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9 de mai. de 2023

Café Piu Piu

          O Café Piu Piu foi naugurado em maio de 1983 no bairro do Bixiga, em São Paulo, mais precisamente na Rua 13 de Maio, por Luiz Lustig e sua mulher na época, Silvia Galant. O Café Piu Piu está conservado, como uma extensão da casa de colaboradores e clientes. É a memória viva da noite paulistana.
          Silvia administra o local, juntamente com seu filho, Paulo Lustig, e manteve o espaço funcionando todos esses anos, sem nunca fechar. Somente durante o período da pandemia em que não se podiam abrir as casas de shows e, mesmo assim, o Café Piu Piu fez com que todos os funcionários, do chef de cozinha ao recepcionista, garçonetes, garçons, assistentes, gerente, técnico, permanecessem empregados por todo o tempo,
          E não é raro funcionários que estão lá desde o início, caso do Roberto de Moraes, o mesmo técnico de som há quatro décadas, que nunca faltou em nenhuma noite, e que já viu passar por lá artistas como Cauby Peixoto, Arrigo Barnabé, Tetê Espíndola, Itamar Assumpção, André Cristovão, Sivuca, Dante e Ná Ozzetti, Renato Borghetti, Nany People, Wanda Sá e Menescal, Ira, Lobão, Kid Vinyl, Angra, Thunderbird, Camisa de Vênus, entre tantos outros.
          Hoje, mais focado no rock, bandas como Almanak, Mr. Legacy, Classic Zoom, Rolls Rock, Rock Collection, Hot Rocks, Rádio Show entre outras, compõem a agenda da casa.
          Para celebrar os 40 anos de existência (maio de 2023), bandas que são figurinhas constantes por lá e convidados especiais, como Luís Carlini (Tutti Frutti), Rodrigo Santos (Barão Vermelho), Jimmy London (Matanza Ritual), entre outros, prometem shows para lá de animados.
(Fonte: CNN Brasil - Viagem & Gastronomia - Maio 2023)

Café Piu Più comemora 40 anos com agenda especial de show

Café Piu Più comemora 40 anos com agenda especial de showDivulgação

Don Giovanni (vinho) / Dona Bita (conhaque)



          Beatriz Dreher Giovaninni  nasceu em berço de vinho. E de espumante, e de conhaque. Não tem memórias da infância que não estejam ligadas ao cultivo de uvas e à produção de bebidas no negócio da família. Viu seu sobrenome, Dreher, virar uma das marcas de conhaque mais famosas do país.
          O avô imigrante trouxe, em 1910, o gosto pelo cultivo das uvas e a fabricação de bebidas. A receita do brandy, que se tornou mais tarde o conhaque Dreher, veio com ele. Na propriedade instalada em Pinto Bandeira, no interior de Bento Gonçalves, ficava a fábrica e também a área dos parreirais.
          As instabilidades do mercado brasileiro, somadas às mortes de familiares que eram peças fundamentais na administração da companhia, acabaram estimulando a venda da Dreher para uma empresa americana, a Heublein, em meados da década de 1970. Era o fim do contato de Beatriz com o seu universo. Até mesmo o produto, receita de seu avô, já não era mais o mesmo. Mudanças na legislação permitiram alterações na fórmula do conhaque, que já não se parecia com o brandy original.
Quando vendemos, a família saiu totalmente do negócio. A propriedade da minha infância foi junto. Não ficamos com nada - revela Beatriz.
          Mas, se precisou abrir mão de tudo isso, quando a empresa foi vendida, não foi para sempre. Ela readquiriu a propriedade da sua infância e reergueu o ofício de seu pai.
          Bem resolvida com a decisão familiar, ela tocou a vida, que a esta altura tinha as suas urgências, como a casa, os filhos e o trabalho. Mas demoraram apenas dois anos para que a quinta em que se fazia os vinhos e o brandy e onde floresciam os parreirais voltasse às mãos da família Dreher Giovaninni. Beatriz e o marido, Airton, viram a oportunidade e adquiriram de volta a propriedade. No local, hoje está instalada a vinícola Don Giovanni. E hoje, Beatriz Dreher Giovaninni vive de novo em berço de vinho, de espumante...
          O marido, aliás, é um parêntese necessário para contar o desenrolar dessa história. Proprietário de uma metalúrgica em Bento, Airton nunca teve qualquer contato com o mundo do vinho. O que conhecia era uma certa menina de grandes olhos verdes, a quem encontrava na companhia dos pais, nos bailes do Clube Aliança.
          Ele passava na rua e dizia que queria casar comigo. Mentira, tu é que corria atrás de mim! Risos. Muitos risos. Assim nasceu uma história de amor e parceria que dura 47 anos. Com o entusiasmo de Airton, Beatriz acreditou na possibilidade de retomar a propriedade da família. Fim do parêntese. Mas jamais o fim da história.
          Nós não tínhamos intenção de voltar a trabalhar com vinhos e brandy. Queríamos somente a casa e o terreno para ser nosso refúgio de campo, e contato com a natureza, aos finais de semana.
          Porém, ao encontrarem, no topo de uma colina, os parreirais antigos, plantados no tempo do pai de Beatriz, o casal decidiu preservar o que havia de vinhedos no local. Daí até buscarem novas cepas, aumentarem a área cultivada e voltarem a fazer vinhos foi apenas questão de tempo.
          A ideia inicial era fazer somente um vinho para o nosso consumo e para presentear amigos. Seria uma diversão - diz Beatriz.
          Hoje, a vinícola produz 120 mil garrafas de espumante, além de vinhos tintos e brancos. Um dos rótulos já foi eleito pela revista Gula como melhor do Brasil. Começaram a ser reconhecidos pelos produtos e não pararam mais.
          Um dos maiores orgulhos de Beatriz é ter recuperado o brandy feito pelo avô, na época da fundação da Dreher. Brandy (também chamado de conhaque) é um destilado de vinho que envelhece por, no mínimo, 12 anos antes de poder ser consumido. Sua graduação alcoólica chega aos 40% e ele tem um gosto adocicado e marcante. As garrafas gordinhas do Brandy Don Giovanni e as barricas em que ele envelhece são exibidas com pompa, em local de honra da vinícola.
          Além de retomar a produção de bebidas, o casal transformou a velha casa em pousada, com capacidade para poucos hóspedes e muito aconchego.
          Ao sentar-se à mesa para brindar, Beatriz afirma que, na época, não imaginava-se seguindo os passos da família. Até porque a empresa, que havia sido fundada pelo avô e o pai, já não existia mais. Mas ao contemplar a paisagem que cerca a vinícola e ao ter na taça uma bebida fabricada ali mesmo, por ela e pelo marido, sente-se recompensada. Por ter atado as pontas da sua história, por estar ali, no lugar que sempre foi seu, e por estar cada vez mais apaixonada pelo velho ofício da sua família.
          Voltar a fabricar vinhos, espumantes e o brandy não foi um plano, mas revelou-se uma fonte farta de felicidade. Beatriz resolveu então deixar registrado todo o seu gosto por aquele trabalho. Queria ter um espumante com o meu nome. Mas não era aquela coisa de homenagem, sabe? Queria mesmo era desfrutar dele enquanto estou viva e saudável.
          Nasceu assim o Dona Bita, o produto premium da vinícola, batizado com o apelido de infância de sua idealizadora. O espumante é um corte de chardonnay e pinot noir, feito pelo método champenoise - o mesmo utilizado para a fabricação da champagne - que matura por, no mínimo, 48 meses antes de chegar ao consumidor. Oferecer uma taça dele aos amigos é das coisas que mais envaidecem Beatriz. Quando acompanha algum visitante à cave de envelhecimento, faz questão de mostrar as garrafas da sua bebida.
          Presente em todas as partes do empreendimento, a história da família invade também a cozinha da pousada. Da mãe, Beatriz herdou o gosto pelas panelas e o talento para criar pratos. Inspirou-se então nos risotos maternos e criou a iguaria pela qual é famosa: o Risoto de Alcachofra acompanhado de Frango na Cerveja. Detalhe: as alcachofras são fresquinhas, plantadas ali mesmo, na horta, pelas mãos da própria cozinheira. "Vinho nacional na nossa taça é comida na mesa do produtor rural. Temos que pensar nisso.", diz Beatriz.
(Fonte: GZH - Redação Donna - 23.09.2013 / 24.03.2014)

Cerveja Xingu

          Nos anos 1980, o norte-americano Allan Eames (escritor e especialista em antropologia e história da cerveja) e a então esposa, Anne Latchis, visitaram a Amazônia para ouvir histórias e estudar os fermentados dos povos do Xingu. Inspirados em mitologias do século XVI - o da época da chegada dos portugueses ao Brasil -, queriam saber mais sobre as bebidas fermentadas de milho e mandioca. A história sobre uma cerveja escura foi a que mais os atraiu.
          Em um mercado de cervejas artesanais em transformação, buscaram desenvolver uma cerveja brasileira que trouxesse na receita esses elementos. Encontraram o empresário carioca Cesario Mello Franco, disposto a "construir uma marca para representar a brasilidade e ser distribuída em outros países".
          O primeiro desafio era onde produzir. Em Caçador (SC), uma fábrica de mesmo nome inaugurada em 1936, aceitou a missão de brassar uma Lager escura. O primeiro lote é de 1987, e o primeiro desembarque no Porto de Boston (EUA) ocorreu em fevereiro de 1988. Bem recebida pelo Culinary Institute of America, no Hyde Park, no Estado de Nova York, a cerveja, no mês seguinte, já tinha todo o seu estoque vendido nos EUA. No mesmo ano, o jornal The New York Times, em reportagem dominical, destacou The mellow art of the micro brew ("A doce arte da microcervejaria"). A cerveja escura, leve e saborosa ainda trazia garrafas de 640 ml, uma novidade para os norte-americanos, acostumados com as de 350ml.
          Nos anos 1990, a Xingu se tornou a brasileira com maior volume de exportação, representando 63% das vendas de cerveja do país ao exterior. O reconhecimento veio com a conquista de prêmios como o da All About Beer Magazine (Gold Medal, 91 pontos) e dois ouros do Beverage Testing Institute (Categoria Dark Lager). O inglês Michael Jackson (1942-2007), o "beer hunter", após experimentar a Xingu em um bar, em um de seus artigos na All About Beer sentenciou: "It was delicious".
          Nos anos 2000, depois da compra da marca no Brasil pela Kaiser, a Xingu ganhou visibilidade e cadeia de produção e de distribuição no país. Enquanto isso, no exterior, foram desenvolvidas novas versões, consolidando-a nos mercados norte-americano e europeu. Em 2015, a Xingu Gold foi desenvolvida na Inglaterra e foi eleita a melhor cerveja do Brasil pelo Beverage Testing Institute de Chicago. Ainda em 2017, ganhou ouro e prata no Los Angeles International Beer Competition nas categorias Dark Lager e Lager.          
          Como descrito acima, o empresário Cesario Mello Franco lançou a marca em 1988 e tempos depois, 2000, vendeu os direitos no Brasil para a Kaiser. Un pouco antes da pandemia, em novembro de 2019, recomprou-a do Grupo Heineken, que comprara a Kaiser.
          A empresa tem agora como prioridade expandir a cerveja no mercado brasileiro. Não só na clássica versão escura, mas também em outros estilos, com uma linha diversificada. Atualmente a produção da Xingu é concentrada no Canadá e na Alemanha. Foi produzida também na França e na Inglaterra. Via 65 distribuidoras, em 45 Estados, irriga os copos de apreciadores nos Estados Unidos, onde já foi eleita a melhor cerveja brasileira. "Na Europa, são de 10 a 15 festivais", contabiliza Mello Franco. "No exterior a gente faz a Xingu Black, a Gold, a Weiss e Zoigl (típica da Bavária, na Alemanha) e percorre todos os festivais da Alemanha de abril a setembro."
          Hoje a produção e o mercado estão basicamente no exterior, mas o plano é inverter essa proporção e fazer a fatia do Brasil chegar a cerca de 90%. Para isso, ao relançar a marca, em dezembro de 2022, o empreendedor alinhou a operação com um distribuidor nacional, a Interfood, e a produção na Brew Center, em Ipeúna (SP).

Ainda para este ano, estão programados mais dois estilos, mantidos em segredo. Além desses, uma das novidades será uma Brazilian Pale Ale, cuja fórmula foi desenvolvida por Paulo Schiaveto. Os esforços são para ganhar escala, de forma a reduzir o preço e oferecer um custo-benefício atrativo. Como parte dessa estratégia, ao recomprar a marca, Mello Franco buscou um meio-termo em relação à fórmula original. "Quis resgatar tudo o que era sensorial, aromático, mas também ajustei elementos mais adequados ao paladar brasileiro", conta.
          Filho do diplomata Affonso Arinos de Mello Franco (1930-2020), o empreendedor é habituado a transitar pelo mundo e, para coordenar uma operação entre tantos países, afirma: "Terceirizo tudo, mas coordeno tudo". Na Xingu, ele combina um empreendimento empresarial com as paixões pessoais ecléticas. Cesario Mello Franco é artista plástico, escritor assim como o pai (membro da Academia Brasileira de Letras) e documentarista, além, claro, de cervejeiro e empresário.
          Tem uma personalidade renascentista. Com a Xingu, no fim dos anos 1980, e depois, ao fundar a Colorado, em 1996, ao lado do amigo Marcelo Carneiro, contribuiu para tirar o Brasil da Idade Média cervejeira, de absolutismo das American Light Lagers.
(Fonte: Beer Art - Portal da Cerveja - Notícias RSS - 24.04.2023

8 de mai. de 2023

BlueLine

          A asset BlueLine é uma das investidas do multimercado Rising Stars do Banco Itaú.
          Em dezembro de 2022, a BlueLine assumiu a Greenbay.
          No início de maio de 2023, a BlueLine Asset Management incorpora a Itaverá Investimentos, gestora de ações de Rodrigo Magela, com um patrimônio de cerca de R$ 20 milhões.
          Com mais de 25 anos de experiência no setor, Magela tem passagens pelo Banco Pactual, ARX e foi um dos fundadores da Oceana Investimentos. Com ele, a BlueLine adiciona cinco profissionais, entre analistas e gestores. A Itaverá chegou a ter R$ 230 milhões sob seu guarda-chuva, mas o volume estava concentrado em um único investidor, que resgatou seus recursos.
          A equipe contribuirá com as estratégias de renda variável do fundo multimercado da BlueLine, além de tocar a estratégia long-biased, de arbitragem, proveniente da Itaverá, que tem histórico desde abril de 2014. A carteira acumula desde o início rentabilidade de 94,64%, ante 170,73% do IPCA, mais oIMAB-5+, e 104,18% do Ibovespa. A carteira passa a ter a gestão da BlueLine.
          Com essa nova aquisição, a BlueLine aumentou a sua equipe de 14 para 27 pessoas. Com a associação, os negócios combinados passam a reunir R$ 425 milhões.
(Fonte: jornal Valor - 05.05.2023)

5 de mai. de 2023

Dreher (conhaque)

          Lançada em 1910 por uma família de alemães, Dreher é uma marca com o DNA 100% brasileiro. Teve sua origem na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, uma das áreas mais importantes para a produção de vinho no Brasil. Na propriedade instalada em Pinto Bandeira, no interior de Bento Gonçalves, ficava a fábrica e também a área dos parreirais.
          A família possuía o desejo de criar um conhaque nacional de alta qualidade, produto que na época podia ser consumido apenas quando importado.
          O fundador, imigrante, é avô de Beatriz Dreher Giovaninni, que mais tarde comprou de volta a propriedade vendida pelo avô e pelo pai e criou, junto com o marido Airton, o vinho Don Giovanni e o conhaque Dona Bita (seu apelido de infância).
          Conhaque é decorrente da destilação do vinho. Também conhecido como brande ou brandy, o conhaque tem cerca de 40% a 60% de teor alcoólico por volume. Além do vinho, a bebida também pode ser feita através do suco de frutas fermentadas.
          Na época, a bebida era um destilado à base de vinho, que com o passar dos anos foi sendo alterada para agradar o exigente paladar brasileiro, até chegar na fórmula atual, um composto cuja base é o gengibre.
          A fábrica foi adquirida pelo grupo Heublein em meado da década de 1970, que passou a produzir também o conhaque Dreher e, em 2001, passou para as mãos do Campari Group.
          Hoje, é o conhaque mais popular do país, e não é para menos: com uma personalidade forte e um sabor marcante, Dreher acompanha os brasileiros em todas as situações há mais de 100 anos. Dreher é o conhaque que mais está presente nos bares brasileiros.
(Fonte: Mabilia Bebidas / vivendobauru.com - 04.04.2022)

1 de mai. de 2023

First Republic Bank

          O First Republic Bank foi fundado em fevereiro de 1985 por Jim Herbert, anteriormente fundador e CEO do San Francisco Bancorp, que ele vendeu para a Atlantic Financial.
          O First Republic Bank é um banco comercial e provedor de serviços de gestão de patrimônio com sede em San Francisco. Atende a indivíduos de alto patrimônio líquido. Ele opera 93 escritórios em 11 estados, principalmente em Nova York, Califórnia, Massachusetts e Flórida. Em 31 de dezembro de 2022, a empresa tinha US$ 150 bilhões em empréstimos pendentes a receber, incluindo US$ 102 bilhões em empréstimos garantidos por imóveis residenciais, US$ 34 bilhões em empréstimos garantidos por imóveis comerciais geradores de renda, US$ 18 bilhões em empréstimos comerciais e US$ 10 bilhões em outros empréstimos. Os empréstimos garantidos por garantias ocorreram predominantemente nas áreas metropolitanas de Boston, Nova York, São Francisco e Los Angeles. A empresa tinha uma taxa de empréstimo para depósito de 111%, o que significa que emprestou mais dinheiro do que em depósitos de clientes.
          O First Republic iniciou suas operações em 1º de julho de 1985 como uma empresa de empréstimos industriais licenciado pela Califórnia. Tornou-se uma empresa pública por meio de uma 
oferta pública inicial na NASDAQ em agosto de 1986.
          Em 1993, o First Republic adquiriu a Silver State Thrift, uma associação de poupança e empréstimo em Nevada. Três anos depois, em 1996, o First Republic procurou mudar para uma licença bancária para expandir suas ofertas. Ele pressionou o Legislativo de Nevada para aprovar uma lei que permitisse a conversão de uma poupança de Nevada em um banco do estado de Nevada. A lei foi aprovada em julho de 1997. Após a aprovação da lei, o banco de poupança de Nevada tornou-se um banco estatal, o First Republic Savings Bank.
          Em 1998, o First Republic adquiriu a Trainer Worthman & Co. e, em dezembro de 2001, adquiriu a Starbuck, Tisdale & Associates por US$ 13 milhões em dinheiro e ações. Em janeiro de 2000, o First Republic adquiriu uma participação de 18% na Froley, Levy Investment Company Inc. e, em 2002, comprou a empresa de investimentos por US$ 17 milhões em dinheiro e ações.
          Em 2004, adquiriu a divisão Private Client Asset Management da Bay Isle Financial do Janus Capital Group.
          Em 2006, o banco adquiriu o Bank of Walnut Creek.
          Em setembro de 2007, o First Republic foi adquirido pela Merrill Lynch por US$ 1,8 bilhão em dinheiro e ações.
          Em julho de 2010, o Bank of America, que adquiriu o Merrill Lynch e assim adquiriu o First Republic, vendeu o First Republic Bank a um grupo de investidores privados, incluindo Colony Capital, General Atlantic e o presidente James Herbert e a ex-COO Katherine August DeWilde, por aproximadamente US$ 1 bilhão. Thomas J. Barrack, Jr., chefe da Colony, havia sido membro do conselho antes do acordo com a Merrill Lynch e a General Atlantic foi um dos primeiros investidores na empresa, investindo cerca de US$ 5 milhões em 1987. Um adicional de US$ 800 milhões foi fornecido pelo consórcio de investimento para atender aos novos requisitos de capital estabelecidos pelos reguladores dos EUA.
          Em dezembro de 2010, o banco tornou-se novamente uma empresa pública por meio de uma oferta pública inicial, arrecadando US$ 280,5 milhões.
          Em novembro de 2012, a First Republic adquiriu a Luminous Capital, uma empresa de gestão de patrimônio com US$ 5,5 bilhões em ativos, por US$ 125 milhões.
          Em 2015, a First Republic adquiriu a Constellation Wealth Partners por US$ 115 milhões.
          Em dezembro de 2016, o banco adquiriu a Gradifi, uma startup de 2 anos que trabalha com empresas para ajudar os funcionários a pagar dívidas de empréstimos estudantis que contavam com PricewaterhouseCoopers, Natixis Global Asset Management e Penguin Random House como clientes.
          Em março de 2018, o banco investiu na CommonBond, uma financiadora de empréstimos estudantis. Em maio do mesmo ano, a empresa alugou mais escritórios no Rockefeller Center na cidade de Nova York.
          Em 2019, 50 consultores de clientes, que faziam parte da aquisição da Luminous pela First Republic, com US$ 17 bilhões em ativos sob gestão, deixaram a empresa.
          Durante as falências bancárias dos Estados Unidos em março de 2023, havia preocupações de uma possível corrida bancária no First Republic. Para aliviar as preocupações e apoiar quaisquer retiradas de depósitos, em 16 de março de 2023, os principais bancos dos EUA, incluindo JPMorgan Chase, Bank of America, Wells Fargo, Citigroup e Truist Financial, depositaram US$ 30 bilhões na First Republic.
          Em 1º de maio de 2023, o Fist Republic deixou de existir: os reguladores socorreram o banco em apuros durante a noite e o venderam para o JPMorgan Chase. O que é agora a segunda maior falência bancária da América, após o colapso do Washington Mutual em 2008, significa que 84 agências bancárias que fecharam como unidades do First Republic na sexta-feira, dia 28 de abril, foram reabertas como agências do Chase.
          O acordo encerra uma enxurrada de negociações nos últimos dias para resolver o destino da First Republic, que não conseguiu se recuperar da turbulência desencadeada pelo colapso do Silicon Valley Bank em março. Reguladores e executivos bancários esperam que a venda acabe com a crise bancária regional.
          O JPMorgan venceu em um leilão que ocorreu no fim de semana, vencendo outros concorrentes, incluindo a PNC Financial Services. Como parte do acordo, o JPMorgan assumirá a maior parte dos ativos da First Republic, incluindo US$ 173 bilhões em empréstimos e US$ 30 bilhões em títulos, além de US$ 92 bilhões em depósitos.
          Isso poupará o F.D.I.C. de uma conta de resgate maior: não precisa se preocupar em cobrir os cerca de US$ 50 bilhões da First Republic em depósitos não segurados, já que eles passarão para o JPMorgan. (O F.D.I.C. ainda estima que seu fundo de seguro sofrerá um golpe de US$ 13 bilhões, e a agência chegou a um acordo de compartilhamento de perdas com o JPMorgan em alguns empréstimos.)
          O leilão é outra reviravolta na história do First Repúblic. O JPMorgan inicialmente era um consultor do banco problemático, com seu CEO, Jamie Dimon, ajudando a convencer seus colegas de outros grandes bancos a depositar US$ 30 bilhões no First Republic em março, como uma tábua de 
salvação.
(Fonte: Wikipédia / NY Times - 01.05.2023 - partes)

A high rise building with signs reading "First Republic Bank" on the ground floor

The building housing the headquarters of First Republic Bank, in San Francisco's Financial District (2022)

27 de abr. de 2023

Suez Eau France (ex-Lyonnaise des eaux)

          La Lyonnaise des eaux teve como ancestral a Compagnie des eaux de Paris dos irmãos Périer, que esteve no centro das grandes especulações do fim do reinado de Luís XVI.
          Mais tarde, em meio à urbanização e ao desenvolvimento da higiene, o Crédit Lyonnais fundou a SLEE (Lyon water and lighting company) em 2 de fevereiro de 1880, para “obter, comprar, arrendar e explorar, na França e no exterior, qualquer concessão e empresa relativa à água e iluminação”. O banco permanece apenas nove anos no capital da SLEE.
          Criada no final do século XIX para garantir a distribuição de água, a empresa expandiu suas atividades no século XX para limpeza, energia, serviços funerários e comunicação.
          No início do século XX, na França, grandes cidades como Bordeaux (1913) cederam seu serviço de água à Lyonnaise des eaux. Para garantir o seu desenvolvimento, a empresa criou subsidiárias conjuntas com outras empresas, como a Société des eaux du Nord fundada em 1912, ou adquiriu empresas como a Eaux de Dunkerque em 1924.
          Ao mesmo tempo, a iluminação urbana a gás era a principal atividade da Lyonnaise des eaux. Após a Primeira Guerra Mundial, a empresa investiu em energia, nomeadamente em Vitry onde construiu uma central termoeléctrica em 1931.
          A empresa foi então renomeada como Lyon Water and Electricity Company (SLEE, ou grupo Mercier) que domina Paris e sua região. Antes da guerra, foi o primeiro eletricista francês, à frente da Sociedade Geral de Força e Luz (SGFL) do magnata Pierre-Marie Durand2.
          Em 1936, era a primeira empresa na lista de capitalizações bolsistas francesas, marcada pela ascensão das empresas industriais e elétricas, enquanto ainda era apenas a 19ª em 1928.
          Em 1946, a Société Lyonnaise des Eaux voltou a focar em seu negócio original: serviços de água e saneamento para autoridades locais e industriais na França.
          Também em 1946, a nacionalização dos setores de gás e eletricidade mudou a estratégia. La Lyonnaise des eaux está se reposicionando em serviços de água. A empresa investe no tratamento de águas residuais e desenvolve uma atividade de consultoria que lhe permitirá obter contratos de concessão no estrangeiro a partir dos anos 1970.
          Ao mesmo tempo, continuou sua política de aquisição de empresas: Eaux de Calais (1954), Eaux de Douai (1959) e assinou contratos de concessão com grandes cidades como Soissons (1962) e Carcassonne (1964).
          Com a aquisição da SITA (gestão de resíduos urbanos), Degrémont (construção de estações de tratamento de água) no início dos anos 1970 e Pompes Funèbres Générales em 1978, o grupo embarcou em uma política de diversificação de suas atividades de serviço comunitário.
          Esta política prossegue com a criação do operador de televisão por cabo Lyonnaise Communications (que passará a ser a Noos). Em 1990, a Lyonnaise des eaux fundiu-se com a construtora Dumez.
          La Lyonnaise des eaux desligou-se dos serviços funerários em 1996 e fundiu-se um ano depois com a Suez (19 de junho de 1997). O novo grupo está gradualmente se concentrando em dois pólos: energia e meio ambiente. Lyonnaise des eaux agora pertence a esta segunda divisão, onde a empresa lida com gestão de água e saneamento na França.
          Em 12 de março de 2015, a marca Lyonnaise des Eaux foi abandonada em favor da marca única de seu grupo controlador: Suez Environnement, que se tornou Suez em julho de 2015. Desde 10 de outubro de 2016, Lyonnaise des eaux SAS mudou seu nome corporativo para Suez Água França SAS. Esta modificação não altera em nada a estrutura ou organização da empresa.
          Em 23 de setembro de 2020, no contexto da aquisição de 29,9% das ações da Engie na Suez pelo grupo Veolia, a Suez anunciou que estava colocando sua subsidiária Eau France em uma fundação na Holanda para protegê-la de uma venda para uma infraestrutura fundos por pelo menos quatro anos.
          Em abril de 2021, Suez e Veolia anunciaram que haviam chegado a um acordo de princípio permitindo a fusão entre os dois grupos, avaliando a Suez em cerca de 13 bilhões de euros. As atividades não adquiridas pela Veolia incluem as atividades “Water”, Suez Eau France, e as atividades “Waste”, Suez Recyclage & Revalorisation France, da Suez na França, mas também suas atividades na Itália, Austrália, República Tcheca e Índia, uma entidade cujos acionistas serão os fundos de investimento Meridiam, Ardian e Global Infrastructure Partners, bem como a Caisse des dépôts et consignations.
          A 14 de dezembro de 2021, a Comissão Europeia autoriza a aquisição da Suez pela Veolia por 13 bilhões de euros, não obstante “sujeita ao cumprimento integral” dos compromissos que “eliminam totalmente as preocupações concorrenciais identificadas”, o que inclui a venda das atividades da Suez na França, incluindo Suez Eau France e Suez Recyclage & Revalorisation France (anteriormente SITA).
          Desde a fusão da Gaz de France e da Suez em 21 de julho de 2008, a Lyonnaise des eaux foi uma das principais empresas do grupo Suez Environnement, que é parcialmente controlado pela GDF Suez.
          Operadora com as autoridades locais para um total de 2.400 contratos, a empresa abastece 19% da população francesa com água (12,3 milhões de pessoas) e limpa as águas residuais de 18% da população francesa (9 milhões de pessoas).
          No Brasil, por volta do início de 1995, a Águas de Limeira, associação entre a Lyonnaise des Eaux e a construtora CBPO, ganhou concorrência pública estabelecendo a concessão da exploração do serviço de abastecimento de água e esgoto de Limeira (SP). Quase um ano e meio depois, o contrato corria o risco de ser declarado nulo, depois que o promotor Luiz Gonzaga Marcondes, da 3ª Vara Civil de Limeira, apresentou uma ação civil pública contestando a lisura do processo, aprovado pela Câmara de Vereadores local. A ação podia demorar de 4 a 10 anos até ter um julgamento final.
(Fonte: Wikipédia / revista Exame - 20.11.1996 - partes )

26 de abr. de 2023

Urbano Agroindustrial

          Fundada em 1960 por Urbano Franzner, a Urbano Agroindustrial nasceu com a criação da Cerealista Urbano.
          Somente seis anos mais tarde, em 1966, a empresa fez o lançamento da marca própria, a Arroz Urbano.
          Em 1977, foi criada a Transporte Franzner.
          A primeira filial foi criada em 1985, em São Gabriel, no Rio Grande do Sul. Dois anos depois, em 1987, a empresa criou o sistema de parboilização por autoclave.
          Em 1991, foi criada a Celgron Industrial Ltda, em Blumenau, Santa Catariana, que atua na fabricação de máquinas de seleção, empacotamento e enfardamento de grãos e de cereais.
          Desde 1993 a Urbano Agroindustrial é reconhecida como um dos principais fornecedores nacionais. Em 1995, dá-se o início da produção de energia elétrica, a partir da casca de arroz em São Gabriel.
          A unidade de Meleiro, em Santa Catarina, foi inaugurada em 1998. Dois anos depois, em 2000, foi a vez da inauguração da unidade de Sinop, no Mato Grosso. No mesmo ano, ocorreu o lançamento da marca de arroz Koblenz.
          Em 2001, a empresa inaugura uma nova unidade industrial. Desta vez foi em Pouso Redondo, Santa Catarina.
          Para os consumidores de alimentos com zero glúten, a Urbano lançou em 2008 o Macarrão de Arroz Urbano Zero Glúten.
          Em 2009 é inaugurada a unidade industrial de Guarulhos, em São Paulo. No mesmo ano, a empresa adquire a marca de feijão, arroz e cereais Super Máximo.
          No ano seguinte, 2010, a Urbano inaugura a unidade de Ponta Grossa, no Paraná. No mesmo ano, promove o lançamento do Feijão Urbano. Ainda em 2010, é inaugurada a unidade de Santo Agostinho, em Pernambuco.
          O grupo entra no ramo têxtil em 2012, com a inauguração da Urbano Têxtil.
          Uma nova aquisição de marca é promovida em 2012, com a compra da marca de arroz Belchior. No mesmo ano a empresa dá início às atividades na unidade de Gaspar, em Santa Catarina e inaugura a unidade de Várzea Grande, no Mato Grosso. Uma nova unidade em Santa Catarina, desta vez em Joinville é inaugurada em 2013. Também em 2013, adquire a indústria Arroz Vila Nova e promove o lançamento do Arroz Vitaminado Urbano.
          Em 2016, o grupo entra no setor energético com o início das operações da PCH Capivari, em parceria com a Cerbranorte.
          Um novo macarrão, o Macarrão de Arroz Urbano Espaguete é lançado em 2017.
          Em 2019, promove expansão para Formosa, em Goiás, e lança o Macarrão de Arroz com Feijão Espaguete e Parafuso.
          A linha Urbano Kids é lançada em 2021. Um ano depois, em 2022, compra a Broto Legal.
          A Urbano Agroindustrial está entre as maiores e mais importantes empresas de alimentos do país, atuando no beneficiamento de arroz, feijão, farinha e macarrão de arroz. Em 143 mil metros quadrados de área construída, são mais de 1.700 colaboradores diretos. Com tecnologia de última geração, suas unidades podem produzir mais de 60 mil toneladas de alimentos por mês e armazenar mais de 450 mil toneladas de arroz em casca e de feijão.
(Fonte: site da empresa)

25 de abr. de 2023

Vila Rica (alimentos)

          A empresa de alimentos Vila Rica, de São Paulo, localizada no bairro de São Mateus, foi fundada 
em 1986.
          Toda a sua produção é vendida para atacadistas.
          Em junho de 1996, a empresa foi adquirida por Marco Vitor Labate, ex-gerente de custos e 
planejamento da Kellogg's e César Augusto Atoline, que até então tocava um escritório de representação.
          O investimento para a aquisição da empresa foi de 300.000 reais. Há tempos os dois buscavam uma empresa do setor alimentício. "Com o crescimento econômico e a entrada das classes C e D no mercado de consumo é evidente a vantagem de contar com um produto cujo valor agregado é pequeno", diz Labate. Um saco com 20 gramas dos seus salgadinhos, bastante vendido em estações de trem, custava apenas 
alguns centavos.
(Fonte: revista Exame - 25.09.1996)