O foco nos canais digitais e no uso de inteligência artificial, reduzindo as interações humanas, levou a uma redução significativa no número de funcionários de contact center no Brasil.
Somente em 2023, a subsidiária reduziu o número de funcionários no Brasil de 40,5 mil para 33,5 mil. Na Colômbia, base de contact center e serviços de cobrança nos países de língua espanhola, o número de funcionários diminuiu de 42 mil para 36 mil no ano passado. “Eliminaremos empregos ‘commodities’. É um desafio, mas a empresa precisa evoluir, e o avanço tecnológico pode levar à redução do número de funcionários”, Marco Tripi.
A aquisição da Magna foi finalizada pela Brita S.A. A empresa brasileira é 90% detida pela Almaviva e 10% pela italiana Simest, que apoia negócios no exterior. A Simest é controlada pelo banco de desenvolvimento italiano Cassa Depositi e Prestiti (CDP).
Os 49% restantes de participação na Magna Sistemas, permanecem com os sócios fundadores. Adriano Dias, sócio fundador e presidente executivo da Magna, continuará à frente da Almaviva Solutions. A previsão é de que seus 1.200 funcionários sejam integrados à subsidiária brasileira da AlmaViva até agosto.
Os clientes da Magna Sistemas incluem a Divisão de Tecnologia da Informação do Departamento de Inteligência da Polícia Civil (DIPOL) de São Paulo e a Agência de Transportes do Estado de São Paulo (ARTESP).
Do lado da evolução tecnológica, segundo o executivo, o compromisso de 15 anos da empresa com a inteligência artificial vem dando frutos. No ano passado, a Almawave, empresa focada em projetos de IA, reportou receitas líquidas de 57,5 milhões de euros, um aumento de 20% em relação a 2022.
Em 2023, 75% da receita global da Almaviva veio de projetos de digitalização, especialmente em setores como saneamento e transporte público. Os call centers responderam por 25% do resultado. As receitas totalizaram 1,2 bilhões de euros em 2023. No Brasil, a receita líquida foi de R$ 1,61 bilhão.
No Brasil, a proporção é invertida. A maior parte da receita vem de serviços de gerenciamento de clientes e faturamento. Mas o plano é que outros serviços tecnológicos, especialmente para empresas do sector público, respondam pela maior parte das receitas nos próximos anos.
(Fonte: jornal Valor - 11.04.2024)