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6 de out. de 2024

Bour-Davis

          A marca Bour-Davis foi fundada em Detroit em 1916 pelo publicitário Charles Bour e pelo engenheiro Robert Davis.
          Dois anos mais tarde foi adquirida  e transferida para Shreveport, Louisiana. Mesmo assim, manteve o seu nome.
          A empresa foi novamente adquirida, cinco anos mais tarde, mas a produção não sobreviveu a esta segunda mudança de proprietário. E a marca teve curta duração.
          A maioria dos modelos Bour-Davis eram de baixo preço, mas os modelos posteriores eram significativamente mais caros, o que pode ter levado ao desaparecimento da empresa.
(Fonte: msn)

5 de out. de 2024

Avibras

          A Avibras foi criada por um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em 1961 e tem sua sede em São José dos Campos (SP).
          Hoje é controlada por João Brasil Carvalho Leite, filho de um dos seus fundadores. Ao longo de sua história, a empresa se estabeleceu como uma das pioneiras no país em equipamentos militares, com especialidade em mísseis e lançadores de foguetes.
          Em 2022, com dívidas de R$ 600 milhões, a empresa entrou na Justiça com pedido de recuperação judicial e demitiu 420 funcionários. O quadro remanescente de pessoal é agora de 900 funcionários.
          No começo de 2024, os credores aprovaram o plano de recuperação da empresa, que foi homologado pela Justiça.
          No primeiro semestre de 2024, a australiana DefendeTex chegou a negociar a compra da Avibras, mas desistiu do negócio. Logo em seguida, a chinesa Norinco fez uma proposta pela empresa, o que causou desconforto no governo brasileiro. O próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu a elaboração de uma solução doméstica para a companhia, mobilizando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O plano de salvamento da empresa também envolve o Ministério da Defesa e tem o objetivo tanto de evitar a falência da Avibras como a venda do seu controle para algum grupo estrangeiro, em especial, de um país que possa causar problemas diplomáticos e estratégicos. Como os principais fornecedores das Forças Armadas brasileiras são grupos ocidentais, ter um fornecedor importante com controle chinês, por exemplo, poderia exigir um rearranjo de plataformas tecnológicas de todo o aparato militar.
          Está em curso um plano de salvamento, com capital privado nacional, da Avibras, empresa da área de defesa que enfrenta dificuldades financeiras e está em recuperação judicial desde 2022. Governo federal e Forças Armadas estão empenhados em buscar uma solução para evitar que a companhia chegue à falência ou seja comprada por algum estrangeiro. Uma das alternativas é a formação de um grupo de investidores brasileiros para fazer uma oferta de compra da empresa e promover a fusão dela com outra companhia nacional, a Akaer Engenharia Espacial.
          A fusão entre a Avibras e a Akaer tem o objetivo de criar a maior empresa de defesa do País, com potencial para abrir mercados no exterior, além de se consolidar a empresa resultante a união como uma fornecedora de equipamentos de alta tecnologia para as Forças Armadas brasileiras. A meta é atingir o faturamento de US$ 1 bilhão (R$ 5,48 bilhões) até 2034 e empregar mais de 6 mil pessoas. Em conjunto, as duas empresas têm hoje 4 mil funcionários, sendo que 3 mil empregos diretos e indiretos correm risco com a possibilidade de falência da Avibras. Ambas as empresas estão baseadas em São José dos Campos (SP), no Vale do Paraíba.
          A Avibras fornece equipamentos para o Exército, enquanto a Akaer é focada nas Forças Aéreas e no setor aéreo civil. No momento, porém, apenas a Akaer está faturando, com projetos em andamento. A fusão ainda está em discussão. Segundo uma pessoa próxima da negociação, a participação dos controladores das duas empresas dependerá dos aportes do mercado e de bancos, especialmente na cobertura de custos da recuperação judicial da Avibras e em investimentos para o novo negócio. A fase atual é de prospecção dos investidores nacionais e com as instituições financeiras brasileiras, para montar um consórcio de bancos. O BNDES também acompanha as negociações por meio do BNDESpar, que poderá ajudar no financiamento. O BNDES e outros dois bancos privados podem converter créditos em participação acionária.
(Fonte: Estadão - 05.10.2024)

4 de out. de 2024

Brennan

          A empresa foi Fundada em 1897 por Patrick Brennan e tinha sua sede em Syracuse, no estado de Nova Iorque.
          A Brennan foi durante muito tempo um fabricante de motores de sucesso, acabando por fechar as portas em 1972, após 75 anos de atividade.
          A sua carreira como construtor de automóveis foi muito mais curta. De 1902 a 1908, produziu um pequeno número de veículos, cada um com um motor duplo plano montado debaixo do chão. Um Brennan de 1904 participou várias vezes na corrida anual de Londres a Brighton.
(Fonte: msn)

28 de set. de 2024

Cartão de Todos / AmorSaúde

          O Cartão de Todos foi inspirado num modelo associativo de um sindicato na Alemanha, mas encontrou na fragilidade da saúde brasileira o caminho para ganhar musculatura. O usuário paga R$ 29,70 (valor de setembro de 2024) mensais para sua família ter acesso a produtos com desconto. Vale para comida, roupas, transporte, medicamentos, lazer e educação, entre outras áreas.
          No caso da saúde, através do AmorSaúde, ele consegue fazer consultas médicas com um clínico geral pagando R$ 35 e, com um especialista, R$ 56, em qualquer lugar do país, igualmente considerando valores de setembro de 2024. Também exames e tratamentos odontológicos mais baratos.
          “Nossa comunicação deixa muito claro que somos um cartão de desconto e não um plano de saúde”, diz Ícaro Vilar, CEO da AmorSaúde e vice-presidente internacional do Cartão de Todos. Altamente regulados, os planos de saúde passaram três anos com perdas pesadas e, nos dois últimos trimestres, voltaram à lucratividade.
          As 454 clínicas médicas e odontológicas da AmorSaúde são franqueadas. A franquia fica em R$ 30 mil. Elas estão em todos os estados e praticamente em todas as cidades com mais de 100 mil habitantes. Isto mostra que o modelo tem presença nacional. Na região metropolitana de São Paulo, são 
50. Em algumas, há oferta de profissionais tão sofisticados quanto neuropediatras.
          Entre as frentes de expansão em teste estão a internacional e a área de educação. A AmorSaúde já tem operações na Colômbia e no Chile e em breve pretende chegar ao México e aos Estados Unidos
          Na educação, a Refuturiza é uma plataforma com cursos livres e para empregabilidade, como Educação de Jovens e Adultos (EJA). Agora, a ideia é partir para a graduação. O primeiro câmpus foi inaugurado em São Paulo.
          Números de setembro de 2024 mostram que são 6,7 milhões de famílias ativas e 18 milhões de pessoas associadas. Em 2023, o grupo teve receita de R$ 5 bilhões, sendo R$ 2,8 bilhões provenientes da área de saúde, a AmorSaúde.
(Fonte: Estadão - 27.08.2024)

27 de set. de 2024

Grupo Portal Agro

          O Grupo Portal Agro atua desde 2008 com a comercialização de insumos agrícolas na região de Paragominas, localizada no Pará.
          Em 2022, com a alta nos preços dos insumos, o grupo emitiu recebíveis em favor da securitizadora Opea que emitiu, via mercado de capitais, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) para captar recursos para que a empresa pudesse financiar o plantio da safra 22/23 dos 250 produtores rurais da região de Paragominas.
          Em 25 de setembro de 2024, uma semana após a AgroGalaxy entrar com pedido de recuperação judicial e levantar dúvidas sobre o cenário do agronegócio brasileiro, a história ganha novos protagonistas. Foi a vez do Grupo Portal Agro entrar com pedido de recuperação judicial. O valor da dívida anexado no processo é de R$ 700 milhões.
          Na decisão, consta que o grupo foi "surpreendido" pela queda dos preços das commodities na referida safra 22/23, em meio ao abastecimento dos estoques de grãos em âmbito internacional, o que resultou em despesas elevadas e "péssima" rentabilidade.
          "Informa-se que esse cenário teria ocasionado em alta inadimplência entre os produtores rurais clientes do Grupo Portal Agro, e que apenas parte deles promoveram renegociações de suas dívidas", diz o documento do processo. O pedido diz que "os três maiores devedores do Grupo Portal Agro são as securitizadoras Ceres e Opea, além do Fiagro-FIDC Portal Insumos", voltado para investidores qualificados e gerido pela Milênio Capital Gestão de Investimentos.
          A empresa detém, em conjunto com a securitizadora Ceres, três Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs) no valor total de R$ 122 milhões. Um destes títulos de dívida, no valor de R$ 38,5 milhões, corresponde a 7,2% do patrimônio líquido do Galápagos Recebíveis do Agronegócio, Fiagro da Gestora Galápagos com pouco mais de oito mil cotistas.
          Considerando números de setembro de 2024, o Grupo Portal Agro fornece insumos agrícolas para aproximadamente 250 produtores rurais.
(Fonte: jornal Valor - 27.09.2024)

26 de set. de 2024

Mickey

          Mickey é uma empresa familiar paraguaia que embala molho picante, grãos de soja, granulados multicoloridos, uma erva chamada cavalinha, seis variedades de panetone e sete tipos de sal para venda nos supermercados paraguaios. Foi fundada por Pascual Blasco, filho de imigrantes italianos
          Mickey é um nome familiar que rivaliza com a Disney no país sul-americano de 6,1 milhões de habitantes. Um visitante poderia supor que eles são parceiros. Há os uniformes vermelhos usados pela equipe do Mickey. E há o rato de desenho animado – também chamado de Mickey, e indistinguível do Mickey Mouse – que adorna os portões da fábrica da empresa, seus caminhões e um mascote muito requisitado em casamentos no Paraguai.
          A saga do Mickey começou, segundo Viviana, em 1935. O Paraguai havia acabado de passar por um conflito mortal com a Bolívia pelo Chaco, um emaranhado de arbustos queimados pelo sol. Em uma conflagração anterior, a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), Argentina, Brasil e Uruguai haviam exterminado metade da população paraguaia. O país ainda estava se recuperando de ambas. O avô de Viviana, Pascual viu uma oportunidade de espalhar um pouco de alegria – e obter lucro. Abriu uma pequena loja que vendia frutas e sorvete caseiro. Ela se chamava Mickey.
          A origem exata da ideia, disse Viviana, continua sendo “um mistério”. Mas Pascual, segundo ela, costumava passar férias em Buenos Aires, a capital da Argentina, conhecida pelos cinemas que exibiam filmes internacionais. Mickey Mouse estava fazendo sua estreia nas telas, inclusive em The Gallopin’ Gaucho (O Gaúcho Galopante, em tradução livre, de 1928). “Em uma de suas viagens, ele deve ter visto o famoso camundongo”, disse Viviana. Alguns anos depois, Pascual abriu a Mickey Ice Cream Parlor, Café and Confectioners.
          Mas não se engane, disse Viviana Blasco, entre artigos de papelaria, camisetas e xícaras de café com a marca Mickey. Há “o Mickey da Disney”, disse Viviana, uma entre cinco irmãos que administram a empresa, e “o Mickey paraguaio, o nosso Mickey”.
          Os paraguaios são notoriamente criativos – alguns diriam que têm os dedos leves – quando se trata de propriedade intelectual. As fábricas produzem roupas falsificadas da Nike, Lacoste e Adidas. As autoridades educacionais do Paraguai advertiram no ano passado que a Universidade de Harvard do Paraguai – em Ciudad del Este, a segunda maior do país e um ponto de encontro de falsificações – estava concedendo diplomas de Medicina falsos (a escola não tem nenhuma ligação com a Harvard mais famosa). O Paraguai está em 86.º lugar entre 125 países em um índice compilado pela Property Rights Alliance, um instituto de pesquisa com sede em Washington, com uma pontuação de 1,7 em 10 para proteção de direitos autorais.
          Mas Mickey, a empresa da família Blasco, sobreviveu a vários desafios legais levantados pela Disney. É também uma instituição notavelmente amada que fala da história peculiar, da gastronomia e da identidade nacional do Paraguai.
          Em 1969, a Mickey estava vendendo arroz, açúcar e bicarbonato de sódio em embalagens agora decoradas com o camundongo homônimo.
          Em 1991, a Disney entrou com um pedido de violação de marca registrada no Ministério de Negócios e Indústria do Paraguai, que foi rejeitado. A empresa então entrou com uma ação judicial, mas em 1995 um tribunal de marcas registradas decidiu a favor do Mickey paraguaio. A Disney recorreu novamente, levando a disputa para a mais alta Corte do Paraguai. Lá, um juiz concordou que os paraguaios poderiam facilmente confundir o Mickey da Disney (um colosso que abrange parques temáticos, mercadorias e filmes, com 225 mil funcionários e receita anual de quase US$ 90 bilhões) e o Mickey paraguaio.
          Mas a Disney não contava com uma “brecha legal”, explicou Elba Rosa Britez, advogada da empresa menor. A marca Mickey está registrada no Paraguai pelo menos desde 1956, e os descendentes de Pascual a renovaram desde então, sem protesto da multinacional. Em 1998, a Suprema Corte do Paraguai emitiu sua decisão final. Por décadas de uso ininterrupto, Mickey havia adquirido o direito de ser Mickey. Procurada, a empresa paraguaia que representou a Disney se recusou a comentar.
          Viviana nega que sua família tenha se apropriado da propriedade da Disney. “Não a tomamos, construímos uma marca ao longo de muitos anos. A Mickey cresceu paralelamente à Walt Disney”, disse ela. Atualmente, reina uma “coexistência pacífica” entre o Mickey paraguaio e seu sósia dos Estados Unidos, disse Elba Rosa Britez.
          A empresa paraguaia tem 280 funcionários.
(Fonte: estadão - 19.09.2024)

25 de set. de 2024

Birmingham

          O Birmingham possuía um motor Continental de seis cilindros em linha e, de forma impressionante para o início da década de 1920, tinha uma suspensão independente a toda a volta.
          O projeto era promissor, mas foi interrompido numa fase inicial devido à natureza caótica da empresa responsável pela sua fabricação. Os acontecimentos desagradáveis teriam incluído maquinações políticas e até um assassinato.
          A empresa faliu em 1923, depois de ter construído apenas cerca de 50 automóveis. O automóvel chegou a ser fotografado com pessoas ilustres. Margaret Gorman, que ganhou o primeiro concurso de beleza Miss América, em 1921, é um exemplo. Foi fotografada dirigindo um dos modelos.
(Fonte: msn)

24 de set. de 2024

Ritz Hotel

          Cesar Ritz, o fundador do Ritz Paris era um gênio na arte de servir. Durante anos e anos, seus clientes o seguiram pelo mundo todo. Ele e Escoffier - que fundou o hotel com César - trabalhavam no Savoy, mais famoso cinco estrelas de Londres, quando decidiram abrir o hotel da Place Vendôme, que acabou virando uma marca em si.
          Três anos depois de sua reabertura em 2016, com uma grande reforma comandada pelo empresário egípcio Al-Fayed, o hotel ainda carrega a assinatura de seu fundador e idealizador, César Ritz: conforto, atenção ao detalhe e serviço, acima de tudo.
          A história do Ritz está cheia de personagens célebres. Marcel Proust teria escrito parte das duas mil páginas de Em Busca do Tempo Perdido ao pé da lareira do salão que hoje leva o seu nome. Coco Chanel morou em uma de suas suítes por mais de 30 anos – até a sua morte em 1971 – e hoje o spa Chanel do Ritz Club é único no mundo. Diz a lenda que Ernest Hemingway, quando era correspondente de guerra, liberou o hotel dos alemães em 1944, pagando uma rodada de champanhe para todo mundo no Le Petit Bar. O bar hoje se chama Hemingway, e o autor escolheu o Ritz para ambientar seu conto A Room on the Garden Side. A suíte em sua homenagem – com terraço privativo, vista para o jardim, lounge onde receber convidados e preparar uns dry martinis – tem máquina de escrever daquelas antigas para inspirar escritores em potencial.
(Fonte: GQ - 05.03.2019)
O Ritz de Paris (Foto: © Vincent Leroux)

O Ritz Paris (Foto: © Vincent Leroux)


23 de set. de 2024

Flanders

          Após dois anos trabalhando para a Ford, Walter Flanders criou uma nova empresa chamada E-M-F, com Barney Everitt e William Metzger em 1908. Para chegarem à sigla para identificar a empresa, 
simplesmente tomaram a primeira letra do sobrenome de cada um.
          O seu modelo de maior sucesso, vendido sob o nome de Flanders, foi lançado diretamente contra o Modelo T. O domínio da Ford no mercado levou a um resultado inevitável, e a E-M-F foi adquirida pela Studebaker em 1910.
          Mais tarde, Walter Flanders criou a Maxwell a partir dos restos da United States Motor Company. A empresa foi adquirida em 1920 por Walter Chrysler, que a reorganizou como Chrysler Corporation cinco anos mais tarde.
(Fonte: msn)