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13 de set. de 2024

Pilbara

          A empresa australiana Pilbara Minerals é a maior produtora de lítio do mundo e detém as 
maiores reservas do mineral.
          A Pilbara está fazendo seu primeiro investimento no Brasil. Em 11 de setembro de 2024, a mineradora anunciou um investimento de US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões) em sua operação Belo Lithium para desenvolver seu projeto de extração de lítio em Salinas, localizada no Vale do Jequitinhonha, Minas Gerais. A commodity é considerada estratégica para a transição energética.
          A Belo Lithium pertencia a outra empresa australiana, a Latin Resources. O acordo envolve uma troca de ações entre as empresas e está pendente de aprovação dos acionistas, com uma reunião marcada para novembro de 2024. No entanto, o conselho de administração já confirmou sua intenção de votar a favor do acordo, exceto por uma oferta superior.
          Com o acordo, a Pilbara busca diversificar suas fontes de receita além de seu ativo Pilgangoora na Austrália Ocidental. Ao adquirir a operação de Salinas, a mineradora visa aumentar sua exposição aos mercados de baterias norte-americano e europeu, fortalecendo seu portfólio.
          Embora ainda não esteja na fase de extração, o projeto Salinas Lithium aumentará as reservas atuais da Pilbara Minerals em 20%. A empresa também projeta que o empreendimento contribuirá com até 30% de seu volume de produção assim que a produção se estabilizar.
          Uma avaliação preliminar do projeto Salinas indica uma capacidade potencial de produção de 405.000 toneladas de concentrado de óxido de lítio espodumênio de alta qualidade por ano durante a Fase 1, com produção prevista para começar em 2026. Na Fase 2, começando em 2029, a produção anual é estimada em 525.000 toneladas de concentrado de óxido de lítio espodumênio de alta qualidade e 159.000 toneladas por ano de um produto de menor qualidade.
          A Pilbara Minerals espera criar aproximadamente 4.000 empregos diretos e indiretos durante a fase de construção, programada para 2025 e 2026, e mais de 1.000 empregos permanentes durante a fase operacional, com o compromisso de garantir que 50% da força de trabalho seja local.
          "A aquisição da Latin Resources [Belo Lithium] é um marco importante em nossa estratégia de diversificação e expansão global. O Projeto Salinas Lithium, com seu potencial para se tornar uma das maiores operações de lítio de rocha dura do mundo, será vital para consolidar nossa posição de liderança nos mercados de baterias da América do Norte e da Europa", disse Dale Henderson, diretor administrativo e CEO da Pilbara Minerals.
          Chris Gale, diretor executivo da Latin Resources, se juntará à Pilbara Minerals como consultor por 12 meses para garantir um processo de integração tranquilo e continuidade operacional.
          De acordo com a mineradora, a reserva de Salinas tem um potencial de extração de 77,7 milhões de toneladas de concentrado de óxido de lítio espodumênio.
          Comentando sobre a concorrência da produção de lítio africana, o CEO da Pilbara Minerals disse que os ativos australianos da empresa já oferecem um custo de produção muito baixo, e ele espera custos igualmente baixos no Brasil. "Não estamos preocupados com o aumento da oferta da África porque temos uma produção muito competitiva", disse o Sr. Henderson.
          No ano fiscal de 2024, a Pilbara Minerals relatou receita de US$ 1,25 bilhão.
(Fonte: Valor - 12.09.2024)

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