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19 de set. de 2024

St. Marché

          Os sócios fundadores do St. Marché são os empresároos Bernardo Ouro Preto e Vitor Leal. Os 
dois sócios detêm cerca de 20% das ações da empresa.
          A L Catterton investiu na St. Marché em 2016.
          Em meados de 2021, o fundo L Catterton considerou uma oferta pública inicial para reduzir sua posição, mas o plano foi frustrado pelo aumento da volatilidade do mercado, que fechou a janela para 
novos participantes na B3, a bolsa de valores do Brasil.
          A St. Marché manteve discussões com investidores após a tentativa fracassada de IPO, mas concluiu na época que ainda havia potencial de crescimento a ser capturado antes de buscar uma venda. Além disso, resultados mais fracos do que o esperado em 2022 poderiam ter dificultado um IPO. Desde então, a rede se expandiu de cerca de 20 lojas para mais de 30 e viu sua receita anualizada crescer de R$ 800 milhões para R$ 1,4 bilhão.
          Em 2022, os sócios injetaram R$ 100 milhões no grupo para reduzir dívidas e cortar pessoal para diminuir despesas operacionais e melhorar margens, um movimento que valeu a pena.
          Em meados de 2024, vem a público que o fundo americano L Catterton contratou a Vinci Partners para encontrar um comprador para a rede de supermercados St. Marché, disseram ao Valor pessoas próximas à transação. As conversas envolvem o controle da varejista, refletindo a participação de 70% que o fundo detém na empresa. Bernardo Ouro Preto e Vitor Leal devem permanecer no negócio.
          Uma pessoa indicou que o fundo busca uma avaliação para o ativo em torno de uma vez a receita anual da rede, que em 2023 chegou a quase R$ 1,1 bilhão, um aumento de 15%. No entanto, as empresas listadas normalmente são negociadas a cerca de 0,5 vez esse indicador.
          A negociação envolve 70% de participação de fundo americano. De acordo com uma fonte, sem uma janela clara de oportunidade à frente, o fundo optou por estruturar um processo de venda via M&A. Também há pressão para vender, pois o fundo se aproxima do fim de seu cronograma de saída de investimento.
          Ainda não foi decidido se a transação será puramente uma venda secundária para facilitar a saída da L Catterton ou se envolverá também uma tranche primária, com recursos fluindo para os cofres da empresa.
          Atualmente (setembro de 2024), a St. Marché opera 31 lojas, mais 2 unidades do Empório Santa 
Maria.
          Em 17 de fevereiro de 2025, o Grupo St Marche, por meio de suas holdings, entrou com pedido de medida cautelar na Justiça de São Paulo para negociar R$ 639 milhões em dívida. Fundo do BTG é 
maior credor.
          Em meados de outubro de 2025, a rede de supermercados St Marche recebeu aval da Justiça de São Paulo para sair da recuperação extrajudicial (RE), processo no qual havia entrado em abril de 2025, com dívidas declaradas de R$ 528 milhões. A decisão foi homologada em 17 de outubro (2025). Desde que entrou na recuperação, o St Marche recebeu uma capitalização de R$ 90 milhões por meio de um DIP, um tipo de empréstimo feito para empresas em dificuldade financeira.
(Fonte: jornal Valor - 17.09.2024 / 19.02.2025 / Estadão - 18.10.2025 - partes)

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