Criado em 1952, para dar suporte ao desenvolvimento regional, o Banco do Nordeste acabou, como tudo que é estatal no Nordeste, dominado por "coronéis" da política e atolado em burocracia. Com 86% de seu funding representado por recursos do Fundo Constitucional do Nordeste, o FNE, em 1995 o banco praticamente se limitava a repassar dinheiro público a empresários ávidos por empréstimos a fundo perdido.
O banco era também uma espécie de paraíso da ineficiência bem remunerada, com seus pequenos marajá, contemplado com horas extras, anuênios, licenças-prêmios e uma série de benefícios fixos e reajustes lineares. Se não bastasse, o BN convivia com um rombo de 570 milhões de reais na caixa de
previdência de seus funcionários.
Alterar essa rotina era mexer num vespeiro. E, de fato, foi o que aconteceu a partir de 1995, quando o executivo cearense Byron Costa de Queiroz, nascido em 1947, assumiu o comando do banco e colocou de pernas para o ar a antiga estrutura. Durante muitos anos, políticos impedidos de ditar ordens, funcionários aposentados e empresários inadimplentes tentaram reverter o processo de
mudança.
Nascido em Iracema, cidadezinha do sertão do Ceará, que pouco antes do final do século passado conheceu a luz elétrica, Byron ganhou esse nome por sugestão de uma amiga de sua mãe, estudante de literatura inglesa na capital. É uma homenagem ao barão George Gordon Byron (1788-1824), poeta polêmico cuja obra mais famosa é Dom Juan. Byron, o poeta, tinha um estilo irônico e exerceu grande influência no romantismo inglês. Byron, o executivo, é um homem pragmático que corre atrás de resultados e busca inspiração em biografias de grandes personalidades.
Em 1994, último ano em que funcionou à velha moda, o BN concedeu apenas 27.000 financiamentos e aplicou na economia regional - sua missão primordial como banco de fomento - 615
milhões de reais. O banco tinha 174 agências e 78.000 clientes.
A meta era fazer germinar, o mais rápido possível, uma cultura participativa e de aprendizado permanente. O problema era como chegar lá. Para começar, os sistemas de informação do banco estavam completamente obsoletos. Havia apenas 700 computadores jurássicos, modelo 286, servindo aos 4.000 funcionários espalhados pelos nove estados nordestinos e o norte de Minas Gerais - nenhum deles em rede. Com o tempo, os velhos 286 foram substituídos por 5.000 computadores de últimas gerações e uma intranet passou a interligar todas as unidades do BN.
Em 1998, apenas o número de agência permanecia inalterado. Com 720.000 clientes (em meados de 1999 já eram 800.000), o Banco do Nordeste fechou 517.000 contratos de financiamentos, investindo na região 3,2 bilhões de reais. Bastou trocar a lógica da remunerações e benefícios fixos por uma política salarial apoiada no desempenho. Com acesso fácil a outras fontes de recursos, o dinheiro do FNE não representava mais que 30% do funding do banco. Em 1995, quase 40% dos 4.000 funcionários do BN trabalhavam na sede do banco, à época instalada num edifício de 15 andares no centro de Fortaleza. Foram transferidos 1.200 deles para os grotões do sertão, onde o atendimento ao cliente agonizava em agências sem funcionários. Em 1998, foi possível mudar toda a direção-geral para a área do Centro de Treinamento, no Bairro Passaré.
(Fonte: revista Exame - 02.06.1999)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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29 de ago. de 2021
Banco do Nordeste
28 de ago. de 2021
WLM
A WLM Participações e Comércio de Máquinas e Veículos, criada pelo empresário Wilson Lemos de Moraes é controlada pela família Lemos de Moraes.
Panatlântica (metalúrgica)
A família Maselli é controladora da empresa e seu principal acionista é Raul Maselli, nascido em 1936.
(Fonte: Forbes Brasil - 27.08.2021)
Auto Ricci
A locadora de veículos Auto Ricci foi fundada pelo empresário paranaense Dirley Pingnatti
Ricci.
Em 2017, a Auto Ricci é adquirida pela concorrente Locamerica. Com o negócio, Dirley Ricci se
tornou acionista da companhia e permaneceu trabalhando para a empresa.
Ele foi vice-presidente da Locamerica até 2018, quando a companhia se fundiu com a rival Unidas criando a segunda maior locadora de carros do Brasil.
(Fonte: Forbes - Brasil 27.08.2021)
Dohler
A empresa têxtil Dohler foi criada em 1881 pelo imigrante alemão Carl Dohler, e tem sua sede em
Joinville, Santa Catarina.
A empresa é controlada pela família Dohler e tem como um de seus representantes, César Pereira
Dohler, nascido em 1969.
A companhia é atualmente uma das maiores fabricantes brasileiras de têxteis para cama, mesa e banho.
(Fonte: Forbes Brasil - 27.08.2021)
Neogrid
Criada em 1999, em Joinville, Santa Catarina, a Neogrid é especializada no desenvolvimento de
softwares para gestão de suprimentos e estoques entre indústria, distribuidores e varejo (supply chain).
O objetivo do negócio é combinar a redução dos estoques na cadeia de suprimentos e aumentar a disponibilidade dos produtos nas prateleiras.
Seu fundador, o paulista Miguel Abuhab, nascido em 1945, é um dos pioneiros do segmento de
tecnologia no Brasil.
Antes da Neogrid, Miguel Abuhab tinha criado outra companhia de tecnologia – a Datasul. Fundada em 1978, a empresa chegou a ser a maior companhia de software ERP no Brasil e foi negociada em bolsa até ser incorporada pela Totvs, em 2008.
Abuhab continuava participando de reuniões na Datasul, porém, a maior parte de seu tempo passou a dedicar à Neogrid.
A Neogrid adquiriu a Xplan Business Solutions em 2006, e a Mercador (do Grupo Telefónica) em 2007, ambas do mesmo setor. O grupo das três empresas de Abuhab, juntas, considerando dados do inicio de 2008, atuavam em mais de 24 países, possuíam 400 funcionários e atendiam 600 clientes.
Ao longo dos últimos anos, a companhia comprou 14 empresas que atuam em áreas complementares ao seu negócio. A Neogrid atende a 150 redes de varejo, 45 mil lojas, mais de 37 mil indústrias, 1,8 milhões de produtos monitorados, além de atender outros 7 mil clientes espalhados pelo mundo
O IPO da Neogrid na bolsa brasileira ocorreu em dezembro de 2020. Miguel e a família são
donos do Zaphira Fundo, que detém 50,36% das ações da Neogrid.
Em 1º de outubro de 2021, a Neogrid adquiriu, por R$ 38,4 milhões, a Lett Serviços de Informação, que usa ferramentas de inteligência de dados em tempo real para e-commerce.
(Fonte: revista Exame - 21.11.2007 / revista IstoÉDinheiro - 21.01.2008 / Forbes Brasil - 27.08.2021 / Valor - 01.10.2021 / GuiaInvest - 11.10.2021 - partes).
Portobello
Considerada a maior empresa de revestimentos cerâmicos do Brasil, o comando da Portobello está nas mãos de César Gomes Júnior, nascido em 1957, filho do fundador. Atualmente, é presidente do conselho de administração do grupo.
Em fins de setembro de 2023, a Portobello inaugura a fábrica no Tennessee. A planta, que custou US$ 180 milhões (R$ 900 milhões), tem capacidade para triplicar as vendas da empresa nos mercados da América do Norte. Com a fábrica em solo americano, a Portobello busca “se proteger” dos problemas econômicos locais, como inflação e juros altos. “Uma motivação interna da companhia foi ter proteção contra os altos e baixos do mercado que acontecem no Brasil e em qualquer outro lugar do mundo. Mas, por aqui, o risco país faz os ciclos oscilarem muito mais do que no exterior”, diz o presidente da companhia, John Suzuki, que está no cargo desde março de 2023 – ele substituiu Mauro do Valle Pereira, que foi para o conselho de administração.
Jalles Machado
A Jalles Machado foi fundada em 1980 em Goianésia, estado de Goiás, por Otávio Lage de
Siqueira, ex-governador de Goiás, em parceria com fazendeiros da região.
A empresa, que começou como destilaria de álcool durante a crise do petróleo, ingressou na
produção de açúcar em 1993, com a marca Itajá.
Produtora de açúcar e etanol, a Jalles Machado fez IPO na B3 em fevereiro de 2021.
É a maior exportadora de açúcar orgânico do mundo. Produz etanol e atua nos mercados de
cogeração de energia, produtos saneantes e levedura.
A Jalles Machado adquiriu em maio de 2022 a usina Santa Vitória, como parte de seu plano de expansão pós-IPO
A família Siqueira é a principal acionista da Jalles Machado. O executivo Otávio Lage de Siqueira Filho, nascido em 1956, filho do fundador Otávio Lage, é o CEO da companhia.
(Fonte: Forbes Brasil - 27.08.2021)
27 de ago. de 2021
Schulz (Metalúrgica)
A metalúrgica Schulz, foi fundada por Heinz Schulz e Ovandi Rosenstock, nascido em 1942 e fabrica produtos usinados, peças para equipamentos agrícolas e de construção, compressores e tornos. A companhia tem sede em Joinville, Santa Catarina e uma filial nos Estados Unidos.
(Fonte: Forbes Brasil)