vida delas", diz Wajnsztejn.
          Foi no primeiro babador, na primeira troca de fralda e no primeiro dentinho da filha que o empresário se inspirou para projetar pessoalmente produtos como o protetor de berço, uma espécie de lateral acolchoada lavável e removível que protege as paredes do berço durante o sono do bebê, que passou a ser peça indispensável no enxoval de qualquer gestante. Outras ideias, como as grades com ripas arredondadas, que não machucam as mãos da criança que ensaia os primeiros passos, ainda no berço, também nasceram da observação de Anike e das consultas a pediatras e pedagogos.
          Não era só na criação das peças que Wajnsztejn impunha seu estilo. Nas então 15 lojas próprias da rede (13 delas em São Paulo), nas sete franquias (localizadas nas principais capitais brasileiras) ou nas duas fábricas (ambas na região de Barueri, a segunda foi construída no início de 2001), Wajnsztejn 
é conhecido por ser muito exigente nos detalhes e também por seu espírito conciliador.
          Tempos depois, ampliou a linha de produção com móveis juvenis, criando a marca Generation. Em 1994, iniciou uma campanha de guerrilha de preços contra os móveis importados - chegou a copiar modelos internacionais e a vender pela metade do preço dos concorrentes. Mais algum tempo depois, Wajnsztejn criou uma divisão especializada em móveis para hotéis, a Brasil Design.
          Pedro Wajnsztejn foi sócio de Gilberto Orensztejn por mais de 20 anos na Babylândia, mas, às vezes, as sociedades acabam mal. Em setembro de 1993, os dois começaram a brigar na Justiça. Motivo: o uso da marca de fachada das vinte lojas da rede no país. Segundo Wajnsztejn, seu ex-sócio, que ficou com lojas no Rio de Janeiro e na capital e interior de São Paulo, não poderia usar a marca em móveis não fabricados pela Babylândia. Orensztejn, que deixara de comprar móveis da empresa, alegou que Wajnsztejn, a quem coube a área industrial da Babylândia, praticava preços muito acima do mercado.
(Fonte: Exame SP / Exame - 27.10.1993 - partes)