A empresa de academias de ginástica Bodytech foi fundada no Rio de Janeiro, em 2006. O grupo Bodytech tem como sócios os empresários Alexandre Accioly, Luiz Urquiza e João Paulo Diniz, o técnico de vôlei Bernardinho e o banco BTG Pactual.
Em abril de 2012, o BTG pagou cerca de 180 milhões de reais por 30% das ações. A Bodytech valia, portanto, 600 milhões de reais. Com a promessa de crescimento de 50% m 2013, um grupo de investidores calculou que a empresa já estaria valendo 900 milhões de reais em meados de 2013.
Considerando dados de 2012, a empresa faturou 206 milhões de reais e chegou a 51 endereços no Brasil.
Para malhar em suas unidades, é preciso pagar até 900 reais por mês (valor de meados de 2013) -
valor que pode dobrar com aulas individuais.
A Bodytech inovou ao levar para as academias práticas do mercado de luxo. Suas unidades têm spa, ofurô, fisioterapeutas. A unidade do shopping Iguatemi, em São Paulo, inaugurada em junho de 2013, tem uma ala com maquiadores e geladeiras com toalhas molhadas, para aliviar o calor durante os exercícios. Tudo "de graça". "Não queremos ser vistos como mais uma academia", disse Accioly.
Após a forte expansão até 2013, a Bodytech começou a enfrentar uma situação inédita. Como depende de um número mínimo de clientes de alta renda para abrir uma academia, a empresa fica limitada a poucas cidades. Para não bater no teto, lançou em 2012 uma segunda marca, a Fórmula, que cobrava cerca de 100 reais por mês (meados de 2013) e mirava municípios com mais de 200.000 habitantes. Mas, nesse mercado, a empresa vai lidar com um perfil diferente de cliente e com um modelo novo de negócios - as franquias.
Em outubro de 2019, as duas marcas do grupo Bodytech Company entram no catálogo da
Gympass. A inclusão abrangeu um total de 100 academias das marcas Bodytech e Fórmula.
(Fonte: revista Exame - 26.06.2013 - parte)
O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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7 de mai. de 2022
Bodytech
6 de mai. de 2022
Cencosud
O Cencosud S.A. (em espanhol: Centros Comerciales Sudamericanos S.A.) é um consórcio empresarial multinacional chileno que atua em vários países da América do Sul, principalmente no setor varejista, controlado pela família Paulmann e comandado pelo empresário Horst Paulmann Kemma. Foi fundado em 1960. No Brasil possui as redes GBarbosa, Perini, Bretas, Prezunic e Mercantil Rodrigues.
Em novembro de 2007, a varejista chilena Cencosud compra o GBarbosa, então a segunda maior
rede do Nordeste, com faturamento anual de 1,5 bilhão de reais.
Até quase meados de 2022, Cencosud não possuía operações em São Paulo. Em 6 de maio de 2022, porém, a Cencosud informou que assinou acordo no valor de cerca de 100 milhões de dólares para adquirir a rede brasileira de supermercados Giga. O negócio foi concluído no início de julho de 2022 e o grupo entrará no mercado de São Paulo com o formato de atacarejo.
Fundada em 2009, a Giga tem 10 lojas na região metropolitana de São Paulo e um centro de distribuição. "O preço de compra de 500 milhões de reais pode ser ajustado com base no capital de giro atual da Giga na data em que a transação se tornar efetiva", disse a Cencosud em comunicado. "Com esta transação a Cencosud entra no maior mercado do Brasil e da América do Sul, diretamente com o formato que mais cresce no Brasil e o mais resistente a contextos macroeconômicos recessivos", acrescentou. A conclusão da compra está sujeita ao cumprimento de certas condições, incluindo a obtenção de aprovação do Cade.
O grupo chileno é um dos maiores players do setor de hiper e supermercados, sendo o quarto maior grupo varejista alimentar no Brasil em termos de venda, com mais de 350 lojas em oito estados do Brasil.
A Cencosud conta com operações multiformato na Argentina, Brasil, Chile, Peru e Colômbia, empregando diretamente cerca de 140 mil colaboradores.
(Fonte: revista Exame - 21.11.2007 / Wikipédia / UOL/Reuters - 06.05.2022 - partes)
Rede Energia
O embrião do grupo Rede foi a distribuidora Bragantina, fundada pelo avô do empresário Jorge
Queiroz, em Bragança Paulista, interior de São Paulo.
Graduado em engenharia pela Universidade de São Paulo, Queiroz recuperou a distribuidora e
comprou pequenas empresas de energia regionais do estado de São Paulo.
O grande salto foi dado na década de 1990, nos leilões de privatização do setor, quando comprou três empresas - no caminho, foi se endividando mais e mais. Inicialmente, foram empréstimos do BNDES para financiar aquisições. Até aí, tudo bem. Depois vieram créditos bancários e emissões de bônus nas diversas holdings ligadas ao grupo Rede.
A compra de nove distribuidoras de energia até 2008 foi feita por endividamento. O plano era que o fluxo de caixa das empresas adquiridas pagasse as obrigações. Elas, porém, nunca alcançaram o nível de geração de caixa mínimo para que o grupo mantivesse boa situação financeira. A dívida chegou a seis vezes a geração de caixa, muito maior do que a média do setor, que não chegava a três vezes.
Sem investimentos, o padrão de serviço das distribuidoras, que em alguns casos já era ruim, só
piorou. A Celpa, maior empresa do grupo, do Pará, foi escolhida a pior distribuidora do país pela Aneel. A Cemat, do Mato Grosso, tinha o sétimo pior indicador de qualidade de serviço entre as 35
distribuidoras de grande porte, e a Bragantina era a nona pior.
Já em 2011 os bancos pararam de rolar créditos do grupo. O golpe de misericórdia foi a intervenção da Aneel nas distribuidoras, em agosto de 2012.
Em março de 2012, Jorge Queiroz abriu um processo para vender o grupo. Atraiu seis interessados, mas o negócio não saiu. Em seguida, pediu recuperação judicial da Celpa, o que irritou a Aneel. A Celpa foi vendida à Equatorial em setembro de 2012.
O grupo Rede Energia se tornara um dos maiores grupos energéticos do país, que chegou a
faturar 8 bilhões de reais e a atender 5 milhões de consumidores em 2011.
Na esteira do crescimento, Queiroz acumulou um patrimônio avaliado em 500 milhões de reais - e um padrão de vida condizente com todo esse dinheiro. Todos os dias, fazia num helicóptero Bell Jet o trajeto entre a fazenda Boa Esperança, em Bragança Paulista, onde morava coma a mulher, Regina, e seis de seus oito filhos, e a sede da companhia, na avenida Paulista, em São Paulo. Altos executivos disputavam a chance de passar os fins de semana na fazenda com o chefe. A Boa Esperança tem 800 hectares e mais de 1 milhão de pés de café de alta qualidade. Queiroz chegou a construir uma linha de trem e uma estação ferroviária completa para facilitar os passeios pela fazenda. Além do helicóptero, usado para os trajetos mais curtos, Queiroz tinha um jatinho Legacy para percorrer as oito distribuidoras de energia elétrica controladas pelo seu grupo no país, do Mato Grosso ao Pará. Entusiasta de esporte, ia com frequência às finais dos torneios internacionais de tênis mais badalados. Chegou até a abrir uma empresa para patrocinar profissionais de atletismo e a criar o maior centro de
treinamento para o esporte no país - outra de suas paixões.
Por outro lado, outro feito de Queiroz é ainda mais impressionante: ele detém o recorde do maior calote da história do mercado corporativo brasileiro. Enquanto construía o Rede, Queiroz somou dívidas que chegaram a cerca de 6 bilhões de reais - o equivalente a seis vezes a geração de caixa anual
do grupo.
Já inadimplente, o grupo pediu recuperação judicial em novembro de 2012. Com milhões de reais em dívidas de curto prazo prestes a vencer, a situação ficou insustentável. Seus advogados passaram a negociar com credores e governo quanto do rombo era possível pagar. Na hipótese mais provável, os credores receberiam 900 milhões de reais - ou 15% do valor total.
Diferentemente dos anos de bonança, Queiroz aproveitou a negociação para sair de sena. Em maio de 2013, credores e funcionários ficaram estupefatos ao saber que ele houvera se mudado com a família para a Europa - deixando helicóptero, trens e pés de café para trás. Seu paradeiro exato era um
mistério.
Em junho de 2013, haviam duas propostas de compra na mesa que poderiam aliviar as perdas dos credores. A Energisa, em parceria com a Copel, oferecia pagar 50% da dívida (3,2 bilhões de reais). Mas a estatal desistiu no início de junho, e a Energisa tentava honrar sozinha as condições. CPFL e Equatorial ofereceram pagar 15% da dívida aos credores. Incluía no plano um empréstimo de 713 milhões de reais de recursos do FGTS a uma holding de Jorge Queiroz.
(Fonte: revista Exame - 26.06.2013)
28 de abr. de 2022
Horsa
A rede Horsa de hotéis foi fundada pela família Tjurs. A rede era dona, entre outros, do Hotel Nacional do Rio de Janeiro, do Nacional de Brasília e do Excelsior em São Paulo.
Em maio de 1993, sob administração da família fundadora, o Horsa quebrou sob uma dívida de 25 milhões de dólares, arcando com prejuízos mensais de meio milhão de dólares. De nada adiantou ser dona do Nacional do RJ e Brasília, que somados, estavam avaliados entre 70 e 80 milhões de dólares.
Mas, não foi o fim da linha. Longe disso. O juiz mineiro Manoel Saramago, que decretou a falência da empresa, permitiu que ela continuasse a funcionar. O resultado é que em poucos meses os hotéis passaram a dar lucro. Após menos de seis meses, 100 mil dólares entravam nos cofres da rede por mês
depois de pagos todos os custos operacionais.
Os bons resultados são frutos das reformas implantadas por outro mineiro, o advogado Marcelo Ribeiro de Andrade, síndico da massa falida. Ele reduziu os funcionários à metade, fechou andares inteiros e encerrou as atividades do Excelsior, de São Paulo. Pôde então passar a negociar com calma a venda de imóveis para quitar as dívidas. A venda de um dos grandes hotéis resolveria o problema. A rede Horsa, no
entanto, não deveria sobreviver a longo prazo. Os Tjurs pretendiam deixar o ramo hoteleiro.
(Fonte: revista Exame - 24.11.1993)
24 de abr. de 2022
VA Linux / VA Software
Carris
21 de abr. de 2022
MSK Invest
O processo de recuperação judicial com data de 11 de abril de 2022, apresentado perante a 3ª Vara de Falências do Foro Central de São Paulo, solicita, entre outros pontos, a suspensão de todas ações e execuções pelo prazo de 180 dias. Uma das alegações da defesa da empresa é de que o alto número de processos bloqueando ativos contribuíram para o não pagamento dos valores acordados.
"A recuperação judicial permite organizar quem tem direito a receber de maneira equânime ao invés de atender quem tem primeiro acesso a uma liminar. Há mais de 500 ações de arresto e bloqueio por conta dos contratos de investimento com data de pagamento que não foram momentaneamente cumpridos", afirma o advogado Kaiser Motta Júnior, do escritório Motta Advogados, patrono da empresa ao ser questionado sobre o assunto pelo Valor Investe.
Outras duas razões pesaram para a decisão, segundo Motta. O primeiro foi o encerramento de contas usadas pela empresa para as operações de curto prazo (serviço de trading). Conforme as informações da petição do pedido de recuperação judicial, o volume negociado nas corretoras (exchanges) pelo Grupo MSK era da ordem de R$ 7 milhões por dia.
"Dado o alto volume, travas bancárias começaram a ser acionadas e as contas encerradas sem justificativa. O dinheiro para pagar a rentabilidade aos investidores existe e estava alocado nessas contas correntes. Com isso, foi criado um enorme obstáculo à movimentação financeira", sustenta Motta Júnior. O processo cita os bancos Santander, Digimais, Plural Invest, Bradesco, Sicoob, entre outros.
Somado a isso, a empresa sustenta que houve uma apropriação indébita da gestão da carteira de criptoativos pelo ex-trader diretor de operações, Saulo Gonçalves Roque. A situação, que estaria inviabilizando o repasse dos rendimentos financeiros dos investidores, segundo a alegação, gerou a instauração de um inquérito policial na 96° Distrito Policial –Brooklin.
"O acordo com o Procon-SP foi feito com o intuito de acalmar os investidores. O dinheiro estava nas mãos da MSK e o planejamento do pagamento foi feito com base nisso. Mas próximo do pagamento da primeira parcela os criptoativos ethereum foram apropriados pelo sr. Saulo. Conseguimos ver isso pela tecnologia blockchain", argumenta o advogado.
O pedido de recuperação judicial, que corre em segredo de justiça, engloba as cinco empresas do Grupo MSK: MSK Operações e Investimentos Ltda., MSK Administração e Corretagem de Seguros Ltda., MSK Serviços Digitais Ltda., MSKonforto Sofás e Colchões Ltda., e Vivva Comércio Varejista de Cosméticos Ltda.
Esse é mais um desdobramento do caso que envolve a empresa que prometia, em seu site, oferecer uma "alternativa para quem quer possibilidades de rentabilidade, baixo risco e simplicidade". A informação de baixo risco chama atenção, já que o mercado de criptoativos é conhecido por sua volatilidade. Na época em que parou de repassar os pagamentos aos investidores, a empresa alegou que o serviço não possui regulamentação e que o seu principal produto tinha atingindo o limite operacional, por isso parou de pagar a sua base de clientes.
Se o pedido de recuperação judicial for atendido, um plano de viabilidade econômica deverá ser apresentando em 60 dias. A proposta precisa passar pelo aval de credores e investidores. Em não sendo aprovado, a empresa poderá pedir falência. "Reafirmamos que tudo será pago, mas dentro da recuperação judicial, que possivelmente ficará entre R$ 200 e R$ 300 milhões, já que parte do aporte já foi pago aos investidores. Fora disso, é muito difícil por todos os bloqueios judiciais. Queremos evitar o pior cenário que é a falência", argumenta Kaiser Motta Júnior.
(Fonte: Valor Investe - 20.04.2022)
19 de abr. de 2022
Ita Transportes Aéreos
A empresa deixou de voar em dezembro de 2021, deixando milhares de passageiros em terra. Tem dívidas de R$ 250 milhões, além de dívidas fiscais que ultrapassam R$ 2 bilhões.
O financiamento do negócio não parece estar 100% fechado. Na primeira entrevista ao jornal Valor, Baufaker disse ter uma linha de crédito de aproximadamente R$ 110 milhões com dois bancos brasileiros, usando como garantia um terreno no Gama, município próximo a Brasília. Em uma segunda entrevista ao Valor, dois dias depois, ele disse que a linha de crédito, já garantida, era de R$ 32 milhões. O executivo não apresentou nenhum documento que comprove as negociações.
Ele também disse que estava perto de receber um empréstimo de R$ 250 milhões contratado com dois bancos americanos. Quando questionado, ele disse que não poderia revelar os nomes, “apesar de ter 99% de certeza [dos recursos]”.
O Sr. Baufaker diz que as instituições financeiras internacionais, que segundo ele lhe prometeram o dinheiro para financiar a recuperação do ITA, entrarão em uma joint venture e atuarão como co-gerentes da companhia aérea. “Seria uma joint venture.”
Realizar o plano de compra do ITA não é tarefa fácil. O Ministério Público de São Paulo solicitou que a companhia aérea seja incluída no processo de recuperação judicial da empresa de ônibus Itapemirim e que seja decretada a falência de ambas as empresas.
Na decisão, ficou estabelecido o início imediato dos trabalhos de Eduardo Abrahão, da consultoria Transconsult, que foi nomeado pelos credores como novo gestor judicial da empresa. Após a decisão dos credores do grupo Itapemirim de destituir o atual conselho de administração, incluindo o presidente Sidnei Piva, a consultoria Transconsult foi indicada pelos credores como o novo gerente judicial da empresa.
(Fonte: jornal Valor - 17.04.2022 / 27.05.2022 / 21.09.2022 / Folha de S.Paulo - 21.09.2022 - partes)
Sidnei Piva, presidente do grupo Itapemirim. — Foto: Divulgacao
12 de abr. de 2022
Peróxidos do Brasil
Em 2022 a empresa investe US$ 78 milhões para aumentar sua capacidade de produção de peróxido de hidrogênio no Brasil e no Chile.
Na planta industrial de Curitiba, no Brasil, a capacidade de produção da Peróxidos, líder de mercado na América do Sul, será aumentada em 20 mil toneladas, para 250 mil toneladas por ano, após investimentos de US$ 18 milhões.
Pelo menos quatro grandes projetos de celulose que utilizam peróxido de hidrogênio na etapa de branqueamento decolaram na região ou estão prestes a se concretizar. A Bracell ampliou as operações da antiga Lwarcel em Lençóis Paulista, São Paulo; a Arauco está ampliando uma de suas fábricas no Chile, o projeto Mapa; a UPM está a caminho de iniciar as operações em uma nova fábrica no Uruguai; e a Suzano está executando o projeto Cerrado no Mato Grosso do Sul, que inclui a construção da maior linha de produção única de celulose de eucalipto do mundo.
O projeto chileno começou a ser executado praticamente ao mesmo tempo que a pandemia, e inicialmente teria capacidade para 23 mil toneladas por ano. Com os atrasos causados pelas dificuldades impostas pela Covid-19 e o rigoroso processo de licenciamento ambiental, a empresa acabou ampliando a capacidade prevista para 40 mil toneladas por ano. A licença já foi emitida. A nova planta, com conclusão prevista para 2022, está sendo construída na mesma área onde funciona o terminal de distribuição da Peróxidos do Brasil.