Total de visualizações de página

19 de set. de 2021

Sonda Supermercado

          A família Sonda colocou os pés pela primeira vez em São Paulo em 1973, com um pequeno atacadista de Cereais.
          Dos quatro filhos do gaúcho Andrea Sonda, fundado da empresa, o caçula Delcir é o único que tem diploma universitário. Os outros três - Alcides, Idi e Vilamir, morto em 1994 - preferiram abandonar a escola antes do segundo grau. Eram eles que dirigiam pelo interior de Rio Grande do Sul os caminhões que ajudaram o pai a transformar um armazém de secos e molhados na cidade gaúcha de Erval Grande 
num atacadista de cereais.
          Foi com o comércio atacadista que a família se estabeleceu em São Paulo no ano de 1973. Naquela época, os irmãos instalaram um equipamento de rádio amador no Fusca com o qual percorriam o interior de Paraná e de Santa Catarina comprando cereais para a empresa. Assim, eles superavam as dificuldades de comunicação que havia na época. Através do rádio, informavam os negócios que tinham fechado e o armazém, em São Paulo, já ia tratando de vender a mercadoria.
          O economista Delcir Sonda, nascido em 1948, garante que o sucesso da empresa é o fato de ficar sob o olhar atento dos donos. É ele quem negocia, pessoalmente, as encomendas com os 100 maiores 
fornecedores da rede. Daí para baixo, há uma equipe de profissionais que cuida do serviço.
          Talvez esse tipo de agilidade que a família imprimiu a seus negócios desde o início explique mais o sucesso do Sonda do que o próprio controle familiar. Outra prova de agilidade: a família soube a hora de mudar quando isso foi preciso. Mesmo tendo sido a origem do sucesso da família, o ramo atacadista 
foi sendo abandonado na medida em que o varejo de alimentos mostrou-se mais lucrativo.
          Em meados de 1994, a família tinha uma rede de cinco lojas, duas em Erechim, Rio Grande do 
Sul, e as outras em São Paulo capital.
(Fonte: revista Exame - 02.08.1995)

18 de set. de 2021

Evergrande Group

          O Evergrande Group ou Evergrande Real Estate Group (anteriormente Hengda Group) está sediado na província de Guangdong, no sul da China. A holding do grupo é constituída nas Ilhas Cayman. Sua sede está localizada no Excellent Houhai Financial Center, no distrito de Nanshan, em Shenzhen. A Evergrande foi fundada por Hui Ka Yan.
          Em agosto de 2021, o Financial Times relatou que o Evergrande Group estaria enfrentando um número recorde de casos movidos por empreiteiros nos tribunais chineses à medida que aumenta a pressão sobre a administração da empresa para reduzir seus US$ 300 bilhões em passivos, incluindo cerca de US$ 100 bilhões em dívidas.
          Em meados de setembro de 2021, foi relatado que a empresa corria o risco de não conseguir emitir os pagamentos dos juros do empréstimo vencidos em 20 de setembro. Foi estimado que cerca de 1.500.000 clientes poderiam perder depósitos em casas Evergrande que ainda não foram construídas se a empresa falir.
          O Evegrande é o segundo maior desenvolvedor imobiliário da China em vendas, tornando-se o 122º maior grupo do mundo em receita, de acordo com a lista Fortune Global 500 de 2021. Vende apartamentos principalmente para moradores de renda alta e média. Em 2018, tornou-se a empresa imobiliária mais valiosa do mundo.
          Em fins de outubro de 2021, a agência de notícias Bloomberg informa que os governos locais na China têm monitorado as contas bancárias da Evergrande para garantir que o caixa da empresa seja usado para concluir projetos de habitação inacabados, e não para pagar credores. Pequim quer que o bilionário Hui Ka Yan, dono da incorporadora Evergrande, use o seu patrimônio pessoal para aliviar a crise da empresa.
          Na manhã de 29 de janeiro de 2024, um tribunal de Hong Kong ordenou a liquidação da Evergrande, a gigante imobiliária chinesa altamente endividada. A decisão surge dois anos depois de a empresa não cumprido suas obrigações, desencadeando uma crise financeira noutros promotores e agravando os desafios enfrentados pela segunda maior economia do mundo.
          A dissolução da empresa levanta questões sobre a justiça para os credores estrangeiros – o que poderá ter implicações mais amplas para as empresas estrangeiras que operam na China.
          A empresa já foi considerada grande demais para falir, acumulando dívidas para se expandir durante um boom imobiliário que tornou o setor imobiliário um motor-chave do crescimento econômico da China. Mas à medida que a economia desacelerou, as vendas de propriedades despencaram e os reguladores chineses começaram a reprimir a alavancagem excessiva e a especulação. Evergrande lutou para refinanciar as suas dívidas, que tinham aumentado para mais de 300 bilhões de dólares, e procurou repetidamente mais tempo para chegar a um acordo com os credores.
          O juiz que preside o caso de falência de Evergrande encerrou o processo após dois anos de negociações. As ações da Evergrande listadas em Hong Kong, que continuaram a ser negociadas apesar do processo de falência, despencaram mais de 20% antes de as negociações serem interrompidas, avaliando a incorporadora em apenas US$ 275 milhões.
(Fonte: Wikipédia / Capital Aberto - 30.10.2021 / NY Times - 29.01.2024 - partes)

Casa das Garças

          O instituto Casa das Garças foi fundado em 2004 e reúne alguns dos economistas mais importantes do país. O local escolhido para a sede foi uma casa na altura do número 1.200 da rua Visconde de Albuquerque, uma das mais movimentadas do Leblon. A mansão de 2.000 metros quadrados transformada em centro de estudos, de frente para belos jardins de Burle Marx, é a única casa projetada por Oscar Niemeyer na capital fluminense construída nos anos 1950.
          É um centro de estudos sobre política econômica formado por egressos da Escola de Economia 
da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e de governos passados.
          Na discreta casa reúnem-se periodicamente alguns dos economistas e banqueiros para discutir formas de turbinar o crescimento econômico. Sustentado pelos próprios sócios, o instituto faz debates restritos, organiza publicações e grupos de estudo sobre temas como crescimento econômico, dívida pública, ajuste fiscal, ampliação do mercado de capitais e educação.
          Entre os principais sócios no início dos trabalhos da casa estavam: Edmar Bacha, ex-presidente do BNDES, consultor do Itaú-BBA e do Banco Mundial; Ilan Goldfajn, ex-diretor de política econômica do Banco Central; Dionísio Dias Carneiro, professor da PUC-RJ e idealizador do instituto; Antônio Bittencourt, ex-executivo do banco Icatu e dono da casa onde está instalado o instituto; Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central e sócio do Gávea Investimentos; Pedro Moreira Salles, presidente do conselho de administração do Unibanco.
          Depois de dois anos de discrição, a Casa das Garças, como é conhecido o Instituto de Política Econômica (Iepe), começou a ganhar notoriedade. Em junho de 2006, chamou a atenção o lançamento de dois livros sobre mercado de capitais, dívida pública e crescimento econômico, com artigos de "notáveis" como Armínio Fraga e Pérsio Arida, ex-presidentes do Banco Central. Seus fundadores incomodam-se com a associação inevitável com um "centro de estudos tucano". Mas não rejeitam a ideia de que o think tank - designação aos centros de estudos de políticas públicas, comuns no exterior, mas ainda raros no país - abriga a elite do pensamento econômico liberal brasileiro.
          A notoriedade de seus economistas, logo nos primeiros tempos, já atraiu para a casa ícones do liberalismo no exterior, como Ben Bernanke, então presidente do banco central americano, que esteve
no Brasil em 2004. O Nobel de economia Michael Spence esteve lá em abril de 2006.
          Pouco depois de meados de agosto de 2023, exatos 16 economistas que participaram da trajetória do país desde 1980 compareceram na Livraria da Travessa no Shopping Iguatemi para o lançamento do livro “A Arte da Política Econômica: Depoimentos à Casa das Garças”. Na ocasião, foi feito o clique com Pérsio Arida, Paulo Hartung, Cristiane Schmidt, Edmar Bacha, Claudia Costin, Maílson da Nobrega, Ana Carla Abrão, Pedro Parente, Pedro Malan, Gustavo Franco, Joana Monteiro, José 
Augusto, Amaury Bier, Sérgio Werlang, Ana Paula Vescovi e Murilo Portugal.
(Fonte: revista Exame - 16.08.2006 / Estadão - 23.08.2023 - partes)

Good Light

          A Good Light é uma marca de produtos dietéticos que pertencia ao Grupo Pão de Açúcar. Quem comandava essa área era Lucília Diniz, irmã de Abilio Diniz, então acionista do Pão de Açúcar.
          Em abril de 2006, Lucília deixou de ser apenas uma espécie de embaixadora da marca, para tornar-se dona do negócio, passando então a exercitar para valer seu lado empresária. Ela herdou a marca na partilha feita após a venda do controle do Pão de Açúcar para o grupo francês Casino e, desde então, passou a montar sua equipe para tocar a empresa.
          Uma das incumbências de Lucília, passou a ser a negociação da distribuição de seus produtos em outras redes. Uma delas seria o Carrefour. Nas lojas do Pão de Açúcar, a Good Light perdeu o status de marca própria e, com isso, deixou de ter prioridade nos locais de maior destaque.
(Fonte: revista Exame - 16.08.2006)

17 de set. de 2021

Pandoro

          O tradicional restaurante Pandoro foi aberto em 1953 como restaurante, bar e confeitaria, na Avenida Cidade Jardim, 60 no Jardim Europa.
          Símbolo do Pandoro, o coquetel Caju Amigo foi criado a pedido de um cliente em 1955 pelo barman Fumaça. É um clássico paulistano composto de caju fresco, gim, gelo e açúcar. Teve sua receita aprimorada em 1974, pelo famoso barman Guilhermino Ribeiro dos Santos que preparou o drink com açúcar, compota de caju, suco concentrado da fruta, gelo, vodka e gotas de um “segredo”. Uma das especialidades da casa, o Caju Amigo Terra da Garoa é preparado exatamente como na versão aprimorada em 1974.
          Esse drinque teria sido um dos favoritos de Chacrinha e Hebe Camargo, além de banqueiros e empresários paulistanos.
          Em fins de 1992, o tradicional ponto das happy hours paulistanas abriu uma filial também nos Jardins, na Rua Haddock Lobo, 1573. O novo Pandoro primou por seguir o mesmo padrão de atendimento da antiga casa, porém com mais conforto e bom gosto na decoração. Preservou em seu cardápio algumas pedidas consagradas como o coquetel caju-amigo, os canapés e outros petiscos.
          Outro ponto comum com o Pandoro da Avenida Cidade Jardim é a grande variedade de uísques importados. No bar, logo à entrada, estão expostas 110 marcas diferentes.
          Após dois anos fechado, a casa reabriu em 2008, com nova decoração e novidades no cardápio. Mesmo com o ambiente repaginado, uma aura de nostalgia envolve o Pandoro Bar. O antigo balcão em aço inox continua a figurar por lá. O novo piso é composto por pastilhas de porcelana em tons de cinza, branco e preto, e os objetos de decoração fazem alusão à década de 1950.
          O endereço que abrigou por décadas o célebre restaurante Pandoro passou por reformas durante dois anos e agora reabre como Girarrosto – nome de um forno a lenha giratório para assados lentos. O empresário Paulo Kress não economizou: a nova casa exigiu investimento de 10 milhões de reais.
          Com pompa e circunstância, recebeu os antigos clientes para a aguardada festa de reinauguração. Uma visita ao célebre endereço, porém, deixa a impressão de que nem só de caju-amigo se faz o velho bar, marco da noite paulistana. Honra seja feita, o drinque-símbolo da casa continua a ser servido com correção pelo barman Guilhermino Ribeiro dos Santos. De volta ao seu balcão de aço inox, ele prepara a lendária receita-- vodca, gelo, suco e compota de caju em calda em copo alto--, que mantém o sabor de outrora e pode ser tomada com a devida deferência.
          Mas, a reforma completa que redesenhou e ampliou o espaço, pouco deixou da aura boêmia que envolvia a casa, aberta em 1953. As mudanças comandadas pelo arquiteto João Armentano, um dos novos sócios, varreram quase todos os sinais da antiga paisagem.
          Ainda que preze pela elegância e sobriedade, a nova decoração parece ser um pastiche do "velho" Pandoro, uma evocação do passado áureo, e deixa tudo excessivamente arrumadinho. O chão de lajotinhas vermelhas cedeu lugar às pastilhas; não há mais separação entre os ambientes do bar e do restaurante e o balcão agora é recoberto por granito preto.
(Fonte: revista Exame - 23.12.1992 / Balada Certa / Veja SP / Guia da Folha - 19.04.2008 / Terra da Garoa / Nossa UOL - 01.12.2023 - partes)

Meli Kaszek

           A empresa de comércio eletrônico Mercado Livre e a de investimento KaSZek se juntaram para formar uma empresa de aquisição de propósito especial (SPAC, na sigla em inglês para special purpose acquisition company), para investir em negócios digitais na América Latina.
          A joint venture chamada Meli Kaszek Pioneer foi listada em Wall Street por uma oferta pública inicial de ações de US$ 250 milhões, que será destinada à compra de uma companhia no ecossistema digital da região, disseram eles.
          A ida, através do SPAC, para a Nasdaq, possibilita que recebam investimentos de comerciantes que podem continuar a agregar valor e crescimento à empresa, conforme explicou Fabrice Serfati, diretor e sócio da empresa de capital de risco e private equity Ignia, à iupana.
          O SPAC, também conhecido como "cheque em branco", está ganhando tração como uma forma de ir ao público mais rapidamente do que um IPO.
(Fonte: iupana - 17.09.2021)

16 de set. de 2021

MSC

          MSC - Mediterranean Shipping Company S.A. foi fundada em Nápoles em 1970, pelo capitão Gianluigi Aponte e hoje tem sede em Genebra, na Suíça.
          É uma empresa especializada no transporte marítimo de carga conteinerizada. Ela atua na área de logística prestando serviços de transporte, incluindo despachos, trânsitos rodoviários e ferroviários, grupagem marítima e trânsitos internacionais, coleta de carga, armazenagem e distribuição, seguros de mercadoria e locação de contêineres.
          Além disso, a Mediterranean Shipping Company é a segunda maior operadora de transporte de contêineres do mundo e uma das principais empresas de cruzeiros por meio de sua subsidiária MSC Cruises.
          A MSC possui hoje cerca de 600 navios e mais de 100 mil funcionários.
(Fonte: Poupar Dinheiro - 16.09.2021)

15 de set. de 2021

Shiseido

          A Shiseido faz parte do dia-a-dia das mulheres japonesas e, por isso, consegue com mais facilidade antecipar suas vontades. A empresa costuma colocar à disposição produtos que nem elas próprias (as mulheres) haviam percebido que estavam desejando.
          A Shiseido consegue isso porque tem um relacionamento estreito com as mulheres japonesas. Desde a década de 1980 mantém um cartão de crédito com o nome da empresa, administrado pela Visa. As associadas recebem mensalmente uma revista de variedades, e os produtos Shiseido aparecem nela ao lado de entrevistas com celebridades.
          Há 25.000 salões de beleza Shiseido (dados de dezembro de 1992) espalhados pelo Japão, onde o relacionamento com a clientela se torna ainda mais próximo. A empresa vende por catálogo produtos como roupas e joias, que servem como ponte para detectar o comportamento das mulheres.
          "Ações de relacionamento não podem ser tratadas como campanhas esporádicas", diz o consultor Michael Yoshitaro Yoshino, um especialista em japanese management. "Elas têm de ser uma ideia embutida em todo o sistema de operação da companhia".
(Fonte: revista Exame - 23.12.1992)

14 de set. de 2021

Marcos Marcelino (grupo)

          Neto de banqueiro, filho de pai rico, mas feirante na juventude, o paraibano Marcos Marcelino de Oliveira, nascido em 1942, literalmente construiu tudo o que tem pelas própria mãos. Aconselhado pelo pai a seguir carreira solo, Marcelino seguiu à risca o conselho.
          No início da adolescência, vendeu roupas nas feiras livres paulistanas. Depois, ingressou no laboratório Pfzer. Poderia ter feito uma bela carreira no laboratório multinacional. Preferiu ter um negócio próprio. Em 1960, desembarcou em Belém, como representante do laboratório. "Fui o primeiro vendedor itinerante de produtos veterinários na região amazônica", disse.
          Sua carreira brilhante de empreendedor foi construída num estado pobre, Pará, a partir de uma pequena cidade, Ananindeua, nos arredores de Belém.
          Para distribuir os produtos, usava os pouco confiáveis barcos que serviam a região. Conquistou a confiança de clientes e foi nomeado representante da Le Petit. Depois ganhou a representação da Ciba-Geigy e da Nitrosin, fabricante gaúcha de formicidas. Da soma de todas essa representações, surgiu sua primeira empresa a Marcos Marcelino.
          "Trabalhamos e crescemos muito por estar longe dos olhos da concorrência, que não nos notou." Como exemplo, cita o caso da CBA, Companhia Brasileira de Asfalto, uma das empresas do grupo. O Pará não tinha nenhuma empresa desse setor. Marcelino achou que podia ser um bom negócio, apesar de ele depender do Conselho Nacional de Petróleo. Às escondidas, preparou durante três anos todos os papéis necessários para abrir o negócio.
          Além do sigilo, Marcelino vale-se de um apurado faro para expandir seus negócios. Ao longo dos anos, aproveitou oportunidades e carências da região para criar novas divisões no grupo. A primeira foi a de alimentos, transformada anos depois na EBD - Empresa Brasileira de Distribuição. Depois, veio a divisão de máquinas pesadas, responsável pela comercialização de tratores da J.I.Case e motores da Cummins, entre outros produtos. Em seguida, foi a vez da divisão de importação, responsável pela chegada ao país das minivans Lumina, entregues para os concessionários da General Motors. As empresas foram surgindo em cascata.
          Muitas dessas companhias já não estão sob o comando de Marcelino. Quando inaugurou o grupo ele tinha um sócio, Luis Soares. Um ano depois, Djalma Bezerra se juntou aos dois. Na ocasião, os três fizeram um pacto sui generis. Combinaram que, aos dezoito anos da sociedade, sairia o primeiro sócio e, três anos depois, o segundo. Eles não queriam ter problemas de sucessão. "Imaginamos que nossos filhos poderiam não ser como nós. Até hoje somos muito unidos e nos ajudamos mutuamente", afirma. O pacto foi cumprido à risca. O primeiro a sair foi Djalma Bezerra. Três anos depois foi a vez de Soares, que ficou com a CBA e dono da Diagro Agropecuária, da Elo Transportadora e da Muirakitã Turismo.
          Tomando-se um panorama do final de 1992, o grupo Marcos Marcelino era formado por oito empresas espalhadas por várias áreas - comércio importador, montagem e consórcio de produtos eletrônicos e agropecuária, por exemplo. É na parceira com multinacionais que seus negócios expandiam. É o caso da Xerox, para quem fabricava - e vendia parte da produção com sua própria marca - fax, impressora a laser e copiadora em sua unidade próxima a Belém. Com a IBM acertou a fabricação de circuitos integrados e produtos para exportação.
          Um de seus passatempos são as fazendas. Tem um carinho especial por gado importado e melhoramentos genéticos através de transplantes de embriões. Numa das fazendas, localizada às margens da Belém-Brasília, tinha 10.000 hectares, onde criava 10.000 cabeças de gado. Um plantel que eram as meninas dos olhos de Marcelino era formado por 600 cabeças de gado das raças limousine, cimental e jersey.
(Fonte: revista Exame - 22.07.1992 / 23.12.1992 - partes)