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5 de jul. de 2024

Biogénesis Bagó

          A empresa argentina Biogénesis Bagó possui fábricas na Argentina e em países estratégicos como Arábia Saudita, China e Coreia do Sul.
          A Biogénesis Bagó inaugurou em 4 de julho de 2024 sua primeira fábrica no Brasil após investimento de mais de R$ 100 milhões. A fábrica localizada em Campo Largo, na região metropolitana de Curitiba, posicionará o grupo, que registrou faturamento de US$ 250 milhões em 2023, como o maior fabricante de vacinas veterinárias da América Latina e uma das 10 maiores empresas do setor de saúde animal no mundo. A partir de 2026, a nova instalação produzirá mais de 10 milhões de injeções de vacinas de vírus vivos atenuados anualmente, concentrando-se inicialmente em vacinas trivalentes felinas e vacinas quíntuplas/sêxtuplas caninas com e sem leptospira. Essa produção, voltada para animais de companhia, representa 25% do mercado pet da América Latina.
          A nova fábrica também fabricará três vacinas para animais de produção, voltadas especificamente para bovinos, além de outras soluções biotecnológicas.
          A instalação contará com um centro tecnológico para produção, pesquisa e desenvolvimento de produtos, gerando 300 empregos diretos e indiretos. A produção será comercializada no Brasil, Argentina, Colômbia, México e Leste Asiático. Esta é a primeira planta industrial da Biogénesis Bagó em grande escala no Brasil para produzir e exportar biotecnologia. Na Argentina, a empresa produz vacinas com vírus inativados.
          Atualmente (meados de 2024), as vacinas para animais de companhia representam 10% do portfólio da empresa. A expectativa é que essa participação aumente para entre 25% e 30% nos próximos cinco anos, acompanhando a tendência de crescimento desse nicho, segundo Sebastian Peretta, diretor de negócios globais da Biogénesis Bagó.
          A empresa, que inclui em seu portfólio uma vacina contra febre aftosa, já vendeu mais de 400 milhões de doses no Brasil por meio do Programa Nacional de Erradicação da Febre Aftosa, disse Marcelo Bulman, CEO da Biogénesis Bagó no Brasil.
(Fonte: jornal Valor - 05.07.2024)

3 de jul. de 2024

Gradiente Solar

          A Gradiente, empresa da família Staub, lança, em meados de 2024, um novo empreendimento, denominado Gradiente Solar.
          Eugênio Staub, CEO da Gradiente, destacou que a empresa concluiu em 2023 sua recuperação judicial, que estava em curso desde 2018. A Gradiente também fez oferta pública para cancelamento de registro de suas ações e está envolvida em uma disputa judicial com a Apple sobre o uso de marca iPhone no Brasil, atualmente sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). Agora, a empresa planeja voltar ao mercado com foco na prestação de serviços.
          O objetivo da Gradiente Solar é se tornar um integrador de sistemas para geração de energia, com foco nos mercados residencial e de pequenos negócios.
          A empresa procura capitalizar num mercado com baixos padrões profissionais na instalação de equipamentos, oferecendo serviços pós-venda aos clientes.
          “É um novo começo para nós e decidimos reiniciar as atividades no setor solar porque é muito promissor”, disse Staub. “Vamos nos concentrar em instalações em telhados para residências e pequenos negócios, pois esse mercado precisa de mais profissionalismo e organização.”
          Está investindo R$ 50 milhões para entrar no setor de energia solar por meio de geração distribuída. O investimento será feito com capital próprio do grupo ao longo de 2024. Inicialmente, a empresa atuará no Estado de São Paulo, nas áreas de concessão da CPFL e da Enel, e depois expandirá para outras regiões.
          A energia solar é a fonte que mais cresce no Brasil, impulsionada por sistemas de geração distribuída em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O Brasil possui mais de 30 GW de capacidade instalada distribuída em 3,9 milhões de unidades consumidoras. Cada unidade consumidora representa um domicílio, estabelecimento comercial ou imóvel.
          Esta mudança para a energia solar é em grande parte impulsionada pelos consumidores que trocam as suas contas de eletricidade por pagamentos de financiamento, atraindo normalmente clientes da classe média com faturas de eletricidade superiores a R$ 300 por mês. A urgência foi amplificada pela promulgação, em 2022, do quadro jurídico para a autogeração de energia, que criou um sentimento de urgência para garantir a isenção da taxa de utilização da rede de distribuição. Esses subsídios estatais estão embutidos na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), financiada por outros consumidores através de tarifas.
          A Gradiente está em negociações com duas fabricantes chinesas para fornecer os equipamentos, visando lucrar com as revendas. Marcelo Ribeiro, CEO da Gradiente Solar, afirmou que o objetivo é oferecer uma gama completa de produtos e serviços, incluindo seguro contra acidentes, elaboração de projetos, seleção de equipamentos, instalação, certificação, monitoramento e manutenção, tudo apoiado por uma marca reconhecida .
          “Vemos grandes players investindo em parques solares em grande escala e, geralmente, pequenos consumidores participam indiretamente da transição energética. Com a marca Gradiente, que ressoa entre os brasileiros, vimos uma oportunidade de entrar nesse mercado”, disse Ribeiro. “Nosso foco é na 
microgeração, priorizando as residências”, acrescentou.
(Fonte: jornal Valor - 03.07.2024)

2 de jul. de 2024

Azzas 2154

          Azzas 2154 é a empresa formada a partir da fusão da Arezzo e Soma anunciada em fevereiro de 2024.
          A nova multinacional brasileira de moda arranca com faturamento de cerca de R$ 12 bilhões e portfólio de 34 marcas. Opera 2 mil lojas, 1,5 mil franquias e está presente em 22 mil pontos de venda multimarcas. Esse universo é dividido em quatro unidades operacionais: calçados e acessórios (incluindo Arezzo, Schutz e Vans), vestuário lifestyle feminino (incluindo Farm, Animale, Maria Filó, NV), vestuário masculino (incluindo Reserva, Oficina e Foxton) e vestuário democrático (incluindo Hering, Hering Kids, Hering Intimates e Dzarm).
          A empresa deverá propor um conselho de administração de destaque em assembleia de acionistas no final de julho de 2024. A companhia combinou executivos dos conselhos individuais da Arezzo e Soma e adicionou quatro novos membros: Guilherme Benchimol da XP Investimentos, Pedro Parente, presidente da EB Capital e futuro presidente da Azzas, Anna Chaia, ex-presidente da L' Occitane e Samsonite no Brasil e hoje mentora da Endeavor, e Sylvia Leão, que atuou como vice-presidente de recursos humanos em varejistas como Carrefour e Grupo Pão de Açúcar.
          Além dos fundadores de cada empresa, Alexandre Birman e Roberto Jatahy, o conselho também incluirá Edison Ticle, CFO da Minerva, e Ruy Kameyama, ex-CEO da BR Malls do conselho da Soma, além de José Ernesto Bologna, fundador da Ethos Sharewoods Desenvolvimento Humano da Arezzo. Azzas propõe um total de nove conselheiros.
          Segundo Jatahy, CEO da Soma, a união desse grupo garantirá o crescimento sustentável do negócio. “Reunimos algumas das principais figuras do mercado financeiro e da indústria da moda para garantir que a nossa nova empresa tome sempre as melhores decisões e continue a crescer de forma saudável. Uma equipe de alto nível será crucial para continuarmos com um bom desempenho”, acrescentou Jatahy.
          Criadores das marcas que compõem a Azzas e fizeram parte da gestão anterior, como Rony Meisler da Reserva, Fabio Hering da marca Hering, e Marcello Bastos, cofundador da Farm e Fábula, não participarão mais do conselho.
          A empresa definiu a liderança dos seus principais comitês. Edison Ticle coordenará o Comitê de Riscos, Auditoria e Finanças; Ernesto Bologna chefiará o Comitê de Pessoas, ESG e Remuneração; e o Ruy Kameyama liderará o Comitê de Integração e Estratégia.
(Fonte; Valor - 02.07.2024)