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17 de jun. de 2024

JCB

          A companhia inglesa JCB é a terceira no ranking mundial de fabricantes de máquinas da linha amarela (utilizadas em setores como construção civil e em serviços como de terraplenagem). A
companhia está no Brasil desde 2001.
          De controle familiar e fundada em 1946, a JCB fabrica 300 modelos de máquinas em suas 24 unidades industriais espalhadas em quatro países – 15 na Inglaterra, sete na Índia, onde tem 70% de participação de marcado, uma nos EUA e uma no Brasil. No Brasil, a JCB concorre com as americanas Caterpillar e John Deere, a chinesa XCMG, a japonesa Komatsu e a italiana Case New Holland.
          Com atuação na América Latina, em junho de 2024 vem a lume que a subsidiária brasileira vai investir R$ 500 milhões em cinco anos na região para dobrar de tamanho. “É um dos maiores investimentos que estamos fazendo em nossas operações na região; acabamos de investir R$ 120 milhões de um programa de 2021”, diz Adriano Merigli, presidente da JCB na América Latina, no cargo desde fevereiro de 2023. Ele trouxe para a empresa a experiência de 29 anos de carreira na sueca Volvo, passando pelos negócios de caminhões, máquinas e financeiro.
          O objetivo é elevar a produção de 5 mil para 10 mil máquinas no período, informa o executivo. Em 2023, o mercado brasileiro para linha amarela foi de 31 mil unidades, e a previsão é crescer 5% agora em 2024. A vendas da JCB no Brasil representam 70% do total da região, e essa participação deverá ser mantida. “O México está bem, vemos perspectivas de melhoria na Argentina e em outros países, como Chile e Colômbia”, diz Merigli. O plano prevê que a maior parte do dinheiro, R$ 360 milhões, será usada na expansão de suas operações. Desse valor, R$ 150 milhões serão aplicados na modernizada da fábrica localizada em Sorocaba (SP).
          A fábrica de Sorocaba, onde são fabricados componentes e peças e são montadas as máquinas, foi erguida em 2012.
          O carro-chefe da empresa no Brasil é a retroescavadeira, máquina desenvolvida pela JCB em 1953. A empresa lançou também o manipulador telescópico. Merigli explica que o cliente da JCB, por exemplo, de Mato Grosso, recebe o equipamento pronto para operar. A empresa atua com 30 tipos de máquinas, dos quais seis modelos ainda são importados devido à falta de escala local para fabricação. São importados de unidades da Inglaterra, Índia e EUA.
          Segundo o executivo, a fabricante é líder de vendas de retroescavadeiras, cuja família de produtos responde por um terço do mercado nacional. “O foco do nosso investimento é na linha de máquinas pesadas (pás carregadeiras e escavadeiras), segmentos onde temos participação de 5% cada um.” Os grandes mercados de atuação da empresa são a construção pesada (40%), o agronegócio (25%) e empresas de locação de equipamentos (20%), além de vendas para os segmentos florestal e industrial e para o governo (em licitações de prefeituras, Estados e ministérios).
          O investimento será bancado com capital da própria JCB. A companhia está testando máquinas de pequeno porte elétricas no Brasil. Na Europa, já existem mais de mil máquinas em operação, em linha com o conceito de descarbonização mundial, partindo para a eletrificação de equipamentos menores. Para os equipamentos de maior porte, a JCB decidiu optar pelo motor a combustão interna a hidrogênio. Já há 78 modelos de máquinas em validação na Inglaterra com esse tipo de combustível.
          Com fábrica em Sorocaba, a JCB tem 70 filiais no país, considerando números de meados de 2024.
(Fonte: Estadão - 17.06.2024)

16 de jun. de 2024

Gatos de Rua Café

          Igor Ribeiro Vasconcelos começou seu negócio vendendo empadas e café com a família em uma pequena barraca nas ruas de Goiânia. A guinada aconteceu quando ele decidiu usar o dinheiro de um empréstimo para montar um quiosque. Filho de uma entusiasta na cozinha, Vasconcelos se formou em 
gastronomia.
          Compartilhando da mesma paixão, a sua irmã Luana Ribeiro Costa fez um curso de barista em São Paulo. Quando voltou para Goiânia, em outubro de 2018, propôs o empreendimento. A família topou e, sem dinheiro para uma operação em loja, começou do jeito que podia. Eles investiram R$ 1 mil para comprar os materiais necessários para montar a barraca e complementaram com o que já tinham em casa. “Manter a cafeteria, equipamentos, era muito caro para nós. Esse período serviu para avaliar o negócio, planejar o atendimento”, diz Vasconcelos.
          Eles tiveram de encerrar a atuação presencial na pandemia de coronavírus, em março de 2020. 
Continuaram vendendo os produtos por delivery.
          Em outubro de 2021, Vasconcelos conseguiu condições especiais para um empréstimo de R$ 12 mil com um programa do governo estadual que visava incentivar a permanência e a criação de negócios após a pandemia. Com mais cerca de R$ 5 mil de capital próprio acumulado durante as vendas na rua, alugou um quiosque. “Nesse novo lugar, começamos a implementar a identidade visual, que já estava pronta. Levamos o nosso público da barraquinha para o novo Gatos de Rua Café, que passou a lidar 
com cafés especiais”, conta.
          Em julho de 2024, uma segunda unidade e a fábrica da marca devem ser inauguradas. Os sócios são Vasconcelos e a irmã; a mãe ajuda com algumas necessidades da cozinha e cedeu a receita exclusiva da sua empada para a empresa. ‘PIT DOG’. O Gatos de Rua Café se denomina um fast food de café em “pit dog”. “Pit dog” é como são chamados popularmente os quiosques de rua em Goiânia. 
“Usamos o nome para valorizar o nosso Estado”, explica Vasconcelos.
          Os sócios caracterizam o modelo como um fast food pela agilidade nos atendimentos. O goiano garante que as bebidas são servidas em menos de dois minutos. Com os alimentos, três mesas são servidas em cerca de cinco minutos. O negócio tem um manual próprio de atendimento, e os funcionários são treinados para servir com rapidez. “Tem uma quantidade certa de pessoas, gestos corporais, a maneira como pega as coisas, a distribuição dos materiais para a facilidade de acesso”, diz. As regras, diz, foram construídas com base na observação de redes de fast food, como McDonald’s, Subway e Starbucks: “Além disso, estar na rua com um quiosque torna o acesso ainda mais rápido, 
porque os clientes não precisam entrar no local”.
          Com receitas exclusivas feitas pela irmã, o negócio leva métodos de mixologia da Coreia do Sul, da Itália e dos EUA para a rua. O cardápio de bebidas oferece mais de 60 opções de sabores, cerca de 30 quentes e 30 geladas, feitas à base de café e/ou leite. “Para cada versão quente, tem a gelada”, diz Vasconcelos.
          Hoje, o Gatos de Rua Café funciona como um fast food de cafés especiais, que oferece 60 combinações de sabores diferentes e prevê faturar R$ 507 mil até o fim de 2024. O negócio faturou R$ 240 mil até o fim de 2023.
(Fonte: Estadão - 16.06.2024)

11 de jun. de 2024

Lee

          Lee é uma marca da calça que foi sonho de consumo dos jovens dos anos 1960 e 1970 e, na época, era sinônimo de jeans. A marca foi criada em 1889. A Lee é responsável pela primeira calça de zíper do mundo, pela primeira jardineira. 
          Antes de começar a produzir aqui a calça Lee em 2019, o grupo já era do setor de confecções – há 25 anos fabrica, por meio de empresas terceirizadas, calça jeans com a sua marca Young Style e vende para lojas multimarcas. De família de comerciantes do setor de vestuário, Abras conta que cresceu dentro de uma loja de roupas. Seu pai era atacadista de jeans no polo de moda Barro Preto, em Belo Horizonte (MG). “Vi toda a evolução do jeans brasileiro, desde o primeiro jeans com lycra feito no Brasil até ter a vontade de começar a produzir.” Pela experiência acumulada no setor e grande malha de distribuidores pelo país – atualmente são 2.500 revendas multimarcas –, o empresário conta que foi procurado em 2018 pela Kontoor, que lhe ofereceu o licenciamento da Lee. “Nós não tivemos de pagar nada por isso (o licenciamento)”, diz a diretora-executiva do Grupo Garra, Bruna Gunella. Pelo contrato de cinco anos, que acaba de ser renovado por mais cinco, a Kontoor recebe um porcentual sobre as vendas, cujo valor não é revelado. “O foco deles (Kontoor) é o royalty, deixando para a gente investir no negócio”, diz Bruna. De 2019 a 2023, foram aplicados R$ 10 milhões, e a previsão para os próximos três anos é investir mais R$ 10 milhões.
          De toda forma, os royalties recebidos pela dona da Lee têm crescido. Em 2019, foram comercializadas no País 130 mil peças da marca. Entre 2019 e 2023, houve um salto de 237% no número de unidades vendidas, que somou no ano passado 435 mil peças. Para 2024, a projeção é chegar a 550 mil, com a distribuição em mais 500 pontos de venda, diz Abras, que vê potencial de mercado para triplicar o volume anual.
          Em junho de 2024, a empresa deixa claro que quer explorar o potencial adormecido na memória dos brasileiros. A partir do próximo de 2025, a Lee chega ao varejo com lojas próprias. Hoje, os itens de vestuário da marca são vendidos em lojas multimarcas ou por meio do comércio online.
          O projeto, que prevê a abertura de seis lojas em três anos, faz parte de um contrato fechado entre o Grupo Garra Jeans, de Minas Gerais, e a americana Kontoor Brands, que detém os direitos da marca no mundo. A primeira unidade será aberta na capital paulista em 2024. “Mas o nosso objetivo é fazer o dobro ou o triplo disso”, disse ao Estadão Renato Abras, presidente do Grupo Garra, que desde 2019 tem o licenciamento exclusivo da Lee no Brasil.
          Produzindo e vendendo peças com as marcas Young Style e Lee, o Garra faturou R$ 120 milhões em 2022. As duas marcas não concorrem entre si. O perfil de quem compra Lee é das classes A e B+, enquanto a Young Style está voltada para as classes B-, C e D. “São níveis diferentes e as marcas se complementam em termos de posicionamento.” A decisão do Grupo Garra de assumir o licenciamento da Lee se deu pela relevância histórica da marca. “Quando essa oportunidade caiu na nossa mão, vimos a importância de uma marca de 135 anos!". 
          Para aceitar a proposta, não foi preciso estudo aprofundado sobre recall da marca. Levantamento feito com lojistas e revendedores logo mostrou que a Lee ainda estava presente na memória do brasileiro e era um desejo de consumo, especialmente agora que o vintage é valorizado, diz a empresa..           Sócio da TroianoBrading, Jaime Troiano, um dos maiores especialista em marcas do país, acredita que a Lee possa estar esvaziada de significado atualmente. Na sua avaliação, a percepção de valor da marca caiu muito ao longo do tempo e perdeu a mitologia que a envolvia, de ser uma expressão da contracultura dos anos 1960. “Será que é uma brasa que se soprar pega fogo outra vez?”, questiona, ponderando que há um apego nostálgico da marca. Mas, na sua avaliação, para consumidores com menos de 35 anos, a Lee não diz nada, além de ser um jeans acessível. Para reduzir os riscos do projeto, que a seu ver são altos, ele sugere um planejamento cuidadoso de mercado, para saber exatamente onde se está pisando – quem são as marcas concorrentes de jeans e o que dessa alma antiga da Lee poderá ser preenchida? Assim, diz, os investimentos devem ir além da abertura de lojas. “Para recuperar esse momento glorioso que a marca teve é necessário um investimento pesado em comunicação.”
(Fonte: Estadão - início de junho 2024)

10 de jun. de 2024

Confeitaria Vera Cruz

          A Confeitaria Vera Cruz foi fundado no bairro no Tatuapé, na zona leste da cidade de São Paulo, em 22 de setembro de 1924.
          A família de Antônio Gonçalves, português da Ilha da Madeira, comprou a Vera Cruz dos fundadores, nos anos 1940. Ele faleceu aos 93 anos, em abril de 2024. Mas seus irmãos e descendentes, além de executivos que não são da família, como Antônio Bruno, gerente da empresa, tomam conta do negócio, que além da padaria inclui uma área de restaurante com mesas para 60 pessoas. No segundo andar do prédio fica a produção e no terceiro, o estoque.
          O ambiente na Vera Cruz é todo moderno, e só faz referência ao século passado num grande painel, no interior da área de vendas, ao lado do balcão. Segundo Bruno, uma vez, há 18 anos (em 2006), veio um menino do bairro à padaria. “Ele se apresentou assim: ‘Dizem que eu sou pichador, mas na verdade sou artista’”, afirma o gerente. O menino se ofereceu para pintar o painel, com cenas da São Paulo dos anos 1920, e o gerente topou. Hoje, o painel, pintado pelo então iniciante Eduardo Kobra, é o ponto alto da decoração..
          A panificadora,, tem um enorme balcão onde podem se sentar 60 pessoas uma ao lado da outra. Ali, são servidas até 1,6 mil fatias de pizza por dia, principalmente às sextas-feiras. Um dos segredos da resiliência das padarias está na paixão que as famílias padeiras têm pelo negócio, de acordo com Antônio Bruno. A Vera Cruz é tocada pela família– embora já não seja a família fundadora.
(Fonte: Estadão - 10.06.2024)

9 de jun. de 2024

Rare Beauty

          A marca de maquiagem Rare Beauty foi lançada em meados de 2021 pela cantora e atriz Selena Gomez.
          Desde que foi lançada, a Rare Beauty é considerada um sucesso. A marca de maquiagens - e agora também de cuidados corporais - de Selena Gomez conseguiu conquistar o público através de seus produtos de alta pigmentação, tecnologia e acessibilidade. O sucesso é tão grande que hoje, cerca de três anos após o lançamento, a marca já chega ao valor de dois bilhões de dólares.
          Sempre que se vê uma empresa consideravelmente nova conquistar números estrondosos pergunta-se o que há por trás de tanto sucesso e no caso da Rare Beauty não é difícil de entender. Tudo começa com o alcance da sua criadora, estrela desde a infância e que hoje faz parte de séries premiadas, como Only Murders in the Building, além de somar 429 milhões de seguidores apenas no Instagram (dados de junho de 2024)
          Então sim, a Selena atrai público, mas mesmo que ela não fosse a fundadora, os produtos ainda continuam tendo uma fórmula com excelente desempenho. Afinal, hoje em dia, uma celebridade ser proprietária não garante o sucesso de uma marca.
          Já vimos diversas empresas de famosas sendo encerradas, mas a Rare continua crescendo e acumulando fãs. Isso se dá porque a marca não se concentrou em seguir tendências passageiras, mas sim em criar itens acessíveis, fáceis de usar e o mais importante, inclusivos!
          A base líquida da marca possui 48 tons, que atende desde a pele mais clara até a retinta, o que é algo raro infelizmente. Além disso, suas embalagens foram pensadas em acessibilidade, garantindo que pessoas com pouca mobilidade consigam abrir e aplicar todos eles.
          É aí que mora o diferencial: Selena consegue ouvir as necessidades do público e, ao mesmo tempo, unir às dela - a cantora possui mobilidade reduzida devido ao lúpus - em itens que vão da make do dia a dia até grandes eventos. Essa sensibilidade acontece também nos valores da Rare Beauty. A marca foi fundada com uma causa social em sua essência, prometendo dedicar 1% das vendas ao seu fundo interno.
          O blush líquido da marca ganhou força após os reviews no TikTok e mais tarde foi a vez do lip oil aparecer como o produto indispensável para o verão. Selena também faz parte disso, divulgando sua marca e fazendo tutoriais. Nos primeiros meses da marca, ela gravou horas e horas fazendo maquiagem para um de seus programas de TV, ajudando a fomentar ainda mais o desejo do público.
          Claro que o marketing desempenha um papel importante nesse sucesso e para Rare, as redes sociais são as maiores aliadas. No Tiktok, a marca possui mais de três milhões de seguidores; no Instagram, o número dobra, com mais de seis milhões e cada conteúdo é adaptado de acordo com a linguagem da plataforma. E não é apenas o marketing da marca que é poderoso, as consumidoras também ajudam na divulgação.
          A marca já cresceu muito nos três primeiros anos e, ao que tudo indica, há muito mais por vir. Prova disso é a linha de cuidados corporais, lançada no início de 2024, com produtos focados no cuidado corporal e também mental, que conversa totalmente com o discurso de Selena em suas redes sociais e entrevistas.
Rare Beauty - marca - marca da selena - verão - brasil - https://stealthelook.com.br
Foto: Selena Gomez (Reprodução/ Instagram)
Rare Beauty - maquiagem-marca - marca da selena - verão - brasil - https://stealthelook.com.br
Foto: Rare Beauty (Reprodução/ Instagram)
(Fonte: Steal the |Look - 19.03.2024)

8 de jun. de 2024

Café Girondino

          









Café Girondino, no Centro de SP. — Foto: Reprodução/ Instagram











          O Café Girondino foi inaugurado em 1998 na Rua São Bento, próximo ao Mosteiro de São Bento, no centro da capital paulista. Antes, entre 1875 até 1920, ele funcionou na esquina da Rua 15 de Novembro com a Praça da Sé. Na época do Brasil Império, o local era visitado pelos barões do café.
          A versão atual da casa, que passou a funcionar neste endereço na década de 1998, fazia homenagem ao antigo Café Girondino, fundado em 1875.
          O ambiente da versão mais moderna, no entanto, refazia a atmosfera elegante do café do passado, com piso de madeira (importadas da Espanha), grandes balcões com tampos de pedra rosada, mesinhas de madeira cobertas com toalhas brancas e garçons à moda antiga.
          O local era vizinho de frente do Mosteiro de São Bento, ponto turístico da capital paulista, e se situava dentro dos perímetros do chamado Triângulo SP - ou Triângulo Histórico - que engloba o Largo São Bento, Pateo do Collegio e Largo São Francisco.
          O histórico Café Girondino, porém, que funcionava havia 26 anos, fechou as portas na segunda-feira, 3 de junho de 2024.
          Em comunicado nas redes sociais, os proprietários informaram que a "pandemia deixou cicatrizes que não curaram. Lutamos bravamente. Não nos faltou valentia e resiliência. Há quase uma semana a nossa porta está fechada. E assim permanecerá".
          Houve também agradecimentos aos clientes da "instituição paulistana", como o próprio café se declarava. "A todos vocês, que construíram essa linda história com a gente, o nosso muito obrigado."
          Felippe Nunes, um dos proprietários do Girondino, se mostrava interessado pela revitalização do Triângulo Histórico e participava de diversos eventos de estímulo. Questionada, a Prefeitura disse que desde 2021 promove políticas para revitalizar o centro, incluindo a área do café.
          A marca "Girondino", que teve sedes e pontos de diferentes, completaria 150 anos em 2025.
(Fonte: Portal G1- 07.06.2024 / Portal Terra - 07.06.2024 - partes)

7 de jun. de 2024

Novo Banco

          O Novo Banco é um banco português, estabelecido a 4 de agosto de 2014, numa intervenção de emergência do Banco de Portugal para salvar os ativos bons do anteriormente falido Banco Espírito Santo. O resgate do BES foi precipitado pelos prejuízos históricos de 3,5 bilhões de euros.
          Com sede em Lisboa, o banco alçou para a posição de CEO o executivo António Manuel Palma Ramalho, e 1º de agosto de 2016.
          Considerando números de 2016, o banco tinha um total de recursos de 52,3 bilhões de euros. O número de funcionários, em 2017, era de 5.488. O banco tem como subsidiárias o Banco Best e o Novo Banco dos Açores.
(Fonte: Wikipédia)

5 de jun. de 2024

Amigão Supermercado (antiga Companhia Sulamericana de Distribuição)

          O Amigão Supermercado (antiga Companhia Sulamericana de Distribuição) é a segunda maior rede de supermercados do Paraná.
          A rede possui 65 lojas nos estados de São Paulo, Paraná e Mato Grosso do Sul e registrou receita bruta de R$ 4,3 bilhões em 2023. 
          No início de junho de 2024, o fundo de investimento Pátria, focado no varejo alimentar, fechou o seu maior negócio desde que foi constituído, em 2019, ao adquirir o controlo da Amigão. A operação foi realizada por meio da Plurix, empresa que recebe investimentos do fundo Pátria Private Equity VI.
           Consultores de mercado afirmaram que o valor da rede adquirida é estimado entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões, mas como a Plurix adquiriu o controle, provavelmente pagou um valor menor. A negociação envolveu dívidas da varejista. A empresa não divulgou a participação adquirida – acima de 51% – nem o valor envolvido. O escritório Pinheiro Neto atuou como consultor.
          Com o negócio, a Plurix ganha volume num momento em que o mercado está atento a questões como governança e gestão – cruciais para evitar a repetição de erros que outros investidores têm enfrentado em acordos envolvendo fundos e varejistas.
          Pelas estimativas da administração, a Plurix poderá passar para a 9ª ou 10ª posição no ranking da Abras, associação nacional que representa o setor, dependendo do desempenho dos rivais. Em três anos, a empresa comercializa metade da receita de 2023 do GPA, dono da rede Pão de Açúcar. Poderia ficar em terceiro ou quarto lugar entre os maiores supermercados do Brasil.
          A posição não considera seu outro fundo que engloba a operação de atacado, que inclui a rede baiana Atakarejo, adquirida em outubro de 2023. Cada fundo possui sua própria estratégia de investimentos, portanto o Pátria não considera atividades combinadas.
          Se as atividades de varejo e atacado fossem combinadas, os fundos poderiam conquistar a sétima posição no ranking geral, estimou o Valor.
          Desde que começou a operar, em 2021, a Plurix fechou 12 aquisições no Brasil – o equivalente a uma a cada quatro meses. Possui seis marcas operacionais: Superpão, Boa Supermercados, Supermercados Avenida, Compre Mais, Empório Dom Olívio e Paraná Supermercados.
          Ao mercado, a Plurix diz que se trata de uma combinação de negócios, assim como outros negócios realizados pela empresa.
          O movimento reforça a tese de crescimento focada nas redes regionais de supermercados, muito populares neste mercado. Estas empresas têm experimentado uma expansão acima da média do mercado, apostando em lojas com grandes áreas, mas menores que os hipermercados, com uma gama de serviços relevante e na tentativa de oferecer um serviço melhor do que as grandes cadeias nacionais.
          A Plurix concentra o seu potencial de expansão em cidades afastadas das grandes áreas urbanas, mantendo a gestão do anterior proprietário. O tamanho do negócio não é fundamental para a decisão de investimento. “O que faz sentido para nós é uma operação com potencial de crescimento e gestão de qualidade”, afirma Marcos Ambrosano, presidente da Plurix.
(Fonte: jornal Valor - 05.06.2024)

4 de jun. de 2024

Pershing Square

          A gestora Pershing Square foi fundada e é comandada pelo investidor ativista de alto nível, Bill Ackman. Entre os investidores do grupo estão Arch Capital, Consulta Limited, Iconiq Investment Management, Menora Mivtachim Holdings, vários family offices e investidores adicionais.
          A empresa foi criada por volta de 2003 e o negócio é inteiramente detido por funcionários da Pershing Square desde a fundação.
          A última declaração da sociedade gestora detalhou mudanças organizacionais significativas, incluindo a nomeação de Ben Hakim como diretor da Pershing Square Capital Management (PSCM). Esta reestruturação visa garantir que Bill Ackman retenha o poder de voto, salvaguardando-o contra uma potencial diluição acionista. Ackman, conhecido pelas suas posições estratégicas contra empresas como a Herbalife e a seguradora de títulos MBIA, tem uma presença robusta tanto na sala de reuniões como nas redes sociais.
          No início de junho de 2024, o banco de investimentos brasileiro BTG Pactual fez parte de um consórcio que adquiriu 10% do capital da gestora Pershing Square, de Bill Ackman, segundo documento divulgado pela empresa.
          “Temos o prazer de convidar um grupo de parceiros de classe mundial e de longo prazo como investidores. Embora as participações individuais dos investidores não tenham sido especificadas, a participação total de 10% foi comprada por US$ 1,05 bilhão.
          A reestruturação também estabelece um novo conselho de administração. Será composto por cinco membros independentes – Kerry Murphy Healey, Orion Hindawi, Nicholas Lamotte, Christine Todd e o brasileiro Marco Kheirallah – além de membros ligados à equipe administrativa de Ackman: Ryan Israel, Nick Botta e Halit Coussin.
          Kheirallah, sócio de Daniel Goldberg na Lumina Capital e ex-executivo do BTG Pactual, junta-se aos representantes das sociedades gestoras recém-investidas como os primeiros sócios externos na história da empresa. Anteriormente, a Pershing Square dependia exclusivamente de parceiros executivos desde a sua fundação.
          Esta colaboração marca uma avaliação significativa da Pershing Square em pouco menos de 10 bilhões de dólares, alinhando-a com grandes intervenientes da indústria como a TPG e a CVC Capital em termos de valor de mercado, embora as suas escalas de receitas sejam um pouco mais modestas, de acordo com o Financial Times.
(Fonte: jornal Valor - 04.06.2024)