A ligação do Lloyds Bank TSB com a América Latina data de 1918, com a compra do London and River Plate Bank, posteriormente fundido com o London and Brazil Bank, que resultou no Bank of London and South America (Bolsa). Em 1971, o Lloyds comprou o controle do Bolsa e o fundiu com o Lloyds Bank Europe, formando o Lloyds and Bolsa International Bank, cujo nome mudou para Lloyds Bank International em 1974 e foi fundido no Lloyds Bank em 1986.
Algum tempo antes de novembro de 1994, quando o trabalho ficou pronto, o Lloyds Bank convocou biólogos, agrônomos e um geógrafo para executar uma missão que nada tem a ver com finanças: traçar um panorama do sertão brasileiro. O resultado desse trabalho está em: Caatinga, Sertão, Sertanejos, um livro recheado com 177 fotos e oito textos científicos sobre a flora, a fauna e a presença humana naquela região. É o quarto de uma série de livros sobre a natureza brasileira patrocinado pelo Lloyds. Os três primeiros tratam dos diferentes ecossistemas da Amazônia.
O restaurante corporativo do inglês LLoyds Bank TSB estava localizado no 6º andar de um prédio de linhas modernas construído na década de 1970, na zona sul de São Paulo. Além das gravuras de caça à raposa penduradas nas paredes, o visitante podia observar, entre as mesas de aço e vidro, um grosso livro contábil encadernado em couro. Nele, escritos a pena, estão alguns dos inúmeros registros acumulados pelo Lloyds em seus 141 anos de Brasil (em 2003). Esse quase século e meio de vida no país permitiria considerar o Lloyds um banco brasileiro honorário.
No entanto, naquele momento (setembro de 2003), ele estava à venda e deveria engrossar a lista dos estrangeiros que estavam deixando o Brasil. Embora ele fosse um banco lucrativo, os acionistas ingleses queriam reduzir o peso dos negócios na país.
Na onda da evasão dos investidores estrangeiros da América Latina que se seguiu à moratória Argentina, em 2001, e à nervosa instabilidade dos mercados antes da eleição de Lula, o banco britânico resolveu reduzir a exposição na região para agradar os investidores.
Em 9 de outubro de 2003, todas as ações no Brasil do Lloyds Bank foram vendidas ao banco HSBC que pagou US$ 815 milhões (R$ 2,32 bilhões). O Lloyds deixou de operar no país. O Lloyds TSB é um dos bancos estrangeiros que há mais tempo atuava na América Latina.
Ainda em 2003, o Lloyds TSB também vendeu a administradora de fundos na França e o National Bank of New Zealand - nesses mercados, o banco imaginava não conseguir montar uma operação com vantagens competitivas.
No ano seguinte, 2004, foram vendidos os negócios na Argentina, Colômbia, Guatemala, Honduras e Panamá. Mas, nas Américas, o banco continuou com escritórios no Equador, Paraguai e Uruguai, que oferecem basicamente serviços bancários a grandes empresas, além do private banking e investimentos nos Estados Unidos.
O ativo do Lloyds mais cobiçado na operação era a financeira Losango, que disputava com a Fininvest, do Unibanco, o posto de maior do país. A Losango trabalhava com 16 mil lojas no Brasil, tinha 7,5 milhões de clientes ativos e uma carteira de crédito de R$ 2,3 bilhões.
Mas o banco deu partida a uma substancial reestruturação das operações internacionais, especialmente na América Latina. Os negócios no Brasil foram dos mais disputados. Um verdadeiro leilão acabou acontecendo. Estavam de olho Bradesco, Itaú, Unibanco, ABN AMRO e Citibank, além do HSBC. O principal alvo da cobiça era a financeira Losango, então com 14 milhões de clientes, 16 mil pontos de venda e uma carteira de R$ 2 bilhões, que já dobrou sob o comando do HSBC.
Em janeiro de 2006, o Lloyds Bank TSB estava de volta ao Brasil. O quinto maior banco britânico em ativos havia saído do país em 2003, ao vender as cobiçadas operações locais ao HSBC renasce bem mais enxuto. Quando saiu, era o 12º maior banco privado do mercado e 7º estrangeiro, com ativos totais de R$ 5,4 bilhões. Agora, recomeçará com um escritório de representação, cuja abertura foi aprovada em 9 de janeiro (2006) pelo Banco Central (BC).
Em nota ao jornal Valor o Lloyds TSB disse: "Nós não vamos nos aventurar no varejo financeiro novamente, mas uma das áreas em que pretendemos atuar é no atendimento aos exportadores brasileiros com financiamento offshore ao comércio exterior".
No exterior, o Lloyds possui bancos em Hong Kong, Cingapura, Japão, Malásia, Emirados Árabes Unidos e em alguns países europeus.
(Fonte: revista Exame - 07.12.1994 / jornal Folha de S.Paulo - 10.10.2003 / revista Exame - 15.10.2003 / UOL Economia - 26.01.2006 - partes)
O restaurante corporativo do inglês LLoyds Bank TSB estava localizado no 6º andar de um prédio de linhas modernas construído na década de 1970, na zona sul de São Paulo. Além das gravuras de caça à raposa penduradas nas paredes, o visitante podia observar, entre as mesas de aço e vidro, um grosso livro contábil encadernado em couro. Nele, escritos a pena, estão alguns dos inúmeros registros acumulados pelo Lloyds em seus 141 anos de Brasil (em 2003). Esse quase século e meio de vida no país permitiria considerar o Lloyds um banco brasileiro honorário.
No entanto, naquele momento (setembro de 2003), ele estava à venda e deveria engrossar a lista dos estrangeiros que estavam deixando o Brasil. Embora ele fosse um banco lucrativo, os acionistas ingleses queriam reduzir o peso dos negócios na país.
Na onda da evasão dos investidores estrangeiros da América Latina que se seguiu à moratória Argentina, em 2001, e à nervosa instabilidade dos mercados antes da eleição de Lula, o banco britânico resolveu reduzir a exposição na região para agradar os investidores.
Em 9 de outubro de 2003, todas as ações no Brasil do Lloyds Bank foram vendidas ao banco HSBC que pagou US$ 815 milhões (R$ 2,32 bilhões). O Lloyds deixou de operar no país. O Lloyds TSB é um dos bancos estrangeiros que há mais tempo atuava na América Latina.
Ainda em 2003, o Lloyds TSB também vendeu a administradora de fundos na França e o National Bank of New Zealand - nesses mercados, o banco imaginava não conseguir montar uma operação com vantagens competitivas.
No ano seguinte, 2004, foram vendidos os negócios na Argentina, Colômbia, Guatemala, Honduras e Panamá. Mas, nas Américas, o banco continuou com escritórios no Equador, Paraguai e Uruguai, que oferecem basicamente serviços bancários a grandes empresas, além do private banking e investimentos nos Estados Unidos.
O ativo do Lloyds mais cobiçado na operação era a financeira Losango, que disputava com a Fininvest, do Unibanco, o posto de maior do país. A Losango trabalhava com 16 mil lojas no Brasil, tinha 7,5 milhões de clientes ativos e uma carteira de crédito de R$ 2,3 bilhões.
Mas o banco deu partida a uma substancial reestruturação das operações internacionais, especialmente na América Latina. Os negócios no Brasil foram dos mais disputados. Um verdadeiro leilão acabou acontecendo. Estavam de olho Bradesco, Itaú, Unibanco, ABN AMRO e Citibank, além do HSBC. O principal alvo da cobiça era a financeira Losango, então com 14 milhões de clientes, 16 mil pontos de venda e uma carteira de R$ 2 bilhões, que já dobrou sob o comando do HSBC.
Em janeiro de 2006, o Lloyds Bank TSB estava de volta ao Brasil. O quinto maior banco britânico em ativos havia saído do país em 2003, ao vender as cobiçadas operações locais ao HSBC renasce bem mais enxuto. Quando saiu, era o 12º maior banco privado do mercado e 7º estrangeiro, com ativos totais de R$ 5,4 bilhões. Agora, recomeçará com um escritório de representação, cuja abertura foi aprovada em 9 de janeiro (2006) pelo Banco Central (BC).
Em nota ao jornal Valor o Lloyds TSB disse: "Nós não vamos nos aventurar no varejo financeiro novamente, mas uma das áreas em que pretendemos atuar é no atendimento aos exportadores brasileiros com financiamento offshore ao comércio exterior".
No exterior, o Lloyds possui bancos em Hong Kong, Cingapura, Japão, Malásia, Emirados Árabes Unidos e em alguns países europeus.
(Fonte: revista Exame - 07.12.1994 / jornal Folha de S.Paulo - 10.10.2003 / revista Exame - 15.10.2003 / UOL Economia - 26.01.2006 - partes)
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