O blog "Origem das Marcas" visa identificar o exato momento em que nasce a marca, especialmente na definição do nome, seja do produto em si, da empresa, ou ambos. "Uma marca não é necessariamente a alma do negócio, mas é o seu nome e isso é importante", (Akio Morita). O blog também tenta apresentar as circunstâncias em que a empresa foi fundada ou a marca foi criada, e como o(a) fundador(a) conseguiu seu intento. Por certo, sua leitura será de grande valia e inspiração para empreendedores.
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5 de dez. de 2023
Stuart Bar
Em 1934, os irmãos Mehl compraram o Stuart, e passou a funcionar na esquina das Ruas Voluntários da Pátria e XV de Novembro, na Boca Maldita. Na década de 1950, o dono do prédio em que o bar estava alocado, Artur Hauer, decidiu por demolir o edifício. Constâncio Bocardin, outro comerciante da região, faz aos irmãos Mehl a proposta de ceder a eles o seu ponto, onde ficava uma farmácia.
Os Mehl aceitaram a proposta em 1954, e o bar se transferiu para o local onde está até hoje, em frente à Praça Osório, esquina com a Alameda Cabral. Três anos depois, em 1957, o prédio que estava sendo construído no antigo lugar do bar ficou pronto, e o proprietário convidou os irmãos a voltarem para lá.
Eles não entraram em consenso, e a sociedade entre os irmãos foi desfeita. Afonso ficou com o Bar Stuart e Leopoldo abriu a Confeitaria Iguaçu.
Alguns anos depois, Afonso passou o bar para seu cunhado, Ronald Abrão, o “Ligeirinho”, que já havia trabalhado no Stuart quando criança/adolescente. Ligeirinho foi um dos ícones dos bares curitibanos. Começou com a tradição de realizar sorteios diários de rifas valendo algum animal, como um leitão, peru e frango aos clientes na mesa. “Vai rodar a rifa”, gritava animado no tempo em que se anotava tudo no papel e uma boa caneta que ficava no avental.
Ao lado do Ligeirinho estava o italiano Dino Chiumento. Chegou ao Stuart em 1949. Era garçom de formação de um restaurante de Morretes, no litoral do Paraná. Foi convidado por Leopoldo Mehl, proprietário na época para trabalhar no Stuart. Aceitou a proposta, carregou por anos a bandeja prateada e depois passou a administrar o bar.
Ligeirinho saiu da sociedade para montar o próprio comércio, e Dino ficou no comando até 2008, quando Nelson Ferri assumiu. Com uma simpatia peculiar, Ferri retomou eventos aos sábados no Stuart, atraindo novos clientes e turistas.
Ferri veio a falecer em abril de 2021 de Covid-19.
No posto, assumiu o Carlos, filho de Nelson Ferri, que contou com a colaboração de expoentes da boemia e da boa conversa.
O Stuart foi ponto de apuração jornalística. A notícia muitas das vezes estava ali, no meio de uma porção ou outra, jornalistas saiam dali com uma bomba. O bar também recebeu políticos como Roberto Requião, Jaime Lerner (falecido), o governador Ratinho Junior e o pai Ratinho, o atual presidente Lula, ex- jogadores de futebol, como Romário e o saudoso Sicupira.
Artistas, como o poeta curitibano Paulo Leminski, eram frequentadores assíduos do Stuart. Leminski tinha sua mesa habitual onde costumava se sentar, à entrada do bar, e escrever suas poesias com papel, caneta e um copo de vodca.
Porta fechando e lágrimas caindo diante de um cenário triste como um copo quebrado. O Stuart, o bar mais antigo do Paraná, o segundo do Brasil, e um dos mais tradicionais de Curitiba, encerrou um ciclo de 119 anos nesta segunda-feira (04). A esquina da Praça Osório com Alameda Cabral, no Centro, ponto de encontro de curitibanos famosos ou anônimos, ficou silenciosa. A expectativa é que o local venha a ser reaberto no primeiro semestre de 2024 com novos donos.
Aos clientes que passam na frente do Stuart, olhares curiosos e desconfiados para dentro do bar. Com as portas e garrafas de bebida fechadas, o clima é de apreensão quanto ao futuro. Será que o Stuart vai perder sua identidade? Os quadros que comprovam a linha história de Curitiba e personagens folclóricos serão retirados?
O cardápio com iguarias como testículos de touro, a carne de rã, o rabo de jacaré irão acabar? E o Jorge, mais conhecido como Alemão, garçom das antigas que tira o chope na régua foi demitido? Perguntas que pairam no ar…
Os questionamentos acima devem permanecer ainda nos próximos dias, pois não se divulgou oficialmente quem vai “tocar” o negócio. Especula-se que uma rede com bares em Curitiba tenha realizado o negócio. O Stuart Bar chegou a estar à venda em 2018, naquela época por Nelson Ferri, que cobrou R$ 1,1 milhão. Ninguém comprou. Nelson Ferri morreu três anos depois, após perder uma luta contra o câncer.
Bar Stuart, um patrimônio paranaense de 119 anos. Como diria Leminski em suas passagens pelo recinto, “ O Rio é o Mar, Curitiba, o bar”. Que a porta fechada venha a ser apenas um até breve. Já sentimos saudade!
(Fonte: Tribuna do Paraná. 05.12.2023)
3 de dez. de 2023
Bernard L. Madoff Investment Securities
Seus crimes foram descobertos não por um jornal, mas sim por um cidadão chamado Harry Markpolos, que estranhou o esquema conseguir pagar rendimentos tão altos aos seus investidores.
Após várias denuncias que não deram em nada e não foram provadas por Harry, os próprios filhos de Madoff o levaram à polícia, por não aguentarem mais ver seu pai pagar bônus milionários a seus investidores sendo que ele estava com dificuldades em pagar as contas de casa.
O esquema era operado por meio da parte de gestão de fortunas de seu negócio. Era uma clássica pirâmide financeira. Madoff atraiu investidores prometendo retornos extraordinariamente altos sobre seus investimentos. No entanto, quando os investidores entregavam o dinheiro, Madoff apenas o depositava em sua conta bancária pessoal no Chase Manhattan Bank. Ele pagou “retornos” a investidores anteriores usando o dinheiro obtido de investidores posteriores. Os extratos das movimentações dos clientes, mostrando seus supostos lucros, eram completamente falsos.
O próprio Madoff admitiu que as irregularidades começaram no início dos anos 1990, quando começou a falsificar lucros para agradar investidores institucionais. No escritório no 17º andar do Lipstick Building, em Manhattan, apenas uns poucos funcionários de confiança tinham acesso. Lá, Madoff disse a eles para criar negócios falsos para serem incluídos nos extratos das contas, dando retornos mais elevados a alguns investidores. Certa vez, funcionários colocaram um novo documento falso na geladeira para resfriá-lo depois que ele saiu da impressora e ficaram jogando-o amassado de um lado para o outro para fazer com que parecesse antigo antes de entregá-lo a um auditor.
O esquema só ruiu com a crise financeira de 2008, a chamada crise do subprime, que levou muitos investidores a tentarem sacar seus recursos aplicados com Madoff. Esses pedidos da saque teriam somado quase US$ 7 bilhões, mas Madoff tinha apenas entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões para honrar esses compromissos.
Madoff era famoso por manter segredo sobre seus métodos, aumentando o fascínio - e permitindo que ele escapasse da detecção pelas autoridades, apesar de investigações feitas pela Securities and Exchange Comission (SEC, a CVM americana).
O esquema envolve troca de dinheiro em ofertas atrativas, mas sem qualquer produto ou serviço entregue. Nada incomum, o esquema Ponzi já levou a dezenas de fraudes e prisões ao redor do mundo, com promessas de retornos extraordinários e rápidos.
O que pouca gente sabe é que o caso que dá nome ao esquema remonta ao início do século XX e pode ser usado para entender como a fraude funciona.
Charles Ponzi foi o precursor das pirâmides financeiras. Ele criou o chamado “esquema Ponzi”, que é a origem dos famosos e atuais “ganhe dinheiro fácil pela internet”.
Nascido em 1882, na Itália, Ponzi imigrou para os Estados Unidos em 1903 e tornou-se um dos maiores trapaceiros da história.
Ponzi entrou no ramo de empréstimos prometendo juros de 50% em 45 dias ou de 100% em 90 dias. Ele pagava juros elevados aos investidores mais antigos com o dinheiro que ganhava dos novos e ainda usava parte do dinheiro para investir em cupons de selos postais, que eram adquiridos com baixo custo em outros países e revendidos por muito mais nos EUA, o que o ajudava também a pagar os clientes.
No entanto, se ele parasse de conseguir novos investidores, sua corrente entrava em colapso na mesma hora. E foi o que aconteceu.
Em 1920, o jornal Boston Post decidiu investigar o esquema por desconfiar do alto juro pago a tantas pessoas. Quando o especialista contratado pelo jornal descobriu que deveriam existir mais de 160 milhões de cupons em circulação para cumprir as promessas de Ponzi, mas só tinham 27 mil rodando, a notícia se espalhou e todos os seus clientes pediram o dinheiro de volta na mesma hora, o que o levou à prisão por diversas vezes em vários estados do país. Pnzi foi preso em 1920.
A pirâmide financeira é um modelo comercial não sustentável, caracterizado como fraude e muitas vezes mascarado sob o sistema de “marketing multinível”.
A prática de pirâmide financeira é proibida no Brasil e configura crime contra a economia popular, segundo a Lei 1.521/51.
O esquema envolve a troca de dinheiro pelo recrutamento de outras pessoas ou, por exemplo, por postagens diárias de anúncios publicitários da empresa na internet, sem qualquer produto ou serviço ser entregue.
No fim das contas, um administrador nomeado pela Justiça estimou que Madoff arrecadou pouco mais de US$ 17 bilhões em dinheiro de clientes por meio do esquema, dos quais foram recuperados cerca de US$ 13 bilhões.
“A abertura da conta se deu no Brasil por sugestão do gerente do banco”, afirmou na ocasião o advogado Paulo Iasz de Morais, que representou o investidor. Ele conta que, apesar de seu cliente ter aceitado a migração, só descobriu que o dinheiro foi para o Fairfield Sentry Fund, que, por sua vez, aplicava nas carteiras geridas por Madoff, quando tentou resgatá-lo, em 2008.
A Justiça brasileira também chegou a condenar, em primeira instância, em 2014, o Itaú a ressarcir uma cliente em cerca de R$ 355 mil pelas perdas na aplicação no fundo Fairfield Sentry envolvido na fraude do americano. O desembargador que conferiu a decisão alegou que a instituição havia induzido a cliente a fazer o investimento.
O banco recorreu e conseguiu reverter a decisão em julgamento no Superior Tribunal de Justiça no fim de 2016. Os ministros argumentaram na ocasião que a instituição financeira não era administradora do fundo e se limitou a indicar o investimento, mas manteve o cliente ciente dos riscos.
Em 2009, o Santander global destinou 1,38 bilhão de euros para indenizações, dos quais grande parte foram destinados a ressarcir investidores na América Latina. O banco conseguiu acertos com 94% dos 4 mil lesados pelo esquema, nos quais trocou valores investidos por ações preferenciais do banco.
Um grupo relevante de brasileiros também aplicou diretamente no exterior. Esse é o caso de nove clientes representados pelo advogado Renato Faria Brito em uma ação do início de 2009 contra a Securities and Exchange Commission (SEC), que fiscaliza o mercado de capitais americano. Sob o argumento de omissão da SEC, a ação pedia indenização de US$ 65 milhões.
Tais investidores teriam chegado à Bernard Madoff Investment Securities por intermédio da Haegler, empresa do Rio presidida na época por Alex Haegler, e de sua filha Bianca Haegler, representante da Fairfield Greenwich Group, de Nova York.
Joseph Safra é conhecido no mercado financeiro pela esperteza que costuma demonstrar nos negócios. Já virou folclore uma afirmação que ele teria feito certa vez ao comentar sua filosofia de trabalho: "Eu gosto de negócio que é bom para os dois - para mim e para o Moise (seu irmão e sócio em vários negócios). Em dezembro de 2008, porém, o Safra teria sofrido um revés. O banco "vendia" no Brasil um fundo que aplicava dinheiro dos clientes com o americano Bernard Madoff, acusado de uma fraude de US$ 50 bilhões, numa pirâmide financeira. O banco teria perdido US$ 300 milhões de brasileiros investidos com o fraudador. A descoberta da fraude de Madoff aconteceu num efeito ironicamente positivo da crise financeira: sem ela, talvez esse tipo de fraude não fosse descoberta.
(Fonte: Estadão - 07.01,2023 / wikipédia / InfoMoney - 14.04.2021 / Valor -15.04.2021 - partes)
2 de dez. de 2023
Cervejas Puerto del Sol / Puerto del Mar
Por séculos o México só teve uma cerveja colonial encorpada, até que um cervejeiro alemão transgressor resolveu dar ao povo do México uma cerveja leve e refrescante. Ele criou a El Sol, que mais tarde se tornaria Sol.
Velha conhecida dos mexicanos, a tradicional cerveja Sol foi lançada em 1899 pela CerveceríaCuauhtémoc Moctezuma (principal unidade de negócios da Cervejaria Femsa), fundada em 1890 na cidade de Monterrey. Tornou-se extremamente conhecida por sua garrafa transparente com o rótulo impresso diretamente no vidro.
Em 1993, baseado em pesquisas de mercado, a cerveja foi relançada no mercado mexicano tendo como público alvo os consumidores jovens.
No Brasil, a Sol foi lançada em outubro de 2006, apontada como a futura líder de mercado. A nova fórmula da cerveja foi elaborada seguindo resultados obtidos em 180 dias de pesquisas e análises sobre o mercado cervejeiro brasileiro e as preferências do consumidor. O novo produto foi apresentado por mega-campanha publicitária estimada em R$ 150 milhões (de um total de R$ 250 milhões investido ao longo do ano). A Femsa pretendia recuperar o mercado perdido pelas marcas Kaiser e Bavaria, que então não passavam de 7,8%.
Os concorrentes tentaram atrapalhar. A Ambev tem profissionais dedicados a monitorar o mercado e descobrir possíveis novidades para que a empresa prepare contra-ataques. A tática foi usada antes do lançamento da Sol, da Femsa. A empresa começou a vender um produto batizado de Puerto del Sol, com a clara intenção de desgastar a cerveja rival que chegaria ao mercado meses depois. A garrafa de 600ml chegou fácil a alguns bares, estampando um rótulo com muito sol e um mexicano com bigode avantajado. A Puerto del Sol, que foi banida judicialmente em ação da então Femsa contra a Ambev.
A Ambev lançou também, em 2007, a cerveja Puerto del Mar, também com um mexicano a caráter no rótulo, fabricada por sua unidade de Jacareí (SP). Como "Latin Beer", estampava no rótulo Cerveja Pilsen com espírito latino, produzida especialmente para ser apreciada na frente do mar.
A Puerto del Mar também foi retirada do mercado por alusão à Sol. Nesse caso teve até questão de publicidade. A Sol teria um slogan que seria uma cerveja nem forte, nem fraca, no ponto e terminava com um "coral" é ponto, é ponto, é ponto. E a Ambev fez um comercial que terminava com é puerto, é puerto...
1 de dez. de 2023
Archx Capital
Após sair do Bradesco, Miranda começou a criar a Yards com sócios. Por uma divergência – alguns achavam que a Yards deveria ser principalmente uma gestora de recursos –, um grupo resolveu pelo projeto da Archx, que é ter mais força na operação de banco de investimento.
A Archx Capital deve colocar no mercado em breve suas primeiras ofertas, uma debênture incentivada de R$ 110 milhões e um fundo de recebíveis de R$ 80 milhões, este último para uma empresa que nunca acessou o mercado de capitais.
A Archx também vai entrar na gestão de fortunas, com a criação de escritório no mesmo modelo de sociedade com assessores de investimento. O objetivo do grupo, hoje com 80 pessoas, é atuar em nicho pouco explorado pelos bancos de investimento, como o de empresas menores que nunca acessaram o mercado de capitais.
A proposta é dar aconselhamento, inclusive em ESG, estruturar operações de captações com emissão de títulos ou ações, e acessar investidores que buscam estratégias específicas, incluindo fusões e aquisições. A Archx vai inaugurar ainda uma frente em serviços bancários para essas empresas, mas sem abrir um banco.
O grupo está próximo de fechar acordo com quatro bancos médios para oferecer crédito em linhas como capital de giro. “Falta crédito para empresas brasileiras emergentes”, diz Miranda.
Um dos objetivos é capturar clientes desses bancos, que não têm áreas consolidadas de banco de investimento. Para chegar a essas empresas, criou uma rede pelo país com mais de 70 ex-bancários, boa parte aposentados do BB.
Nas últimas semanas, a empresa ganhou novos sócios, como Sylvio Ribeiro, vindo do Credit Suisse, que vai encabeçar a renda variável, e Bernardo Costa, que fez carreira nas agências Fitch e Moody's. Para coordenar ofertas públicas, a Archx entrou com pedido de autorização na Comissão de Valores Mobiliários.
30 de nov. de 2023
Savoy Cosméticos
A operação consiste em passar os ativos relacionados ao negócio de cosméticos da Hypermarcas e da sua controlada Cosmed Indústria de Cosméticos e Medicamentos para a Savoy Indústria de Cosméticos, que posteriormente passará a ser uma subsidiária da Novitá, que será transferida para a Coty, assim que todas as condições da venda do negócio de cosméticos para a empresa francesa forem cumpridas.
O conselho da Hypermarcas aprovou aumento de capital da Savoy em R$ 60,096 milhões, com a emissão de 3,040 bilhões de novas ações ON, que seriam totalmente subscritas pela própria Hypermarcas e pela Cosmed até o dia 31 de dezembro de 2015.
Ao mesmo tempo, o conselho da Hypermarcas aprovou uma cisão parcial da Savoy, que passará para a Active Indústria de Cosméticos ativos e passivos relacionados ao negócio de fraldas, com efeitos contábeis a partir de 31 de dezembro (2015).
O conselho aprovou ainda a aquisição de 2,994 bilhões de ações da Savoy, por parte da Cosmed, pelo valor de R$ 59,186 milhões, para que a Savoy volte a ser uma subsidiária integral da Hypermarcas. A partir daí, os ativos de cosméticos e as ações da Savoy detidas pela Hypermarcas passarão para a Novitá, que passará a ter controle integral da Savoy.
Para isso, o conselho da Hypermarcas aprovou o capital social da Novitá em R$ 313,666 milhões, mediante a emissão de 313,666 milhões de novas ações ON da Novitá, que serão totalmente adquiridas pela Hypermarcas.
Todas essas ações passariam por deliberação de assembleias realizadas pela Savoy, pela Active e pela Novitá realizadas entre os dias 14 e 16 de dezembro de 2015.
A Hypermarcas informou, em fins de dezembro de 2015, em fato relevante, que concluiu a transferência das marcas de cosméticos que possuía para a Coty Geneva, uma afiliada da Coty. A operação, avaliada em R$ 3,8 bilhões, já foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A Savoy é uma empresa voltada a desempenhar atividades de pesquisa, inovação, desenvolvimento, fabricação e industrialização de cosméticos, produtos de perfumaria e higiene pessoal para o mercado brasileiro e exportação para América Latina. A Savoy atua com conhecidas marcas, como Risqué, Monange, Paixão, Bozzano, Koleston, Wella, entre outras. A empresa, pertencente ao Grupo Coty Inc. no Brasil, conta com unidades em Barueri (Grande SP) e Senador Canedo (GO).
(Fonte: Exame - 18.12.2015 / Globo - 28.12.2015 / LinkedIn - partes)
29 de nov. de 2023
Skims
Em menos de cinco anos, a etiqueta que tem como foco cintas modeladoras e underwear, conseguiu se estabelecer em um mercado altamente competitivo e em um território bem nichado.
Tudo isso isso sem possuir sequer uma única loja própria. A marca pode ser encontrada em endereços específicos da rede Nordstrom, na canadense Ssense e Net-A-Porter (três pontos de venda com diretrizes e públicos bem distintos).
Em julho de 2023 a empresa foi avaliada em 4 bilhões de dólares, se tornando um case não apenas midiático, mas um negócio promissor muito bem estruturado – tão estruturado que compete de igual para igual com marcas com décadas à frente e pertencentes a conglomerados gigantescos.
Kim não está sozinha. Ao seu lado estão Emma Grede e Jeans Grede, dois nomes bem conhecidos entre coaches norte-americanos, já que estão envolvidas em outros projetos e companhias tão bilionárias quanto.
Num momento que o mercado de lingerie estava um tanto perdido, a Skims se lançou tendo desde sua criação um mote bem inteligente: “Solutions for Every Body”, “The Next Generation of underwear, loungewear e shapewear”.
Sem se apoiar na imagem de Kim (não que ela não dê as caras e não faça despretensiosamente publis quase diárias), sem logos e sinais de identidade facilmente reconhecíveis, a Skims parece se destacar por uma facilidade em compreender as variedades de corpos sem grandes artifícios. Aliás aqui cabe mais variedade do que a famigerada diversidade – por mais que seja curioso numa mesma marca ter Cardi B e Hari Nef entre seus rostos (e corpos) recentes.
É no mínimo interessante que, em um período onde as marcas se debruçam para criar imagens de impacto, criar storytellings e eventos megalomaníacos, uma marca se destaque por ir justamente por um caminho quase contrário.
Esse senso de espontaneidade, facilidade e comunicação direta, sem dúvidas, tem sido ingredientes-chave no percurso ultra promissor da marca.
28 de nov. de 2023
Wella
“O que estamos vendo são mudanças de estilo acontecendo rapidamente. As pessoas querem ficar loiras, depois morenas e tingir de rosa. O cinza natural é uma cor de cabelo que vimos mais durante a pandemia. Agora, as pessoas estão voltando aos tratamentos capilares. Eles também vão ao salão para deixar seus cabelos grisalhos mais naturais”, disse Annie Young-Scrivner, CEO global da Wella Company desde dezembro de 2020, quando a Coty vendeu 60% da Wella para a empresa de investimentos Kohlberg Kravis and Roberts (KKR) por US$ 2,5 bilhões. .
Ao longo de 2021, a KKR comprou mais ações, deixando a Coty com uma participação de 25,9%, avaliando a Wella em US$ 100 bilhões. Em julho deste ano, a Coty anunciou que vendeu outros 3,6% para a IGF Wealth Management por US$ 150 milhões. A KKR agora detém 74% da Wella e a Coty pouco mais de 22%.
A Sra. Young-Scrivner comanda uma empresa que abrange 127 países; O Brasil está entre seus dez principais mercados. A Wella comercializa oito marcas no mercado nacional, entre elas a Wella Professionals, líder no mercado brasileiro de tinturas utilizadas em salões de beleza há oito anos.
No mercado de tratamentos capilares, a Wella ultrapassou a gigante francesa L’Oréal, que perdeu o primeiro lugar, e a holandesa Keune, segundo dados (de 2023) da consultoria Factor Kline. No entanto, quando se consideram os produtos capilares vendidos em supermercados e farmácias, a Wella tem uma participação muito menor e concorre com pesos pesados como Unilever, L’Oréal – novamente, e Procter & Gamble.
A Wella possui uma única fábrica instalada no Brasil, no estado de Goiás, e busca fabricantes parceiros para produzir localmente parte do portfólio importado. Como parte dos planos para 2024, especificamente em fevereiro, a empresa prevê iniciar a operação do seu primeiro centro de distribuição no país, localizado em Extrema, no estado de Minas Gerais.
(Fonte: Valor - 09.07.2015 / 29.09.2023 - partes)
27 de nov. de 2023
Scion Capital
O fundo de hedge Scion Capital foi fundado em 2000 pelo investidor americano e gestor de fundos de hedge Michael James Burry nascido em 1971.
Burry nasceu e cresceu em San Jose, Califórnia. Ele tem ascendência Rusyn. Aos dois anos de idade, ele perdeu o olho esquerdo devido ao retinoblastoma e desde então tem uma prótese ocular.
Burry dirigiu o Sion Capital de 2000 a 2008, antes de fechá-lo para se concentrar em seus investimentos pessoais. Ele é mais conhecido por estar entre os primeiros investidores a prever e lucrar com a crise das hipotecas subprime que ocorreu entre 2007 e 2010.
Michael Burry estudou economia e medicina na Universidade da Califórnia, em Los Angeles, obteve um diploma de MD pela Faculdade de Medicina da Universidade Vanderbilt, e iniciou, mas não terminou, sua residência em patologia no Centro Médico da Universidade de Stanford. Enquanto estava de folga à noite, ele trabalhava em seu hobby: investimentos financeiros.
Apesar de não praticar, Burry manteve sua licença como médico ativa no Conselho Médico da Califórnia, incluindo requisitos de educação continuada.
Após a faculdade de medicina, Burry trabalhou como residente de neurologia do Stanford Hospital e, em seguida, residente de patologia do Stanford Hospital.
Ele então saiu para iniciar seu próprio fundo de hedge. Ele já havia desenvolvido uma reputação como investidor ao demonstrar sucesso em investimentos em valor, sobre o qual escreveu em painéis de mensagens no site de discussão de ações Silicon Investor a partir de 1996. Teve tanto sucesso com suas escolhas de ações que atraiu o interesse de empresas como como Vanguard, White Mountains Insurance Group e investidores proeminentes como Joel Greenblatt. Burry tem uma compreensão estritamente tradicional de valor. Ele disse mais de uma vez que seu estilo de investimento é baseado no livro Security Analysis, de Benjamin Graham e David Dodd, de 1934: "Toda a minha seleção de ações é 100% baseada no conceito de margem de segurança."
Depois de encerrar seu site em novembro de 2000, Burry fundou o fundo de hedge Scion Capital, financiado por uma herança e empréstimos de sua família. Ele o nomeou em homenagem a The Scions of Shannara (1990), de Terry Brooks, um de seus romances favoritos. Ele rapidamente obteve lucros extraordinários para seus investidores. De acordo com o autor Michael Lewis, "em seu primeiro ano completo, 2001, o S&P 500 caiu 11,88%. O Scion subiu 55%. No ano seguinte, o S&P 500 caiu novamente, 22,1%, e o Scion subiu novamente: 16%. No ano seguinte, 2003, o mercado de ações finalmente deu uma reviravolta e subiu 28,69%, mas Burry venceu novamente, com retornos de 50%. No final de 2004, ele administrava US$ 600 milhões e rejeitava dinheiro." Burry conseguiu alcançar estes retornos, em parte, vendendo a descoberto ações de tecnologia sobrevalorizadas no auge da bolha da Internet.
Em 2005, Burry começou a focar no mercado subprime. Através da sua análise das práticas de empréstimos hipotecários em 2003 e 2004, ele previu corretamente que a bolha imobiliária entraria em colapso já em 2007. A sua investigação sobre os valores dos imóveis residenciais convenceu-o de que as hipotecas subprime, especialmente aquelas com taxas "provocativas", e os títulos baseados nestas hipotecas começariam a perder valor quando as taxas originais fossem substituídas por taxas muito mais elevadas, muitas vezes apenas dois anos após o início. Esta conclusão levou-o a vender a descoberto no mercado, persuadindo a Goldman Sachs e outras empresas de investimento a venderem-
lhe swaps de incumprimento de crédito contra negócios subprime que ele considerava vulneráveis.
Pelo menos dois anos antes, portanto, o californiano percebeu a fragilidade dos títulos lastreados em dívidas imobiliárias “subprime”, apostou contra estes papéis e, quando veio a queda, fez uma fortuna para si e para seus clientes, enquanto instituições tradicionais quebravam.
Durante os seus pagamentos para os credit default swaps, Burry sofreu uma revolta dos investidores, onde alguns investidores no seu fundo temeram que as suas previsões fossem imprecisas e exigiram a retirada do seu capital. A análise de Burry, entretanto, mostrou-se correta: ele obteve um lucro pessoal de US$ 100 milhões e um lucro para seus investidores restantes de mais de US$ 700 milhões. A Scion Capital finalmente registrou retornos de 489,34% (líquidos de taxas e despesas) entre seu início em 1º de novembro de 2000 e junho de 2008. O S&P 500, amplamente considerado como referência para o mercado dos EUA, retornou pouco menos de 3%, incluindo dividendos sobre no
mesmo período.
De acordo com seu site, Burry liquidou suas posições curtas em credit default swaps até abril de 2008 e não se beneficiou dos resgates de 2008 e 2009. Posteriormente, ele liquidou sua empresa para se concentrar em seus investimentos pessoais.
Num artigo de opinião de 3 de Abril de 2010 para o The New York Times, Burry argumentou que qualquer pessoa que estudasse cuidadosamente os mercados financeiros em 2003, 2004 e 2005 poderia ter reconhecido o risco crescente nos mercados subprime. Ele culpou os reguladores federais por não darem ouvidos aos avisos de fora de um círculo fechado de conselheiros.
Em 2013, Burry reabriu seu fundo de hedge, desta vez chamado Scion Asset Management, apresentando relatórios como consultor de relatórios isentos (ERA) ativo no estado da Califórnia e aprovado pela SEC. Ele concentrou grande parte de sua atenção no investimento em água, ouro e terras agrícolas. Ele disse: "Água doce e limpa não pode ser considerada garantida. E não é - a água é política e litigiosa."
Burry iniciou posições vendidas na Tesla antes ou por volta do início de dezembro de 2020, de acordo com um tweet agora excluído e provavelmente adicionado às suas posições vendidas depois que a capitalização de mercado da Tesla ultrapassou esse valor do Facebook. Burry previu que as ações da Tesla entrariam em colapso como a bolha imobiliária, dizendo que "minha última Big Short ficou cada vez maior e MAIOR" e provocou os touros da Tesla para 'aproveitar enquanto dura'. Em maio de 2021, relatou que detinha opções de venda sobre mais de 800.000 ações da Tesla. Em outubro de 2021, após um aumento de 100% no valor das ações da Tesla, ele revelou que não estava mais operando a descoberto. Durante o segundo trimestre de 2021, ele supostamente detinha opções de venda avaliadas em quase US$ 31 milhões no índice de inovação ETF ARKK gerenciado pela Ark Invest.
Em agosto de 2023, foi amplamente divulgado que o fundo de hedge de Burry, Scion Asset Management, havia feito uma aposta de US$ 1,6 bilhão na quebra do mercado de ações dos EUA. Os registros de títulos mostraram que Burry detinha opções de venda tanto no S&P 500 quanto no Nasdaq-100 no final do segundo trimestre de 2023. Embora as opções de venda tenham sido amplamente divulgadas como sendo 93% de todo o portfólio da Scion, isso é enganoso, já que o valor de US$ 1,6 bilhão é baseado no valor máximo possível que as opções de venda poderiam atingir, e não no valor pelo qual foram realmente compradas. Além disso, os ativos sob gestão da Scion são de US$
237.971.170, significativamente inferiores a US$ 1,6 bilhão.
(Fonte: Wikipédia)
26 de nov. de 2023
Barzel Properties
A Barzel Properties é uma das maiores gestoras de investimentos imobiliários do Brasil, com R$ 6,5 bilhões em ativos no portfólio, considerando dados de novembro de 2023.
(Fonte: Estadão - 24.11.2023)